morgieen 23/02/2024
A fragilidade da vida humana
Todos os dias nós nos perguntamo o que será do futuro? Estaremos saudáveis? Bonitos? Com dinheiro, emprego, amigos, família? O que será das pessoas a nossa volta? Vão estar ainda conosco? Nossos filhos, sobrinhos, netos...vão nos enterrar? Seremos esquecidos. Nossas memórias morreram conosco, e depois as dos nossos filhos, e dos nossos netos. Sem alguém pra lembrar da gente, somos apenas substâncias decompostas dentro de caixões de madeira, presos no cimento, na terra.
Se esse fosse o seu último dia, desperdiçaram com briga? Com ódio ou com amor? Contaria suas histórias ou ia aceitar ser esquecido? Ficaria junto com todos, ou simplesmente se afataria, consumido depois pela tristeza da morte e sua própria fragilidade?
Todos os dias, quando estou perto de perder completamente a paciência, o controle, lembro como o tempo é efêmero, como tudo muda, tudo acaba e recomeça, sem mesmo notarmos de logo. Esse livro só me mostrou como isso é correto. Tudo muda, tudo se altera, acaba levando a algum lugar. Você previu? Parabéns. Foi pego completamente de surpresa? Sinto muito, mas é assim. Seus filhos terão filhos que terão outro filhos, e a rede genética e histórica da raça humana vai continuar, com afinco, preso a essa pedra de água e vida, até que não seja mais possível. Tantas previsões sobre como iremos acabar, onde iremos terminar.
Mas não tem como saber MESMO, aonde acaba, onde começa, como será o caminho até lá. Bem como também não deveríamos tornar isso a maior preocupação da nossa vida, da nossa existência. Inevitavelmente, vamos acabar. Tudo tem um fim, tem um começo. As vezes nos perdemos no que cada um significa, a ordem deles.
Queremos ser eternos, mas nada tem essa honra. Nem nós, seres vivos, nem os astros ou até mesmo os deuses. Tudo inevitavelmente vai acabar. Passar tão rápido, como se acontecesse tudo num dia. Um dia pela existência do universo.