A morte em Veneza & Tonio Kröger

A morte em Veneza & Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza & Tonio Kröger


97 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Thiago 22/10/2021

uma introdução ao grande Mann
Sempre estive muito curioso em desvendar o mistério que desdobravam os livros de Thomas Mann sobre mim, e acho que com estas duas novelas eu pude adquirir um pensamento prévio interessante sobre o autor.

A Morte em Veneza 5/5
Esta novela tem uma carga lírica muito rebuscada e indireta, e talvez não tenha sido a obra mais fácil para iniciar Mann, porém a história abrange temas que dariam livros, e achei o domínio da palavra do autor notável demais. O final é surpreendentemente lindo.

Tonio Kröger 3/5
Já esta tem uma linguagem bem mais acessível, porém não consegui sentir o mesmo impacto que com A Morte em Veneza, por vezes fiquei até meio entediado, porém é uma boa porta de entrada, já que conta com uma forma bem mais simples.

No geral, um ótimo encardernado. Os ensaios deixei para ler em outro momento (provavelmente quando for abarcar a leitura dos calhamaços tão conhecidos de Thomas Mann).
comentários(0)comente



Kleinert 29/12/2023

Amor e Vida
"(...) porquanto o que nos eleva é a paixão, e nossa aspiração será sempre o amor."

"Pois se há algo capaz de fazer de um literato um poeta, é este meu amor burguês pelo que é humano, vivo e comum."
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 10/02/2022

O volume traz duas novelas magistrais do jovem Thomas Mann, complementadas por ensaios do crítico Anatol Rosenfeld. A morte em Veneza (1912), aqui na tradução de Herbert Caro, é uma das novelas exemplares da moderna literatura ocidental. A história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja a Veneza para descansar e lá se vê hipnotizado pela beleza do jovem polonês Tadzio, mais tarde daria origem ao notável filme homônimo do diretor italiano Luchino Visconti, de 1971. O volume traz ainda Tonio Kröger, narrativa de 1903 que Thomas Mann declarava ser uma de suas favoritas. A novela tem diversos traços autobiográficos e está centrada na relação entre artista e sociedade, um tema muito caro à obra de ficção do escritor, sobretudo nos primeiros trabalhos. A nova tradução é de Mario Luiz Frungillo.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520910542
comentários(0)comente



Rodrigo.Barros 28/04/2020

Obra-prima
Duas novelas exemplares. Destaca-se a qualidade elevada d'A morte em Veneza que possui uma miríade de referências e alegorias sutis à natureza da morte, ao belo e à arte. Fica implícito o conflito entre a vida e a arte, a ordem e o caos. Uma das melhores coisas q já li. Já na segunda novela fica evidente o sentimento de alienação que está ligado ao fato do autor ter uma origem, segundo ele, exótica. Sendo Mann filho de uma brasileira. Esse fato se reflete no sentimento de alheiamento sentido por Tonio, tanto com relação a sua aparência quanto ao fazer artístico.

Enfim, essas são obras que não se esgotam seus sentidos em apenas uma leitura. São obras que nos acompanham a vida toda.
comentários(0)comente



Alyne.Queiroz 10/02/2021

Livro difícil
Com certeza o livro merece mais que 3,5 estrelas o problema aqui é mais da leitora que da obra, a linguagem é muito rebuscada e prolixa, pra ler essa obra e chegar perto de um entendimento tem que se ter uma bagagem de Nietzsche, Schopenhauer, Dionísio, coisa que não tenho, então é um livro pra uma releitura bem mais pra frente
comentários(0)comente



Paula.Fernandes 28/08/2020

Ótima obra do Mann
Com suas descrições rebuscadas e o enredo de novel alemã o autor mostra a relação entre o artista e o belo, fazendo referências a outros textos e trazendo filosofia á obra. Em suas poucas páginas é possível mergulhar na complexidade das obras do Mann.Leitura certamente recomendada.
comentários(0)comente



Toni Nando 20/01/2022

Paixão platônica
LIVRO: A Morte em Veneza / Tonio Krönger
AUTOR: Thomas Mann
PUBLICAÇÃO: São Paulo - 2015
EDITORA: Companhia das letras
TRADUÇÃO: Herbert Caro / Mário Luiz Frungillo
ONDE SE PASSA: Europa
DATA: 26/11/2021
NOTA: 7

A morte em Veneza é um clássico da literatura universal, sendo adaptado para o cinema e aclamado pela critica literária de diversos países. Essa novela é ousada, por se tratar da paixão de um homem de meia idade por um adolesceste. Na segunda novela, Tonio Krönger, temos uma ?paixonite" de Tonio por seu amigo, ambos também adolescentes. A historia se encaminha então pelo amor à arte. As duas novelas são envolvidas pela elegante escrita de Thomas Mann, porém não espere grandes acontecimentos: o autor sustenta o tom morno em ambas as novelas. Recomendo para quem gosta de romances tranquilos e bem escritos.
comentários(0)comente



Silvinha 13/05/2022

Dois em um
Este é o primeiro livro de Thomas Mann que eu leio na vida. São duas estórias diferentes compiladas em um único volume e confesso que muitas vezes eu confundi os dois protagonistas na minha cabeça. Lendo Tonio Kröger, me lembrava de passagens de A morte em Veneza e me parecia que o personagem era o mesmo. Ambos possuem essa característica melancólica, de observar de longe o que acontece no mundo ao redor deles.
Não sei bem ainda como me sinto em relação a estes livros
comentários(0)comente



joaopbrigido 08/08/2021

"A poesia é uma suave vingança contra a vida."
A Morte em Veneza: 3,5/5

O defeito do primeiro romance da coletânea - uma escrita levemente prolixa, por vezes truncada e excessivamente parnasiana - pode ser perdoado pelo fato de que quem fala é o protagonista - um escritor com esse estilo. Os méritos, por sua vez, são muitos: a descrição precisa e profunda do que é a beleza e do que ela provoca; o desenho da contradição entre o conhecimento e a arte; as definições arrebatadoras de Veneza - o lugar mais lindo e inverossímil do mundo -; e, por fim, as reflexões sobre a relação das autoridades com epidemias que calharam de ser super atuais.

Tonio Kroger: 4,5/5

O início do romance é um soco na cara de humanidade: experimentando falar sobre sua antissocialidade, sobre sua distância e sobre sua dificuldade em conciliar o viver com o interpretar da vida, o autor acaba descrevendo, de um jeito bonito e sincero, o drama existencial por que todos nós - esses "burgueses desencaminhados" - passamos. A pancada inicial é tão forte e completa que, parece, até o escritor a sentiu, finalizando a obra com uma narrativa um tanto quanto apática e preguiçosa; quer dizer: bem burguesa mesmo.
comentários(0)comente



Danilothe36 12/08/2010

É interessante a proposta de Thomas Mann ao abordar um tema que pode ser confundido com diversas outras coisas, porém é mais simples do que pensamos: não se trata de homossexualidade ou pedofilia, como muito deve ter sido pensado, o protagonista apaixona-se pela beleza do menino, como o rosto dele era perfeitamente desenhado. Apesar de achar interessante é um livro que não me atraiu tanto assim, acho que não é lá muito o estilo que mais me apetece.
comentários(0)comente



JanaAna90 19/09/2022

O Conquistador de Corações
Mais um livro de Thomas Mann concluído e mais uma vez impactada com a grandeza da obra.
Desde quando ouvi falar em Mann foi com a descrição: é um grande escritor, porém suas obras são difíceis; não é para qualquer um, porém são obras maravilhosas e riquíssimas e muito belas. Então resolvi encarar o autor subindo por degraus (Rsrs) e eis que estou em minha segunda leitura, duas novelas de grande peso, segundo a crítica.
Antes de iniciar as leituras procurei informações sobre as mesmas, fiz leituras e assistir vídeos que retratavam sobre as obras de forma breve e sem spoiler. Ao final das leituras busquei informações de estudiosos sobre as obras e percebi, aqui fica a dica, que teria sido melhor se tivesse visto antes de ler, porque mesmo com spoiler teria aproveitado melhor a leitura (isso é minha opinião). Percebi o quanto perdi quanto ao aproveitamento da leitura. Uma professora salienta que, as releituras dessas obras vão descortinando camadas e nos possibilitando olhares e interpretações de leitura. Mas vamos lá, finalmente, para meu primeiro olhar para as novelas.
A primeira A Morte em Veneza, nessa conta a história de um escritor que em crise com sua arte viaja em busca de repouso e sem perceber se lança em uma busca por si mesmo, pelo belo e pela vida, não necessariamente nessa ordem, mas que nos faz mergulhar em nossa consciência sobre vida, morte, o bem e o mal. Aqui, encontrei o maior desafio e perdi vergonhosamente (só depois vi isso), desafio que seria transpor a minha ignorância, do preconceito, das ideias preconcebidas, de temas que julgava saber e conhecer, ao fazer a leitura dessa obra, cheguei nela com minhas ideias e meu suposto conhecimento sair dela extasiada, mesmo sendo desnudada a minha ruina (kkk). O que Mann faz nessa obra é magistral, utilizando recortes de mitologia, filosofia e usando de sua própria vivencia com elementos autobiográficos ele vai tecendo sua história. Buscando na arte e no belo, com um humor ácido falar de coisas sérias e profundas. Enfim, começo a entender que Mann vale a pena encarar.
Com a história de Tonio Kroger, também um escritor, que viaja para Dinamarca para descansar e aqui, mais uma vez, mergulhamos nas reflexões do personagem em busca de si mesmo e de solucionar questões sobre a vida e morte e, mais uma vez as angustias do artista, que no final das contas é de todos nós, diante da vida e das vicissitudes da mesma. As duas obras nos coloca a pensar sobre nós mesmos. Várias vezes reli trechos do livro, não por incompreensão, mas pelo prazer de reler.
O que posso dizer, Thomas Mann vem ocupando um lugar especial nas minhas leituras e aos poucos vou caminhando e me preparando para subir a Montanha Mágica, mais preparada, aberta e disposta. Que venha mais Thomas Mann na minha, na sua, na nossa VIDA.
comentários(0)comente



Qlucas 20/06/2022

Leia primeiro Tonio Kroger, depois Morte em Veneza.
''O Resultado foi esse um burguês que se desencaminhou na arte (...) Estou entre dois mundos, em nenhum dos dois estou em casa (...)''

Na leitura de Tonio Kroger é observado eixos de sentimentos de deslocamento do indivíduo: primeiro de origem étnica, onde o protagonista mestiço almeja a origem pureza e beleza nórdica; em segundo, o isolamento intelectual causado por fatores relativos a profissão de ser escritor, ao seu singular entendimento da arte profunda em relação aos demais; em terceiro, ao sentimento amoroso não correspondido. Embora a personalidade de Tonio ameace ser intragável, a maneira com que o escritor expõe abertamente os pensamentos tormentosos do personagem sobre si e o mundo é suficientemente boa para que o leitor crie uma simpatia ou, no mínimo, curiosidade sobre ele.

Sobre A Morte em Veneza, vou ser breve não gostei e não foi uma literatura empolgante.
comentários(0)comente



karlinismo 29/03/2021

O dever de uma realização extraordinária
O homem possui um talento curioso: põe fardos que não lhe pertence sobre si.

Motivados pela cobiça, pela vanglória, pelo exemplo de outros, pelas circunstâncias, pelo desespero e desamparo, nas formas mais complexas e inusitadas, como só um ser humano é capaz de experimentar, somos inevitavelmente levados ao erro.
Nosso desejo de transcendência, nossa necessidade de preenchimento e nossa aspiração a posse do bem, natureza que nada pode fazer calar por completo, em vias desordenadas nos encaminham para um vazio existencial do tamanho de nós mesmos, e por isso insuportável. Com ébrio ou doentio entusiasmo, desejamos o mundo inteiro para saciarmo-nos nele. O sentido e o valor de nossas vidas é depositado em nossas obras e bens, proporcionando uma sensação de segurança e satisfação tão falsas e frágeis que, a menor contrariedade, nos empurra ao terror e desmedido sofrimento.

Tonio Kroger confessa, em sua devastada melancolia: "não encontro o que procuro". E, seu semelhante, Gustav Ashenbach, responde, atormentado pelos próprios nervos: "pois não conseguimos elevar-nos, apenas exerceder-nos".

E sim, execede-se continuamente a pobre humanidade pela crença utilitarista e destrutiva no dever de realizar coisas extraordinárias.

Engrandecer-se pelas obras e pelos bens. Você consegue se lembrar a primeira vez que ouviu que deveria "ser alguém na vida"?
O nosso valor passa a ser calculado pelo que fazemos e possuímos.

A causa e o fim pelo qual cada pessoa existe é desprezado e o valor inato e irredutível de cada alma é ignorado. E assim, vários vão perdendo-se, pretendendo forjar com as próprias mãos um sentido para as suas vidas.

O homem simples, anônimo, dócil ao presente, despretensioso, e que assim abraça-se a mais genuína felicidade é o maior mistério para uma geração calculista e cobiçosa.

Esta obra de Thomas Mann é abundante em camadas, trazendo inúmeras reflexões filosóficas e morais, além das ricas referências literárias. Para isso usa o estado do artista, apresentando sua posição na sociedade e sua conduta mordaz quando coloca altas exigências e ideais para a perfeição acima de tudo e todos. No entanto, isso é uma realidade amplamente humana, vivida por condições, objetivos e interesses múltiplos.

E essa perseguição a felicidade, a plenitude, a realização pessoal, nas coisas temporais e quebradiças é ferir-se. Ferida de morte!

Falando diretamente sobre os personagens, ambos sentiram a falta de algo no coração, sentiram aquele espaço inóspito que protesta por zelo e habitação, mas foram incapazes de dar nome às suas moções mais íntimas, interpretando, levianamente, como uma 'vontade de viajar'. E foram buscar fora o que estava dentro, e, sem nenhum espanto de minha parte, terminaram sem nada, divagando em ilusões.

Penso muitas coisas a respeito dessas histórias, e, infelizmente não concebo minhas impressões como gostaria, mas termino com a máxima bíblica: "Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo??. (LC 9, 25)
karlinismo 30/03/2021minha estante
Correção ortográfica para 'exceder-nos' e 'excede-se'! :)




Fayetsho 24/09/2019

Um autor incrível
Esta foi minha segunda obra do Thomas Mann lida, e já digo - com um pouco de arrogância - que é um dos meu autores favoritos.
O livro tem duas novelas: A Morte em Veneza (1912) e Tonio Kroger(1903). A primeira é A Morte em Veneza e tive muita dificuldade. Nela, Mann vai usar bastante sua habilidade de prosador, até parecendo que a história do autor Gustav von Aschenbach fica "meio" de lado. Essa novela, esse autor renomado decide ir para Veneza pra renovar os ares, e se apaixona por um outro turista. Ainda, muito dos elementos narrativos vão das pistas do que vai acontecer no livro, além de Mann fazer um ótimo retrato de Veneza.
Já Tonio Kröger temos uma parte da vida do poeta Tonio Kröger. Em muito as duas novelas dialogam-se, e nessa segunda até senti um toque de "Os Buddenbrook". Nessa segunda já senti mais facilidade, então para quem é iniciante na obra, diria pra começar primeiro por Tonio Kröger.
E claro, não podia deixar de falar da excelente edição da companhia das letras, com um texto de apoio incrível, mas que tem alguns spoilers de outros livros do autor.
comentários(0)comente



Fabiene.Barbosa 13/08/2023

Leitura densa mas extremamente prazerosa. De maneira detalhista e cativante, Thomas Mann nos faz sentir as angústias e as alegrias dos protagonistas. Duas novelas breves mas riquíssimas de conteúdo, dialogando com diversas obras renomadas e discutindo assuntos tão complexos e atuais como por exemplo, os conflitos entre razões e emoções que o ser humano enfrenta, a ideia de que devemos estar sempre produzindo e a paixão pelo belo. Um livro cativante e humanista.
comentários(0)comente



97 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7