Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Andrea 18/01/2023

Incidente em Antares
Erico Verissimo novamente fantástico. Nessa obra se conhece o poder coronelista da pequena cidade de Antares, e seu famoso incidente em sua história mais recente: uma greve onde até os coveiros pararam de trabalhar. E no primeiro dia da greve, sete mortos ficaram sem sepultamento. O resultado? BARRACO com lavação de muita roupa suja, envolvendo os mortos que apenas queriam a dignidade de serem enterrados. Uma leitura envolvente do início ao fim, onde muitos aspectos sociais e históricos são abordados!
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@buenos_livros 07/06/2023

Clássico brasileiro
Uma leitura incrível. Ficção de alta qualidade, entrega humor e reflexão, costurando costumes, política e realismo fantástico. Verissimo está no panteão dos grandes autores na língua portuguesa e merecia mais reconhecimento internacional, sua ficção especulativa não deve nada a Saramago, por exemplo.
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R o s e 09/02/2020

A nata Antarense fede mais que a putrefação dos cadáveres
O Livro é dividido em duas partes. A primeira, "Antares", narra a história da cidade fictícia localizada no RS. Como ela foi fundada, seus costumes e a vida das duas principais famílias que detém o monopólio de Antares, Campolargo e Vacariano. Nessa parte também é narrada a história política do Brasil e como ela afetou a cidade. Por exemplo, a vida política de Getúlio Vargas é posta, desde sua ascensão ao cargo de presidente até seu suicídio. Para muitos, é uma parte densa e enfadonha, mas creio que essencial para entendermos todas as questões levantadas durante o livro.

A segunda parte, intitulada "Incidente", é a narrativa do acontecimento bizarro. Começa quando os trabalhadores das maiores indústrias de Antares resolvem entrar de greve para tentar buscar melhorias nas condições de trabalho e de salários. Como os coveiros do cemitério resolvem também aderir a greve, sete mortos acabam sendo impedidos de serem sepultados e, com isso, acabam retornando à cidade para reivindirem pelo direito de serem enterrados, causando grande alvoroço. Como último recurso para que a situação seja resolvida, os sete mortos resolvem ficar no coreto da cidade e acabam "soltando todos os podres da nata Antarense", que acaba sendo mais podre que a putrefação dos mortos.

O livro "Incidente em Antares" acabou se tornando um dos meus favoritos, pois trata de temas como Coronelismo, movimentos sociais de esquerda, ditadura, pobreza, como a situação da favela Babilônia retratada no livro. Enfim... é uma sátira contra os anos autoritários no Brasil. Contra aqueles que não queriam, ou até hoje não querem, abrir mão de seus privilégios. Contra a hipocrisia daqueles que matam em nome de uma moral nunca praticada. Erico Verissimo, ao retratar o Brasil da era dos chumbos, acabou retratando também o Brasil de hoje, que, infelizmente, caminha a passos largos para o caminho do retrocesso e da mutilação de conquistas socias que custaram muito caro ao povo brasileiro.
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Elda.Pimentel 12/02/2020

Esplendoroso
Ufa, terminei.
Não há palavras em meu curto vocabulário para resenhar sobre esta maravilhosa obra prima.
Em meios tantos elogios que tenho que fazer, o primeiro tem que ser a escrita, não só as palavras que fogem de nosso cotidiano, mas a forma que o autor escreve.

Em por fim, e não menos importante, temos que tirar o chapeu para a narrativa, para a estória. Sete mortos nao sepultados por conta da greve geral dos coveiros.

Esses mortos se unem para conseguir seu objetivo, qual seja, serem enterrados de forma digna, mas até conseguirem muita agua rola, muitos segredos cabeludos são descobertos em plena praça pública.

A forma como o escritor coloca em meio a "comédia" as críticas feitas à política do "coronelismo" é incrível.

Aconselho que todos devem ler este livro antes de morrer rsrsr
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Thaís 17/02/2020

Ditadura e coronelismo, soa familiar?
Antares podia ser no Sul, no Nordeste e até mesmo no Centro-oeste. É um retrato escrito de um passado que nem é tanto passado assim. Se você é do interior é bem capaz de apontar seus respectivos Tibério Vacariano, Dona Quita, maj. Vivaldino Brasão, Quintiliano do Vale entre muitos outros personagens que repetem suas histórias de Norte a Sul desse nosso Brasilzão. Veríssimo é minucioso ao localizar no tempo as personagens e desenvolvê-las até a fatídica sexta-feira 13 de dezembro de 1963. O contexto político é essencial ao mostrar um país caótico, já com sinais de desgaste econômico, à beira de um Ato Institucional que levou muitos ao exílio. É cômico, é triste, fere a alma e a cidadania. Mas ao mesmo tempo é verdadeiro, reflexivo, nos induz a avaliar sentimentos nostálgicos e o conceito de tradição. Veríssimo foi ousado, como poucos escritores puderam ser, e nós presenteou com uma obra que insiste em ser atual.
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Jéssica Romeiro 28/02/2020

Um livro publicado em 1971 que é muito atual. Érico Veríssimo faz um retrato histórico brasileiro incrível da sociedade e politica de nosso país que vive ainda em brigas por lados mas se esquece da liberdade individual.
O livro é divido em duas partes, a primeira é descrição da cidade Antares, você irá conhecer as ilustres personalidades dessa cidade, vai conhecer sua historia. Na segunda parte temos a narração do incidente, e é ai que história fica alucinante com tanta ?merda? que é jogada no ventilador, nessa parte do livro você percebe como o ser humano pode ser mesquinho e hipócrita é nessa parte que você não consegue parar de ler.
Há momentos que você vai rir de nervoso com tanta semelhança com brasil atual e com o fato das pessoas se tornarem tão resignadas.
Esse é um livro sensacional que todos deveriam ler.
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Lavinia Teodoro 02/04/2020

Como vivi sem ler essa obra maravilhosa
Finalmente eu consegui ler esse livro.
Na minha estante a meses, tive quase 6 meses depois a oportunidade de ler esse tesouro. Li pela Isabela Lubrano, do canal Ler antes de morrer. Lido em um período difícil. Trabalhar e ler não é fácil, a gente que lute!

Vamos lá. O Érico Veríssimo, autor dessa obra incrível, é um escritor brasileiro, pai do Luis Fernando Veríssimo, lembra? O carinha das cronicas para ler na escola, mentiras que os homens contam e outros livros bons que eu já pude apreciar.
Talento de filho, é talento de pai né. O Érico, INVENTOU a cidade de Antares. Mas se eu não tivesse lido isso por ai, eu juraria que na fronteira com o Brasil, Argentina e Uruguai, tinha uma Antares com um passado muito doido.

Então, o livro é divido em duas extremas partes. Na primeira, Érico vai introduzir a gente na cidade de Antares. Vai falar da cidade, de cada coisa dela, MUITO DA SUA VIDA POLÍTICA, a proposito o que mais tem nesse livro é politica. Érico além de nos apresentar Antares, apresenta as duas grandes família da cidade, Campolargos e Vacarianos, tudo desde a sua origem. Antes da cidade ter ao menos um nome. Gente, o Érico consegue colocar uma cidade fictícia em tudo quanto é treta politica e histórica. Ele insere Antares em tudo quanto é contexto histórico Nacional.
Enfim, o Érico usa umas 200 páginas muito bem escritas para contextualizar a gente leitor.
Entre o primeiro e segundo capítulo tem um trecho retirado de um jornal da cidade CHATÍSSIMO, de umas 80 paginas. Só dando continuidade as historias e arvores genealógicas de Antares, até chegar a 1963, ano do incidente.

Bom, quando eu pulei essas 80 páginas e cheguei na segunda parte, o livro conseguiu ficar melhor. A parte intitulada INCIDENTE, já começa falando da greve geral, que parou tudo na cidade. Comércio, fábrica e cemitério. E aqui eu achei o Érico supercilioso demais. A greve é decretada no dia 11 de dezembro de 1963. No dia 11 mesmo, 7 mortos, morrem e os coveiros se rejeitam a enterrar e impetem a sepultura dos sete mortos. No dia 13, uma sexta feira, os mortos se levantam devido a um fato ocorrido anteriormente (dica: nunca enterre um defunto com Joias caras). Os cadáveres apodrecendo, descem a cidade, visitam suas famílias, brigam e discutem. E após realizarem visitas indesejadas, sentam no coreto e resolvem além de apodrecer a cidade com seus fedores, jogar no ventilador todos os podres da cidade. Quem traiu quem, quem roubou, quem matou, quem é desonesto. Enfim, uma fofocaiada em plena praça com os mortos. MORTOS MEEEESMO.
E a unica exigência deles, é serem sepultados. Para isso, grevistas e patroes precisam entrar em acordo. Enquanto isso, os defuntos literalmente apodrecem na praça, aos olhos de todos.
quem vai ceder primeiro? Grevistas vão desistir, capitalistas vão ceder aos pedidos? E os mortos que seguem falando de todo mundo na praça? É UMA COMÉDIA MISTURADA COM TRETA E TRETA.

AQUI COMEÇA O SPOILER

No final, depois de rastos e urubus. A policia chega tacando pedra nos mortos vivos, eles voltam DERROTADOS e HUMILHADOS para seus caixões, são muito bem trancados lá e a cidade tenta esquecer e esconder tudo. Chega a imprensa e eles fingem que tudo foi para dar ibope para Antares. Muita gente pira.O escritor que escreveu sobre tudo (quem sabe perdeu o livro na mão do Érico) nunca pode publicar nada. Já que não podia ter uma operação lava jato, o governo escondeu tudo, inclusive a cidade de Antares. Por isso a gente nunca ficou sando da história, foi tudo ABAFADO.
que absurdo! COMO QUE EU DEIXEI ESSE LIVRO TANTO TEMPO DE LADO.
vamos sim ler mais desse autor MUITO ENGENHOSO!
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Drika.livros 25/04/2020

Necessário
A impressão que tive ao ler é que Veríssimo acabou de publicar esse livro. Mais atual impossível. O que na verdade não é tão bom, pois mostra que o Brasil e a política Brasileira não mudaram muito ao longo dos anos. O humor é a cereja que completa esse livro que é obrigatório para quem se diz um ser pensante.
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Beatriz.PerpAtuo 19/06/2020

Antares
Érico Veríssimo realmente domina a arte, Incidente em Antares merece todo o reconhecimento e honra. Expõe de forma clara e de fácil leitura todos os caminhos que levaram o Brasil a uma Ditadura. Denuncia as hipocrisias da sociedade conservadora da época, por meio de sátiras e personagens bem trabalhados e construídos.
O livro transpassa todas as camadas sociais, e denuncia ambos os lados. Ninguém escapa do olhar crítico e incisivo de Erico Veríssimo.
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Kathleen 12/07/2022

Genial
Apesar de não ser uma leitura fluida, o livro me cativou demais do começo ao fim. Envolve na narrativa, você conhece os personagens de forma profunda e sai bastante da ideia de "vilão" ou "torcer" porque na verdade, todos são meio vilões. Por incrível que pareça, a primeira parte eu me envolvi bem mais do que a segunda, a introdução das famílias e da cidade faz muito sentido.
Todos os pontos políticos levantados, como é revolucionário e como no final das contas, os escândalos são encobertos e "vida que segue" pra não atrapalhar a vida de ninguém. Como as máscaras, citadas no próprio livro, são bem estruturadas. Definitivamente genial.
O único defeito foi ver algumas cenas ou personagens que não se conectam com o resto do texto e acabava sendo maçante mesmo, mas a leitura no geral compensa muito.
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Le 08/10/2020

Liberdade e democracia
O livro é dividido em duas partes: A primeira, contando um panorama histórico da cidade de Antares (como um microcosmo para a História do Brasil) e a segunda, onde é narrado o incidente que dá nome ao livro.
Então vamos por partes aqui também. A primeira, que ocupa metade das páginas do livro, pode parece um tanto quanto cansativa e monótona, mas não é nada disso. Erico Verissimo, como um humor crítico, ácido e irônico, leva o leitor, a partir de uma ficção histórica os personagens -com nomes inventados, mas bastante verossímeis ao compará-los com as figuras de nossa nação- relacionam-se com figuras históricas, presidentes, políticos e assim, com muita literatura, a História desse país tropical é contada. Muito engraçado, de dar gargalhadas por vezes e ao mesmo tempo muito cabeça, essa parte, além de situar o Brasil, situa as personagens que encabeçarão o famigerado incidente.
Já na segunda parte, o que encontramos é uma prosa mais agitada, com acontecimentos engraçados e sobrenaturais. Um dia, na "pacata" Antares, cidade fictícia situada Rio Grande do Sul, uma greve geral faz com que os coveiros cruzem os braços, nesse mesmo dia, no entanto morrem 7 pessoas, o que ocorre é que sem serem enterrados, esses mortos levantam e vão reivindicar seus direitos de serem sepultados. A partir de tal incidente, desenrolam-se o protesto dos mortos, o desespero dos vivos e a revelação das hipocrisias e crimes cometidos pela classe dominante da pequena cidade. É um retrato do Brasil, crítico como poucos, irônico e engraçado que só lendo. Recomento 100%!! Além, é claro, do mais importante, sua publicação em meio aos anos de chumbo da ditadura militar brasileira e o protesto pela liberdade que essa obra representa.
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Daniel 26/10/2020

Gostei bastante do livro, ele retrata muito bem o povo daquela época que parece que nada mudou de uns tempos pra cá em questão de pilantragem, o livro se torna bem cansativo na metade porém é essencial para o desenrolar da história, eu recomendo bastante essa leitura, mas se for um adolescente forçado a ler clássico eu não recomendo porque não vai absorver tanto.
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Alê 16/07/2021

Eu adoro esse livro. Talvez a primeira parte não seja legal pra quem não gosta muito de história (eu inclusa), mas o desenvolvimento do livro é bem surpreendente.
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Fernanda.Zaccaria 30/11/2020

Ótimo
O livro é dividido em duas partes: antes e depois do incidente.

Na primeira parte, o autor nos conta a história da cidade de Antares, que antes, quando ainda era um povoado, era conhecida como Povinho da Caveira. Esse povoado tinha como principal família os Vacarianos, que dominavam a terra e a política local. Com a chegada dos Campolargo começa uma disputa pelo poder na cidade. A partir daí Érico Verissimo nos conta a história das famílias, com seus antepassados e suas disputas políticas.

Depois disso, começa então a segunda parte.

No dia 13 de dezembro de 1963, uma sexta feira, sete pessoas morrem em Antares, mas não podem ser enterradas por conta de uma greve geral na cidade. A partir daí começa o incidente. Esses sete mortos se levantam de seus caixões e, muito indignados por não terem sido enterrados como cristãos, vão pra o centro da cidade reinvindicar seus direitos de mortos.

Não sendo atendidos pelas autoridades da cidade, que afirmam não poder fazer nada para acabar com a greve dos trabalhadores, eles resolvem se instalar no coreto da praça e apodrecer lá mesmo, ao alcance dos olhos e dos narizes de todos. Como se isso já não bastasse, eles resolvem também expor a falta de moral e de compromisso com o povo e com as leis das autoridades e "figurões" de Antares. Já que eles não tem nada a temer, afinal estão mortos, eles revelam toda a podridão dos vivos e suas hipocrisias em praça pública, em alto e bom som, causando o maior alvoroço na cidade.

Uma narrativa espetacular, cheia de humor e hipocrisia, mostrando, de maneira geral, como funciona a política brasileira, que é feita por políticos que governam segundo seus próprios interesses e não visando o bem estar da população.
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jjuniorig 03/12/2020

Incidente pessoal coletivo nacional
?Um povo como o nosso adora meias soluções, as compressas d?água quente. Nada é sério mesmo neste país.? Um livro lançado em plena ditadura e com verdades que até hoje são difíceis de se dizer sem ser censurado. A primeira parte do livro é sobre a história do Brasil, extremamente necessária e quase um requerimento do autor para se ler o livro, a segunda parte é intensa e surpreendentemente bem escrita! Leia!
Dtorreshp 03/12/2020minha estante
Queria muito ler esse livro.




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