O mundo se despedaça

O mundo se despedaça Chinua Achebe
Chinua Achebe
Chinua Achebe




Resenhas - O Mundo se Despedaça


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Dandara 08/09/2022

Autores negros africanos não são muito conhecidos no Brasil e não seria muito diferente com Chinua Achebe. Um autor nigeriano que conta a história do povo igbo e seus costumes que se depara com o colonialismo branco, impondo a fé cristã e demonizando seus costumes e práticas religiosas.
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JuPenoni 06/11/2022

Surpreendente
Livro lido com o clube. Eu adorei o livro. A forma com que Achebe constrói a história, nos apresentando a cultura Igbo, com seus costumes e crenças, inserindo fábulas e rituais nos permite ampliar muito o entendimento sobre esse povo.

Recomendo muito a leitura.
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Bru 28/11/2022

O livro narra a vida e cultura de uma aldeia na África, Umuófia. Conta sobre suas leis, divindades, relacionamentos e o que se relaciona a sobrevivência de seu povo.

É um narrativa de dentro daquela cultura, com todas suas particularidades.
No final da segunda parte, a narrativa envolve tambem a invasão dos ingleses, impondo outra religião e leis, matando o povo e sua cultura.
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GIZ 23/03/2013

Sim, nesse livro podemos ver um mundo se despedaçar completamente, se emocionar com uma vida que hoje não se vê com muita facilidade na África, depois da partilha e da colonização europeia... Uma história que, muitas vezes, nos dará lágrimas, tristezas, incertezas e revolta... Uma cultura que em muito se difere da nossa e ao mesmo tempo tem elementos que estão presentes o tempo todo, como certas crenças, certas frases... Afinal, também somos África não é? O final que temos é surpreendente e também de muito impacto, assim como cada paragrafo, cada frase, cada vida presente nesse romance.

O livro O Mundo se Despedaça, Companhia das Letras, 2009, publicado pela primeira vez em 1958, pouco antes da independência da Nigéria, se tornou um dos livros mais importantes da literatura nigeriana moderna e escrito pelo autor nigeriano Chinua Acheb, que é dos autores africanos mais conhecidos do século XX e suas obras apresentam a influencia da cultura ocidental na africana.
A leitura é linear e tranquila. O romance conta a historia de Okonkwo, um guerreiro de etnia Ibo, em Umuofia, que se encontra no sudeste da Nigéria. A história acontece em torno de sua vida, além de elencar diversos aspectos da vida africana cotidiana, como seus costumes, cultura e religião e a transição da entrada da cultura europeia, assim como sua religião na Africa.
Podemos ver inúmeros detalhes com relação a cultura africana, em como a oralidade se fazia presente e os membros da sociedade eram respeitados, principalmente a sabedoria dos mais velhos, assim como suas punições, já que Okonkwo comete um delito, e mesmo sendo acidentalmente, ele tem que pagar por isso, assim como sua família, que precisa estar onde ele estiver. Depois desse fato, o protagonista volta para o seio da família de sua mãe, que é o que acontece com famílias matrilineares, que giram em torno das mães, por isso que poucas mulheres eram escravizadas e trazidas para de lá, elas eram muito mais importante lá em suas terras de origem do que em outros lugares.
A importância dos grandes chefes e guerreiros pode ser vista de forma muito clara, são eles que aconselham e dizem como os outros devem agir. O grande sonho de Okonkwo era se tornar um deles, já que seu pai foi considerado um fraco e ele não queria ter o mesmo destino, mas se perdeu quando comete o assassinato de um membro de seu clã, ficando afastado por sete anos de sua terra e suas riquezas. Ele foi aceito quando o tempo passou, afinal seu delito foi acidental, mas mesmo assim muita coisa se perdeu durante esses anos de reclusão, inclusive a entrada do homem branco na Africa, algo que lhes parecia exótico, pois o único contato que tinham era com homens albinos. Esses homens brancos foram chegando e impondo seus costumes, religião, sobrepondo suas crenças acima das crenças africanas, que foram cada vez mais diminuindo e sendo feitas em locais cada vez mais isolados, em florestas.
Sua alimentação básica é o inhame, Okonkwo tem sua plantação que é grande e ele consegue manter todas as suas famílias através dela, o que representa que ele era um homem de grande renda, já que na cultura africana só pode ter várias esposas aquele que consegue sustentá-las muito bem e há uma hierarquia entre elas, diferença entre as idades e outros quesitos.
Num primeiro momento as crianças africanas andavam juntas com as europeias, mas os europeus foram tomando cada vez mais espaço e tendo cada vez mais adeptos africanos em sua religião e modo de pensar, pois os europeus lhes oferecia educação, comida e outros atrativos que eles não tinham, muitos que passaram a seguir essas novas doutrinas foram rechaçados por seus pais, pois eles acreditavam que o europeu estava errado e estava corrompendo seu povo. Muitos passaram a se isolar em florestas para continuar a realizar seus ritos e crenças, ficando cada vez mais longe do homem branco.
Okonkwo é um oposicionista dos missionários, ele não conseguia acreditar na quantidade de conterrâneos que se converteram ao cristianismo, no entanto que, no final da obra, ele comete suicídio depois de matar um branco. O mais interessante nessa cena é o que seus companheiros fazem justamente quando ele morre, segundo os ritos, quando se comete suicídio ninguém pode tocar em seu corpo e fazer seu enterro e eles pedem para o os homens brancos o faça.
O que mais nos toca nessa obra é ver a transição e transposição de uma cultura sobre a outra. A perca dos costumes, a intolerância da policia europeia com os habitantes, a perca de memoria do povo, já que eles tem uma cultura totalmente oralizada, as experiencias, o aprender com os mais velhos.
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GabrielTh 30/05/2024

Intenso e frenético
Baita resenha. Ritmo pesado e frenético. Da peso a cultura local, tanto quanto necessário para que os rápidos acontecimentos finais doam tanto no leitor quanto na personagem. Vale a pena a leitura
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Do Amaral 19/10/2019

Um best seller
Incrível e uma palavra pouco expressivo para uma obra tão espetacular, Achebe construiu um personagem onde somos capazes de amar e odiar em vários capítulos do livro. O autor foi capaz de descrever um cultura cheia de detalhes que se despedaçou com a colonização.
Recomendadíssimo ??????
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@rmendes29 22/10/2019

Excelente
Conhecer um pouco da rica cultura africana é muito gratificante.
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João 08/01/2020

desde que o ser humano passou a ser capaz de descrever sua própria história, ou talvez mesmo antes, se sabe que 'conquistar' -ou, em melhor termo, subjugar-, outros seres humanos é um processo não apenas de apossar-se de territórios, mas também -e muitas vezes eminentemente- ideológico.

para que uns se fizessem poderosos sobre os demais nunca bastou, assim, dominá-los em termos físicos. sempre foi preciso a colonização das ideias, o convencimento de parte considerável de uma estrutura social de que aquele poder estabelecido tinha fundamento e superioridade, seja ela de força militar ou espiritual. a tal ponto que esse poder emanaria e faria parte dos fenômenos próprios da natureza.

quer dizer: todo poder quando se estabelece como dominante precisa ser socialmente naturalizado, se confundir com a própria essência da vida. ser inquestionável para uma maioria social.

na primeira parte do romance de chinua achebe somos convidados a conhecer - nos familiarizar e, por fim, 'naturalizarmos'- como se estabelece tal processo no microcosmo de uma ibolândia (território da etnia ibo) isolada do 'mundo branco'.

partindo de nossas vivências anteriores podemos estranhar várias das características daquele microcosmo e, literariamente falando, podemos até considerar seu relato do cotidiano um tanto prosaico e redundante.

mas é quando as primeiras fraturas daquela realidade começam a aparecer, na segunda parte do livro, e, especialmente, quando a terceira parte do romance às escancara que podemos entender a importância da lógica circular dos primeiros capítulos de 'o mundo se despedaça'.

no fundo, o que o romance põe em xeque é a naturalização do que se estabelece como 'mundo branco' evoluído, estabelecido em determinadas leis e dogmas, diante de uma alternativa construída de sociedade tida como 'bárbara'. seu irônico e genial desfecho, nos últimos parágrafos do último capítulo, retrata muito bem esse desejo do autor de escancarar tais contradições.

quando lemos obras como a de achebe fazemos aquilo que walter benjamin um dia classificou como 'escovar a história a contrapêlo'. ainda que (ou especialmente por ser) uma obra ficcional, o mundo se despedaça retira as aparas de uma versão dominante da história em nome de uma visão distinta, dos 'derrotados' e 'subjugados'.

sua maneira de enveredar a história nos possibilita compreender como a mudança de lado da perspectiva torna todo o 'mundo branco' um lugar estranho, risível, permeado por escolhas tão humanas e sociais como as feitas por qualquer sociedade 'colonizada' tida como involuída da perspectiva branca.

uma ótima leitura, daquelas que ficam melhores a cada página.
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Matheus945 10/01/2020

Desmantelamento de uma nação
Destruição, mortes e a ruína de culturas marcam o colonialismo europeu no continente africano. Eu já tinha uma boa ideia disso pelas aulas de história na escola e alguns filmes, mas esse livro me fez sentir agoniado e enojado desse tipo de coisa. Ainda mais a religião cristã que foi largamente usada durante muito tempo como justificativa de matança e a ?humanização? de pessoas consideradas primitivas.
Tudo isso mostrado com uma narrativa fluida e poderosa do autor, que, quer mostrar no protagonista o rompimento de tradições e a falta de consideração dada a esses povos. E imaginar que culturas riquíssimas foram extintas por causa de europeu cristão metido a herói, que sempre acha que está salvando essas pessoas do mal.
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Marcone.Procopio 22/07/2020

Com um romance histo?rico-policial ela constro?i uma trama que se passa em um dos locais mais abomina?veis que ja? existiram no Brasil, no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que apresenta uma A?frica, especificamente Moc?ambique, totalmente diferente da apresentada em seu outro romance A?gua de Barrela. Vale a leitura por tudo que ha? nele: das maravilhas das plani?cies no sope? do monte Namuli e a incri?vel descric?a?o da multie?tnica e multicultural cidade de Quelimane, aos horrores da escravizac?a?o, seja na travessia nos tumbeiros, nas torturas e crueldades inimagina?veis praticadas pelos senhores de engenho ou no terri?vel e repugnante cotidiano da regia?o do Valongo.

#ocrimedocaisdovalongo #editoramalê
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Paulinha 26/07/2020

Foi muito interessante ler uma literatura tão diferente (para mim pelo menos), uma cultura totalmente diferente, com histórias que te fazem refletir, gostei.
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suellen 12/10/2020

Sem mais delongas percebemos no final do livro (metade dele), que o homem branco colonialista veio estragando tudo. Desejaria outro final ao personagem principal, mas ao mesmo tempo estava ciente que não teria como, já que ele era bem sábio em seus costumes e crenças. Excelente livro.
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