S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Dlay 17/07/2020

Texto árido.
No início eu achei o texto árido, distante, porém depois da página 80 só larguei o livro quando terminei. Recomendo. Este foi meu primeiro contato com o autor e lerei mais de seus livros.
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Andre.Santana 03/10/2022

Solidão
Sozinho e com a vida em declínio, Paulo Honório, poderoso fazendeiro do sertão alagoano, narra a sua história. O narrador revisita momentos da sua vida e conflitos internos que permanecem inexplicáveis até o momento em que suas memórias estão sendo escritas. Nem a fazenda S. Bernardo, que Paulo Honório comprou por preço irrisório, nem a professora Madalena, a quem contratou para alfabetizar as crianças do seu empreendimento rural e com quem acaba se casando, deram-lhe o sossego que tanto buscava. Escrever esta história, então, é o que lhe resta, na tentativa de encontrar paz e sentido para aquela vida solitária. Da elaborada teia existencial desenvolvida ao longo da trama ? com os conflitos entre as visões de mundo incorporadas pelos personagens ?, destaca-se um texto riquíssimo, principalmente nas falas de Paulo Honório, construído em metáforas surpreendentes, ainda que disfarçadas pela concretude das palavras.
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Denise Ximenes 13/10/2020

Irrepreensível
Pra quem acha que o Velho Graça é maravilhoso porque escreveu Vidas Secas, quero dizer que sim, é verdade. Mas para além do drama vivido por Fabiano e sua família (com a inesquecível Baleia), digo que São Bernardo, narrado em primeira pessoa, é uma obra ainda mais encantadora...

Paulo Honório percorre o mesmo caminho dos personagens da fazenda (em Revolução dos Bichos, de G. Orwell). Ele passa de reles empregado a dono de uma propriedade importante, no interior de Alagoas. E, ao se ver senhor de sua vida, ele começa a reproduzir os mesmos comportamentos autoritários aos quais era submetido, no passado.

Tamanha era a brutalidade com os seus e as duras consequências de seu comportamento indiferente, que o protagonista, enfim, reconhece sua personalidade difícil, perde as pessoas mais importantes de sua vida e o final merece mil estrelas...
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Adriano 05/12/2013

Quando você chega no topo, não encontra nada lá em cima!
São Bernardo narra a vida e ascensão social de Paulo Honório, que foi guia de cego na infância e tornou-se um latifundiário de Alagoas. Depois de alcançar seu objetivo, ele se propõe a escrever um livro, procurando uma justificativa para o desmoronamento da sua vida, do seu fracassado casamento e da distância que separa ele e seu filho.

A confissão do narrador faz com que percebamos que para alcançar sua ascensão ele destrói seu caráter e perde a sua humanidade, tornando-se áspero, mesquinho e rude, fruto da corrente científica do Determinismo.
"Princípio segundo o qual tudo no universo, até mesmo a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva". Fonte: Infoescola.
Paulo Honório é o típico capitalista, fazendeiro, ambicioso e que faz tudo para conseguir o que deseja. Ele representa uma força que transcende limites e em função da qual vive: o sentimento de propriedade. Já as pessoas que o rodeiam são apenas frágeis, distantes e nada mais do que objetos, peças que devem estar a disposição do narrador.

Paulo Honório é muito esperto, isso é inquestionável. Ele molda as relações, os negócios e o diálogo de modo a favorecê-lo sempre, ou seja, ele não aceita as derrotas facilmente.
O próximo lhe interessa na medida em que está ligado aos seus negócios e interesses. Até as pessoas a quem desenvolve gratidão e amor são taxadas como objetos e suas relações são quantificadas.

Segundo alguns críticos, São Bernardo nos mostra como a escrita de Graciliano é enxuta, curta, direta e bruta. Essa característica é adotada pelo narrador quando se amesquinha até nas palavras que usa:
"É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço."

Sobre a vida afetiva, percebemos que ela não é intensa e sempre permanece em segundo plano. Paulo não se vê um homem capaz de ser amado. Casa-se por conveniência e passa a descobrir na mulher, Madalena, tudo que ele não é: carinhoso, caridoso, humanitário. Esse conflito entre seres tão diferentes é explorado de forma magistral!

De modo geral, a leitura de São Bernardo é monótona por se tratar de uma confissão, porém nos faz pensar e repensar nossas atitudes em relação ao amor versus dinheiro.

Gostei demais da leitura desse livro e recomendo para aqueles que gostaram de Dom Casmurro (eles são parecidos no modo de contar a estória)!

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2013/11/resenha-sao-bernardo-graciliano-ramos.html
Gu 08/12/2013minha estante
Fiquei encantado com a narrativa do Graciliano nesse livro e como a trama foi construída!
Quero ler!
Abraço, meu amigo


Juraski 25/06/2016minha estante
Cara, graças ao teu comentário, vou reler...




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The guy on the train 30/09/2022

OPINIAO SOBRE "SAO BERNARDO"
Nao consigo nao comparar em partes o personagem do Paulo Honorio com Heathcliff. A natureza das emoçoes envolvidas na narrativa sao igualmente brutais. A teimosia de besta de Paulo Honorio o conduz ao isolamento, condenando á ruina oq com tnt esforço ele construiu. Amei o livro.
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Mari Lopes 02/05/2021

Como uma boa prosa de roça
Foi assim que eu me senti lendo S. Bernardo, a primeiro momento. Meu lado ‘caipira’ falou mais alto e me senti envolta na prosa de Paulo Honório, sentada na área da casa da fazenda de S. Bernardo, tomando um cafezinho e um pão de queijo para acompanhar (rs) – é como se eu ouvisse meu avô contando causos de outrora e isso me deixou muito emocionada. O que chega a linguagem sertaneja e simples que Graciliano Ramos usa na narrativa, ressaltando a origem dos nossos personagens e a vida simples do interior.
Mas deixando o lado emocional e inocente, é possível enxergar em Paulo Honório traços de Dom Casmurro, visto na forma com que ele trata a sua esposa, Madalena, com todo aquele ciúme e desconfiança. Ele, órfão, foi criado por uma negra, a qual Paulo faz questão de trazer para S. Bernardo a fim de “devolver” a ela tudo o que ela tinha feito para ele. Isso mostra o quanto Paulo era ligado ao dinheiro. Sua ascensão ao poder, ao longo do livro, é o retrato de uma sociedade que aspira por dinheiro não medindo esforços e passando por cima de quem e o que for preciso para conseguir status.
Dessa forma, vemos a ascensão e a queda de Paulo, que chega ao fim da vida colhendo tudo o que havia plantado ao longo de sua vida. S, Bernardo é um convite aos leitores sobre a reflexão de como estamos vivendo e o que estamos cultivando. Por mais que tenha sido escrito na década de 30, o livro ainda é atual e, inclusive, ecoa em nós algo que acontece hoje: a pandemia e a forma com que temos vivido. Você tem semeado coisas que irá se orgulhar quando estiver no fim da vida? O que você faz hoje determinará o que você será amanhã! Lembre-se disso.
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Bel * Hygge Library 30/11/2020

S. Bernardo (Graciliano Ramos)
Graciliano Ramos foi um escritor que redescobri em 2020. Meu contato com sua obra limitou-se, até então, às aulas no colegial e nunca mais li nada dele. Em 2020 reli "Vidas Secas" e agora, li pela primeira vez, S. Bernardo. E confesso que é difícil dizer de qual gostei mais. Talvez, S. Bernardo leve uma pequena vantagem.

E gostei tanto deste livro, pois possui os elementos que mais me chamam a atenção em uma história: o vai e vem na linha do tempo, mesclado com aquela atmosfera de "Será que isso que ele narra é realmente uma memória ou apenas suas imaginação operando?". Um romance repleto de marcas de oralidade e regionalismos, que nos transporta para dentro de suas páginas e palavras, de modo que nos sentimos no mesmo ambiente em que estão Paulo Honório, Madalena, Padilha, Nogueira, Gondim, Dona Glória, Padre Brito, etc, discutindo política, o processo de escrita do livro de Paulo Honório, as cartas escritas por Madalena, divisão do trabalho e disputa por divisas de terra. Enfim, livro indispensável.

"Há fatos que eu não revelaria, cara a cara, a ninguém. Vou narrá-los porque a obra será publicada com pseudônimo. E se souberem que o autor sou eu, naturalmente me chamarão de potoqueiro." - p. 13

site: https://www.instagram.com/hyggelibrary/
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marcelo.batista.1428 01/03/2022

Paulo Honório, um rico fazendeiro do interior de Alagoas, é a personagem principal e o narrador dessa estória, que conta sua vida, da infância a velhice. A leitura tem fácil fluência, pois a escrita é simples, sem floreios, e mais, seguindo a personalidade do narrador, é também: bruta, seca, indiferente.
Paulo Honório segue a si mesmo, raras vezes duvida de si, é sincero em seus escritos. Com isso, através da ótica do dominante (em sua maior parte), encontramos um pouco da dura vida do nordeste brasileiro no começo do século vinte, e no meu caso, tento empatia (e acho que o autor me ganhou) com os sofrimentos individuais de uma personagem que tem tantos desacordos com o meu pensamento.
Uma observação: empatia não me faltou por Madalena: pensamento progressista silenciado apesar de todos os desvios tentados e de concessões realizadas por ela. Infelizmente me lembrou os dias atuais, parece que voltamos um século.
Juliane.Motta 22/06/2022minha estante
Ano este livro ?


marcelo.batista.1428 13/07/2022minha estante
eu gostei bastante também. Fiz as pazes com Graciliano depois de Angústia rs


Juliane.Motta 14/07/2022minha estante
Hahahaha eu tô na metade de Angústia... Não se compara a São Bernardo e Vidas Secas, dá um nó na minha cabeça às vezes, mas precisava ler mais alguma coisa dele.


marcelo.batista.1428 31/07/2022minha estante
Li Vidas Secas há muito tempo, para a escola. Acho que será o próximo livro que lerei dele. Lembro bem pouco do que li.




elen5 11/01/2023

Eu gostei da leitura. Foi legal conhecer São Bernardo e a conquista da propriedade por Paulo Honório. O livro foi sem graça até a entrada da Madalena, logo depois engatou. Amei a controvérsia de pensamentos dela com o marido a propósito, botando opiniões políticas diferentes, principalmente a dela - sendo uma mulher -, e tendo seus pés no marxismo.
Em alguns pontos me perdi pela quantidade de personagens e nomes. Paulo é um homem insuportável e o puro suco do capitalismo e latifundiárismo.
Amei Madalena de todo meu coração e fiquei muito triste com o desfecho.
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Marcelo217 11/08/2020

Real
O livro mostra exatamente o retrato que eu imagino como o Brasil era no início do século XX. A história é muito boa apesar do protagonista ser bem escroto.
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Vee 24/10/2021

Que livro maravilhoso, Graciliano mais uma vez me deixa completamente viciada em sua narrativa. Uma história que vale muito a pensa conhecer, amei!!
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tata 19/02/2023

?Se fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me, é o que mais me aflige.?

Incrivelmente, esse foi o primeiro livro de Graciliano Ramos que eu li por inteiro, e a única coisa que eu me arrependo é de ter demorado tanto a me aprofundar mais nesse escritor incrível.

Como costumo dizer, não farei aqui uma análise profunda de um livro clássico, porque são muitas nuances pra colocar num pequeno comentário como esse. Mas gosto de deixar minha impressão mais forte: é uma história incrível. A narrativa de Paulo Honório, que por mais que seja crua, ainda nos deixa ansiosos pra saber se o que ele pensa é verdade ou não, se o que ele conta aconteceu desse jeito mesmo ou não, se os seus ciúmes são infundados ou não (pra mim, é óbvio que são). O final é arrebatador e extremamente impactante. E lindo.

Como todo clássico, há suas passagens ?chatas?? que na verdade são apenas alguns momentos mais lentos ? mas isso não me incomoda em nada. Narrativa crua e bonita, majestosa; personagens profundos, humanos. Exatamente o que se espera de Graciliano.
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gabriel 17/10/2020

Leitura ágil, mas esperava um pouco mais

Pelo tanto que falam desse livro, esperava vir aqui e sapecar logo umas cinco estrelas nele. Mas ficou devendo um pouco, ao menos para o meu gosto. Não é um livro ruim, nem de longe. A narrativa é ágil e é interessante como o narrador desdobra os personagens de uma maneira rápida e sem perder muito tempo - um estilo quase "jornalístico", por assim dizer.

O tema é daqueles típicos que você encontra em muitos filmes, que é o de "figura de autoridade lamentando as coisas". Aqui é meio que isso, é quase que um "Poderoso Chefão", só que da roça. A narração é em primeira pessoa e ele vai refletindo sobre o seu passado e contando as coisas que viveu. Vale a leitura, ela é bem rápida e direta e tem algumas viradas interessantes.

Esqueça "modernismo isso, modernismo aquilo", não faça disso uma aulinha chata de literatura, apenas pegue despretensiosamente e aprecie a técnica literária direta e objetiva do Graciliano. Uma espécie de "Vidas Secas" de rico, se bem que achei aquele bem melhor.
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