Resenhas - Grande Sertão: Veredas

Aline Oliveira 23/11/2022

Indescritível
Minha melhor travessia literária até hoje, as primeiras páginas foram um desafio, mas depois tudo foi tomando forma e fluindo, fiquei encantada com a escrita de Guimarães Rosa.
Compensou cada minuto, atravessar esse sertão na companhia de Riobaldo e Diadorim, que riqueza!

Erica.Barone 21/11/2022

Mire e veja
Se Fernando Sabino e Clarice Lispector acharam o livro genial, quem sou eu para discordar? Concordo plenamente com Fernando Sabino ao dizer "no princípio, dez primeiras páginas, e meio assim-assim, custa um pouco a engrenar, mas de repente a gente de embala no ritmo dele e não larga mais." e também com Clarice Lispector "não sei o poder inventivo dele, ultrapassa o limite do imaginável. Estou até tola. A linguagem dele, tão perfeita também de entonação...". Acrescento que foi uma leitura desafiadora, mormente pelo vocabulário utilizado, mas também foi proporcionalmente gratificante.

Laura 17/11/2022

GS:V
Eu nem sei o que comentar sobre este livro. Só sei dizer que ele tem a sua dificuldade, mas vale a pena cada página, nossa!!! Um livro que vai ficar pra vida toda e que com certeza, com certeza, vou reler.

Angela400 16/11/2022

Faz alguns dias que findei a travessia dos sertões e ainda não consigo achar as palavras. Podia dizer que é o melhor livro que eu já li, a obra prima da literatura brasileira, o livro da minha vida... Mas tudo parece pouco e eu queria escrever bonito, pq a história Riobaldo merece toda boniteza...e os superlativos que ocorrem não fazem jus.

Nem creio que o livro ja tem mais de 60 anos , e mesmo vendo quanto livros e outras artes só existem por causa de Grande Sertão só entendi sua grandeza mesmo, lendo. Sim, é tudo que falam e muito mais, pq palavras devem ter faltado tbém para outros leitores. É muito mais do que tudo que foi escrito. Parece difícil de ler mas não é, ler em voz alta no começo ajuda, ouvi uma leitora pública narrar ajuda, mas o que faz a magia acontecer é entrar no universo. Difícil é sair, ler outras coisas, pq nada mais parece ter graça.
Faço esse registro para meu eu do futuro, para lembrar das sensações que essa leitura me causou, que obviamente não é igual pra todo mundo e talvez não seja nem pra mim quando um dia eu o reler, e farei.
Faço planos : ler novamente, anotar tudo, ler os livros que foram escritos sobre, ouvir as entrevistas que eu achar de Guimarães Rosa.
Acabei há uns dias, ja comecei outras leituras, mas ainda não saí do sertão......
Por enquanto eu digo isso, mas ainda queria saber de todos que tbém leram se esse transe literário é comum...
Sob impacto.

Michela Wakami 14/11/2022

Surpreendente
Quando iniciei a leitura, tive que reler várias vezes as primeiras páginas, depois a leitura engatou, tornando-se de fácil entendimento, mas não menos chata, para minha pessoa.
Mas já passado os 60% do livro, aconteceu uma reviravolta, que me fez ficar com cara de trouxa.
Me fazendo refletir sobre todo o livro, e consequentemente vê-lo de outra maneira.
Afinal, tudo parecia corriqueiro e depois se mostrou fora dos padrões da época.
Eu achei fantástico.

Jorge.Kosciow 13/11/2022

Grande sertão veredas
Um livro clássico que li na escola, excelente livro com um ótimo plot Twist no final, gostei muito de ser apresentado a essa obra!

dormiodiatodo 07/11/2022

Travessia
De fato é uma travessia. Demorei mais de um mês pra terminar. A escrita é bem poética. O riobaldo é sensacional.

Ana 07/11/2022

Incrível, maravilhoso, de tirar o folego!

A príncipio é um pouco difícil de entrar no ritmo (ler em voz alta ajuda), mas logo você se ve maravilhado pelo universo de Guimarães Rosa. Não vou mentir: tem partes que li, li e não entendi nada. Mas não tenho dúvidas de que esse vai ser um desses livros que vou voltar pra visitar de tempos em tempos. Apesar de já saber toda a história e reviravoltas, isso não fez a experiencia menor, pelo contrário, saio da leitura toda marcada, na alma e corpo.

A unica ressalva dessa edição é que os artigos que vieram como texto de apoio eram beeeeem mais profundos do que eu senti que precisava e muitas vezes achei eles mais dificeis de entender do que o livro em si, rs.

Paula 06/11/2022

Grande Sertão: Veredas
Não minto. Sempre tive dificuldades com Guimarães Rosa, tanto no colégio, quanto na faculdade. Eu sempre soube, no entanto, que em algum dia eu precisaria ler Grande Sertão: Veredas. Eis que entre os dias 10 de maio e 1 de junho de 2022, realizei a leitura, motivada por um desejo genuíno alimentado por pesquisas rápidas. De onde o desejo genuíno surgiu? Não sei, mas eu quis ouvir Riobaldo, e a leitura, apesar de vagarosa, foi constante e recompensadora. Completei 37 anos em meio à travessia. E que presente me dei!!! Uma resenha não dá conta de um monumento desses, uma obra inesgotável, repleta de camadas - narrador não confiável em primeira pessoa, pacto fáustico, amor impossível, questões sócio-políticas , vingança, etc,- que gera inúmeros estudos. Essa é apenas uma tentativa de falar sobre a obra.
O idoso ex jagunço Riobaldo recebe em sua fazenda um bem instruído visitante anônimo que vem da cidade. Riobaldo lhe diz que as visitas costumam ficar por três dias e então, começa a lhe contar toda sua história de vida. No início, mais do que enumerar eventos de sua trajetória, Riobaldo se mostra bastante preocupado e quer que seu interlocutor lhe confirme a inexistência do diabo. Se o diabo não existe, tampouco existe pacto com diabo. Riobaldo carrega um grande remorso e toda essa narração ao interlocutor o ajuda a relembrar e refletir sobre sua vida. Além dessa questão pactária, outro elemento que permeia a história e faz com que Riobaldo entre em conflito existencial é o fato dele se reconhecer apaixonado por outro jagunço. Riobaldo é noivo de Otacilia e se relacionou com outras mulheres como Miosótis Rosa? uarda e Nhorinhá. O amor proibido em questão é conhecido no bando como Reinaldo, mas ele confidencia ao narrador da história que seu verdadeiro nome é Diadorim. E é ele quem impulsiona Riobaldo
Riobaldo descreve toda sua jornada como jagunço no sertão de Minas Gerais, Bahia e Goiás. São apresentadas situações de seca extrema, fome, epidemia de varíola etc. Apesar de tudo, com Diadorim, Riobaldo aprende que ?carece de ter coragem? e seguir em frente.
Como eu já disse, é uma obra inesgotável, que só tende a crescer ainda mais com releituras. O que eu contei do enredo não foi nada. Eu disse que quis ?ouvir? Riobaldo porque a oralidade é marcante no texto e ler em voz alta pode ajudar a captá-la
Essa foi só minha primeira leitura. Minha primeira travessia.

#grandesertaoveredas
#JoaoGuimaraesRosa
??????????????

gxbx 30/10/2022

Orgulhosa?
Mais um pré conceito foi quebrado, eu achava que era impossível ler um livro nacional antigo, pois a linguagem é muito complicada e eu não entenderia nada. Até que no livro de português da escola, apareceu uma parte desse livro e a sinopse me interessou muito. Então pensei: ?foi o único livro antigo que me interessou até agora, se eu não tentar ler nunca vou saber se entenderia ou não?
Resolvi pegar na biblioteca da escola, quando vi o número de páginas e a grossura devolvi e não levei kkkk mas acabei me arrependendo e voltando lá um tempo depois para pegar.
Foi a melhor decisão da minha vida.

Orgulhosa comigo mesma de ter terminado e entendido a história, muito bom.
O começo realmente foi confuso, mas ao decorrer do livro você pega o jeito da escrita e das palavras difíceis (é só pesquisar o significado povo). E que história! Engraçada, poética e sentimental. Lindo demais, recomendo para quem nunca teve experiência com livros nacionais antigos.
Conseguiu me converter, vou comprar a versão atualizada de 2021, reler e fazer as devidas anotações (pq não tem como grifar no da biblioteca kkk)
Amei demais, só o final que não é justo com a gente né

kafkaniana 29/10/2022

"Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for ... Existe é homem humano. Travessia."

Nunca pensei que o sertão e o demônio combinassem tanto.

azrielovers 23/10/2022

amei a leitura, muito rápida e as imagens são ótimas!! a história é triste mas me deixou cativada para saber o que ia acontecer no final

MIRANDA 22/10/2022

... fim que foi
aqui a historia acabou
aqui a historia acabada
aqui a historia acaba ...
Palavra para o livro : AMETISTA

Maisa @porqueleio 17/10/2022

Resenha / Grande sertão: veredas /@porqueleio
Publicado em 1956, e traduzido para diversas línguas, o livro é um dos mais importantes textos da literatura brasileira, e traz o relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas aventuras e seu amor reprimido por Diadorim.

Narrado em primeira pessoa, Riobaldo, numa conversa com um interlocutor sem identificação e que, justamente pela forma como foi escrito, não traz uma linearidade dos fatos apresentados, fala sobre Deus e o Diabo, como conheceu o menino Reinaldo e a travessia do São Francisco numa pequena embarcação, a busca por vingança pela morte de Joca Ramiro, e o conflito com Zé Bebelo, tendo como palco o sertão mineiro.

O que falar desse livro... eu estava com altas expectativas, ainda que tivesse lido apenas o conto A Terceira margem do rio, e senti a necessidade de mais. Claro que sabia de dificuldades – não há uma resenha ou indicação que não mencione a dificuldade de se encarar esse livro.

O que eu posso dizer, em primeiro lugar, é que é um livro para ser lido e relido, diversas e quantas vezes se fizer necessário, porque são muitas as reentrâncias a se descobrir. Ainda que tivesse dificuldade para entender – além do ir e vir no tempo, a escrita do autor é tão própria e não convencional, é daqueles livros para marcar frases e mais frases. Não sou muito de grandes marcações, às vezes estou imersa que esqueço do post-it, mas aqui é uma leitura em fôlegos, então minha cartela acabou...

Não vou dizer que foi simples, porque não foi. Mas foi perfeito... Guimarães Rosa é um grande contador de histórias, que mistura o tempo, falas arcaicas e regionais, lugares lindos e misticismo. Um amor impossível... Tudo junto e misturado, numa delicadeza que é preciso retornar.

Se você se sente intimidado, recomendo começar com a HQ de Eloar Guazzelli e Rodrigo Rosa como uma porta de entrada para o mundo fantástico do sertão de Guimarães Rosa.

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