aliciagiovana 24/10/2023
Uma jornada de apaixonar
Que livro, senhoras e senhores!!! Sei que a quantidade de páginas pode assustar, mas vale cada palavra que tá escrita. Apesar de realmente ter umas partes que eram desnecessárias, tem muito mais momentos
em que você não quer parar de ler. A ambientação e tensão que o Stephen King consegue passar em algumas cenas é quase palpável, incrível. Se tornou um dos meus favoritos.
Antes de tudo: o livro trata de uma história pós-apocalíptica onde a população mundial é quase totalmente aniquilada pelo vírus de uma supergripe, batizada de Capitão Viajante. Acontece que isso tudo não foi por acaso, o que leva os sobreviventes a trilharem por dois caminhos: o do bem, liderado pela Mãe Abagail, uma idosa de 108 anos movida pela fé em Deus; e o caminho do mal, liderado pelo Randall Flagg, mais conhecido como O Homem Escuro, que é a personificação do mal, tudo de ruim. Ao longo do livro, os dois lados encaram desafios ao mesmo tempo em que se fortalecem para uma "batalha" final.
Sobre minha experiência:
No primeiro livro eu me senti um pouco perdida, um milhão de personagens e quem lê não faz ideia de quem vai sobreviver ou não. Eu não sabia quais nomes eu tinha que decorar, então acabou que não prestei muita atenção em algumas histórias kk ao longo do livro me arrependi disso porque eu me apaixonei por cada um dos protagonistas do lado do bem (nick, stu, fran, larry, glen, tom, ralph, kojak, etc), - e alguns foi amor à primeira vista (te amo nick andros e tom cullen. um beijo nick andros e tom cullen), - tanto é que quando acabei o livro quis reler as histórias deles. Ao mesmo tempo, também é no primeiro livro que conhecemos o outro lado da história, o lado do mal: flagg, lloyd, o homem da lata de lixo etc. É incrível como a primeira parte do livro dá gatilho por lembrar TANTO o covid, mesmo sendo uma história escrita há 45 anos. Ler o desespero e a burrice dos responsáveis pelo vírus, ler como cada habitante da região morria e cada vez sobrava menos gente. Me fez refletir muito se teria acontecido o mesmo com no caso da covid...
No finalzinho do primeiro livro e ao longo do segundo (que é GIGANTE) é o momento em que os sobreviventes vão ao encontro da Mãe Abagail, e se encontram no caminho. Também é o momento em que nos apaixonamos pelos personagens e vemos vários acontecimentos importantes no que diz respeito a relação entre seres humanos (isso envolve coisas boas e ruins). A sensação de alívio que eu sentia quando eles encontravam uns aos outros não tá escrito, foi uma experiência muito gostosa de ler!! Alguns encontros até me tiraram risos (já estou com saudade). Foi muito bom de verdade acompanhar os laços se formando e se fortalecendo (e até se quebrando). Demora MUITO pra Mãe Abagail aparecer pela primeira vez, mas quando finalmente aparece tudo se ilumina. Depois de muitos acontecimentos, no final temos algumas perdas e orientações importantes para a batalha.
No terceiro livro tudo é uma correria. Esse é um ponto negativo, eu diria. No livro II tudo acontece num ritmo meio devagar, já no livro III acontece muita coisa às pressas, dá até pra sentir a diferença. O segundo livro tem um foco maior na galera do bem, já o terceiro foca mais nos do mal. Nessa parte começa a batalha entre os dois lados (na verdade já se inicia no final do livro II). Não vou elaborar muito pq tô tentando não dar spolier. Finalmente o king fez um bom final, eu fiquei satisfeita apesar de tudo.
?? comentários COM SPOLIER:
? te amo nick andros nunca vou superar sua morte;
? a cena do encontro do nick com o tom é uma das melhores que já li na minha vida. eu ri genuinamente. não esperava que o tom fosse deficiente mental e não soubesse ler (a única forma de comunicação do nick, que é surdo-mudo);
? infelizmente tenho que concordar que a mãe abagail prometeu muito e não entregou quase nada. esperava bem mais, morreu inesperadamente, pelo menos pra mim;
? ainda sobre isso, achei o capítulo da abagail bem chatinho, mas nada supera os capítulos do homem da lata de lixo. sei que tem grande importância na história mas confesso que não entendia nada das partes dele, achava um tédio... fora a quantidade de páginas;
? eu amei o doguinho kojak. nunca imaginei que fosse me afeiçoar tanto por um cachorro fictício kkkk eu quase chorei quando; abandonaram ele, graças a Deus ficou vivo
? ainda sobre kojak, eu fiquei sem palavras vendo o quanto ele foi importante pro stu ficar vivo, amei ainda mais e quis ele pra mim;
? harold. o que falar desse cara? na primeira lida você já percebe que ele não é saudável mentalmente, desconfiei que ele iria pro outro lado. uma pena, ele sofreu bastante;
? por falar em harold, digo que sinto um pouco de empatia por ele mas nunca vou perdoar ele e a nadine por serem responsáveis pela morte do nick NUNCA;
? eu jurei que o stu ia morrer. fiquei feliz que ele conseguiu viver e reencontrar a frannie;
? o tom cullen é um dos melhores personagens que existe!!! eu sempre sorria quando lia as partes dele, nunca vou esquecer;
? agora eu já tô conformada mas é brincadeira o tanto que o stephen king não tem a mínima dó de matar os personagens. não se apeguem a ninguém, sério
provavelmente esqueci de algo que gostaria de falar mas num geral é isso, tô feliz demais por ter tido coragem de ler esse camalhaço!! futuramente pretendo reler