Minha querida Sputnik

Minha querida Sputnik Haruki Murakami




Resenhas - Minha querida Sputnik


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Luana 03/09/2020

Minha Querida Sputnik deixou uma incógnita quando eu terminei de ler, isso porque eu não conseguia distinguir se eu tinha gostado ou não da leitura.

Somos apresentados a história de Sumire, uma jovem que vive no Japão e sonha em ser escritora. Ela é daquelas pessoas que consideram não se encaixar no mundo. Vamos conhecer seus passos através do olhar de mais duas pessoas, seu melhor amigo, que sofre de um amor não correspondido por ela, e Miu, a primeira paixão da personagem principal.

Eu senti muita dificuldade de me conectar com a narrativa desse "triângulo amoroso", eu não conseguia enxergar muito os motivos dessa adoração por Sumiri, principalmente vindo da Miu.

Apesar dessas ressalvas, a obra me prendeu de um jeito que eu não conseguia parar de ler. Murakami tem esse poder de expor as dificuldades individuais de uma maneira que conecte o leitor, os questionamentos sobre a vida e até mesmo os julgamentos que fazemos com as escolhas dos personagens.

Tudo estava indo muito bem até que no final o rumo da história vira de cabeça para baixo completamente. Nada mais parece ser real. Aqui entra o realismo mágico da história, então não cometa o mesmo erro que eu, pesquise o gênero da obra primeiro, isso teria me poupado uma reação de revolta com o livro.

Sim, me senti traída pela história, como o rumo dos personagens passaria a ser tão absurdo assim de uma hora pra outra? Esse foi o sentimento que tive quando terminei a última página. Depois disso eu fiquei muitos dias refletindo sobre como avaliar essa leitura sendo mais justa. O final causa justamente o que o autor queria passar, um sentimento de que você não está no controle da história. Não importa o clichê que você imaginou que poderia acontecer no desfecho da obra, pode ter certeza que ele não vai e o Murakami brinca com isso.

Enxergar por esse ângulo me fez decidir dar nota 4 para esse livro, até porque, como eu disse, foi uma leitura que me prendeu do início ao fim. Mas não quero deixar essa resenha como a minha opinião final, tenho o desejo de ler a obra novamente no futuro, dessa vez já sabendo o que me espera, para entender se essa é a solução para melhorar minha experiência lendo.

Por fim, vale pontuar que esse livro foi publicado em 1999 e sua história começa com Sumiri se descobrindo apaixonada por outra mulher, e o tema é abordado com uma naturalidade que mesmo nos dias atuais é difícil de encontrar. Um autor renomado como Murakami trazer a diversidade em suas obras é um ato muito importante para a comunidade.
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fabio.orlandini 03/10/2020

Qual o nosso papel no mundo?
Murakami sempre nos leva a profundas reflexões. O que é a felicidade? O amor? Onde se encontra o que buscamos? Através de uma narrativa simples, ele nos coloca frente a frente com nós mesmos e nos faz pensar em quem realmente somos.
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iza...0 31/10/2020

#desafioSKOOB
resenhando para registrar a leitura do livro para o #desafioSKOOB 2020
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Biblio Studie 20/12/2020

Imersivo, misterioso e nota 1000
Eu realmente não sei definir esse livro. Não sei definir o tema, o gênero, muito menos explicar seu final. É mais um do tipo "Lost", que você termina e corre pra internet para buscar algum tipo de pista que elucide a história. Eu li esse livro por conta do clube do livro da minha universidade. Nunca tinha lido nada do autor, e me surpreendi tremendamente.
A história é extremamente imersiva. Eu terminei ela em dois dias. Não dá pra parar, quando vê, quer entender mais. Os personagens são interessantes, profundos, solitários. O livro todo dá essa impressão de solidão. A narrativa é muito bem construída, e a medida que as situações vão passando e se aproximando do clímax, o autor vai criando essa atmosfera de suspense, sendo que até então, a história parecia-se muito mais com uma narrativa do cotidiano. Me lembra um pouco Clube da Luta. Não no tema, claro, mas na maneira que o autor narra a história, tratando o incomum como normal, o absurdo como cotidiano e as cenas diárias com um brilho diferente.
Eu amei esse livro, com certeza lerei mais do autor. E a minha dica pra quem for ler é: o final é propositalmente aberto. Então se permita criar sua própria interpretação. Essa é a graça da história.
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Vellasco 23/12/2020

Um livro para se degustar. Com calma, apesar de ser uma leitura rápida

A solidão dos personagens é muito bem retratada, e bem descrita de uma maneira bem leve e tocante.
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Jon 01/02/2021

Excelente
Sou suspeito para falar e como adoro as obras do Murakami, essa não foi diferente. Adoro maneira como ele aborda a solidão de suas personagens e os desenvolve que é impossível não criar empatia por elas.
Esse livro conta a história de amor e amizade entre K, Sumire e Miu de uma maneira sensível e poética, com um desfecho inusitado.
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Yuri Ferreira 02/02/2021

Dissincronia do amor e pessoas-satélite.
A solidão sempre está presente. Mesmo dessa vez trazendo um triângulo amoroso, traições estranhas e paixões impossíveis, Murakami nos faz sentir o momento em que tudo fica vazio.

Uma briga de gato e rato (e cachorro), que em certos momentos chega a ser sufocante, junto com o cheiro de cigarro e sujeira que exala de Sumire.

Miu amava Sumire, mas não podia corresponder da forma que a outra precisava. Um amor assíncrono. É através dessa roda gigante - incessável e ao mesmo tempo absoluta - que o momento de amar se encontra, esparramado por entre as cabines, fundidos entre as diversas pessoas que ali se encontram. Se um dia existiu uma Miu que pudesse amar completamente Sumire, esta deveria estar do outro lado da roda gigante, enquanto a necessidade de Sumire se encontrava na cabine oposta.

No meio da confusão, o narrador (sutilmente chamado de K.) é o que mais se encontra distante - quase como uma sombra passageira que observa essa roda gigante hipotética. K. supre sentimentos impossíveis, e ele sabe disso.

Então, sobram-se os três, divididos pelas suas experiências, esvaziados de significado e alma por conta desse caos chamado amor (ou o que vem depois disso). Se alguma vez a falta de compreensão foi sinônimo de desconexão, aqui, Murakami encontra entendimento. Cenoura ouviu K. e entendeu, Sumire entendeu Miu e K. entendia Sumire. Por mais vazios, solitários, distantes e indiferentes que todos fossem, eles se entendiam. Num instante único. No "quê especial que só podemos usufruir em um momento especial da nossa vida"

Em "Minha Querida Sputnik", Murakami traz esses tipos de personagens que gosto de chamar de pessoas-satélite. Como bem colocado pelo autor em uma fala de K., são pessoas solitárias, perdidas no espaço e vazias por dentro; ocas. Elas passam, se encontram por um breve momento e se separam; mais nada é capaz de ligar um satélite ao outro.

Murakami diz isso se referindo aos três mecanismos principais de sua obra, às três figuras distantes - como o próprio satélite Sputnik e a cachorrinha Laika, nunca recuperados. Mas isso não deixa de ser aplicável para nós mesmos, ainda mais em momentos de pandemia. Vivemos distantes uns dos outros, em nosso próprio mundo - e há dor, sofrimento, agonia, desigualdade e injustiça. A que ponto nós nos privamos de sentir empatia pelo próximo, de abrir os nossos corações e viver uma vida inteira longe de sentimentos? Seria essa a nossa eterna realidade?

Por mais que eu pense, nunca consigo chegar numa resposta definitiva. São emaranhados de ideias tão complexas que nada 100% compreensível é simples; assim como a realidade fantástica de Murakami.

Talvez seja hora de abraçar o irreal como real e deixar as sensações estranhas acontecerem. Talvez viver como um pequeno Sputnik perdido seja mais fácil. Talvez quebrar todas as barreiras possíveis e viver num sonho seja a resposta final e definitiva. Realmente, não sei.

A única coisa que sei é que estamos sozinhos, isso não dá pra negar. No fim, vivemos com o nosso próprio vazio, jogados no mundo com nada mais além de nós mesmos. Cada um lida com si mesmo, alguns se ajudam, outros não. Todos em um profundo silêncio, por mais que gritemos.

Se nos sonhos tudo é possível, até mesmo desaparecer e reaparecer do nada, então que assim seja. Prefiro sonhar também.
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Angelica 08/02/2021

É a primeira vez que leio um livro de Murakami. Gostei de mais. Embora a ação seja lenta é muito profunda. Fala sobre da relação no escritor com o ato de produzir apimentada com um tanto de mistério.
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p4nzarini 09/02/2021

é inacreditável como o autor consegue escrever um livro de realismo mágico sem muitas explicações e simplesmente tornar interessante e aceitável.
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Mari Pereira 09/02/2021

O livro é gostoso de ler, prende bastante. O enredo? Meio juvenil demais pro meu gosto.
Personagens descritos como excêntricos, mas que me parecem apenas imaturos.
O livro começa morno, meio sem dizer a que veio. Chega em um ápice, que faz você querer devorar cada página, ansiosa para saber o que vem a seguir. E depois do ápice, só rola ladeira abaixo.
O tal realismo mágico, que seria uma característica do autor, me pareceu uma saída preguiçosa e mal elaborada, que pouco explica e pouco contribui para a trama. Os últimos capítulos são bastante desconexos. O que para uns é genialidade, pra mim só pareceu presunção.
Com bonitas frases de efeito e uma narrativa envolvente, é um bom entretenimento.
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Lays @la.livros 13/02/2021

K. é apaixonado por Sumire, mas ela se apaixona por outra pessoa.

Sumire chegou sem querer na vida de K. E dessa mesma maneira ela saiu da sua vida.

Achei uma subida gostosa da leitura, mas em determinado momento parece de desce sem rumo. E FIM.
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Robert125 13/02/2021

Haruki Murakami: uma relação de amor e ódio.
Esse é meu segundo contato com o Murakami, e infelizmente, tive a mesma sensação quando terminei o livro "Sul da Fronteira, Oeste do Sol" (1992): uma escrita cativante feita sob uma estória morna.

Talvez em um futuro distante eu consiga captar a essência do autor em sua totalidade, mas até então seus personagens não me geram empatia. Isso me deixa frustrado, pois queria amar suas obras como algumas pessoas amam, porém o realismo fantástico do Mura (para mim) tem gosto de picolé de chuchu.

Quem sabe na terceira tentativa...
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Vilamarc 15/02/2021

Sensação de vazio imensurável
Poético, metáforas líricas como o gatinho que brinca sozinho na grama com as patinhas levantadas no ar, depois corre e sobe uma árvore, e daí não consegue mais descer por dias... ou ainda, o mar que deixa a praia limpa depois da maré alta...
Era pra ser a história de um triângulo amoroso entre a aspirante de escritora Sumire, a empresária Miu e o narrador Professor K. Mas quando finalmente Sumire toma a iniciativa, descobre a profundidade da frígida Miu.
A partir desse momento, 50% do livro, a história passa a ser de vazios, de todas as trajetórias individuais. Imensurável como diz o próprio narrador.
Quem conseguir, junte as pontas... ou desista de Murakami e seus finais escancarados.
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Giovanna1599 24/02/2021

"mas amanhã serei uma pessoa diferente, nunca mais serei quem eu fui."

adorei esse livro, foi o meu terceiro do murakami e sinto que os temas que ele tratou foram muito legais, só queria que fosse maior kkk inclusive a miu me lembrou muitoo a saeki de kafka a beira mar
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Larissa 02/03/2021

Queria ter gostado mais desse livro. Gosto das reflexões sobre solidão, mas minha expectativa para o relacionamento lésbico foi frustrada. O Murakami com certeza não é a pessoa certa pra escrever sobre isso, se Norwegian Wood já não tinha sido prova suficiente disso. No geral, achei a história breve, faltou se aprofundar mais nos temas e nos personagens. Talvez até funcionasse melhor como um conto. Ainda foi uma boa experiência pois a escrita do Murakami sempre é agradável.
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