Resenhas - Além do Bem e do Mal

R.Aguiar 19/11/2022

A obra do alemão Friedrich Niezstche, escrita por meio de aforismos, foi fundamental para sua época e tem uma contribuição no sentido a quebra de paradigmas tradicionais ligada a verdade religiosa, filosófica e científica.
Desde então, é uma obra que procura direcionar.seus leitores a refletir suas condições reais enquanto pensador livre ou de rebanho.
Em suma, é uma obra magnífica e libertadora, pois pode ser um aporte poderoso na ruptura de paradigmas imposto pela sociedade e igualmente imposto pelas diversas epistemologia. Tanto o racionalismo, quanto o tradicionalismo religioso dogmático. Tendo como cerne o ceticismo e niilismo crítico.

caiohlp 18/09/2022

Todo livro é um esconderijo, cada palavra é também máscara.
Como sempre, ler Nietzsche é encontrar um novo eu ao final da obra, não há como percorrer seus livros sem o olhar crítico, que finda por recair sobre o próprio leitor. A filosofia do martelo é incômoda, não deixa pedra sob pedra, nada sustentado apenas pela tradição escapa dos duros golpes, o poeta e, quem sabe, amigo da verdade, condensa livros e temáticas inteiras em poucas linhas. Contudo, por mais raro que seja o quilate do escritor alemão, ele é produto de seu meio, carregado de preconceitos vãos, avaliações tendenciosas e críticas desproporcionais, há muito ultrapassadas, fatos esses, que não arranham em nada seu olhar acurado sobre temáticas universais, que ainda hoje são debatidas. É evidente que debruçar-se sobre essa obra é um trabalho árduo, mas também genuíno, já que o pouso seguro nunca fez parte dos planos de Além do Bem e do Mal, e é assim que o tom destrutivo e provocante nos adverte que o subversivo é mera questão de maioria, que a existência só pode ser menos melancólica com a aceitação da finitude e que o verdadeiro amor e muitas outras coisas estão sempre além de qualquer suspeita moral. Mas, afinal, qual a força motriz de Nietzsche e de seu tomo? É o medo da degeneração completa, o asco pela cultura de inverdades, a repugnância pela fraqueza de espírito e a náusea pelo afastamento permanente de nossas vontades, promovidos diuturnamente pela busca de grilhões repaginados.

Mariah 14/08/2022

Hier - Marasmo - e outros bons e mal gostos
Hoje não consigo ler sem me condicionar para a mesmice ocidental.

Gosto de "...mas não se deve ter razão demais, inclusive um pouco de falta de razão faz parte inclusive do bom gosto"

Em "Os maiores pensamentos são os maiores acontecimentos." podemos melhorar isso, ele não destila suas ideias centrais, deixa o pensamento correr solto como se fosse uma conversa com ele mesmo, como se eu tivesse entrado no quarto dele e pegando ele falando devaneios, sozinho, às paredes.

> Entre olhos delatores e cavernas mais profundas por tras de cada caverna no abismo da exitencia, onde sonham e elucidam... "Coisas extraordinadas colhidas pelo seu pensamento, como se viessem de fora... constituindo a sua espécie de acontecimento > que é talvez..."

medderao 16/07/2022

Para além de senhor, para além de escravo
Essa é a obra mais importante de Nietzsche. Ela é derradeira obra do pode-ser. É o Nietzsche como bicho do porvir - esse porvir sendo o impacto que ele causa em cada leitor (que será diferente). É o novo, de novo e de novo.

Alerto que sem a leitura de outras obras do autor e sem compreender seu imoralismo essa obra pode ser a mais "INCOMODANTE". A chacoalhada que a perspectiva dessa obra se propõe a dar na perspectiva popular, cristã e humanista é radical. Aqui temos o Nietzsche mais cruel, o Nietzsche mais transparente e sua empresa menos ornamentada. Realmente aqui EIS O HOMEM.

Quem não ouvia a música julgou louco quem estava a dançar. Esse é o Nietzsche que dança teoricamente, é a junção do melhor de seu procedimento genealógico com a alma irresponsável de Zaratustra. É o homem que deixa sua sombra falar. Que livro maravilhoso, é a obra derradeira, o último prego no caixão da negação da vida.

Leitura OBRIGATÓRIA e ponto final.

Adjuto 13/07/2022

Psicólogo, Filósofo, Aristocrata, Espírito Livre
Nietzsche não escreveu para seus contemporâneos, ele era um filósofo além do seu tempo, pois ele era corajoso demais pra sua época, pois enfrentou com muita ousadia o cristianismo, onde não era mole ser Anticristo. Ele nos tirou a culpa, junto com Freud, dos nossos desejos, das nossas vontades. Nos propôs a sermos, ou melhor, buscar sermos os nossos melhores, agirmos, não esperarmos nada cair do céu, até porque não há um dedo divino, é tudo o acaso, é tudo o seu destino, ame seu destino. Ame-o. Ame se o seu destino te levou a ler esta obra, ame se você entendeu alguma coisa, ame caso o que você leu aqui, o ajudou a melhorar algum ponto de vista, ame sua solidão, ame separa-se do mundo, viver em uma solidão e cultivar as suas virtudes.
Divirta-se, amigo.

gab 09/07/2022

Simplesmente o maior incel da história. Foi bom pra construir a minha visão do filósofo, que até então, eu não sabia quase nada sobre, mas não suportaria ficar 5 minutos do lado dele pra ser sincera.

Hector 21/06/2022

Nietzsche te testando
É o segundo livro de Nietzsche que leio e nesse acho que acabo concordando com menos pontos que no primeiro . Entendo o ponto dele e contexto mas quando se trata de sociedade minha visão é diferente da dele.

Alek 19/05/2022

Incisivo
Nietszche sempre tem o poder de me deixar boquiaberto, as afirmações nessa obra como em qualquer outra do autor são fortíssimas, e talvez por isso muito difíceis de concordar... não é uma leitura pra pessoas que gostam da zona de conforto, a filosofia de Nietzsche tira tudo de seu "devido" lugar e te coloca desnudo em meios às reflexões dele e de suas próprias.

tori 13/05/2022

sei lá..
comecei lendo o livro e terminei ouvindo o audiobook e ainda assim não entendi muito bemkkkkk livro muito inteligente p mim ?

Fatimaluiza19 25/04/2022

"Studying Nietzsche, studying Biggie"
Na música 'Rare, o rapper Nas faz uma referência a dois grandes filósofos: Friedrich Nietzsche e Biggie Smalls (também conhecido como Notorious B.I.G ou simplesmente Biggie ou Big). As músicas de Biggie são uma grande influência para o hip hop como o é. Assim como os escritos de Nietzsche para a filosofia moderna. A diferença entre os dois não está na cor da pele, na localização geográfica, muito menos na temporal: enquanto o que Nietzsche escreveu é visto como o ultra culto da realidade, inatingível, inteligível, inteligente demais, incompreensível, as músicas de Biggie, por mais poéticas que sejam, atreladas à realidade 'além do bem e do mal' da cultura urbana da costa oeste dos Estados Unidos, é muito mais fácil ver um culto ao filósofo alemão enquanto 'core' acadêmico que ao poeta do Brooklyn. Obviamente, o alemão veio antes com sua sucessão de pensamentos conexos apenas com sua alma e sua alma apenas. Ele seria fã de Biggie se fossem contemporâneos.

Rafael2157 26/03/2022

Pra ler com uma aspirina do lado
O Nietzsche faz SEIS capítulos como introdução ao que ele define como a tese do livro: o que eu entendi como a moral dos senhores e a moral dos escravos.

Ler filosofia é extremamente complicado. Mas esse de fato foi uma tarefa a parte. Ler, reler, grifar, pesquisar, voltar e avançar páginas. Chegando nos 60% eu simplesmente não tive saco pra continuar.

A leitura ainda que instigante, é extremamente cansativa e só te faz querer terminar. Com a exceção de alguns conceitos que tu fica querendo aprender mais sobre.
São esses conceitos aí que me prendem na filosofia do Nietzsche, quando ele fala sobre as verdades metafísicas do mundo, como a religião por exemplo.


O segundo, terceiro e quarto capítulo são o ápice do livro.

2. Espírito livre: Aqui a tese fundamental é que o espírito livre é o filósofo que busca a transcendência: ser capaz de distinguir a essência dos exageros de uma moral pré-estabelecida, isso é, estar ACIMA DO BEM E DO MAL. Essa premissa de liberdade de consciência, de superar a moral judaico-cristã no Ocidente é o que o autor vai defender no livro inteiro.

3. O caráter religioso: Esse capítulo é quase que ligado o anterior. Aqui ele vai mostrar como a religião pôs o que ele chama de moral dos fracos acima da moral dos senhores.
"A fé cristã, é, desde seus primórdios, sacrifício: sacrifício de toda a independência, de toda a altivez, de toda a liberdade de espírito, ao mesmo tempo escravidão, auto-humilhação, automutilação." (p.62)

4. Máximas e Interlúdio: De longe o que eu mais gosto nos livros do autor. Aqueles pequenos aforrismos que te fazem refletir quando você vai dormir ou lavar a louça.

94 "A maturidade do homem consiste em ter reencontrado a seriedade que tinha nos brinquedos quando era criança."

105 "Por meio da música, as paixões desfrutam de si próprias."

118 "Existe uma ingenuidade na admiração. É aquela do homem que não considera a possibilidade de ele também poder ser admirado um dia."

146 " Aquele que luta contra os monstros deve vigiar para não se tornar um deles. Ora, quando teu olhar se fixa por muito tempo no fundo do abismo, o próprio abismo penetra em ti."

175 " Amamos, em definitivo, somente nossas inclinações e não aquilo a que nos inclinamos."

Apesar de todos os problemas pessoais com o livro, ele é realmente muito bom. Só que como eu tô vindo de uma sequência intensa de filosofia nietzschana foi mais desgastante do que poderia ser.

eupoetizo 20/03/2022

É uma mente perturbadoramente incrível. Não deixei 5 estrelas porque não consigo raciocinar





:)

Mily_alpes 20/03/2022

Boa,gosto muito do jeito dele,mas Zaratustra continua sendo o amor da minha vida!Quero ler tudo desse homem e que siga essa linha de pensar,pois gosto e concordo muito com ela!