O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Julio.Jose 21/03/2023

Arrastado e enfadonho
Por se tratar de um clássico que foi censurado e considerado pornográfico talvez eu tenha ido com muita sede ao pote e me frustrei.

Em determinadas passagens, mais quando o amante e sua amada estão vivendo um tórrido romance ?proibido?, o livro fica mais dinâmico e a ansiedade por um final avassalador pode ser percebida, mas o fecho igualmente me frustrou.

Enfim, não funcionou muito pra mim, mas ao ler o comentário do autor, é louvável a sua tentativa de normalizar e naturalizar o sexo e principalmente o prazer feminino.

Ps O filme da Netflix é melhor.
KassioNey 25/04/2023minha estante
Foi esperando uma Julia Queen e encontrou uma tese sobre a economia Inglêsa ??




TatianaTati 20/03/2023

Foi divertido ter contato com essa obra "obscena"... ah se a galera de 1920 fizesse uma viagem no tempo... XD

Mas não foi a relação de Lady Chatterley com seu amante que mais me chamou atenção, foram as críticas políticas que permeiam boa parte da narrativa. O retrato dos mineiros como animais, o desprezo de Clifford pelos trabalhadores de sua mina, a exaltação de sua posição superior e "misericordiosa" por lhes dar trabalho para terem salário... Isso mexeu verdadeiramente comigo.

Cheguei a pensar também que foi esse contexto crítico da obra que a fez ser censurada à época, mas o texto "A propósito..." de Lawrence deixa claro que o escândalo era mesmo a lascívia do casal. Ah vá, zero paciência para esse puritanismo.
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Lucas1429 20/03/2023

Um protesto sexual e industrial
D.H. Lawrence declarou em um ensaio temático à obra a honestidade em produzir um romance sincero e salutar, que contém palavras que escandalizam num primeiro momento, mas depois amainam qualquer sensação de perplexo. Um registro necessário aos seus dias passados – hoje, seu sexo soa tímido. Completa ainda em sua justificativa que respiram aliviados àqueles que, num intelecto mínimo, enxergam a negociata que o autor arma entrelaçando uma simples história de amor, com personagens em manutenção de suas fisiologias naturais, à atração mútua convergida na transa natural.

A trama, se lida numa perspectiva rápida, parece apadrinhar um amor proibido, o de Constance “Connie” Chatterley e o guarda-caça, Oliver Mellors, da propriedade de Wragby, herdada ao seu marido, Clifford Chatterley, ferido em combate bélico e paralisado das pernas para baixo, palco das confluências dramáticas de muitas passagens. A casa, assim como a natureza do entorno – o bosque, as flores, a chuva -, são testemunhas e termômetros para os humores das figuras centrais.

Sentenciado à vulgaridade e ao adultério, na primeira vista, tem uma franca discussão posterior encoberta, não por muito, pois, sim, adianto, é um amor lindo, mas Lawrence é o tal onipresente e vai além, despeja declarações crítica às classes sociais e à sexualidade, são sobre estas prerrogativas que congrega a força de um romance que nasceu moderno, consciente em atingir o coletivo de suas mulheres.

Escrito às cinzas da era eduardiana, período de meticulosa rigidez e frigidez moralista acerca do que era consumido e difundido, o autor dribla os ares tradicionais na intenção provocativa de exercer sua função costumeira, brincar de transgressor. Mania que o acompanhava desde o início da produção literária. Sem prever que seria este seu último livro em vida, patenteia-o como a tua obra-prima: o escandaloso texto surtiu efeito suficiente para interceder na transição de períodos nas comunidades inglesas. Suas primeiras cópias banidas atualmente são de uma obscenidade inaudita, naturalizada.

Connie, ao identificar no marido o verbete machista e da imaculada pose nobre perante seus subalternos, os mineiros da região, negócio ancestral, é inflada na ânsia de viver, viver em vida, ainda. Se a introdução do relato é tolerante às cláusulas dos clássicos, rodeando no próprio rabo, denotando a rotina patrona dos Chatterleys, da entonação conformista de Connie num começo, seu miolo até o fim incita de uma só vez fôlego para o cerne da questão autoral, reflexão autônoma do sistema vivenciado – a constatar, dissimulado.

Liberta das contenções da casa, conflagram-se os melhores diálogos do livro dos encontros com Mellors, humanos em toda sua forma ao falarem e fazerem amor, ao foderem, ao dissecarem o mundo e suas diferenças, pessoais e usuais. O sexo, por sinal, é pouco gráfico (as denúncias foram pura bobagem intolerante). Ambos os protagonistas advêm de uma trajetória pregressa de repressões, Connie ao se casar sem demasiado fogo e cansada deste, e Mellors em suas trágicas histórias românticas. Sua junção explode em fagulhas de liberdade. Estão fadados a lutar por seus corações.

A narrativa do relacionamento, mesmo com ardor, é típica. Os louros vão para a sobriedade de cada partícula a mais que Lawrence retratou, da luta de classes de proletários numa Europa pós-Guerra, não mais anestesiada da realidade bélica a que foram conjugados, dispostos a reivindicar; e da sensualidade modernista em propagar paixão e tesão, reagindo em favor de um protesto feminino, nunca condenando Connie, mas abençoando seu gênero ao confrontarem seus respectivos prazeres e aos compartilharem com quem quisessem.

Articulado em dissuadir a massa cinzenta de uma aristocrata, Lawrence, com carinho, pajeia o par como uma esperança, liberta uma mulher de um homem alheio ao seu relacionamento para intercedê-la ao caminho oposto do pessimismo, sentenciando-os ao hino da carne e da ternura.
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trizclassics 18/03/2023

Eu fico imaginando: e se a galerinha da década de 20 lêsse Cinquenta Tons de Cinza? Esse livro é nada comparado ao mais explícito que temos hoje em dia... maldita Era Vitoriana
Vamos de mais um clássico? Pois bem!

Em primeiro lugar, "O Amante de Lady Chatterley" causou polêmica na época em que foi lançado e foi censurado por vários anos [da década de 20 até década de 60]. Porém, por que? Simples: devido a cenas explícitas de s3x0, do prazer feminino e para além disso… traição por parte da… mulher.

A obra passou por, ao todo, três alterações por parte de seu autor, o D.H. Lawrence [obra polêmica, autor polêmico idem] para que fosse aceitável ao leitores da década de 20. Bom, eu já li a trilogia de "Cinquenta Tons de Cinzas" e eu fico imaginando este livro na década 20 no lugar de "O Amante de Lady Chatterley", já pensou?

No entanto, tudo isso foi uma herança da Era Vitoriana. Foi nessa Era que houve a implantação de valores morais de forma intensa, a chamada ‘moral vitoriana': havia a restrição sexual e um código social de conduta pública rigoroso. Como isso aconteceu dentro do Império Britânico que passou a ter um grande fortalecimento nessa Era [principalmente conquistando colônias ao redor mundo], essa moral foi espalhada para o mundo.

Dito isso, vamos à obra.

A história se inicia com o marido de Constance Chatterley [a tal Lady Chatterley], o Clifford Chatterley, voltando de uma guerra e volta com o corpo paralisado, principalmente naquela região que sabemos bem e, portanto, está impossibilitado de ter relações sexuais e não tem como ter filhos com sua esposa, a Constance.

Sendo Constance uma mulher bastante liberal [com um apetite s3xu4l beeeeem…], ela morre de tédio pelo fardo de cuidar de seu marido paralisado da cintura para baixo, além de ser destratada por este [um homem conservador e bastante tradicionalista]. Consequentemente, a Chatterley se envolve em um caso de amor com o empregado [guarda-caças] do marido, o Oliver Mellors, amante este que pertence a uma classe inferior a sua.

Muito embora sejam amantes, Constance não consegue disfarçar 100% sua relação com o guarda-caças de seu marido, o que levanta sempre suspeitas de seu marido e dos empregados da propriedade da família Chatterley. Eles sempre estão se encontrando, até em momentos até inapropriados [algo parecido com mato???] e é nestes momentos onde as descrições das relações sexuais são bem vívidas e não são todos os autores que sabem descrever bem certas cenas de s3x0.

Porém, não quero somente dizer que trata-se de um livro que é p0rn0, e aqui não estou usando o termo depreciativo, mas sim o termo técnico de “p0rn0gr4f14”, isto é: "material contendo descrição ou exibição explícita de órgãos ou atividades sexuais, com o objetivo de estimular a excitação sexual" [dicionário, ok?], mas também dizer que o livro há ampla discussão da época, por exemplo: há uma descrição de s3x0 e do nada aparece um debate anticapitalista com críticas das relações de trabalho, do nada uma discussão sobre a União Soviética [em ascensão, estamos na década de 20] e etc.

Logo, ao meu ver é um livro bem escrito, porém eu acho que os debates são bem melhores do que a descrição do s3x0 em si, hahaha. Essa edição que eu li é da Antofágica e, portanto, há ilustrações… +18. Logo, escolha uma edição para sua idade :)

site: https://www.instagram.com/readstriz/
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Mariana 15/03/2023

Foi bom
Gostei do livro, mas ele não é pra mim ?. É um livro muito a frente de seu tempo, Lady Chatterley é uma mulher bastante moderna e sexualmente livre para sua época.

Mas algo nele não funcionou pra mim, não consegui me conectar com a história.
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Natália 15/03/2023

O Amante de Lady Chatterley
Me propus a ler "O Amante de Lady Chatterley" por curiosidade, então não sabia se realmente iria funcionar para mim.
Aqui me deparei com uma ênfase muito grande nas relações sexuais entre os personagens.
Apesar de Connie (Lady Chatterley) ter, no início, uma personalidade livre, após o casamento e a relação com Guarda-caça, ela se tornou submissa, carente e não pareceu refletir muito sobre.
O guarda-caça em si é muito bruto, tem falas que me incomodaram, além de a relação com a Connie, que mesmo depois de se desenvolver, se manteve a mesma, extremamente focada nele, não me pareceu pensar no que ela queria, sentia ou pensava.
E somente no fim, em seus divórcios e separados, é que ficou evidente um carinho entre eles; na carta final do ex guarda-caça à Connie, onde ele expressa seu amor por ela.
Os pontos que eu gostei foram os dois últimos capítulos e as questões políticas e econômicas.
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naicaroline 14/03/2023

Revolucionário para a época
Claramente se trata de mais assuntos do que só o amante da lady. Vou começar com as partes que me agradou.
Gostei da ambientação do livro, retratando o tempo de guerra, o avanço do mercado, as desigualdades sociais, diferenças de classes, e claro, o tabu em cima da mulher e tudo o que envolve ela. Há momentos e frases que são até inacreditáveis de pensar que realmente eram naturalizada, acho que Lawrence consegue despertar bem esse sentimento de indignação (não sei se seria bem isso, mas por enquanto serve kkkk) com os assuntos que ele aborda.

Porém, ao mesmo tempo, em que para a época, Lawrence estava trazendo a tona a liberdade da mulher, a liberdade da sexualidade, quase de um modo "feminista" me incomoda em ver, levando em consideração os dias atuais, como Oliver é machista e "um homem das cavernas" com Connie.
Ele não é instigante, nem "apaixonante" no geral; ele é "rústico" e desperta um lado desavergonhado dela, e é isso.
Terminei o livro achando que Connie saiu de um péssimo companheiro para um outro que é só "ruim".

Em geral achei uma leitura ok, consigo compreender o porquê foi impactante para a época.
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Paula.Costa 14/03/2023

Uma leitura quente! Romance bastante sexual, de época, que foi polêmico e até proibido por falar de assuntos tabus a época. Levando em consideração a época em que foi escrito, é bem ousado e apesar de ter gostado bastante, há um certo incômodo com algumas situações, onde a tentativa de descrever o prazer feminino claramente está sendo feita por um homem! Apesar disso é uma boa leitura e recomendo muito!
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Bianca 12/03/2023

O livro foi escrito por um homem e mostra isso em cada detalhe. A Connie é uma mulher feita por um homem.

Sinto que se esse livro tivesse sido escrito por uma mulher, ele seria um dos melhores romances do mundo. Ele é bom, não me levem a mal, mas falta algo.

Entendo a importância dele para a época que foi escrito, mas a visão dele sobre as mulheres e sobre o sexo é totalmente fechada e masculina. Talvez para outras pessoas, isso não seja um defeito.

Tolstói conseguiu fazer Anna Karenina com muito mais habilidade. Talvez justamente por não falar de sexo tão explicitamente. Não sei. É um livro bom, mas tenho ressalvas.
Natália 13/03/2023minha estante
Ainda não acabei e concordo contigo!


Juliana 26/03/2023minha estante
Fiquei pensando exatamente nisso enquanto lia?




Rodrigo 12/03/2023

Muito mais que um caso extraconjugal
A obra aborda temas bem mais substanciais do que o amor entre Lady Chatterley e seu amante, pois também discute a questão social e econômica da época.
A leitura é bem dinâmica e o autor soube nos prender no enredo apresentado.
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Erica.Barone 26/02/2023

Achei a leitura um pouco cansativa eis que muito descritiva. Polêmico em sua época, as questões postas, ainda são sensíveis: o gozo feminino e a divisão de classes. Segundo Nara Vidal, ?O movimento para a modificação das estruturas - seja de gênero ou de classe -, encontrava resistência de quem detinha os os privilégios. Uma mulher que sente prazer é promíscua, e um operário que escreve um livro é um ultraje, alguém cuja a linguagem não é experimental ou original; mas vulgar?. Ao que parece ainda não tivemos uma grande evolução em relação a isso. A edição da Antofágica é um primor.
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Ronan 26/02/2023

⭐⭐⭐⭐½

Gostei muito de toda a narrativa desse livro, amei a escrita do D. H. Lawrence, os personagens me cativaram imensamente. Toda a história foi extremamente interessante de se ler, fiquei muito surpreso por conta de ele se estender para muito além de um caso sórdido de traição, ele fala muito sobre a sociedade da época, sobre toda a questão de classes, o que me fez gostar ainda mais desse livro.
Quero muito ler outros textos do D. H. Lawrence após esse livro.
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Yasmin 21/02/2023

Uma cena ardente de sexo e logo depois um discurso anticapitalista com críticas às relações de trabalho
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Vivi 20/02/2023

Um livro bem importante pra literatura mundial.
Achei a leitura interessante, com personagens bem construídos mas no final, fiquei com a sensação que faltou metade da história.
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