O coração é um caçador solitário

O coração é um caçador solitário Carson McCullers




Resenhas - O Coração é um Caçador Solitário


148 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Laryssa 07/01/2024

O livro é bem divagar nas narrativas. Alguns personagens são mais interessantes, outros bem tediosos. Mas apresenta perspectivas de vidas impactantes e que marcaram a leitura. Mas foi muito desafiador terminar de ler, já que em alguns trechos não me senti nada atraída.
comentários(0)comente



Rafael 02/11/2023

Encontros e despedidas
Alguns livros nos chegam em alta expectativa e isso, inevitavelmente, influencia sua leitura para o bem e para o mal. Especificamente em relação a "Coração..." minhas expectativas eram altíssimas e, por elas não terem sido plenamente atendidas, talvez eu não seja tão "justo" em minha avaliação. Apesar de ter personagens interessantes, a narrativa arrastada não me prendeu ao enredo. Em verdade, gastei mais de cem páginas de leitura para entender a angústia de alguns personagens e as razões para suas reações, por vezes, excessivamente dramáticas. É uma leitura árdua e sem muito dinamismo, ou seja, com poucas ocorrências significativas e muitas passagens comezinhas. Para mim, o livro trata de encontros e despedidas. Por razões diversas e, às vezes comuns, as personagens vão se relacionar na trama, ainda que, nem sempre, seus encontros e despedidas acresçam algo à sua jornada. A autora faz uma análise profunda da condição humana, das incongruências sociais, das dificuldades dos seres humanos em se reconhecerem como uma mesma espécie, dos horrores do capitalismo e da necessidade de se ter um ideal para poder sobreviver nesse mundo caótico de tantas incompreensões. Estamos imersos em uma vida cheia de pessoas, mas nunca fomos tão solitários. Por isso, as personagens buscam, umas nas outras, um pouco de compreensão e compaixão, sendo que Carson personifica tais circunstâncias em um sujeito que é mudo e que, a despeito de auxiliar os demais em suas dificuldades, especialmente "ouvindo" o que eles têm a dizer, não é por eles ajudado de modo algum. Pode ser que esse fatalismo da condição humana seja, também, uma das razões para eu não ter "gostado" do livro. Enfim, vale a leitura, ainda que seja necessário perseverar para chegar à última página.
comentários(0)comente



Dandara 04/08/2019

O livro em si possui uma história linda, o que me incomodou foi a narrativa que é lenta. O enredo se passa no Sul dos Estados Unidos - território marcado por segregações raciais - no ano de 1939, ascensão do nazismo e início da Segunda Guerra Mundial. Os acontecimentos giram em torno dos seguintes personagens principais: Biff Branon, dono de um restaurante local; Singer, um mudo que possui um certo magnetismo que desperta a atenção das pessoas; a adolescente Mick, cheia de sonhos; Jake Blount, um homem misterioso que aparece na cidade com ideias progressistas; e o médico negro Benedict Copeland, marxista e militante racial. Todos eles se sentem atraídos pela figura que desperta o mudo Singer e resolvem fazer do homem uma espécie de psicólogo e o usam para desafabar sobre suas vidas e anseios mais íntimos. A vida desses personagens se entrelaçam pela figura do mudo, contudo eles têm mais em comum do que pensam.
Como disse anteriormente, a história do livro é muito interessante, são abordadas questões sociais e raciais em que podemos, inclusive traçar um paralelo com o momento atual, entretanto a narrativa é lenta e às vezes confusa pela quantidade de personagens na trama. O ponto alto da história desse livro é a discussão acalorada entre Jake e Benedict, os dois intelectuais, cientes das questões raciais e sociais, mas divergentes na hora de materializar essas ideias.
comentários(0)comente



Thiago 11/10/2019

A solidão humana
Este livro entrou para a minha lista de favoritos, o principal argumento deste livro é a capacidade do ser humano perceber-se tão solitário mesmo estando entre muitos semelhantes.
A angustia vivida por cada personagem devido suas crenças, valores e personalidades, que são bem marcantes. Seus caminhos se cruzam no momento em que cada um deles, em momentos diferentes, se identificam com o Sr. Singer. O maravilhoso é perceber que ninguém consegue perceber seu egoismo e nem enxergar a angustia existente em seu ouvinte.
comentários(0)comente



Raphs 18/12/2022

Leitura Agradável
É um livro bem pacato, ele flui entre vários personagens que se relacionam, a história não tem nenhum ponto em particular, ele vai entre relacionamentos, problemas da época(alguns que ainda persistem).

Eu gostei, leitura agradável e simples que me agradou.
comentários(0)comente



Rbk 06/03/2020

Solidão × comunicação
O sentido do livro está o tempo todo presente na narrativa mas de uma forma sutil. A forma que a autora descreve as subjetividades dos personagens é muito convincente. A vida do mudo Singer é bastante agonizante. De todos os protagonistas, ele parece o mais solitário. Não sei se era a intenção da autora, mas o final dele apenas me deixou aliviada. A história toda me pareceu uma boa forma de falar sobre a falta ou dificuldade de comunicação entre os seres humanos. Parece que é um mal comum que sejamos sempre bastante autocentrados, o que dificulta vermos o outro fora das nossas próprias crenças. Ao mesmo tempo é sensacional ver que a literatura tem a capacidade de nos revelar subjetividades além de nós mesmos e esse livro consegue isto com maestria.
comentários(0)comente



Carol 23/03/2020

Encantador
Me encantei com a delicadeza que a Autora trata sobre solidão e a dificuldade de comunicação entre os seres humanos.
A história se passa nos Estados Unidos pós Grande Depressão, tendo como personagem principal Singer, um mudo. Ao longo do livro acompanhamos personagens de origens muito diferentes que se assemelham pelo fascínio pelo mudo, endeusado como a única pessoa que consegue entendê-los. Carson McCullers trata de forma genial sobre o sentimento de não pertencimento, com uma capacidade incrível de capturar a fragilidade existencial que permeia o vazio de uma existência solitária.
comentários(0)comente



Silvania.Saldanha 15/05/2020

Afinal tudo o que o buscamos na vida é o amor. Amor a nós mesmos, aos sonhos, à vida. E a vida? A vida precisa fazer algum sentido.
comentários(0)comente



Letícia Motta 03/08/2020

O CORAÇÃO É UM CAÇADOR SOLITÁRIO
Numa cidadezinha do sul dos Estados Unidos, no final dos anos 1930 os efeitos da Grande Depressão ainda se fazem sentir. Personagens como Biff Brannon, dono do restaurante que nunca fecha na cidade, a garota Mick, forçada a passar abruptamente a infância à idade adulta, o agitador marxista Jale Blount, o médico negro Benedict Copeland, que atende de graça os pacientes pobres e luta pela emancipação racial, enfrentam além da carência material, o flagelo da solidão e da incomunicabilidade.
O centro desta narrativa em que cada capítulo assume o ponto de vista de um personagem, é o mudo John Singer, um homem triste e solitário, que por sua serenidade enigmática é visto como um santo pela comunidade.
Este livro é um dos motivos de eu amar tanto a TAG Curadoria, é uma história que mostra vários personagens como protagonistas, e é literalmente a situação de se colocar no lugar do outro, e neste caso, é cativante, emocionante e empolgante do início ao fim. Por mais leituras como essa!!
O coração é um caçador solitário foi publicado em 1940, quando a autora tinha apenas 23 anos, e obteve reconhecimento imediato. O romance foi adaptado para o cinema em 1968 pelo diretor Robert Ellis Miller e publicado no Brasil, com outra tradução, nos anos de 1980.
comentários(0)comente



Fernanda Taniz 10/08/2020

Ainda bem que eu dei mais uma oportunidade e fiz uma releitura da obra. A cada capítulo eu mergulhava na história das personagens e elas acabaram conseguindo ligar os pontos depois umas com as outras. Que escrita perfeita, envolvente e maravilhosa. Minha personagem preferida foi o Blount, talvez pelo final. Fechei o livro e fiquei uns minutos me sentindo mal e isso no bom sentido.
comentários(0)comente



Mari :) 21/08/2020

O coração é um caçador solitário.
Uma história impressionante. Trata muito sobre amor incompreendido e como os mecanismos de defesa contra a frustração atuam em uma sociedade. É uma história onde o amor flora de todas as maneiras, seja materno, amor inocente, mas também trata dos sentimentos mais grotescos do ser humano. A sociedade em todos os aspectos está neste livro, o preconceito e o racismo. Um livro muito complexo sentimentalmente que precisa ser lido lentamente e com carinho.
Aprendi diversas etapas que o amor pode apresentar. Aprendi a ser ainda mais empática e acima de tudo escutar!
A história gira em torno de Singer, um mudo que conquistou uma cidade, mas seu coração foi partido de tal maneira que ele não aguentou mais viver sem seu amor ao seu lado.
Muito bom!!!
comentários(0)comente



sscorpiuskingg 19/06/2022

Levei muito tempo pra conseguir ler esse livro. É uma história pesada demais para ler em uma sentada, os personagens ficaram morando na minha cabeça esse tempo todo.
comentários(0)comente



Ronan 29/06/2022

"... A necessidade que eu sinto de você é uma solidão que eu não consigo suportar. [...] Não fui feito pra viver sozinho e sem você, que entende."

Que leitura incrível, a escrita da Carson é uma delícia de se ler, a forma que ela aborda os temas no livro, e os próprios temas tradados me surpreendeu muito, eu chorei em diverso momentos dessa leitura, ela consegue expor a solidão de uma forma espetacular, os temas sociais que ela traz continuam relevantes até os dias de hoje, é um livro que eu gostaria que fosse mais conhecido, uma narrativa que precisa ser lida.
comentários(0)comente



Gabriel1679 04/09/2019

"Para ela, era como se existissem dois lugares - o mundo de dentro e o mundo de fora. (...) O mundo de dentro era um lugar muito íntimo e secreto. Ela podia estar no meio de uma casa cheia de gente e mesmo assim ter a sensação de estar trancada num quarto sozinha."
comentários(0)comente



Eduarda Petry @paginaoito 19/11/2019

A solidão humana e a nossa necessidade de comunicação
What are all songs for me, now, who no more care to sing? (...)
But my heart is a lonely hunter that hunts on a lonely hill.

Sul dos Estados Unidos, final da década de 30. O mundo se prepara para a Segunda Guerra Mundial, enquanto esse pedaço da América confederada ainda se recupera da Grande Depressão. No meio de tudo isso, em uma pacata cidade, conhecemos John Singer, um gentil homem surdo que acaba de ver seu melhor amigo ser internado em uma clínica psiquiátrica. Forçado a mudar seus hábitos, Singer se vê envolvido na vida de novas pessoas, que enxergam nele uma contraparte compreensiva e acolhedora, um ouvido amigo - e a ironia desse fato não reside apenas nessa resenha, mas em todo o livro. É nesse contexto que somos introduzidos à Mick Kelly - uma adolescente que sonha em ser pianista -, Jake Blount - um marxista alcóolatra, Briff Brannon - o observador e realista dono do New York Café, e Benedict Copeland - um médico negro que almeja salvar o seu povo. Todos esses personagens são atraídos pela presença de Singer, e é sob essa perspectiva que nos são apresentadas suas personalidades, sonhos, ideais e valores, bem como a realidade cruel que permeia a vida de cada um.

O Coração é Um Caçador Solitário é um livro sobre a necessidade humana de se comunicar. É também um livro sobre a nossa incapacidade de fazê-lo. Presos às nossas expectativas do outro, criamos um ideal que não é recíproco: queremos ser ouvidos e compreendidos, mas o outro não nos interessa para além de um recipiente de nossas confissões. Singer é, dessa forma, a perfeita matéria prima para esse trabalho, sendo apto a apreender (lendo os lábios), mas incapaz de falar. Cada locutor enxerga no surdo o que lhe interessa. No entanto, nenhuma dessas coisas é o que ele é, sendo Singer apenas um homem cuja vida rotineira, marcada pela perda do seu principal ouvinte, beira a indiferença para com o mundo. Essa apatia pode ser facilmente confundida com afabilidade, e é talvez o próprio medo da solidão, e não o altruísmo, a principal motivação para acolher esses estranhos no seu quarto.

É na relação de Singer com Antonapoulos, seu amigo surdo, que vemos na personagem a mesma necessidade de comunicação. Pautada em conversas unilaterais, vemos aqui os papéis invertidos: agora Singer é quem fala sem parar, transformando cada pequena reação do amigo no respaldo e corroboração que necessita. De forma brilhante, McCullers demonstra no desfecho do livro o mutismo de todas as suas personagens, ressaltando o isolamento de cada um desses seres ludibriados pelas suas próprias ideações, incapazes de enxergar a realidade.

Foi uma leitura longa, amarga e densa. Em diversos momentos, me vi com o coração apertado, um nó na garganta, lágrimas nos olhos. Não é fácil um livro mexer comigo de forma tão intensa. A escrita da Carson McCullers é simples e descritiva, mas sem perder a agilidade. Também não perdeu a relevância no cenário atual, me fazendo refletir sobre diversos aspectos do que consideramos comunicação. Em tempos de redes sociais, o quanto da relação dessas personagens com Singer não é a nossa relação com o virtual? Escolhemos o que queremos ver, e enxergamos as situações pelo cenário que melhor nos agrada. Vivemos um período de cegueira elegida. Nos dois sentidos da palavra.
comentários(0)comente



148 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR