A morte em Veneza & Tonio Kröger

A morte em Veneza & Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza & Tonio Kröger


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Carolina.Gomes 14/02/2021

Histórias entrelaçadas
Nesse livro estão duas novelas que tratam da jornada de dois escritores.
O primeiro, Aschenbach, vive para o trabalho e desconhece o prazer.
Em busca de uma experiência nova que possa inspirá-lo a escrever uma nova obra, ele parte para Veneza e lá se apaixona platonicamente por um jovem de beleza indizível.
Ignorando os riscos de uma epidemia de cólera, na cidade, Aschenbach segue obsessivamente, o jovem Tadzio, colocando sua própria vida em risco em uma obsessão pela beleza e perfeição.
Nessa novela, há muitos elementos de mitologia grega e eu acredito q o Aschenbach persegue Tadzio como um autor q persegue a musa inspiradora.

Na novela Tonio Kroger, o personagem é um autor em busca de si mesmo, tentando encontrar sua própria identidade como escritor e o equilíbrio entre a arte e os prazeres da vida. Tonio ama a vida e os seres humanos e mergulha no universo contemplativo de sua inspiração.

Há pontos de similitude entre os dois personagens embora ambos sejam bem diferentes.

Thomas Mann domina a narrativa com maestria. Fiquei bastante impressionada e já quero ler outras obras.
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Alyne.Queiroz 10/02/2021

Livro difícil
Com certeza o livro merece mais que 3,5 estrelas o problema aqui é mais da leitora que da obra, a linguagem é muito rebuscada e prolixa, pra ler essa obra e chegar perto de um entendimento tem que se ter uma bagagem de Nietzsche, Schopenhauer, Dionísio, coisa que não tenho, então é um livro pra uma releitura bem mais pra frente
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ricardo marçal 27/01/2021

Estas são duas novelas que Thomas Mann produziu entre Os Buddenbrooks e A Montanha Mágica. Ambas representam artistas em crise existencial, tema que talvez forneça a motivação para maiores experimentos com a frase - no que se afasta da simplicidade precisa de Os Buddenbrook, mas preservando com habilidade o conforto da leitura. Em Morte em Veneza, todos os elementos das diversas camadas do texto participam da construção do personagem principal e de seu destino; não há desperdício. Tonio Kröger, de tons autobiográficos, entrega a ambientação psicológica, filosófica e artística da obra de Mann.
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Lucas.Batista 26/01/2021

Fundametal
Tanto Thomas Mann quanto A Morte Em Veneza são absolutamente consagrados como cânones da literatura mundial, sendo assim, não há o que eu possa dizer aqui que já não tenha sido dito de maneira melhor e por pessoas mais qualificadas.
Fica aqui apenas a minha recomendação de uma história tão bem contada e cujo lirismo do texto faz com que o leitor perca muito tempo nos versos.
Que coisa linda é a literatura.
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LairJr 07/12/2020

Nessa narrativa o poeta se vê arrebatado pelo belo e, a partir daí, passa a percorrer um caminho de contemplação irresistível, regada de reflexões filosóficas. O autor possui uma escrita e uma estética impecáveis.
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João 07/12/2020

Como começar (ou não)... Thomas Mann
A morte em Veneza

Já ouvi falar que este era um bom livro pra começar a ler a obra do Thomas Mann, mas, depois de começá-la por ele, devo discordar. Pelo menos uma discórdia pela metade. À metade que concerne A Morte em Veneza devo dizer que existem muitas camadas camufladas na pele de suas setenta páginas.
À parte de seu enredo perturbador ? um escritor quadragenário se acha obcecado pela beleza de um jovem adolescente polonês em uma Veneza assolada por uma epidemia misteriosa ao interlocultor ? encontramos as reflexões profundas e encantadoras de Mann sobre temas como a arte, a literatura e a beleza. Valendo-se de símbolos da mitologia grega e conversando com obras de Nietzche e Platão, Mann constroi o curiosíssimo personagem do escritor Gustav von Aschenbach (cuja impressão inicial é de ser um reflexo do próprio Thomas Mann).
É precisamente por essa razão que eu não a consideraria um começo interessante para a obra do Mann. Apesar de ser uma novela muito boa e muitíssimo bem escrita, a carga simbólica e filosófica pode assustar o leitor no primeiro olhar. O meu primeiro impulso ao finalizar sua leitura foi o de retormar da primeira página com caneta na mão e decifrar todos esses símbolos que minha pobreza intelectual me privou de reconhecer.
Sou grato à Mann por me apresentar ao mito de Eros, às conversas de Sócrates com Fedro e às suas reflexões próprias sobre o objetivo da arte e a nossa relação com a beleza. Como todo bom clássico, é um livro que merecia notas bibliográficas e releituras em diferentes etapas da vida para tentar esgotar todos os seus significados.
Como a editora não fez a gentileza de colocar notas bibliográficas, com o tempo e com releituras pretendo construir as minhas.

Tonio Kröger

?(...) a história de um escritor moreno que se sente melancolicamente isolado entre os outros, os loiros, e que anseia pela vida simples dos normais, mas que ao mesmo tempo se sente eleito e não pode esconder o seu ligeiro desdém pela normalidade confortável da multidão? Anatol Rosenfeld, Thomas Mann (São Paulo: Perspectiva, 1994. Coleção Debates)
Indo de encontro ao que falei lá n?A Morte em Veneza, Tonio Kröger já seria a novela ideal para conhecer o Thomas Mann. Talvez até a novela perfeita.
Isto por que o Tonio guarda algumas características do próprio Thomas Mann, como o fato de ter um pai europeu e uma mãe brasileira, a sua capacidade de se apaixonar tanto por homens quanto por mulheres, um certo deslocamento dos demais burgueses contemporâneos e um elogio máximo à literatura.
Em pouco mais de 60 páginas passeamos por uma história que consegue ser profunda e divertidade; densa e, ainda assim, fluida.
Tá esperando o quê pra se apaixonar pela escrita do Thomas Mann também?
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yas 12/11/2020

(...) eu enrubesço ao pensar o quanto aquela pessoa íntegra ficaria desiludida se pudesse um dia lançar um olhar por trás dos bastidores, se sua inocência viesse a compreender que uma pessoa de bem, sadia e decente absolutamente não escreve, não representa, não compõe...
(Mann, Thomas - Tonio Kröger)

Além dessa mais algumas passagens me marcaram durante esta leitura e eu não poderia estar mais embevecida com as profundas mas ainda sim singelas críticas e reflexões aos artistas e à sociedade feitas por Mann.

O autor é claramente um homem de sua época (século XIX) e sua obra não poderia deixar de apresentar características literárias da sociedade vigente, todavia Thomas possui uma especificidade e visão tão únicas do mundo intelectual e da vida como artista.

Para além das críticas, há também um sentimento e ponderação acerca de questões íntimas do ser humano e especialmente do cidadão intelectual alemão do século XIX.
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Paula.Fernandes 28/08/2020

Ótima obra do Mann
Com suas descrições rebuscadas e o enredo de novel alemã o autor mostra a relação entre o artista e o belo, fazendo referências a outros textos e trazendo filosofia á obra. Em suas poucas páginas é possível mergulhar na complexidade das obras do Mann.Leitura certamente recomendada.
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Dri Viana 15/08/2020

As duas novelas são simplesmente incríveis! As histórias carregas de ironia e as personagens sanguíneas, geralmente a marca de autores latinos, são herdadas por Mann pela sua mãe brasileira.
Entretanto, a novela de Tonio Kruger me cativou muito mais do que a famosa ?A Morte em Veneza?, talvez por me identificar um pouco com a personagem (bissexual, inseguro, deslocado), Tonio realmente me cativou, ao mesmo tempo que sentia muita raiva dele por ser tão mimado. Apesar disso, ?A morte em Veneza? é uma história que realmente te prende, Mann constrói a história de maneira frenética, onde o desenrolar das coisas vai ser tornando cada vez mais desesperador e claustrofóbico.
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Adonai 19/07/2020

Mais um livro brilhante
Como é possível, em um texto curto, tantas reflexões, referências e camadas de leitura? Foi talvez uma das primeiras questões que me fiz ao finalizar esse livro e especificamente a primeira novela A morte em Veneza. Não foi o meu primeiro contato com o autor, já li A montanha mágica e o meu amor pelo autor apenas cresce.

Um texto denso, com um ritmo próprio (quase um concerto de música erudita) e que carrega inúmeras referências de outras obras literárias e filosóficas, essa primeira novela é um constante questionar sobre a razão, o sentir, o que é escrever, o que é fazer arte, o que é o belo. A segunda novela não fica longe disso, porém percebo um tom mais inicial, como se Mann tivesse amadurecido sua expressão entre a produção dessas duas textualidades. Com certeza é aquele livro que vale ser (re)lido mais vezes.
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mrsnone 16/06/2020

A reflexão de Thomas Mann
Os dois contos que se encontram no livro são extremamente magníficos. Com escrita e estética impecáveis. No primeiro conto "morte em veneza" temos um personagem que é um escritor e que procura se distanciar um pouco dos lugares que frequentava, decide, então, viajar à Veneza e passar uns tempos por lá. Acaba se apaixonando por um garoto chamado "Tadzio", mas como nunca conversou com o garoto, apenas o observa e, não obstante, o persegue durante toda a narrativa. Uma coisa que me incomodou nesse conto - de desculpe-me problematizar - é a diferença de idade dos dois, tanto do personagem principal, chamado Gustav, como do Tadzio; um garoto de aproximadamente 16 anos. Gustav é narrado já como um senhor de cabelos grisalhos... Enfim, o conto se resume na perseverança que o Gustav tem em admirar Tadzio, mesmo que isso cause, indubitavelmente, em sua tragédia. Esse conto mostra algo comum nas obras do Thomas Mann: o distanciamento dos personagens da sociedade.
No segundo conto, "Tonio Kröger", é o que me cativou e me fez dar 5 estrelas para a obra. Um conto com fragmentos de autobiografia. Tonio é um personagem que se distingue dos outros ao seu redor, sempre incompreendido e um peixe fora d'água. Pelo menos é assim que se sente. Mais uma vez um personagem distante da sociedade. Se apaixona na sua infância por Hans Hansen e na sua adolescência pela "loura Inge" como a chama. Thomas Mann nasceu numa pequena região da Alemanha, mas é de antecedência brasileira e nórdica o que diferenciava de muitos ao seu redor. Além do fato de sua orientação sexual, que o fazia se sentir assim. Talvez tudo isso fizesse com que sentisse deslocado no lugar em que nasceu e na sua época refletindo isso em seus personagens. Mas não podemos deixar de lado a crítica que ele faz a vários escritores que o antecederam, como Goethe. Manter distância de uma sociedade tão violenta, preconceituosa e trivial é tão ruim assim? Por que iríamos querer viver perto de pessoas que agem dessa maneira? Fica a pergunta no ar.
Alê | @alexandrejjr 16/06/2020minha estante
Excelente texto! ??




Mari 08/06/2020

Maravilhoso demais encontrar uma narrativa baseada em "Dionísio x Apollo". É arrebatador!
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Rodrigo.Barros 28/04/2020

Obra-prima
Duas novelas exemplares. Destaca-se a qualidade elevada d'A morte em Veneza que possui uma miríade de referências e alegorias sutis à natureza da morte, ao belo e à arte. Fica implícito o conflito entre a vida e a arte, a ordem e o caos. Uma das melhores coisas q já li. Já na segunda novela fica evidente o sentimento de alienação que está ligado ao fato do autor ter uma origem, segundo ele, exótica. Sendo Mann filho de uma brasileira. Esse fato se reflete no sentimento de alheiamento sentido por Tonio, tanto com relação a sua aparência quanto ao fazer artístico.

Enfim, essas são obras que não se esgotam seus sentidos em apenas uma leitura. São obras que nos acompanham a vida toda.
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A morte em Veneza, Thomas Mann – Nota 8,5/10
Leitura de fevereiro para o #desafiobookster2018 (livro publicado na década de 1910) e minha primeira obra de Thomas Mann, um clássico da literatura alemã e mundial. Já nas primeiras páginas pude perceber a complexidade e prolixidade da escrita do autor, mas que não compromete a fluidez da leitura. Gustav von Aschenbach, um escritor decepcionado com a receptividade de suas obras mais recentes, decide “mudar de ares”, deixando a sua cidade Munique em direção à Veneza. Na época, a cidade, quente e fétida, estava sofrendo uma epidemia de cólera. E é nesse cenário que tem início o seu fascínio por Tadzio, um jovem polonês, a personificação da beleza pura. É uma obsessão completamente platônica, que acaba deixando um velho escritor em um profundo conflito interno, sem saber quais passos tomar. A trama é simples e não é o que chama atenção na obra. O talento de Thomas Mann está na construção de um dilema interno muito profundo e, ao mesmo tempo, sútil. Tamanha a complexidade de seus pensamentos, que senti dificuldade de absorver mais da obra, até mesmo pelas diversas referências a filósofos como Platão e Nietzsche, que conheço pouco. Ou seja, não se deixe enganar pelas poucas páginas do livro e pela simplicidade da narrativa: a escrita é profunda, filosófica e excepcional. Um livro para ser relido.

Além de A morte em Veneza, essa edição também contempla Tonio Kröger. Li e gostei ainda mais do que a primeira novela. Kröger é filho de um burguês e uma mãe brasileira (o que denota um cunho autobiográfico, já que a mãe do autor também tinha origem brasileira). É um jovem que difere das crianças com quem convive. Com sua origem brasileira, Kroger foge do padrão caucasiano de pele, cabelos e olhos claros. E é na arte, escrevendo poemas, que protagonista consegue demonstrar a sua beleza. É também uma narrativa envolvendo o conflito interno do ser humano e o conceito de beleza. .

site: https://www.instagram.com/book.ster
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