O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Fabio 24/10/2023

"Estrangeiro a si mesmo"
A obra-prima 'O Estrangeiro' de Albert Camus, publicada em 1942, convida o leitor mergulhar mesmo que sutilmente nos temas filosóficos existenciais, através do olhar Meursault, um indiferente colono francês na Argélia dos anos 40.

Albert Camus, nos apresenta a história do apático Meursault, um homem que, alheio as coisas a sua volta, e possui uma enorme dificuldade na capacidade simbólica de representar emoções, e interesse as emoções alheias. E narra logo na primeira frase de forma fria e indiferente o falecimento de sua mãe.

Meursault, com suas reações de "indiferença", choca o leitor desde as primeiras páginas e após passar por uma série de situações, logo após o funeral de sua genitora, acaba condenado por um crime hediondo, com motivações irrisórias, por que é incapaz de demostrar e descrever seus sentimentos, e muito menos entender, as motivações pelas quais o levaram até o fatídico dia de sua prisão e que somente no final, ele dá conta dos acontecimentos e que, tudo lhe foge da percepção e constata que, o mundo não tem sentido nem razão, e que a vida é absurda e fantasiosa.

Camus, nos entrega um texto duro, chocante e extremamente melancólico, repleto de simbolismos, que, nos faz mergulhar no absurdo existencial, e mostra um mundo onde não existem consistências, certezas e garantias, e que toda a existência humana está relacionada ao sentimento, e a forma que se conviver com eles, bem tipo da filosofia absurdista camusiana.

Na vida de Meursault, podemos observar que a rotina e a extrema monotonia transforma a capacidade do personagem de mensurar seus atos, passando a não dar mais importância as coisas mais fundamentais tais, como o trabalho, os relacionamentos, os amigos, e mesmo as situações mais extremas, são entendidas como cotidianas e banais, transformando a vida em algo sem sentido, e que nada pode mudar isso.

O Estrangeiro, também nos intima a refletir sobre as relações humanas, e a intrínseca capacidade de convivermos e relacionarmos com o próximo, e como devemos lidar com os nossos sentimentos, e a visão que temos sobre os sentimentos alheios, mesmo os mais tênues e os inverossímeis, e também sobre os problemas relacionados a aleximitia e ao confinamento social.


"Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem." É considerado um dos inicios mais impactantes da história da literatura mundial, e que acaba por ser o cartão de visitas de “O estrangeiro”, e nos dá uma breve introdução do que encontraremos no decorrer das páginas, dessa magnifica obra-prima, que foi amplamente elogiada por escritores e filósofos tais quais, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Maurice Merleau- Ponty.

O Estrangeiro, obra indispensável para todo a amante da literatura, e que deseja conhecer a forma de pensar do escritor e filósofo Albert Camus, na sua forma mais sutil e lúcida

Recomendo absolutamente a todos!
@Francielly 24/10/2023minha estante
Fabio,
Como sempre, mais uma resenha escrita incrivelmente bem!
Parabéns, amigo! ???


Fabio 24/10/2023minha estante
Rô, muito obrigado, pelas palavras carinhosas!?
Eu fico feliz que tenha gostado da resenha, e agradeço pela paciência de sempre, em ler e dar sua opinião!
Sabe que é importante não é?
Muito obrigado pelo carinho, querida!?


Fabio 24/10/2023minha estante
Ahh, Fran, querida, muitíssimo obrigado!?
Vindo de uma escritora como você, é um elogio e tanto!?


Camila Felicio 24/10/2023minha estante
Excelente resenhaa do excelente Camus!! Se não leu ainda te recomendo "A Peste"


Fabio 24/10/2023minha estante
Muito obrigado, Camila, querida!?
Realmente o Camus é espetacular, e pode deixar que eu já coloquei "A Peste"na lista! ?


Fabio 24/10/2023minha estante
Faço das suas as minhas palavras, Rô!!!?


RayLima 24/10/2023minha estante
Ótima análise e adorei o título ??????


Fabio 24/10/2023minha estante
Obrigado, Ray!?
Lisonjeado ?


RenatoVM 25/10/2023minha estante
Terei que parar de ler suas resenhas, ou então minha lista de livros a ler aumentará drasticamente. Impossível não querer ler as obras após suas resenhas. Parabéns.


Fabio 25/10/2023minha estante
Renato, muito obrigado pelas palavras!?
Lisonjeado!!!!!
Fico feliz que tenha gostado da resenha que ela tenha ajudado a aumentar sua lista de leitura!?


-Rachel 25/10/2023minha estante
Resenha perfeita, Fabio!!! ?
Sério, sua escrita é sensacional, não duvido nada que um dia acabarei sendo influenciada por suas resenhas e lerei um desses livros.


Fabio 25/10/2023minha estante
Ahhh Rachel, muito obrigado pelo carinho e pela presença!?
O maior presente para um resenhista, e quando alguém diz que vai ler algo sobre o que foi resenhado!
Muito obrigado e vindo de uma escritora como você, é um elogio gigantesco!?


Pedro 25/10/2023minha estante
Conselho de amigo: fique longe de pessoas apáticas e niilistas. Essas pessoas são abismos.

Excelente resenha, Fábio... como sempre. ?


Fabio 25/10/2023minha estante
Obrigado, Pedro, meu amigo!?
Concordo contigo quanto ao niinistas e nietzschianistas ..... abismos!


Ma_ah 25/10/2023minha estante
Dica anotada!! Uma ótima resenha. Parabéns!!!


Fabio 25/10/2023minha estante
Obrigado, Mah!?
Feliz que tenha gostado da resenha!!!


Aline MSS 25/10/2023minha estante
Estou com o Renato, vou ter parar de ler suas resenhas, pq mha lista não está suportando mais. ???
Ficou excelente como sempre! Manda mto!


Fabio 26/10/2023minha estante
Muito obrigado, Aline!?
Fico feliz que, que estou ajudando aumentar alista de vocês!!!


Regis 26/10/2023minha estante
Adorei sua resenha, Fábio. ???
Esse livro está na minha lista tem um tempo, vou apressar a leitura. ??


Fabio 26/10/2023minha estante
Obrigado, Regis!?
Fico feliz que tenha gostado da resenha, mas fico ainda mais, em saber que incentivei a adiantar a leitura!
Vou acompanhar todas as suas impressões e depois, venha aqui me contar o que achou!


CPF1964 26/10/2023minha estante
Excelente Resenha, Fabio.. As usual.


Fabio 26/10/2023minha estante
Muito obrigado, Cassius!?




David163 22/10/2023

Uma leitura fantástica
Procurando sobre indicações de leitura, várias pessoas recomendavam Camus. Comecei pelo Mito se Sísifo e depois O estrangeiro. E fiquei perplexo como uma pessoa consegue escrever tão maravilhosamente bem duas obras tão distintas. O estrangeiro é uma representação do homem absurdo, ou algo assim, que é encontrado no Mito se Sísifo.
Recomendo a leitura dos dois, primeiro o Mito se Sísifo depois o Estrangeiro.
O primeiro um ensaio filosófico o segundo um romance.
Sobre o romance é uma leitura gostosa e fluida. O protagonista te deixa desconfortável com as atitudes dele ao mesmo tempo que te deixa curioso pelo que ele pode te entregar. Enfim leiam Camus.
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Matheus.Lima 21/10/2023

Estrangeiro à vida
A morte, a única indagação que nos oferece uma resposta, não admite estranhamento. Ser estranho à morte é, também, sê-lo à vida. As duas são faces da mesma moeda, coisas dicotômicas.

As obras de Camus são caracterizadas pelo absurdo e, aqui, nessa obra, ele manifesta-se no estranhamento à morte. Como há de viver indiferente à ela? Meursault, personagem principal, diverte-se com Maria indo ao cinema ver um filme de comédia e beijando-a na praia. Fazendo o oposto daquilo que, em "circunstâncias normais", seria feito. Meursault não vive a morte (o que culturalmente chamamos de luto), ele morre a vida.

Não é a toa que, para Montaigne, filosofar é aprender a morrer. Para os filósofos, isso é tarefa constante; para nós, isso é feito com a morte de alguém próximo. Porém, o que encontra-se na personagem de Camus, me parece, é um ato de total estranhamento perante à morte. Estranhamento de si.
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Gabriel1994 21/10/2023

É até interessante a narrativa do Camus no que concerne o próprio personagem que narra o desenrolar dos fatos, visto que o mesmo possui uma personalidade e visão de mundo tão apática ao ponto que a própria metodologia de escrita do autor condiz com o protagonista de sua história. Nada dentro deste livro possui um princípio valorativo já intrínseco ao objeto, as coisas apenas são o que são. Nascem do nada, surgem do nada, não valem de nada. Sendo assim, tudo deve ser descrito sem que valha algo propriamente, sem que haja importância, onde a relevância de um cachorro que se perde é a mesma de um assassinato em uma praia. Até este momento Camus é certeiro em sua abordagem, uma cena é narrada como se a situação não houvesse relevância, sendo assim coerente com as reações de indiferença de Mersault perante o velório de sua mãe ou o seu próprio julgamento.

Sendo assim, onde está o problema? Justamente por procurar dar significado a estes acontecimentos apenas no último capítulo, nas últimas páginas, nas últimas oportunidades. Até então nada verdadeiramente parecia importar para o escritor, até o momento que se viu encurralado pela morte e passa a se apegar as memórias com certa melancolia, ao mesmo tempo que parece as abraçar como uma tábua de salvação.

Que seria então a proposta do filósofo francês? Apesar de ser possível discutir as possibilidades, é certo que a sua concepção de vida, homem e, principalmente, mundo
é, no mínimo, pobre.
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covcozy 18/10/2023

O começo da história é bem monótono, entretanto ao decorrer da narrativa há uma série de acontecimentos bem impactantes e que me atraiu. Toda a história é bem descritiva e tem uma certa melancolia , mas muito rica de significado e sentido. É um livro que aborda muita complexidade com uma simplicidade e coerência.
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Bruna3558 18/10/2023

O Estrangeiro
?Nem sequer tinha certeza de estar vivo, já que vivia como um morto.?
______________________________________

Nunca li uma história com um narrador principal tão apático e alheio a tudo ao seu redor, leitura bastante incômoda porém muito interessante.
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PatriciaLima_autora 17/10/2023

Julgado pelo quê?
Albert Camus (1913-1960) traz em "O Estrangeiro" um homem comum julgado por um assassinado quase inconsciente. Porém, no desenrolar do julgamento, fica a dúvida se ele está sendo julgado por algo que fez ou que não fez.
Interessante análise do julgamento que se fazemos sobre outras pessoas, neste primoroso livro do escritor franco-argelino.

site: https://www.instagram.com/p/CfpPWAzvwhL/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
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Rafael.Giuliano 16/10/2023

O extraordinário que surge do ordinário...
"O Estrangeiro", de Albert Camus, é uma EXTRAordinária demonstração do poder avassalador do encontro da filosofia com a literatura.

Uma história fascinante pelo enredo que retrata uma vida cotidiana ordinária; cenário perfeito para refletir sobre o que nos é essencial e quais os limites para nosso respeito à diversidade que pode ser representada pelo outro.

Deixo a dica para leitura e o convite para que possamos dialogar sobre as posições de Meursault (personagem central do enredo).
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Brendo4 16/10/2023

Absurdo e Alienação não salvam livros enfadonhos
"O Estrangeiro," uma obra icônica de Albert Camus, é uma exploração profunda da alienação e do absurdo da vida. O protagonista, Meursault, é um homem indiferente, cuja apatia perante o mundo choca aqueles ao seu redor. O livro é um estudo de personagem complexo, destacando a desconexão de Meursault com as normas sociais e emocionais.

Camus utiliza uma prosa nua e direta para transmitir a visão de mundo absurda do protagonista. A história é ambientada em uma Argélia colonial, e a descrição do calor abrasador e da luz cegante contribui para a sensação de isolamento e estranheza.

Embora "O Estrangeiro" seja um clássico da literatura ocidental, não é uma leitura fácil. A apatia de Meursault e sua aparente falta de empatia podem afastar alguns leitores, tornando a narrativa desafiadora. A natureza filosófica da obra pode parecer um tanto pretensiosa para alguns.

No entanto, a obra é uma reflexão importante sobre o absurdo da existência e as convenções sociais. Camus questiona a racionalidade das normas culturais e da justiça, o que o torna uma leitura valiosa para quem procura explorar temas existenciais e filosóficos.

Em última análise, "O Estrangeiro" é uma obra significativa da literatura, mas sua narrativa peculiar e personagens distantes podem não agradar a todos os leitores. Portanto, atribuo a este livro 3 estrelas, reconhecendo sua importância como um clássico, mas levando em consideração que seu apelo pode ser limitado para alguns leitores contemporâneos.
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Ratinha de Biblioteca 16/10/2023

No mínimo, doido!
Creio que a psicologia moderna deve conseguir explicar o narrador deste livro, Meursault. Suas ações não são explicadas. Ele age como uma força da natureza: sem motivo, sem emoções. Em um dado momento, como é bastante questionado por um de seus atos, ele diz, simplesmente: "fiz porque o sol estava muito quente".
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Gabrieln22 14/10/2023

Uma escrita feita de forma clara, coesa e de fácil entendimento, contudo algumas partes me senti bem desconfortável com a forma que Mersault toma suas ações. Evidente a presença do existencialismo e do absurdismo, tentando demonstrar as emoções e pensamentos de um protagonista que aparenta não ter propósito, nem fé e nem espírito e, mesmo assim, não se abala com uma realidade sem aparente propósito, destino ou significado. Ainda refletindo sobre a leitura
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Joyce654 14/10/2023

A indiferença desconcertante
Ao longo do livro eu me senti desconfortável, é absurda a indiferença e a forma crua com a qual ele perpassa pelas experiências. Busquei incessantemente encontrar sentido na forma como ele abre mão tão facilmente de sua existência.
É desconcertante e angustiante vê-lo não agarrar sua vida, não vivê-la intencionalmente.
É um livro de difícil digestão, não me sinto capaz de analisá-lo com clareza, preciso ainda internalizar e processar.
E acredito que esse sempre foi o fim último desse livro.
Guilherme Sanches 20/10/2023minha estante
Me causou um desconforto e taaaaaaanto também a leitura!
E me despertou o interesse de compreender melhor a obra, encontrei uma ótima resenha do livro e analises sobre a filosofia do absurdíssimo de que o livro e a obra de Camus tratam um pouco. Vou deixar o link aqui se tiver interesse :)

https://www.youtube.com/watch?v=WWKrFF-54i0




Bianca Martins 09/10/2023

Sobre o Absurdo
Foi a minha 70 e tantos leitura do ano e ainda assim conseguiu ser um dos meus favoritos de 2023.

Me identifiquei tanto com o personagem principal que me doía o fato de ninguém estar conseguindo compreendê-lo. Suas ações não foram duvidosas. Podem questionar a moralidade, mas não sua ética.

E não é que ele não se importe, pelo contrário, ele se importa o bastante para entender que algumas coisas são como elas são e não depende de você para mudar o rumo. Ele é racional.

Vou copiar algumas partes de uma resenha que li, mas não sei o nome do autor:

"Mersault vive em mundo de convenções , no qual ele não pode ser ele mesmo, por isso ele é um "estrangeiro", do ponto de vista da sua percepção do mundo, pelo menos das convenções sociais. Ele age como uma pessoa distante, que compreende os costumes , mas não se sente a vontade de interagir com os "nativos". O velório da mãe é um exemplo de como Mersault sabe o que as pessoas esperam dele , mas se recusa a fazer , porque não tem vontade de representar um filho triste. A personagem não deseja destruir a sociedade , ele se limita a compreende-la e interage sempre de forma sincera, ele não mente no velório, não mente a sua namorada, nem ao advogado e ao juiz. A morte do arabe é quase um acaso, ele admite sua responsabilidade e consequência porque ele entende como funciona as coisas. O "Absurdo" não é como Mersault lida com o mundo, o absurdo não é que exista um Mersault. Mas o absurdo reside nas convenções sociais que esperam que ele assuma um papel e renegue a sua liberdade. Camus provoca ao construir uma personagem que não se engana e não mente a si mesmo. Ele não chora sem vontade, não fuma sem vontade, e se comete um crime assume as consequências. O padre deseja que Mersault acredite em Deus , e ele não consegue mentir. No final do romance Mersault se revolta e grita com o padre, porque ele não esta disposto a metafisica de pensar que seremos perdoados por algo superior. Para Mersault ( e para Camus tb !) estamos todos condenados a se arrastar por esse mundo de convenções , no qual tanto vale um como o outro , nos acostumamos a tudo e sempre somos vistos, do ponto de vista do outro, como um "estrangeiro".
Esta é uma das grandes perguntas do romance: O que justifica o comportamento de Mersault? Camus constrói seu texto de modo a não entregar a resposta de tal questionamento. Mersault pode ser um niilista cansado ou um homem revoltado internamente. A dificuldade é que ao acompanharmos podemos pensar que ele é um homem comum, ele conversa, trabalha, viaja, namora, parece ser agradável aos amigos e não mantém algum desafeto que o perturbe, o grande acontecimento dramático em sua vida é a morte do árabe. Mas o acento dramático é para nos leitores, porque internamente Mersault não se abala. Camus nos apresenta um homem, seguro de suas ações, tão seguro que aparenta ser frio, mesmo encarcerado ele é livre. Mersault não delega responsabilidades, ele assume para si mesmo todo o protagonismo de seu pensamento, para ele o mundo é o que esta dado, ele diz que pode acostumar-se a viver dentro de um tronco de árvore ou na cela que esta preso. Podemos comparar Mersault ao protagonista de “A Náusea”(Sartre). Antoine Roquentin ao decorrer do romance vai apresentando ao leitor suas dúvidas sua postura em relação as coisas e seu desconforto com o mundo. Mersault por outro lado é o mesmo da primeira página a última. O absurdo talvez seja a única resposta que justifique o comportamento de Mersault. De um ponto de vista crítico é possível rastrear no “Estrangeiro” duas grandes influências: Bartleby-o escrivão (Herman Melville) e o Processo (Kafka). Mersault parece ecoar um pouco da máxima de Bartleby : "I would prefer not to". No fim é possível pensar que a questão: “O que justifica o comportamento de Mersault” na verdade refere-se a nos mesmos. O que nos justifica? Como respondemos ao absurdo de nosso cotidiano? Camus termina deixando Mersault em sua cela, esperando a execução. Será que nosso lugar no mundo é tão diferente da cela de Mersault? Não estamos só esperando a nossa execução?"

Se você está lendo essa frase depois de pular esse tantão de coisa, volte e leia que vai valer a pena!
Gi 17/10/2023minha estante
Verdade! Resenha maravilhosa. Livro incrível!




Jubsiu 09/10/2023

Conceitual demais pra mim
Bom, esse livro foi uma leitura didática, então li com 5 pedras na mão e me surpreendi pela escrita ser mais fluída do que esperava. Li ele ja faz umas duas semanas e só não fiz uma resenha antes porque ainda tinha muitas dúvidas sobre a mensagem por trás dele. Depois de uma boa conversa com o meu professor de filosofia, quem falou pra ler o livro, entendi melhor o conceito do livro, a mensagem por trás dele.
A vida deste homem, que na minha cabeça era um bocó por falar "tanto faz" pra tudo, não ligar pra nada o tempo todo, tudo pra ele tava bom, ele não se incomodava com nada e aceitava tudo de bom grado. A reflexão que fiz com a conversa foi: ele era um homem extremamente desapegado, não se lamentava pelo o que ja tinha passado, sentia saudades, claro, mas não se desesperava para sair daquela situação em que se encontrava, que podia ser bem desagradável, aliás. Ele passa a mensagem que o sentido da vida dele, era sempre mudar, nunca se apegava a um lugar específico, o que fazia dele um estrangeiro em todo lugar que ia, nunca tinha um lugar onde pudesse voltar. Isso sem contar que ele fazia o que lhe dava vontade e sempre ciente que, aquilo teria consequências, e estaria disposto a sofrer elas. Desde que estivesse vivendo a vida da forma em que ele achasse sentido.
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