A morte em Veneza & Tonio Kröger

A morte em Veneza & Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza & Tonio Kröger


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Tatta 20/07/2021

ler um clássico, como italo calvino já disse, é melhor do que não lê-lo.

a morte em veneza é aquela típica história de que se tem medo de ler. sabemos que é um dos textos fundamentais da literatura. some a isso ser o meu primeiro contato com thomas mann.

o resultado: uma leitura em que eu estava bem imerso e pronto para amar. posso dizer que é bem escrito e complexo. foi na medida o tamanho, porque um pouco mais acho que eu perderia o foco. fiquei preocupado com os buddenbook e a montanha mágica.

sobre a história: é bem instigante. acho que nem mesmo o mais desatento leitor diria que esse é um livro sobre pedofilia. acredito que essa seja na verdade um tributo à juventude e à recusa ao envelhecimento (acompanhado de sua inevitabilidade).

já tonio kröger, ao menos para mim, serviu como um bônus - e de fato é uma novela que cai muito bem nessa coletânea.
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Ize 29/01/2024

A leitura não me cativou. Só quase na metade do livro que a história ficou minimamente interessante, ainda assim, faltou algo para a narrativa me prender.
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Rafael.Montoito 10/07/2023

Duas novelas belas e sufocantes
Duas grandes novelas de Thomas Mann sobre a procura pela beleza perfeita, pelo seu lugar no mundo e pela aceitação dos próprios limites: na primeira, Gustav von Aschenbach decide tirar férias em Veneza; na segunda, Tonio Kröger, já na idade adulta, volta à sua cidade natal para revisitar a casa de seus pais. Ambas histórias têm traços comuns, como as personagens serem escritores burgueses que buscam construir uma obra perfeita e sofrem com o modo como o mundo lhes parece insosso; e, segundo dizem os estudiosos, traços autobiográficos do autor.
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Enquanto Tonio ama um garoto na tenra idade e uma jovem na adolescência - e reencontra os dois quando volta à sua cidade natal -, Aschenbach ama o belo, a beleza pura e idealizada, o conceito de belo - e é essa idealização que faz "Morte em Veneza" ser uma novela diferente de qualquer outra, na qual o autor leva este amor sublime da personagem até as últimas consequências.
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Em Veneza, Aschenbach apaixona-se - mais no sentido de enamorar-se, admirar-se, não de forma carnal - por Tadzio, um jovem polaco de 14 anos, cuja família está, de férias, no mesmo hotel que ele. Encantado pela beleza única do menino, Aschenbach não consegue deixar de olhá-lo: segue-o pelas ruas, observa-o nadar com os amigos no mar, delicia-se com sua presença, mesmo que distante, sem nunca sequer tocá-lo. Por este amor idealizado, Aschenbach arrisca a própria vida e se mantém em Veneza, mesmo sabendo que a cidade está sofrendo com um surto de cólera.
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O leitor que pegar Mann nas mãos tem que estar disposto a imergir numa literatura de escrita clássica, com longos parágrafos que parecem "arrastados" mas que, na verdade, estão construindo suavemente toda a atmosfera, que é, ao mesmo tempo, bela e sufocante.
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Felipe 14/04/2022

Considerei as duas novelas dessa edição, muito boas. Foram os primeiros textos que li do Thomas Mann, e consegui ter o gostinho de como é a escrita dele. Achei bem rebuscada em alguns momentos, principalmente quando das discussões filosóficas sobre o ser artista e a arte em si. De modo geral, me pareceu uma escrita muito bonita e bem autobiográfica - pelo menos as duas novelas presentes nessa edição, que são "A morte em Veneza" e "Tonio Kröger". Ao final da edição, temos textos de apoio que dão conta, não só das novelas citados, mas também de grande parte da obra de Mann.

"E embora soubesse que o amor haveria de lhe trazer muita dor, tormento e humilhação, que ele, além disso, destrói a tranquilidade e enche o coração de melodias sem que se possa encontrar a paz necessária para dar forma definitiva a qualquer coisa e forjar com calma um todo completo e acabado, aceitou-o com alegria, entregou-se inteiramente a ele e o cultivou com todas as forças de sua alma, pois sabia que o amor nos enriquece e faz viver, e ele ansiava por ser rico e viver em vez de forjar com calma um todo completo e acabado..."
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mrsnone 16/06/2020

A reflexão de Thomas Mann
Os dois contos que se encontram no livro são extremamente magníficos. Com escrita e estética impecáveis. No primeiro conto "morte em veneza" temos um personagem que é um escritor e que procura se distanciar um pouco dos lugares que frequentava, decide, então, viajar à Veneza e passar uns tempos por lá. Acaba se apaixonando por um garoto chamado "Tadzio", mas como nunca conversou com o garoto, apenas o observa e, não obstante, o persegue durante toda a narrativa. Uma coisa que me incomodou nesse conto - de desculpe-me problematizar - é a diferença de idade dos dois, tanto do personagem principal, chamado Gustav, como do Tadzio; um garoto de aproximadamente 16 anos. Gustav é narrado já como um senhor de cabelos grisalhos... Enfim, o conto se resume na perseverança que o Gustav tem em admirar Tadzio, mesmo que isso cause, indubitavelmente, em sua tragédia. Esse conto mostra algo comum nas obras do Thomas Mann: o distanciamento dos personagens da sociedade.
No segundo conto, "Tonio Kröger", é o que me cativou e me fez dar 5 estrelas para a obra. Um conto com fragmentos de autobiografia. Tonio é um personagem que se distingue dos outros ao seu redor, sempre incompreendido e um peixe fora d'água. Pelo menos é assim que se sente. Mais uma vez um personagem distante da sociedade. Se apaixona na sua infância por Hans Hansen e na sua adolescência pela "loura Inge" como a chama. Thomas Mann nasceu numa pequena região da Alemanha, mas é de antecedência brasileira e nórdica o que diferenciava de muitos ao seu redor. Além do fato de sua orientação sexual, que o fazia se sentir assim. Talvez tudo isso fizesse com que sentisse deslocado no lugar em que nasceu e na sua época refletindo isso em seus personagens. Mas não podemos deixar de lado a crítica que ele faz a vários escritores que o antecederam, como Goethe. Manter distância de uma sociedade tão violenta, preconceituosa e trivial é tão ruim assim? Por que iríamos querer viver perto de pessoas que agem dessa maneira? Fica a pergunta no ar.
Alê | @alexandrejjr 16/06/2020minha estante
Excelente texto! ??




Kleinert 29/12/2023

Amor e Vida
"(...) porquanto o que nos eleva é a paixão, e nossa aspiração será sempre o amor."

"Pois se há algo capaz de fazer de um literato um poeta, é este meu amor burguês pelo que é humano, vivo e comum."
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v de vanisse 22/12/2023

Achei meio tanto faz, sabe?
É um livro inegavelmente bem escrito? mas eu não consegui me conectar com a leitura de jeito nenhum. Acho que perdi muita coisa por conta disso. Ao mesmo tempo, eu não desejo ler mais nenhuma obra do autor pra ver se passa esse meu estranhamento? acho que só não foi pra mim meeeesmo. E tinha umas partes que eu ficava meio ?alô, polícia? mas não vou me aprofundar porque não sei nada da vida do autor, só ouvi falar? ENFIM.
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Isidro 27/12/2011

Sobre Morte em Veneza
A história de um renomado escritor alemão que viaja para Veneza em busca de descanso e é arrebatado pela beleza de Tadzio, um garoto que encontra-se hospedado com sua família no mesmo hotel, demonstra a predileção de Thomas Mann pela arte (com fortes pitadas de homoerotismo) e revela a dicotomia que tanto o torturava: o artista como um deus que vive em um mundo platônico de beleza e virtudes, mas, ao mesmo tempo, contaminado pelo mundanismo terreno. Eis aqui um dos relatos mais vivos sobre a relação entre a arte e a vida, a perda da dignidade do artista e a paixão incontida. Uma obra-prima do gênero, escrita com muita sutileza e profundidade psicológica.
Daniel 17/01/2013minha estante
Bela resenha. A riqueza de detalhes que o personagem principal vê e ouve são um banquete para os sentidos. É comovente acompanhar como Aschenbach sucumbe à juventude e à beleza.




Thais M 25/04/2021

Um livro para começar a ler Thomas Mann!
Quando se fala de literatura alemã e clássica, Thomas Mann é sempre citado em algum momento. Então, para conhecer sua escrita, optei por esse livro que possui duas narrativas do autor mais curtas: A morte em Veneza e Tonio Kröger.

A primeira novela, A Morte em Veneza, conta a história de Gustav von Aschenbach, um célebre escritor obcecado pela perfeição em seu trabalho. Alcançou a fama ainda cedo, mas, nem por isso, desacreditava de seu talento. No entanto, a insatisfação com o que vinha passando leva Aschenbach a uma decisão: a necessidade de respirar novos ares. Então ele parte para Veneza, onde uma série de acontecimentos derruba toda monotonia de sua vida. E a partir dessa decisão, vemos toda a narrativa evoluindo, bem como Aschenbach.

Já em, Tonio Kröger, um romance de primeira fase, o autor descreve a história de um filho que pertence ao um meio burguês, que vive em busca de um lugar no mundo. Pois desde de jovem, sente-se dividido entre dois universos: as artes e as letras, que se identifica com seu lado materno, e a vida burguesa e burocrática, reflexo paterno. No entanto, Kröger não se sente aceito em nenhum dos dois meios e, embora tenha optado pela escrita (as letras), incomoda-se a todo momento do caminho que tomou. E é a partir desse impasse que Mann desenvolve sua narrativa e personagem.

Pode-se notar durante a leitura que as duas novelas, ou seja, tanto A morte em Veneza quanto Tonio Kröger, apresentam similaridades em que ambos personagens tratam-se de um escritor. Além disso, nota-se também a ênfase nos conflitos, explanação dos sentimentos e divagações dos personagens dando um caráter profundas reflexões as narrativas.

Quanto a experiência de leitura, esse foi um livro que não me envolvi muito com as narrativas a ponto de adorar. No entanto, ela também não me pareceu ruim, apenas digo que foi um livro bom, onde podemos perceber uma obra que foi bem construída. Mas, se eu pudesse dar uma dica é: se você não é amante de livros que desenvolvem muito seus personagens no campo dos sentimentos ou ideias, talvez não seja o momento da leitura desse livro para você. Embora o recomendo fortemente como um livro para conhecer a obra de Thomas Mann por uma característica: ser uma novela (narrativa de tamanho curta a média).

Então pode-se tirar como conclusão o seguinte: é um livro que talvez muitos não vão gostar e porque simplesmente não gostam mesmo ou então porque não estão no 'time' da leitura dessa obra. Mas aos que leram assim como eu, vejo que é um livro que merece releitura, principalmente quando pensamos que nós leitores criamos ao longo da vida a maturidade literária também.
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Marcos606 07/09/2023

Morte em Veneza é carregada de símbolos de esteticismo e decadência, a novela mais conhecida de Mann exemplifica a consideração do autor pelos escritos de Sigmund Freud sobre o inconsciente.

Gustav von Aschenbach é um autor venerado cuja obra é conhecida pela sua disciplina e perfeição formal. Ao passar por um cemitério, ele encontra um estranho viajante e sente um desejo repentino de estar na região do Mediterrâneo. Em seu hotel veneziano, ele conhece uma família polonesa, incluindo o jovem adolescente incrivelmente bonito, Tadzio. Aschenbach fica perturbado com sua atração pelo menino e, embora observe Tadzio, não ousa falar com ele. Apesar dos avisos de uma epidemia de cólera, Aschenbach permanece em Veneza; ele sacrifica sua dignidade e bem-estar pela experiência imediata da beleza personificada por Tadzio.

Tonio Kröger, obra parcialmente autobiográfica que explora o problema do artista que, na sua devoção ao seu ofício, confronta a antítese do espírito e da vida.

Desde a mais tenra infância, Kröger está consciente da sua separação das outras pessoas, em particular dos seus dois colegas de escola Hans Hansen e Ingeborg Holm, que representam a norma burguesa, simbolizada pela sua beleza loira. Tonio deseja ser aceito em sua companhia, mas sua natureza artística não lhe permitirá ingressar plenamente em suas fileiras. À medida que envelhece, seu talento amadurece e ele se torna um escritor, mas ainda se sente um estranho e anseia por se encaixar no mundo. Ele continua preocupado com a dicotomia essencial entre a vida e a arte, entre a felicidade pessoal e a disciplina que leva a grandes realizações. Sabe-se que esses temas obcecaram Mann ao longo de sua carreira, e Tonio Kröger é quase certamente uma representação da personalidade do autor.
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Thiago 22/10/2021

uma introdução ao grande Mann
Sempre estive muito curioso em desvendar o mistério que desdobravam os livros de Thomas Mann sobre mim, e acho que com estas duas novelas eu pude adquirir um pensamento prévio interessante sobre o autor.

A Morte em Veneza 5/5
Esta novela tem uma carga lírica muito rebuscada e indireta, e talvez não tenha sido a obra mais fácil para iniciar Mann, porém a história abrange temas que dariam livros, e achei o domínio da palavra do autor notável demais. O final é surpreendentemente lindo.

Tonio Kröger 3/5
Já esta tem uma linguagem bem mais acessível, porém não consegui sentir o mesmo impacto que com A Morte em Veneza, por vezes fiquei até meio entediado, porém é uma boa porta de entrada, já que conta com uma forma bem mais simples.

No geral, um ótimo encardernado. Os ensaios deixei para ler em outro momento (provavelmente quando for abarcar a leitura dos calhamaços tão conhecidos de Thomas Mann).
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Biblioteca Álvaro Guerra 10/02/2022

O volume traz duas novelas magistrais do jovem Thomas Mann, complementadas por ensaios do crítico Anatol Rosenfeld. A morte em Veneza (1912), aqui na tradução de Herbert Caro, é uma das novelas exemplares da moderna literatura ocidental. A história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja a Veneza para descansar e lá se vê hipnotizado pela beleza do jovem polonês Tadzio, mais tarde daria origem ao notável filme homônimo do diretor italiano Luchino Visconti, de 1971. O volume traz ainda Tonio Kröger, narrativa de 1903 que Thomas Mann declarava ser uma de suas favoritas. A novela tem diversos traços autobiográficos e está centrada na relação entre artista e sociedade, um tema muito caro à obra de ficção do escritor, sobretudo nos primeiros trabalhos. A nova tradução é de Mario Luiz Frungillo.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520910542
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Rodrigo.Barros 28/04/2020

Obra-prima
Duas novelas exemplares. Destaca-se a qualidade elevada d'A morte em Veneza que possui uma miríade de referências e alegorias sutis à natureza da morte, ao belo e à arte. Fica implícito o conflito entre a vida e a arte, a ordem e o caos. Uma das melhores coisas q já li. Já na segunda novela fica evidente o sentimento de alienação que está ligado ao fato do autor ter uma origem, segundo ele, exótica. Sendo Mann filho de uma brasileira. Esse fato se reflete no sentimento de alheiamento sentido por Tonio, tanto com relação a sua aparência quanto ao fazer artístico.

Enfim, essas são obras que não se esgotam seus sentidos em apenas uma leitura. São obras que nos acompanham a vida toda.
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arthur966 27/07/2021

desde a adolescência, tudo e todos o impeliam a realizar sua obra, essa obra que tinha de ser extraordinária, e, assim, nunca chegara a conhecer a ociosidade ou a leviana despreocupação, peculiares da juventude.
(morte em veneza 4/5)

eles não o entenderiam, escutariam perplexos o que ele teria a dizer. pois a lingua deles não era a sua língua.
(tonio kröger 5/5)
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