Paulo.Vitor 28/09/2023
Chinua Achebe escreve bem demais, estou curioso com os próximos livros dele, visto que o primeiro já foi ótimo. Me lembrou bastante o Senhores do Orvalho, que também foi uma das minhas melhores leituras desse ano (e da vida). Nos conta uma história sobre o dia a dia de Okonkwo, que, agoniado pelo ócio e passividade de seu pai, decide logo cedo que não vai seguir os mesmos passos, chegando a um status social bem alto em sua sociedade, principalmente devido a ser um ótimo guerreiro. Ao mesmo tempo que conta uma história interessante, nos ensina sobre muitos costumes da região de maneira que nos é explicado o motivo de certas cerimônias ou atos culturais, que ajuda, para nós que não estamos familiarizados com essa cultura entender melhor a lógica por trás de tais. O personagem principal se vê quase como fora do seu tempo, pois o povo, não segue tão a risca os costumes que este tem. Os problemas que enfrenta com seu próprio povo são solucionáveis para Okonkwo, porém, o homem branco trás conflitos novos que não estão no alcance de Okonkwo para resolver, e esse, sente que acaba por ficar sozinho, visto que até seus amigos não o apoiavam em suas decisões. A ultima frase do livro está recheada de ironia, e com certeza, podemos ver muitos exemplos históricos de casos semelhantes, pois o livro, apesar de não ter acontecido de fato, sumariza e exemplifica situações que são 100% plausíveis de acontecer.
Gostei bastante, uma das melhores leituras do ano. Recomendo.