O Céu Está em Todo Lugar

O Céu Está em Todo Lugar Jandy Nelson




Resenhas - O Céu Está em Todo Lugar


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comentgabi 10/09/2022

maneirinho mas faltou muito sal
Assim, eu adorei a mensagem do luto, da família e do uso dos poemas que o livro tende a passar mas ao terminar vejo que não sentirei falta e continuarei indiferente a ele.

Digamos que não há nada de fabuloso no enredo e faltou bastante desenvolvimento em diversas partes, inclusive entre Lennie e Joe, onde tudo se tornou bastante raso e corrido com um sentimento brotando rápido até demais.

A protagonista não é alguém com quem eu me identificaria ou suportaria, mas fui até o final. Sobre o final? Não teve final, e eu ainda esperei que a mãe dela reapareceria do nada na história e não aconteceu.
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Luiza 18/10/2022

A história em si até que é legal mas algumas atitudes da personagem são bem questionáveis. O problema maior pra mim foi a escrita, não sei se é culpa da tradução mas dificultou bastante a imersão na história
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ka mcd 06/03/2013

O Céu Está Em Todo Lugar
O livro de hoje é, no mínimo, muito estranho. Apesar de todas as resenhas positivas que li sobre ele até hoje, nunca vi alguém destacar a estranheza dele (por que essa foi a característica que mais se fez presente durante a minha leitura). Eu simplesmente não conseguia parar de pensar: “cara, acho que eu nunca vi personagens, pensamentos, atos e cenários tão estranhos antes”. Mas entendam; não é por que ele é estranho, que é ruim.

Se bem que, ao ler o primeiro capitulo, eu simplesmente odiei. Achei confuso e mal formulado. Ainda não consegui entender por que tive essa primeira má impressão do livro. Talvez por que ainda não estivesse acostumada à narrativa da Lennie, ou por que a tradutora não estivesse acostumada à narrativa ou por que eu não estivesse realmente com vontade de ler esse livro. Não sei mesmo. Pode ter sido qualquer coisa, mas sei que depois me senti mal de ter desgostado tanto dele. Por que é um livro fantástico, na verdade.

Tudo nele é tão complexo, tão diferente. As personagens, suas atitudes, seus motivos e até mesmo a própria estória. Não vou dizer que todas essas peculiaridades são boas e agradáveis. Na realidade, elas são normalmente carregadas de uma tristeza meio maluca. E acredito que isso seja esse quê a mais do livro. Ele tem uma aura, uma... - não sei nem como chamar -, tão atrativa, magnética e mágica. É impossível descrever em palavras.


Por que, ainda que eu ficasse enfurecida com Lennie e suas atitudes, eu não conseguia deixar de entendê-la e adorá-la. Demorou um pouco para começar a sentir essa simpatia por ela, mas esse sentimento chegou e eu queria fazê-la enxergar as besteiras que estava fazendo. Ela continuava se escondendo atrás da irmã – mesmo que ela já estivesse morta. Ela não quer mostrar tudo o que pode ser, ela quer se afogar na tristeza e se torturar vezes sem fim por que sua irmã não está mais ali. E isso faz dela uma pessoa altamente egoísta. Não à todo momento, mas em boa parte do livro. E novamente eu preciso destacar como um autor conseguiu fazer um desenvolvimento de personagem magnífico. Lennie muda tanto, mas tanto ao longo do livro. E acho que principalmente por causa de Joe.


"- E as clarinetistas?
Sorri e diz: - As mais profundas – corre o dedo pelo meu rosto, minha testa, minha face e meu queixo, então desce pelo meu pescoço. – E tão lindas."


Ele é uma graça! Eu adorei, adorei o Joe. O que é meio incomum, por que, normalmente, eu teria me apaixonado pelo Toby – que é o cara errado nesse caso. Joe é engraçado, lindo, fofo, sexy, talentoso e faz de tudo pela Lennie. E me doía ver como ela ainda hesitava quando se tratava de Toby.

E quanto ao Toby; eu demorei para entender porque eles agiam daquela forma, porque eles gostavam tanto de se torturar. E tem uma explicação e que, de algum modo, só te deixa levemente melancólico pelas personagens, você só quer que tudo se encaixe e que elas possam ser felizes mais uma vez. Você não sente vontade de matar cada um deles por fazerem coisas tão idiotas.

Além desses três, ainda temos a família de Lennie: a avó – uma senhora completamente pirada que adora dar em cima dos meninos bonitos e falar coisas loucas -, Big – o tio, que vive se casando e divorciando e que passa o dia inteiro chapado -, Bailey – a falecida irmã, sobre quem vamos aprendendo mais e mais ao longo do livro, junto com a própria Lennie – e a mãe – uma pessoa que não está fisicamente presente, mas que está sempre ali, nos pensamentos dos outros, tornando tudo ainda mais complicado e melancólico. E todos juntos dão um ar hilário ao livro. Algo em toda aquela estranheza, complexidade e ironia me fez rir alto em muitas passagens.

É uma estória magnífica e completamente emocional que fará qualquer pessoa sentir como se fosse parte dela ao lê-la. Sei que minha resenha está confusa e nada esclarecedora, mas esse é aquele tipo de livro que provoca sensações impossíveis de serem descritas e acho que todos que se interessam por esse estilo deveriam lê-lo para tirar suas próprias conclusões. Por que vocês só conseguirão entender exatamente o que quero dizer quando experimentarem por si mesmos.


http://blogminha-bagunca.blogspot.com.br/2011/12/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html
Laís 22/04/2012minha estante
Ka,
Eu li esse livro em 2 dias e me sentia tão emocionalmente carregada, parecia que eu realmente fazia parte da história sabe? E eu também, teria gostado do Toby, porque de uma forma ou de outra eu gosto dos caras errados, mas o Joe é tão tão encantador, tão lindo, tão meigo, tão humano, que não sei eu me apaixonei por ele na primeira aparição. E juro, daria tudo pra me casar com ele. rs.

Eu também estranhei um pouco o jeito no inicio, e acho sinceramente que foi problema da tradução.

Enfim, eu amei o livro, e só não dei 5 estrelinhas por causa do inicio confuso.




gleicepcouto 25/05/2012

Nem uma bela edição salva uma trama fraca
www.murmuriospessoais.com

***


O Céu Está em Todo Lugar (Novo Conceito) é o primeiro romance da autora norte-americana Jandy Nelson, que também é agente literária e poetisa. A obra foi escolhida por diversas associações de escritores e livros como um dos melhores romances de 2010 e será adaptada para o cinema com a ídolo teen Selena Gomez como protagonista.

O livro conta a história de Lennie Walker, uma menina de 17, estudiosa e que gosta de música e literatura, mas que vive na sombra de sua irmã extrovertida, Bailey. Essa relação, porém, é interrompida de modo brusco, quando Bailey morre em um acidente. Enquanto tenta se adaptar a essa mudança em sua vida e lidar com seus sentimento de perda, Lennie acaba tendo que ir em busca de sua própria identidade. E de quebra, acaba se tornando o centro da atenção de dois garotos: o namorado em luto da irmã, Toby, e um estudante de intercâmbio francês, Joe. Em meio a descobertas sobre ela mesma, a irmã e a família, Lennie também descobre o amor e a paixão, e as consequências que ambos podem trazer.

Nem sei por onde começar. É sério. Tem tanta coisa que não me agradou nesse livro. Vamos logo à parte boa, né? Quer dizer, a menos ruim.

O livro é bem escrito. Nelson, claramente, sabe escrever para o público infanto-juvenil. Utiliza palavras simples, frases de sentido direto, de fácil compreensão. A leitura flui muito bem. O fato de ser narrado em primeira pessoa facilita também ao jovem leitor se identificar com a protagonista - se bem que, a personalidade da Lennie em si, já é um chamarisco. Garota calma, que gosta de música, de ler... O enredo, também é chamativo pra essa faixa etária: adolescente descobrindo o amor, algumas tensões familliares e todo blablabla em torno disso.

O que me incomodou foi o modo como a autora colocou isso no papel. Ela pegou um punhado de clichês e jogou no livro, sem muito compromisso em tentar ser um pouco original. A impressão que me deu é que ela não quis elaborar algo mais interessante, achando que adolescente engole qualquer historinha melosa, com triângulo amoroso e alguns dramas.

Os personagens são rasos e chatos. É isso mesmo: chatos. Xaropes. Desde os familiares, passando pelos garotinhos apaixonados, até chegar a protagonista: nenhum se salva. Eles não tem história de background bem desenvolvidas, suas ações e emoções são as já esperadas. Parecem robozinhos. Não te surpreendem.

Um adendo importantíssimo: nunca ficaria em dúvida entre Toby e Joe. Fugiria deles por toda eternidade. O Joe é mais agradável... Mas, que desgrama de pisca-pisca era aquele? Isso não é bonitinho, nem gracinha. É um baita tique nervoso irritante, gente!

O drama de Lennie entre os dois meninos chega a ser bobo pra uma menina de 17 anos. Se fosse pra alguém de 13, vai lá... E aqui não estou menosprezando o sentimento e a confusão que realmente deve acontecer quando se gosta de duas pessoas, ainda mais sendo muito jovem. Apenas estou afirmando que as situações narradas no livro não alcançam um climax. Quer dizer, os pontos de virada da história são inexistentes. Aliás, até estão lá, mas perdidos entre emaranhados de mimimis repetitivos e toda a culpa que Lennie sente por se envolver com os dois meninos, pela irmã morta, pela mãe que sumiu, pela vida, por tudo! Céus! Get over it!

Nem mesmo o luto de Lennie pela irmã é convincente. Ficou resumido a um punhado de poemas e papéis que a garota espalha pelos quatro cantos da cidade, além de algumas lembranças da irmã que ela conta. Uma dessas lembranças - que tem relação com a mãe das meninas - podia ser muito melhor explorada. Quando pensei que ia sair algo de bom daí, eis que essa parte fica em suspenso. Faz favor, né?

A Novo Conceito, por outro lado, caprichou na parte gráfica. Capinha em relevo durinha, com coraçõezinhos nas páginas internas e fonte azul e designs para cada bilhetinho que Lennie deixava por ai. Nota dez nesse quesito. Isso até ajuda em um primeiro momento, quando não se conhece o livro, e ele tem que te ganhar de alguma forma. Mas depois que você o lê, e vê que a história não condiz com a aparência, você se sente até ofendida. "Tentaram me enganar, né?!"

Fiquei realmente decepcionada com O Céu Está em Todo Lugar. Não é porque é um livro adolescente, que tem que passar a impressão de livro bobo e acéfalo. A história podia ter dado certo, se Jandy não subestimasse a capacidade dos jovens de ler algo melhor elaborado.

Confesso que a decepção também foi por ler, na orelha do livro, tantas menções ótimas sobre ele, só faltando dizer que é uma obra-prima. A verdade, gente, é que quando virei a útlima página e a li, mal me lembrava da história.

O Céu Está em Todo Lugar (The Sky is Everywhere)
Autor: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 424
Valor: $30 a $40
Avaliação: Descartável
Birdie.Reader 27/05/2012minha estante
Estou muito surpresa. Primeiro "1 estrela" que vejo.
Amei o livro (o segundo melhor que li ano passado), mas gostei da sua sinceridade.
Bj




Bruna 12/03/2012

O livro é perfeito esteticamente, mas a história demorou a me convencer, o livro demora muito para desenrolar fica batendo o tempo todo no mesmo assunto. Esperava mais pelos comentários.
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naniedias 25/08/2011

O Céu Está em Todo Lugar, de Jandy Nelson
Lennie nunca conheceu sua mãe. Quando ela e sua irmã eram pequenas, a mãe simplesmente foi embora e nunca mais deu notícias. E sempre foram ela, Bailey, vovó e o tio Big. Até que Bailey morre.
"Às 16h48 de uma sexta-feira de abril,
minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta
e, menos de um minuto depois,
estava morta.
Para minha surpresa, o tempo não parou
com o coração dela.
As pessoas continuam indo à escola, ao trabalho, a restaurantes;
continuaram quebrando bolachas salgadas em suas sopas,
preocupando-se com as provas,
cantando nos carros com as janelas abertas.
Por vários dias, a chuva martelou
o telhado da nossa casa -
uma prova do terrível erro
cometido por Deus.
Todas as manhãs, quando me levantava,
ouvia as incessantes batidas,
olhava pela janela para a tristeza lá fora
e me sentia aliviada,
pois pelo menos o sol tivera a decência
de ficar bem longe de nós."
Como uma garota de 17 anos lida com a morte de um ente querido? De alguém a quem era tão ligada?
E o que fazer quando, ainda de luto, essa mesma menina se apaixona? Está errado? Está certo?
"Será que ele olha assim para todo mundo? Será que ele é maluco? Seja lá o que for, é contagioso. Antes que me dê conta, estou imitando seu sorriso do tamanho dos Estados Unidos, unido-os aos Havaí e Porto Rico. Devo estar parecendo a 'enlutada alegre'."
Lennie não consegue lidar muito bem com a falta de sua irmã. Mas com o tempo irá descobrir a si mesma, tomar as rédeas de sua própria vida e seguir em frente!
"Você pode contar a sua história da maldita maneira que quiser."

O que eu achei do livro:
Esse livro é incrivelmente maravilhoso! Uma delícia de leitura.
Não espere atitudes normais, caretas, não espere nada. Liberte sua mente de preconceitos, de paradigmas e de ideias pré-concebidas. E leia essa linda história.
Jandy Nelson escreve de maneira maravilhosa, tocante e muito verdadeira! Realmente parece que estamos lendo a história verídica do luto de uma adolescente que, subitamente, se vê sozinha no mundo. Afinal de contas, quem poderia entendê-la? A personagem principal se fecha em seu próprio mundo e impede que outras pessoas entrem lá - exatamente como qualquer pessoa faria em um momento como esse. Acompanhá-la em sua luta contra esse trauma é um bálsamo para a alma. Faz-nos perceber que a perfeição não é necessária - apenas precisamos fazer o nosso melhor!
É uma história linda, escrita magnificamente bem.
E a edição desse livro? Uau! É o livro mais bonito da minha estante - a capa é maravilhosa e tem uma textura deliciosa! Além disso, há vários fragmentos de poemas durante o livro (só lendo para entender exatamente do que se trata) e eles são sempre coloridos! O trabalho gráfico está realmente primoroso! E é importante salientar também o quanto a tradução e a revisão ficaram boas! A editora Novo Conceito realmente arrasou na edição desse livro.
Mas só elogios, Nanie?
Sim, só elogios! Eu amei o livro, amei os personagens, a edição, o estilo da autora, o enredo, tudo! O Céu Está em Todo Lugar agora figura entre os meus livros favoritos e eu super recomendo a sua leitura!

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 7


Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
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@apilhadathay 04/09/2011

F.A.N.T.A.S.T.I.C.
***
Quando acordo novamente, estou olhando para ele, nossos corpos juntos, nossa respiração se embaralha. Ele olha para mim.
- Você é linda, Len.
- Não - então digo uma única palavra - Bailey.
- Eu sei - responde, mas me beija mesmo assim - Não consigo evitar - sussurra dentro da minha boca.
Também não consigo evitar. (P. 61)
***

Tema da resenha: “Dare you to move”, do Switchfoot.
Este é o livro que mais me emocionou em 2011 e o primeiro que será relido em 2012, com calma, para me acompanhar durante muito tempo. Primeiro: ele transborda arte e criatividade de cada página: a pintura, a música (em larga escala), a literatura e a poesia dividindo espaço com um excelente design gráfico. Há grandes referências literárias e, no contexto, a gente percebe a bagagem da autora Jandy Nelson.

É um livro jovem e maduro ao mesmo tempo. Ele tem capítulos curtos, foi impecavelmente revisado e possui uma linguagem leve e divertida – apesar do ponto central da história – o que faz a leitura voar e a história ficar marcada na gente como um último beijo. Eu o li em um fim de semana: difícil foi parar para esperar pelo dia seguinte.

***
O céu está em todo lugar, e começa aqui, aos nossos pés. Big, p. 183
***

O livro foi tratado com um primor de derrubar queixos.
Ao abrir o kit, você se depara com a caixa de recordações personalizada, com direito a lápis de cera para soltar a imaginação e, claro, o próprio livro – que é um show à parte. Primeiramente, a capa tem uma textura super diferente de tudo o que já vi: Parece hardcover, mas ao toque, é meio aveludada. A fonte é azul e cada capítulo tem um ou mais elementos visuais ligados à história – fragmentos que a gente só percebe como são tão importantes quanto emocionantes no final ^^

Você tem irmãos? Sabe aquela sua companheira ou seu amigo de sempre, com quem conversa altas horas depois que todos já foram dormir, sobre coisas totalmente sem sentido, exceto para vocês? E, alguma vez, já se dividiu entre dois amores? Então conheça a história de Len e felicite-se pela sua, porque pegaram o mundo de vidro dela e lhe marretaram a base.

***
Às 16h48 de uma sexta-feira de abril, minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta e, menos de um minuto depois, estava morta. Para minha surpresa, o tempo não parou com o coração dela. As pessoas continuaram indo à escola, ao trabalho, a restaurantes... Por vários dias, a chuva martelou o telhado da nossa casa - uma prova do terrível erro cometido por Deus. Todas as manhãs, quando me levantava, ouvia as incessantes batidas, olhava pela janela para a tristeza lá fora e me sentia aliviada, pois pelo menos o sol tivera a decência de ficar bem longe de nós. (P. 25)
***

Lennon Walker, a Lennie, mora numa cidade hippie no Nordeste da Califórnia onde as pessoas têm os nomes mais esquisitos possíveis. Ela é clarinetista da banda da escola, curte escrever trechos de seu passado e presente em qualquer superfície que alcance (de papéis de bala a partituras) e espalhá-los pela cidade; É uma bookaholic, apaixonada por Cathy e Heathcliff, e sempre viveu à sombra da pessoa que mais ama no mundo, sua irmã mais velha, Bailey. Ah, Len ainda lida com as razões porque sua mãe as abandonou, na infância. Mas não é isto o que chama a atenção, no momento... Lennie acaba de voltar da escola, ainda de luto, depois da morte prematura de Bailey. A jovem de 17 anos nunca cuidou de uma vida própria e sempre seguiu os passos da irmã. Agora, encontra-se perdida num mundo que nunca conheceu de fato, onde tudo se choca como icebergs no oceano.

***
No momento em que as palavras saem da minha boca, sinto meu rosto queimar... Eu deveria estar de luto, não me apaixonando. (P. 214)
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Ela, que nunca se interessou realmente por rapazes, vê-se cercada por eles, reparando em coisas que nunca notara antes e alimentando pensamentos que... Freud explica! Seu coração, que sempre esteve afastado do amor, agora se divide entre dois: Toby Shaw, ex-namorado de sua irmã, com quem engata um relacionamento psicológica e eticamente questionável, e Joe Fontaine, o charmoso violonista novato, recém-chegado da França. Toby a conforta na tristeza, eles parecem tornar Bailey presente enquanto estão juntos: nenhum dos dois aceita deixá-la partir. Joe é uma Super Nova que lhe devolve a vida, fazendo-a ver cores onde só existia o amarelo das folhas pisadas de outono.

O livro nos mostra mais do que morte e luto. É um quadro da dor e da perda, e de como isto muda a nossa visão de mundo, talvez mais do que anos de alegrias. É um retrato do arrependimento pelas coisas que nunca mais poderão ser ditas e pelas últimas, nem sempre gentis, que não poderão ser apagadas. É uma história sobre paixões confusas e a vida que segue, mesmo quando usamos as máscaras do “Está tudo bem”.

***
Na manhã do dia em que Bailey morreu, ela me acordou enfiando o dedo na minha orelha. Odiava quando ela fazia isso. Então ela começou a experimentar camisetas e me perguntou:
- De qual você gosta mais? Da verde ou da azul?
- Da azul.
- Você nem olhou, Lennie.
- Tá, então da verde. Sério, não estou nem aí para qual camiseta você vai vestir.
Então virei-me para o outro lado e voltei a dormir. Descobri mais tarde que ela vestiu a azul. E aquelas foram as minhas últimas palavras para ela. (P. 15)
***


De um lado, o isolamento e a redenção. O amor incondicional por uma pessoa que nunca mais vai voltar. Decisões difíceis, questionamento sobre família, justiça e as razões de Deus. De outro, fragmentos de uma vida divididos com o mundo, que precisa conhecer a melhor irmã do mundo, levada pelo Tempo cedo demais. A resistência em deixar partir aqueles que amamos e a inconformidade por tudo o que eles não terão a chance de viver. E mais: como superar as reviravoltas, quando tudo não parecia poder piorar?


Você vai chorar – ah, você vai chorar mais do que imagina agora e dificilmente largará o livro antes da última página. Também sorrirá em incontáveis momentos, mesmo quando parecia impossível, porque isto é estar vivo.

Porque a vida segue e devemos, simplesmente, segui-la.

O que eu recomendo é que você não fique sem este livro.
Eu daria nota 10, mas a escala só permite até o 5 ♥

***
Eu pertenço a você.
Meu coração é seu.
Ouço sua alma em sua música.
***
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Dan 11/10/2020

Enriquecedor
Este livro é surreal. É sobre a dor do luto, amor adolescente, amizade, família. É profundo e faz você pensar, enquanto se identifica com situações vividas pela protagonista. Traz lições de vida importantes. O melhor livro que li este ano.
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Yasmin 15/01/2012

Não entendo porque todo mundo amou

Eu me sinto anormal quando falo deste livro. Talvez seja este o motivo dele só estar sendo resenhado agora, mais de um mês depois de eu ter lido. Sabe por quê? Porque eu não gostei deste livro. Não gostei quase nada. Custei a ler. Me debati em mil para não abandoná-lo pela metade. A história pode até ser bonita, mas em minha opinião foi mal aproveitada. Vou contar porque eu não gostei.

Lennie tem 17 anos e não foi criada pela mãe. Só tinha três pessoas no mundo, a avó, a irmã mais velha e o tio. É ama música, livros e é clarinetista na escola. Ela sempre viveu a sombra da irmã mais velha. Bailey era o porto seguro. A única certeza de Lennie. Enquanto Bailey sonhava, namorava e vivia, Lennie estava feliz em só acompanhar a irmã. Até que de um dia para o outro Lennie se vê sozinha no mundo. Bailey morre de infarte fulminante sem a menor chance de socorro. Sem rumo e sem alternativa ela é obrigada a encarrar o mundo e aprender a viver sem Bailey. Como fazer isso é que ela não sabe. Tudo ficou sem ritmo e agora ela, a avó e o tio precisam encontrar uma forma de seguir em frente. Até ai tudo bem. A história prometia ser até legal e principalmente triste. Pois imaginem perder uma irmã, um irmão? Pois é. Não gosto nem de pensar na possibilidade, mas depois das primeiras páginas tudo descambou.

A autora inventou de enfiar Lennie no meio de dois garotos. O ex-namorado na irmã, Toby e o novato da classe, Joe Fontaine. Agora me explica onde está a lógica de curar luto namorando, ficando ou seja lá o que for com o ex da irmã? Não comprei nenhuma das desculpas ou explicações de autora. Não achei os motivos verdadeiramente possíveis ou sinceros. Uma coisa é você passar horas com a pessoa conversando sobre a pessoa que morreu, outra coisa é só porque ela sente o mesmo que você a respeito da perda é sair dependurando no pescoço dela. Não é moralismo e nem nada do tipo. Simplesmente não dá. E a forma narrativa que a autora usou deixou tudo cansativo demais. Lennie em 90% do livro estava uma chata. Isso quando não estava com medo. Para uma pessoa que escreve tanto quanto ela como vimos entre os capítulos ela podia ter escrito sobre a irmã. Quer melhor forma de eternizar uma lembrança e seguir em frente? As partes que ela estava com Joe salvaram.

O livro tem sentimentos vívidos? Sim tem. Não posso negar que é um livro que emociona em certas partes. Mais pela situação, perda da irmã, do que por qualquer outra passagem.

Termine de ler em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2012/01/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html

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@bea.lendo 08/04/2021

Se alguém perguntar onde estamos, mande olhar para cima.
Quando o tecido áspero da morte se instala na vida de Lennie após a morte de sua irmã, tudo se torna desanimador.
Tentando encaixar uma rotina normal à uma vida sem sua maior companheira, Len se deixa levar pela monotonia do som de seu clarinete, os rabiscos nos papéis, o conforto de sua edição surrada de O Morro dos Ventos Uivantes e uma sensação esquisita causada pela repentina amizade entre o novo garoto do colégio, Joe, e o namorado de sua irmã, Toby, por quem está desenvolvendo sentimentos
que não deveriam estar ali.

O Céu Está Em Todo Lugar é sobre o processo doloroso causado pelo luto; sobre sentimentos bons sendo levados pela culpa e necessidade de alimentar a tristeza; a descoberta de uma paixão que parece errada, mesmo fazendo tanto sentido; sobre desabafos em caminhadas longas; e sobre milhares de referências à livros que amamos e flores, muitas flores de um grande arsenal em um pequeno jardim.

Sinto que Jandy poderia ter economizado algumas páginas, tornando a leitura menos lenta.
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laura solzinho 05/04/2024

O céu está em todo lugar
Achei muito lindo, nunca passei por luto e mesmo assim foi muito interessante ver como é algo que confunde e chacoalha tudo que a gente acreditava.
gostei muito de todos os personagens e o final fez muito sentido pra mim.
"eu te darei o sol", o outro livro da jandy nelson, é o meu favorito da vida, então estava com altíssimas expectativas pra esse livro. mesmo não sendo tão extraordinário quanto "eu te darei o sol", eu amei muito. consegui enxergar meu livro favorito em várias páginas de "o céu está em todo lugar", a autora tem um jeito muito especial de pensar e escrever, isso transparece nas obras dela.

enfim, amei ter lido e estou triste que acabou.
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Sarah @surtoliterario 07/06/2020

Lindo!
Lennie Walker perdeu a irmã mais velha de maneira brusca em uma tarde de abril. O coração de Bailey parou de bater, mas o mundo não parou de girar e agora Lennie tenta lidar com o luto e com sua vida, já que sempre teve a irmã para lhe guiar. Fora o fato de que ela, que nunca se envolveu com ninguém, se vê entre dois caras: Toby, o namorado da irmã, com quem ela sente uma grande identificação, e Joe, o novo morador da cidade que lhe desperta sentimentos que antes eram inimagináveis.

Poxa vida, esse livro tem um total de zero defeitos! Jandy Nelson nos presenteia com uma escrita poética e bastante reflexiva. Sua trama fala sobre o luto sem focar exclusivamente nele. Nessa história temos drama, claro, mas também romance, amizade, família e uma pitada de humor.

Com a narrativa em 1ª pessoa, vamos acompanhar Lennie em todas suas descobertas, de início ela fala muito na irmã e na falta que ela faz, de forma até que repetitiva, mas essa frequência vai diminuindo e acho que é isso que o luto é: uma dor constante com a qual aprendemos a viver. Lennie é uma adolescente como qualquer outra: ela erra e faz muita besteira. Pode parecer estranho, e eu sei que é, mas dá pra entender o envolvimento que ela tem com o Toby, sorte que a autora soube desenvolver e dosar isso de maneira certa. Já o Joe é um encanto de menino, desde o primeiro momento eu torci por ele, e até fiquei brava pela Lennie não conseguir se desvincular do Toby. A família da Lennie é meio louca, eles são estranhos em muitos sentidos e eu adorei a leveza que eles trazem para a trama.

?Essa é uma concepção errada, Lennie, o céu está em todo lugar, começa aqui, aos nossos pés.?

Por fim, não posso deixar de elogiar a edição. Desde essa capa perfeita, até a diagramação (as letras são azuis!) e tem também os bilhetes da Lennie, ela escreve uns poemas, lembranças e divagações como forma de comunicação com a irmã, que também estão presentes ao longo do livro. Simplesmente perfeito, amei!

É lógico que eu indico essa leitura, para os amantes de romance, é indispensável! Esse é aquele tipo de livro que deixa uma marca no leitor, te arranca algumas lágrimas sem deixar você triste.
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hagabrielah 30/11/2022

Esse é um livro triste e melancólico que fala sobre o luto, mas por ser poético eu acabei gostando.
O livro é todo escrito em azul e todo início de capítulo tem alguma superfície diferente em que a protagonista escreveu alguma nota sobre sua irmã.
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Liv.G 30/05/2021

Achei meio arrastado e não me prendeu muito. Achei alguns aspectos bem bizarros mas é aquilo, cada um lida com a dor de forma diferente. Sendo sincera achei mais ou menos.
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