Isa Breve 26/02/2020Quando acabei a leitura fiquei alguns minutos, que pareceram horas, olhando pro além e refletindo se havia gostado ou não da obra. Corri pro YouTube e assisti diversas resenhas, e notei que em todas elas as pessoas tinham amado a história. Não é que eu não tenha gostado, mas amado é uma palavra forte demais para definir a minha opinião acerca da obra.
Em o iluminado, King nos apresenta a família Torrance, composta por Jack, Wendy e o filho Danny. No início da leitura, somos levados ao novo emprego de Jack Torrance, como zelador do hotel Overlook, onde, durante um certo tempo, o mesmo é fechado por conta da nevasca que permite que ninguém saia daquele lugar.
Quando peguei pra ler, já tinha em mente que o autor é bem descritivo, sendo que ele deixe explícito desde o tapete até o papel de parede, o que pode ser um ponto positivo, pois te permite ter uma plena visão do ambiente, mas que PARA MIM, em alguns momentos, foi um negativo, por achar maçante demais e até desnecessário em algumas cenas. Amei o quanto essa história se trata da natureza humana. Se trata dos demônios que vive dentro de cada um, os problemas que enfrentamos. King consegue fazer com que uma família comum se torne peça central em uma história de um hotel com um passado um tanto quanto intrigante.
As cenas que Jack delira com o baile que havia acontecido no antigo Overlook, são pra mim as melhores. É apresentado ao leitor, o barmen daquela noite e os convidados, cada um usando sua máscara.
Para mim, King demorou um pouco pra desenrolar o enredo, mas enxergo que foi desenvolvido de maneira incrível os personagens, o passado de Jack Torrance e seu problema com a bebida. Fica completamente explícito os momentos no qual Jack ainda não foi sugado pelos demônios do hotel, e mesmo quando isso acontece, conseguimos definir. No fim, o iluminado é uma história acerca da natureza humana, dos demônios que os personagens carregam do passado.