A redoma de vidro

A redoma de vidro Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


2960 encontrados | exibindo 241 a 256
17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 |


Mifviana 16/02/2022

Este livro foi algo que mexeu muito comigo de uma forma que eu não sei muito bem colocar em palavras. A escrita da Sylvia é linda e muito poética, mas ao mesmo tempo crua e verdadeira.
O quanto esse livro é relevante para os temas da atualidade mesmo tendo sido escrito a mais de 50 anos atrás é algo impressionante.
Um livro que me tocou muito e me fez refletir sobre vários aspectos da minha própria vida e não poderia recomendar tanto uma leitura, ainda mais para mulheres, como A Redoma de Vidro.
comentários(0)comente



Sofia 27/12/2022

Atemporal e marcante
É um livro da década de 60, porém é extremamente atemporal. Eu recomendo a leitura para todos, mas tem muitos gatilhos de depressão, então, não indico para essas pessoas, de resto acho que todos deveriam ler, a linguagem é muito boa e achei bem dinâmico, não é tão cansativo de ler quanto eu achei que seria.
comentários(0)comente



Elo 02/01/2022

Até metade do livro me deparei com muito humor e dei sinceras risadas com a leitura. A partir da metade entendi onde as pessoas sempre avisaram sobre gatilhos, a história passa a ter um ar muito pesado e, mesmo sendo psicóloga, tentei encontrar um "sentido" naquilo que me estava sendo narrado. Não sei quais sentidos Plath construiu em sua vida, se apenas escolheu omitir ou se de fato esses sentidos não foram tecidos na vida real. O fato é que tentamos entender demais tudo o que nos é apresentado e é muito fácil se esquecer de imaginar as condições que o outro vice, a experiência que é intrínseca a ele, independente de uma cadeia lógica de significados que buscamos atribuir.
comentários(0)comente



Toni 26/08/2019

Há um poema da escritora argentina Alejandra Pizarnik que diz “Explicar com palavras deste mundo / que partiu de mim um barco me levando”. Tentei vários começos, mas nenhum me pareceu melhor entrada num comentário sobre A redoma de vidro do que esses dois versos: romance e poema se complementam, seja porque nos libertam de formas convencionais de pensar a vida, seja porque, mesmo diante dos defeitos da linguagem, conseguem articular modos de sentir, pensar e perceber a dor do outro, uma das razões que explicam por que a literatura é tão necessária.
.
Publicado em 1963, o único romance da escritora estadunidense é uma obra de inúmeras leituras possíveis e complementares. Da estreita perspectiva de vida das mulheres nos EUA pós-guerras à construção minuciosa de uma depressão avassaladora, Plath nos entrega uma narrativa como o espelho de seu poema homônimo (“Mirror”), que nos olha por tanto tempo que viramos parte de seu coração. A calma e o vazio, faces conhecidas por aqueles entre nós que já passaram por quadros depressivos, manifestam-se no romance desde seu primeiro capítulo, e doem na gente, como doem na jovem e promissora Esther Greenwood, à medida que a protagonista afunda na falta de perspectiva, na prostração e na indiferença de quem sente não estar conduzindo nada—colapso que a leva a mais de uma instituição de tratamento psiquiátrico.
.
Um alívio enorme tomou conta de mim ao terminar o livro da Plath: separado quase quinze anos de minha primeira leitura do romance, temia encontrar uma obra menos impressionante do que aquela lida na idade impressionável dos 18. Encontrei-a melhor. A redoma de livro é um dos poucos livros que representam, com muito acerto, um estado de espírito que só consigo descrever como aquele “barco que sai de mim me levando”. Um livro que poderia começar e terminar na música “Breathe me” da Sia (escutem, por favor), mas que, pela arte da palavra, torna-se seu e do mundo, particular e infinito, depressivo e catártico, plurissignificativo e singelo—seja você quem for, tenha a idade que tiver.
Lêlivro@sêlivre 27/08/2019minha estante
Melhor comentário sobre este magnífico livro que já li até agora.


Toni 15/04/2021minha estante
Muito muito obrigado pelo elogio =D =*




lidopormaria 20/11/2022

Contém gatilhos de depressão e automutilação
eu li esse livro com um clube do livro e foi a primeira vez que li qualquer coisa de Sylvia Plath e sinceramente, talvez seja a última.

Não que a escrita seja ruim mas a temática do livro foi bastante pesada e quando fui investigar sobre a vida dela, entendi porque depressão foi um tema tão pertinente.
comentários(0)comente



bianca81 29/01/2023

Sylvia Plath tem uma escrita minimalista, sabe contar suas histórias, porém não se expõe tanto sentimentalmente. É apática e indiferente, um retrato ideal do que ela propõe a escrever. Existe um iceberg de vulnerabilidade que não é revelado ou aprofundado. O livro funciona bem como um diário da progressão de uma pessoa suicida. Termina no momento certo e toma ainda mais peso quando o leitor descobre como, quando e o que aconteceu depois que ela terminou de escrever o livro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



pinkmann 26/02/2023

muito bom porém nem tanto...
a forma como ela descreve a depressão, desde os primeiros indícios de que algo não está certo até atingir o ápice da tristeza e angústia, quando somos dominados pela doença, é muito bem escrito e eu me identifiquei demais em várias situações. acredito que esse seja o ponto forte do livro, e também como ela, mesmo naquela época, enxergava, de certa forma, a sociedade patriarcal em que vivemos e fazia críticas ao machismo e a misoginia.
porém, é impossível não notar o racismo escrachado durante todo o livro, desde o começo, até o fim, o que me incomodou bastante... é triste pensar que ao mesmo tempo em que ela era tão pra frente para enxergar os problemas da sociedade patriarcal, ainda assim tinha um pensamento tão escroto e racista :/ confesso que isso roubou bastante a minha brisa durante a leitura e por isso não consigo dar mais estrelas, embora o livro seja sim muito bom.
comentários(0)comente



viiholiveiiraa_ 23/05/2023

A depressão é uma 'Redoma de Vidro'
Poucos escritores, talvez, tenham tido uma obra tão curta e venerada como a produção de Sylvia Plath. A romancista e poetisa teve a vida curta assim como as suas produções. Morreu com apenas 30 anos de idade após se suicidar-se depois de viver anos em uma depressão silenciosa e um casamento fracassado. Hoje em dia, a escritora é uma das mais reverenciadas na literatura norte-americana e literatura inglesa. Seu único romance, A Redoma de Vidro, foi publicado semanas antes de sua morte, em 1963.
Em seu livro, Sylvia utiliza de suas próprias experiências vividas para traçar uma obra semiautobiográfica. A narrativa foi inspirada em episódios que aconteceram no verão de 1952, onde Plath, uma universitária com notas excelentes, consegue um estágio em umas das revistas de moda mais famosas de Nova Iorque, a Mademoiselle.
Enredo
Esther Greenwood, protagonista do romance, aos 19 anos é uma mulher extremamente dedicada aos estudos. Como mérito dos seus esforços, a jovem conquista uma bolsa de estudos em uma universidade conceituada dos Estados Unidos. Fascinada pela escrita e literatura, Esther é destaque em sua turma obtendo diversas premiações. Ainda na faculdade, a protagonista recebe uma oportunidade única: o estágio de um mês em uma revista de moda, uma das mais ilustres de Nova Iorque. A vida parecia correr perfeitamente bem para uma menina que saiu dos subúrbios de Boston para viver os luxos da cidade grande, mas para Esther, os sonhos estão longe de serem perfeitos. A jovem se sente vazia e vive uma depressão agravante, ao ponto de ter pensamentos suicidas constantemente e o seu ponto de vista nas relações amorosas, familiares e amizades começam a ser questionados.
Com a narração em 1° pessoa, a autora nos convida a imergir nos pensamentos angustiantes da protagonista e perceber que, às vezes, a depressão não precisa de grandes alardes ou tragédias traumatizantes. Apesar de ser um tema sensível, a narrativa é fluida e o fluxo de consciência interrompe o tempo linear, permitindo aos leitores ler momentos do presente com fatos do passado. Embora o livro seja considerado um clássico da literatura mundial, a linguagem não é rebuscada, tirando aquele preceito de que os clássicos são difíceis de serem lidos.
Em meio ao glamour da cidade que nunca dorme, Esther começa a questionar-se qual o sentido da vida. A jovem percebe que interesses que antes lhe encantava, já não tem tanto encanto como antes. Ao voltar para a casa, a menina começa a se aprofundar em um mar sentimentos sem esperança, deixando de fazer a suas atividades corriqueiras e até mesmo o básico da higiene pessoal. Em um trecho, a personagem expõe que a vida passava diante de seus olhos como caixas brancas. “Eu via os dias do ano se estendendo diante de mim como uma série de caixas brancas e brilhantes, separadas uma da outra pela sombra escura do sono. Só que agora a longa perspectiva das sombras, que distinguia uma caixa da outra, tinha subitamente desaparecido, e eu via os dias cintilando à minha frente como uma avenida clara, larga, desolada até o infinito.” (pág. 144).
O livro também traz um posicionamento feminista, já que a personagem em vários momentos se questiona a respeito do papel da mulher na sociedade. Lembrando que, o tempo do enredo se passa ainda na década de 50, anos em que a revolução feminista ainda se consolidava no país norte-americano. Problemáticas como igualdade de gênero, ideia do casamento, filhos e a castidade imposta de forma diferente entre homens e mulheres são alguns temas discutidos no livro. Esther constantemente se questionava sobre a sociedade patriarcal que vivia e desejava viver uma vida diferente dos padrões que eram impostos.
Depressão
Se hoje a depressão ainda é vista por mal olhos por muitos, imaginam na década de 50? Fora que, nessa época ainda se tinham poucos estudos sobre a doença nas áreas da psicologia e psiquiatria. Muitos médicos, inclusive, achavam que o melhor tratamento era a base de choques elétricos. O estigma de que essas pessoas deveriam viver fora do convívio da sociedade levavam muitas a ficarem meses trancadas dentro de uma clínica psiquiátrica. O relato do seu tratamento dentro do sanatório a base de eletrochoque é difícil de ler, especialmente quando descobrimos que a própria escritora, Sylvia, passou pelas mesmas coisas. Apesar de ser uma história sofrida, Plath consegue narrar os acontecimentos de forma poética e com uma delicadeza louvável. Com a história de Esther e até mesmo da própria autora, somos capazes de sentirmos empatia e até mesmo uma revolta com todos os acontecimentos.
A Redoma de vidro, é utilizado pela escritora com uma metáfora para a depressão. Em alguns trechos podemos ver a personagem falar que é como se ela estivesse confinada e sufocada dentro de uma redoma vendo sua vida passar diante dos seus olhos e os seus sonhos perderem o sentido. “Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro a redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse – se fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc -, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado.” (pág. 182)
Em muitos momentos do livro pude me identificar com a personagem. Grande parte dos pensamentos angustiantes de Esther é o fato de não saber o que fazer com a própria vida, um problema muito recorrente na vida dos jovens assim como eu. Devo me casar ou priorizar minha carreira? Poderia viver somente de minha escrita? Devo viver os padrões impostos pela sociedade ou viver de forma com que eu me alegro? Quais são os meus valores? Propósitos? Muitas vezes nos sentimos perdidos sem conseguir enxergar um sentido para a nossa vida, mas é aí que está a graça da vida: não há um único sentido para todos. A vida nos dá escolhas infinitas todos os dias.
Não sabemos como a história de Esther termina, mas infelizmente sabemos que Sylvia foi comprimida pela redoma de vidro até ficar completamente sem ar. No tempo em que essas duas mulheres viveram as formas de tratamento para as doenças mentais não eram tão eficazes, mas hoje, graças aos muitos estudos, há abordagens mais efetivas sem sofrimento físico. Caso você esteja passando por isso, saiba que não estás sozinho. Procurar por ajuda profissional - psicólogo ou um psiquiatra - não significa que você falhou, mas que você deu o primeiro passo para vencer os sentimentos angustiantes. Não há nada de errado em pedir ajuda!
Apesar de ser uma leitura triste, há lições importantes que nos faz refletir sobres questões pertinentes do nosso dia a dia. É uma obra que, nas entrelinhas, tiramos ensinamentos essenciais que levaremos para o resto da vida. Indico a leitura para aqueles que estejam com o emocional bom, pois há gatilhos que para alguns possam ser difíceis de serem lidos. Mas, para aqueles que se interessar, Sylvia Plath, através de uma escrita impecável, é capaz de nos sensibilizar por um assunto tão triste.
comentários(0)comente



Joana 20/02/2023

?Talvez o esquecimento, como uma nevasca suave, pudesse entorpecer e esconder aquilo tudo. Mas aquilo tudo era parte de mim. Era a minha paisagem?.
Jadie 20/02/2023minha estante
Acabei de ler esse ontem.. também amei




Laisi 30/04/2021

Reflexões
Esse livro é um livro um tanto quanto reflexivo. No começo e no meio eu não estava entendendo nada, mas no fim se você forçar um pouquinho a cabeça você entende perfeitamente.
Esse livro tem alguns gatilhos, relacionado a depressão e tentativa de suicídio. Na minha visão o livro está tão bagunçado quanto a cabeça da personagem principal.
comentários(0)comente



Karen 20/01/2024

Ter depressão não é um morango
Acho que todo livro aclamado gera um medinho no leitor. Especialmente nesse caso. É difícil encarar com distanciamento, quando a gente sabe que o final aberto da obra encontrou a sua conclusão de forma tão triste no mundo real.
Sylvia escreve bem, mas por muitas vezes é enfadonha. E, na minha opinião, é a parte mais relacionavel da história. Ter o mundo inteiro à disposição e não conseguir ser funcional é desesperador. Vamos pouco a pouco nos sentindo sufocados pela redoma de vidro de Esther.
Eu gostei menos do achei que fosse gostar, mas é uma leitura obrigatória para nós, mulheres sob a figueira. Olhar no espelho pode ser desconfortável.
Luana.Khetley 20/01/2024minha estante
Estou há anos desejando fazer a leitura desse livro, mas constantemente alguém me aconselha a lê-lo quando estiver numa fase boa por conter temas delicados. (Isso já tem uns dez ano)


Luana.Khetley 20/01/2024minha estante
Mas essa fase 100% boa nunca chegou e eu nunca li




naoomi 30/05/2020

minha opinião envelheceu feito leite
no meu primeiro histórico eu tava encantada com a história e abordagem, e é possível ficar assim até o final caso decidam ignorar o racismo no livro. o que me parece que fazem de bom grado, já que entre todas as recomendações, elogios que vi, nunca vi uma crítica sobre. MAS como se trata de uma obra e autora de referência feminista, não é de se espantar como ignoram isso
Marina 30/05/2020minha estante
AMEI a crítica. Como não tô afim de passar raiva, até tirei da minha lista.


naoomi 30/05/2020minha estante
agora que você viu meu comentário sobre, acho que vale a pena ler sim. o que me fez passar mais raiva foi estar amando MESMO e me deparar com algumas insinuações e algo muito mais escancarado, o choque estragou minha experiência kkkk




Ju Nancy 31/05/2020

A redoma
"Eu não tinha certeza de nada. Como eu poderia saber se um dia a redoma de vidro não desceria novamente sobre mim, com suas distorções sufocantes?"
comentários(0)comente



2960 encontrados | exibindo 241 a 256
17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR