A morte em Veneza & Tonio Kröger

A morte em Veneza & Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza & Tonio Kröger


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arthur966 27/07/2021

desde a adolescência, tudo e todos o impeliam a realizar sua obra, essa obra que tinha de ser extraordinária, e, assim, nunca chegara a conhecer a ociosidade ou a leviana despreocupação, peculiares da juventude.
(morte em veneza 4/5)

eles não o entenderiam, escutariam perplexos o que ele teria a dizer. pois a lingua deles não era a sua língua.
(tonio kröger 5/5)
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Tatta 20/07/2021

ler um clássico, como italo calvino já disse, é melhor do que não lê-lo.

a morte em veneza é aquela típica história de que se tem medo de ler. sabemos que é um dos textos fundamentais da literatura. some a isso ser o meu primeiro contato com thomas mann.

o resultado: uma leitura em que eu estava bem imerso e pronto para amar. posso dizer que é bem escrito e complexo. foi na medida o tamanho, porque um pouco mais acho que eu perderia o foco. fiquei preocupado com os buddenbook e a montanha mágica.

sobre a história: é bem instigante. acho que nem mesmo o mais desatento leitor diria que esse é um livro sobre pedofilia. acredito que essa seja na verdade um tributo à juventude e à recusa ao envelhecimento (acompanhado de sua inevitabilidade).

já tonio kröger, ao menos para mim, serviu como um bônus - e de fato é uma novela que cai muito bem nessa coletânea.
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Juliana (Ju/Jubs) 10/07/2021

Este é provavelmente o livro mais difícil que já li na vida. Desde pequena eu sempre tive interesse em "A Morte em Veneza" pura e simplesmente pelo título; mas ninguém me avisou da dificuldade. Na primeira novela, no começo, eu tive que ler cada parágrafo três vezes para conseguir o mínimo de entendimento, mas depois a leitura começou a fluir.

Mesmo não entendendo tudo, "A Morte em Veneza" me surpreendeu muito e me deixou intrigada pela quantidade esmagadora de simbologia e referências, o pouco que consegui extrair me deixou muito animada, pois parece um enigma a ser desvendado.

Na segunda novela, "Tonio Kröger" eu me preparei psicologicamente para a mesma dificuldade, mas foi extremamente mais fácil de entender e eu adorei o primeiro capítulo. Esta novela não me pareceu ter muito mistério, mas deu para aprender bastante sobre o autor, o que foi muito interessante.

Gostaria de deixar um destaque ao fato de os protagonistas das duas novelas serem bissexuais, isso em textos escritos por volta de 1900. Eu fiquei muito feliz e surpresa, fico pensando no surto que não foi na época e isso me alegra muito mais. Bissexuais existem e estes textos são uma amostra de que não são uma "invenção da modernidade".
Antonio.Junior 27/07/2021minha estante
Imagine então a surpresa do mundo ao Freud afirmar em 1905 que: "Todos temos uma predisposição natural para a bissexualidade".




Carol 04/07/2021

Impressões da Carol
Livro: A morte em Veneza {1912} e Tonio Kröger {1903}
Autor: Thomas Mann {Alemanha, 1875-1955}
Tradução: Herbert Caro e Mário Luiz Frungillo
Editora: Companhia das Letras
198p.

O livro escolhido para o debate no clube @leialgbtq, do instagram, deste mês foi "A morte em Veneza", que considero uma novela perfeita. Acabei lendo, também, "Tonio Kröger", que dialoga com o mote central da novela mais conhecida de Thomas Mann: o ideal clássico do belo e o embate do artista entre a razão e o caos.

Aschenbach é um escritor de meia-idade, renomado, que ao cruzar com um estrangeiro desconhecido, em frente a um cemitério, é atravessado pela ânsia de viajar. O que o leva à Veneza, onde irá conhecer Tadzio, adolescente de "diáfana e intangível beleza".

A admiração por este belo encarnado, de início platônica, desdobra-se em desejo sexual, em pulsão de morte, ao mesmo tempo em que a cidade de Veneza é acometida pela peste, pela cólera, que traz a ruína anunciada desde o título.

"A morte em Veneza" é um texto bastante erudito, a começar por este mote estético, que resgata a oposição entre as forças apolíneas (da consciência) e as forças dionisíacas (do instinto), conceitos abordados por Nietzsche em 'O nascimento da tragédia'.

A estrutura da novela é a da tragédia grega, com sua imagética ancorada na mitologia. Além da óbvia referência a Apolo e a Dionísio, temos a presença da deusa Eos, quando Aschenbach observa o amanhecer e do barqueiro Caronte e sua travessia no Hades, quando Aschenbach passeia pelos canais venezianos.

Mann faz referência ao espírito do tempo, de Hegel, e o preço que o artista moderno deve satisfazer para possibilitar o fazer criativo, a submissão do próprio ser. E cita, diretamente, 'Fedro', de Platão. A ideia da beleza em si passa forçosamente pela beleza sensível, mas, é necessário dela distanciar-se.

Enfim, "A Morte em Veneza" é uma novela que permite diversas chaves de leitura, suas poucas páginas enganam o leitor incauto. Eu poderia falar mais da morte como leitmotiv ou da negação do tempo ou mesmo da doença como libertação dos interditos morais. Porém, pela limitação de caracteres, deixo a minha forte indicação de leitura.

"Também do ponto de vista pessoal, a arte é uma vida mais intensa. Causa profunda felicidade, porém consome rapidamente. Grava na fisionomia de seu servidor os sinais de aventuras imaginárias e espirituais, e, não obstante a calma monacal da existência exterior, produz no decorrer do tempo um quê de fastio, ultrarrefinamento, cansaço, curiosidade dos nervos, tais como a vida cheia de orgiásticos prazeres e paixões dificilmente seria capaz de provocar." p. 23
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Rayssa 29/05/2021

Arte, beleza, amor.
A morte em Veneza 5/5

Thomas Mann realmente foi um gênio. Essa foi minha primeira leitura do autor e fiquei encantada com o nível de sua prosa. Em "A morte em Veneza" vamos acompanhar a história de Aschenbach, um nobre escritor decadente vai para Veneza em busca de novos ares e novas inspirações. Ao chegar lá, apaixona-se por um menino de beleza ímpar e passa a persegui-lo pela cidade que, imprevisivelmente, começa a passar por uma epidemia de peste. Utilizando-se desse centro narrativo simples, o autor nos apresenta diversas elucidações filosóficas por meio de uma escrita rebuscada, irônica e repleta de camadas.

Confesso que no começo não foi fácil captar tudo o que estava lendo, tive que retomar várias vezes o texto e reler para tentar entender, pois o texto realmente é mais complicado. Porém, com o tempo me acostumei ao jeito de narrar de Mann e a leitura passou a ser mais tranquila. Só a premissa básica da história já foi extremamente envolvente para mim. Temos um escritor super respeitado e sério perdendo toda a sua sanidade e se deixando levar por uma obsessão inconsequente. Mas, além disso, o autor realmente constrói essa obra monumental ao nos colocar diante de questões interessantíssimas em suas essências, como por exemplo, a posição do artista na sociedade e os dilemas que envolvem a própria criação da arte.  A luta entre razão e emoção também é um tema presente em toda a obra, bem como a contemplação e importância da beleza para o artista e para a filosofia, na medida em que o personagem garoto é a personificação da beleza em seu estado puro, e é exatamente isso que encanta o artista/escritor Aschenbach. A fascinação crescente pelo belo o preenche de formas inesperadas e se torna uma obsessão que o levará a um fim triste, eu diria.

Enfim, são diversas elucidações que se esmiúçam na narrativa e me deixaram impressionada de verdade com a genialidade de suas palavras e ideias. Infelizmente, nenhum texto que eu pudesse escrever poderia passar a imensidão que traz esse livro. O importante é que seja lido. É uma leitura que requer muita atenção e paciência, porém, totalmente recompensadora! 

Tonio Kröger 5/5

A segunda novela do livro nos conta a história de Tonio Kröger, escritor e poeta, bissexual que faz uma viagem em busca de si mesmo.

Novamente o autor toca no tema do papel do artista na sociedade, porém, aqui o escritor, de pele morena, ainda que burguês, tenta encontrar seu lugar no meio de pessoas brancas, do olho azul, loiras, etc. Além disso, ele aborda a questão da estigmatização do artista na sociedade, bem como a dualidade da vida que busca a paz espiritual e ao mesmo tempo deseja se entregar à devassidão.

Não tem a mesma força de Morte em Veneza, mas não deixa de ser excelente.
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Thais M 25/04/2021

Um livro para começar a ler Thomas Mann!
Quando se fala de literatura alemã e clássica, Thomas Mann é sempre citado em algum momento. Então, para conhecer sua escrita, optei por esse livro que possui duas narrativas do autor mais curtas: A morte em Veneza e Tonio Kröger.

A primeira novela, A Morte em Veneza, conta a história de Gustav von Aschenbach, um célebre escritor obcecado pela perfeição em seu trabalho. Alcançou a fama ainda cedo, mas, nem por isso, desacreditava de seu talento. No entanto, a insatisfação com o que vinha passando leva Aschenbach a uma decisão: a necessidade de respirar novos ares. Então ele parte para Veneza, onde uma série de acontecimentos derruba toda monotonia de sua vida. E a partir dessa decisão, vemos toda a narrativa evoluindo, bem como Aschenbach.

Já em, Tonio Kröger, um romance de primeira fase, o autor descreve a história de um filho que pertence ao um meio burguês, que vive em busca de um lugar no mundo. Pois desde de jovem, sente-se dividido entre dois universos: as artes e as letras, que se identifica com seu lado materno, e a vida burguesa e burocrática, reflexo paterno. No entanto, Kröger não se sente aceito em nenhum dos dois meios e, embora tenha optado pela escrita (as letras), incomoda-se a todo momento do caminho que tomou. E é a partir desse impasse que Mann desenvolve sua narrativa e personagem.

Pode-se notar durante a leitura que as duas novelas, ou seja, tanto A morte em Veneza quanto Tonio Kröger, apresentam similaridades em que ambos personagens tratam-se de um escritor. Além disso, nota-se também a ênfase nos conflitos, explanação dos sentimentos e divagações dos personagens dando um caráter profundas reflexões as narrativas.

Quanto a experiência de leitura, esse foi um livro que não me envolvi muito com as narrativas a ponto de adorar. No entanto, ela também não me pareceu ruim, apenas digo que foi um livro bom, onde podemos perceber uma obra que foi bem construída. Mas, se eu pudesse dar uma dica é: se você não é amante de livros que desenvolvem muito seus personagens no campo dos sentimentos ou ideias, talvez não seja o momento da leitura desse livro para você. Embora o recomendo fortemente como um livro para conhecer a obra de Thomas Mann por uma característica: ser uma novela (narrativa de tamanho curta a média).

Então pode-se tirar como conclusão o seguinte: é um livro que talvez muitos não vão gostar e porque simplesmente não gostam mesmo ou então porque não estão no 'time' da leitura dessa obra. Mas aos que leram assim como eu, vejo que é um livro que merece releitura, principalmente quando pensamos que nós leitores criamos ao longo da vida a maturidade literária também.
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Bruna Peixoto 31/03/2021

A morte em Veneza - Uma história interessante e muito bem escrita.
Tonio Kroger narra a solidão de uma pessoa, é alguém que vive em dois mundos e não se sente bem em nenhum deles.
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Ramalho 31/03/2021

Espero um dia chegar a qualidade filosófica e dominio de escrita que Thomas Mann tem. Ele é o melhor escritor que ja li. Mae e Saramago sao os mais dedicados, Tolstoi o mais orgnizado; mas Mann é o mais "profissional". É o último autor erudito do mundo, na minha opiniao. Tras filosofia em seus personagens, traz dilemas, desejos e receios...é uma obra e um autor poderozissimo. Sabe compor boas frases e nunca li algo instropctivo tao bom...isso porque o autor nao te tira da realidade para fazer isso, ele faz ainda imerso na história. Consegue falar sobre o que angustia a personagem ao fato que as coisas estao ocorrendo.
O livro trata muito acerca da beleza, o primeiro conto (ou novela pelo tamanho) fala muito sobre o belo. Me lembrou muito Oscar Wilde a forma como o autor fez isso, porem, com Mann tudo é muito mais filosófico. A arte se torna quase que erudita e nao simplesmente beleza. Se existe algum escritor contemporaneo que é de fato erudito e fala sobre dilemas morais ou filosoficos eu desconheço...pois sinto que depois de Mann e de Camus isso pouco se vê na literatura...sendo substituida por criticas a sociedade ou a algo, ou simplesmente a demonstrar a beleza de um momento ou de algo...
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karlinismo 29/03/2021

O dever de uma realização extraordinária
O homem possui um talento curioso: põe fardos que não lhe pertence sobre si.

Motivados pela cobiça, pela vanglória, pelo exemplo de outros, pelas circunstâncias, pelo desespero e desamparo, nas formas mais complexas e inusitadas, como só um ser humano é capaz de experimentar, somos inevitavelmente levados ao erro.
Nosso desejo de transcendência, nossa necessidade de preenchimento e nossa aspiração a posse do bem, natureza que nada pode fazer calar por completo, em vias desordenadas nos encaminham para um vazio existencial do tamanho de nós mesmos, e por isso insuportável. Com ébrio ou doentio entusiasmo, desejamos o mundo inteiro para saciarmo-nos nele. O sentido e o valor de nossas vidas é depositado em nossas obras e bens, proporcionando uma sensação de segurança e satisfação tão falsas e frágeis que, a menor contrariedade, nos empurra ao terror e desmedido sofrimento.

Tonio Kroger confessa, em sua devastada melancolia: "não encontro o que procuro". E, seu semelhante, Gustav Ashenbach, responde, atormentado pelos próprios nervos: "pois não conseguimos elevar-nos, apenas exerceder-nos".

E sim, execede-se continuamente a pobre humanidade pela crença utilitarista e destrutiva no dever de realizar coisas extraordinárias.

Engrandecer-se pelas obras e pelos bens. Você consegue se lembrar a primeira vez que ouviu que deveria "ser alguém na vida"?
O nosso valor passa a ser calculado pelo que fazemos e possuímos.

A causa e o fim pelo qual cada pessoa existe é desprezado e o valor inato e irredutível de cada alma é ignorado. E assim, vários vão perdendo-se, pretendendo forjar com as próprias mãos um sentido para as suas vidas.

O homem simples, anônimo, dócil ao presente, despretensioso, e que assim abraça-se a mais genuína felicidade é o maior mistério para uma geração calculista e cobiçosa.

Esta obra de Thomas Mann é abundante em camadas, trazendo inúmeras reflexões filosóficas e morais, além das ricas referências literárias. Para isso usa o estado do artista, apresentando sua posição na sociedade e sua conduta mordaz quando coloca altas exigências e ideais para a perfeição acima de tudo e todos. No entanto, isso é uma realidade amplamente humana, vivida por condições, objetivos e interesses múltiplos.

E essa perseguição a felicidade, a plenitude, a realização pessoal, nas coisas temporais e quebradiças é ferir-se. Ferida de morte!

Falando diretamente sobre os personagens, ambos sentiram a falta de algo no coração, sentiram aquele espaço inóspito que protesta por zelo e habitação, mas foram incapazes de dar nome às suas moções mais íntimas, interpretando, levianamente, como uma 'vontade de viajar'. E foram buscar fora o que estava dentro, e, sem nenhum espanto de minha parte, terminaram sem nada, divagando em ilusões.

Penso muitas coisas a respeito dessas histórias, e, infelizmente não concebo minhas impressões como gostaria, mas termino com a máxima bíblica: "Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo??. (LC 9, 25)
karlinismo 30/03/2021minha estante
Correção ortográfica para 'exceder-nos' e 'excede-se'! :)




Gabriel 14/03/2021

Denso e interessante
Mann traz nas duas novelas ?Morte em Veneza? e ?Tonio Kröger? uma abordagem muito interessante de fatos ordinários da vida no ponto de vista de cada narrador.

Em cada acontecimento das pequenas histórias, temos grandes reflexões de pontos filosóficos existênciais que, apesar de densas e um pouco difíceis de acompanhar, são bastante prazeirosas de ler.
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Steph.Mostav 12/03/2021

Um esteta implacável
As duas novelas tratam da posição do artista com relação à sociedade, do que significa esse distanciamento (no caso de Tonio Kröger) ou a consequência de uma eventual aproximação (Morte em Veneza). Isso tem muito a ver com a própria experiência de Mann, como filho de alemão com uma brasileira, que sentia-se à parte do restante dos colegas desde a infância. Se estabelece então a dicotomia entre o artista e o burguês, o mundo das ideias do mundo banal, o gênio do homem comum. Contudo, essa distância entre a vida e a arte é repensada pelo autor após a ascensão do nazismo, pois só intelectuais que conseguem alcançar o povo podem evitar que políticas nefastas tornem a vida (e a arte) insustentáveis.
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alex 07/03/2021

"A Morte em Veneza" e "Tonio Kroger", de Thomas Mann
Duas obras, tidas como autobiográficas, caracterizam o elitismo intelectual do autor. Texto "limpo", elegante e clássico.

O primeiro publicado em 1912 e o segundo em 1903 (Mann nasceu em 1975 e faleceu em 1955) deixam claro que foram escritos em uma época de ouro para a elite europeia.

Os textos, contudo, vão muito além. Na verdade, chamou a minha atenção que em ambos o protagonista é LGBT (para a minha surpresa). Na primeira obra é gay e na segunda parece bi. Em ambos, ele é escritor. Mas nem de longe esta é uma questão central na obra, que discute o indivíduo, pelo seu próprio ponto de vista, sem se prender a esses rótulos.
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Diana Vila 04/03/2021

Nada do que eu disser estará a altura desse livro. Então direi simplesmente que recomendo fortemente a leitura para que vocês possa tirar suas próprias conclusões ?
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Daniel Andrade 03/03/2021

Uma leitura valiosa.
A escrita do Thomas Mann deve ser uma das mais bonitas da literatura mundial. Ainda tenho como objetivo ler algum livro dele no original, mas por enquanto meu conhecimento em alemão não permite.
Sobre o livro, gostei bastante. Me identifiquei muito, tanto com Gustav Aschenbach quanto com Tonio Kröger. Não me tornei muito fã dos finais de ambas as histórias, mas vale muito a pena.
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