Eu me sinto anormal quando falo deste livro. Talvez seja este o motivo dele só estar sendo resenhado agora, mais de um mês depois de eu ter lido. Sabe por quê? Porque eu não gostei deste livro. Não gostei quase nada. Custei a ler. Me debati em mil para não abandoná-lo pela metade. A história pode até ser bonita, mas em minha opinião foi mal aproveitada. Vou contar porque eu não gostei.
Lennie tem 17 anos e não foi criada pela mãe. Só tinha três pessoas no mundo, a avó, a irmã mais velha e o tio. É ama música, livros e é clarinetista na escola. Ela sempre viveu a sombra da irmã mais velha. Bailey era o porto seguro. A única certeza de Lennie. Enquanto Bailey sonhava, namorava e vivia, Lennie estava feliz em só acompanhar a irmã. Até que de um dia para o outro Lennie se vê sozinha no mundo. Bailey morre de infarte fulminante sem a menor chance de socorro. Sem rumo e sem alternativa ela é obrigada a encarrar o mundo e aprender a viver sem Bailey. Como fazer isso é que ela não sabe. Tudo ficou sem ritmo e agora ela, a avó e o tio precisam encontrar uma forma de seguir em frente. Até ai tudo bem. A história prometia ser até legal e principalmente triste. Pois imaginem perder uma irmã, um irmão? Pois é. Não gosto nem de pensar na possibilidade, mas depois das primeiras páginas tudo descambou.
A autora inventou de enfiar Lennie no meio de dois garotos. O ex-namorado na irmã, Toby e o novato da classe, Joe Fontaine. Agora me explica onde está a lógica de curar luto namorando, ficando ou seja lá o que for com o ex da irmã? Não comprei nenhuma das desculpas ou explicações de autora. Não achei os motivos verdadeiramente possíveis ou sinceros. Uma coisa é você passar horas com a pessoa conversando sobre a pessoa que morreu, outra coisa é só porque ela sente o mesmo que você a respeito da perda é sair dependurando no pescoço dela. Não é moralismo e nem nada do tipo. Simplesmente não dá. E a forma narrativa que a autora usou deixou tudo cansativo demais. Lennie em 90% do livro estava uma chata. Isso quando não estava com medo. Para uma pessoa que escreve tanto quanto ela como vimos entre os capítulos ela podia ter escrito sobre a irmã. Quer melhor forma de eternizar uma lembrança e seguir em frente? As partes que ela estava com Joe salvaram.
O livro tem sentimentos vívidos? Sim tem. Não posso negar que é um livro que emociona em certas partes. Mais pela situação, perda da irmã, do que por qualquer outra passagem.
Termine de ler em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2012/01/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html