Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Isabela 20/01/2023

Muito pra sentir
Confesso que só li esse livro por que gostava muito da aula do professor na faculdade, o que foi muito bom, porque esse clássico é lindo.
Confesso também que foi uma leitura árdua, que sozinha não teria entendido 1/5. Acho que posso fazer uma analogia entre a leitura e o caminhar dos personagens no livro; não foi fácil.
A linguagem é aquela já tão famosa e única, coisa que só Guimarães Rosa poderia fazer. No começo eu tentava decifrar cada frase, mas percebi que naquele ritmo ia levar dois anos pra terminar.
Cheguei a conclusão que esse livro só se sente. Não tente entender tudo, cada palavra e jargão. Mesmo não entendendo tudo, eu posso dizer que senti. E senti muito.
Ir descobrindo o que acontece no final e como tudo muda de sentido - mas também não muda - foi emocionante e escrevendo isso agora to com lágrimas nos olhos.
Riobaldo e Diadorim são de encher a gente de arrepios, e é isso.
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Raissa Barros 18/01/2023

GRANDE SERTÃO: VEREDAS <3
Em ?Grande Sertão: Veredas?, Riobaldo, já velho, decide relatar a um tal doutor as suas antigas aventuras como jagunço pelo sertão de Minas Gerais. 

Dentre tantas batalhas, vinganças, amores e pessoas que cruzaram o seu caminho durante esse período, alguém marcou profundamente a sua vida: Reinaldo, mais conhecido por Diadorim, seu fiel companheiro.

Riobaldo não se envergonha de dizer que o amava, por toda lealdade, confiança e conselhos que recebeu de Diadorim... ?aquela amizade pontual, escolhida para toda a vida.?

O final guarda uma surpresa que deixa os nossos corações em frangalhos após acompanhar a amizade de Riobaldo e Reinaldo, mas também porque nos apegamos a tudo da história, nos sentimos quase um membro do bando de Riobaldo. 

?Grandes Sertão: Veredas? não é de fácil leitura, mas não é um bicho de sete cabeças. Exige uma dose de determinação da parte do leitor. E, às vezes, um dicionário como amigo durante a leitura. Esse livro é o único romance de Guimarães Rosa e contém as suas marcas registradas: dialetos mineiros, neologismos e descrições minuciosas das paisagens mineiras.

A narração de Riobaldo sobre os seus tempos de jagunçagem segue uma ordem cronológica não-linear. E entre as suas memórias, divulgações e filosofias, ele conta casos bem interessantes que aconteceram nos vilarejos sertanejos. 

O termo que melhor define ?Grande Sertão: Veredas? para mim é ?Poetagem?, usado pelo próprio Riobaldo e que desde que meus olhos bateram nessa palavra senti compartilhar da mesma impressão.

Esse livro é uma obra-prima e vale a pena o esforço para trilhar o sertão rosiano através das palavras de Riobaldo. É uma experiência inesquecível. É sobre o sertão e seus segredos. Sobre o Bem e o Mal. Sobre Deus e o Diabo. Mas, sobretudo, sobre amor. 
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Beto 09/01/2023

Leitura recomendada
Deixo aqui minha total admiração pela riquíssima obra escrita pelo gênio João Guimarães Rosa, um livro difícil, com uma escrita regional, cenário típico do sertão, ( não recomendo para leitores iniciantes) contém uma forma única de escrita, bastante romancesca em prosa longa, sem capítulos! Pena que quando ele o Jagunço Riobaldo "realmente" soube a verdade sobre Diadorim, já era tarde demais! Um livro magnífico de extrema sensibilidade e de uma luta travada pela sobrevivência no Sertão.
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Will.Leite 31/12/2022

Eu não esperava ler o que li
Eu devo ser um dos poucos privilegiados que leram o livro sem ter conhecimento do final derradeiro, sem um spoiler que é quase que convencional para todo brasileiro.
Comecei a ler bastante desconfortável com o modo de escrever do Guimarães Rosa, mas logo me rendi (vi que não ia dar conta de ler como quem lê algo "normal" rsrs) e passei a aceitar o jeito "Tião Berranteiro" de se narrar a história. Pronto... eu estava envolvido com tudo. Eu estava suando em cima de um cavalo junto de Riobaldo, Diadorim e da jagunçada toda por estas gerais rsrs
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Vitória Marcone 31/12/2022

Leitura maravilhosa!
Merece demais a fama que tem.
Que retrato lindo que o Guimarães pinta aqui ?
Incrível a beleza e leveza como ele trouxe a abordagem de temas que causam tantos conflitos até hoje.
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Danielle 29/12/2022

Feliz por ter lido!
Me falaram: não desista de ler este livro antes das primeiras 100 páginas. E eu estava quase desistindo...ia me arrepender profundamente, porque, caramba! É uma obra-prima.
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Teu 26/12/2022

Profundo e singular!
Li esse romance em uma leitura coletiva realizada pela booktuber Isabella Lubrano, administradora do canal "Ler Antes de Morrer" (YouTube), e confesso que foi uma das experiências mais desafiadoras que tive, até agora, na literatura. Regionalista, a obra trata de questões universais e até mesmo metafísicas entre aventuras pelo sertão mineiro. Cultura, educação, saberes... tantos aspectos tão bem desenvolvidos por Rosa em sua obra-prima.
O amor de Diadorim e Riobaldo deixou-me encantado e emocionado. Uma narrativa de lutas, um período de uma vida (ou de vidas), uma trama particular e transformadora! Não lembro quem foi, mas me recordo de ter ouvido que ninguém é o mesmo após ler "Grande sertão: veredas". A profundidade desta obra e das reflexões as quais nos proporcionam são marcantes!
Sem dúvida, um dos maiores romances da literatura brasileira.
Venci o desafio de lê-lo, e a leitura coletiva teve um papel importantíssimo nessa "travessia". Personagens absolutamente encantadores e ímpares! Obra extremamente linda, poética, filosófica e admirável!
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Beca.Borges 24/12/2022

Falo falso, sente?
O que dizer desse classico da literatura brasileira?
Grande Sertão: Veredas é uma narrativa de memória onde Riobaldo conta sua história de vida em busca de compreender melhor a si mesmo. Este livro é extremamente intenso tanto pela quantidade de páginas interuptas (não tem divisão de capítulos neste livro) quanto pelos assuntos tratados nele.

O bem e o mal, Deus e o Diabo, o medo e a coragem, a heteronormatividade e os desejos homossexuais. Está é uma história de contrastes, de um personagem já idoso utilizando da memória como ferramenta para tentar entender a si, ao mundo a sua volta e as morais que o constituí.

Honestamente, não tenho palavras para dizer como esse livro me marcou esse ano. Existia uma leitora antes de Grande Sertão e agora existe uma depois dele, completamente marcada pela narrativa intensa.
Esse é um daqueles livros que você lê bem devagar, tem momentos que a história passa tão rápido que você se perde na quantidade de acontecimentos e outros momentos em que é tão parada e detalhada que você fica surpreso de ser o mesmo livro. Porém, vale muito ler até o final. É impressionante como um livro de tanto tempo tocou em coisas tão delicadas e tão atuais.

Um último adendo: esse livro é sim sobre o amor entre dois homens e é justamente isso que torna essa narrativa impressionante, quando você entende a dor de Riobaldo, a confusão que ele sente por não compreender quais são seus sentimentos.

Uma leitura obrigatória para quem ama a literatura brasileira.

Travessia.
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Maria 21/12/2022

Grandes Sertões é um enredo genial. Um clássico que devemos sempre recupera-lo para nós!

Guimarães é de fato um escritor e literato impossível de comparação.
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Bia 19/12/2022

#DesafioSkoob
- Data de leitura: 16/12/22
- Personagens preferidos: Riobaldo e Diadorim
- Frase preferida: ?Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.?
- Classificação para a leitura: 5/5
Que livro! Tinha começado ele nas férias do meio do ano e pela densidade e importância do livro, decidi deixar pra terminar agora. Comecei a ler por uma pessoa muito especial e, agora, tenho mais um livro pra guardar com muito carinho em um lugar especial de mim?
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amand7a 15/12/2022

Preciso de um tempo pra digerir
?Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura?

Abandonei a leitura 3x, passei outros livros na frente, me achei burra por não conseguir me prender, demorei a engatar, mas quando foi, foi. Que bom que eu insisti, terminei o livro soluçando de chorar. Nunca vi nada tão lindo quanto o amor de Riobaldo por Diadorim. Baita experiência essa Travessia. ?
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Thauany 14/12/2022

O diabo não há? existe é homem humano
Com certeza eu acredito que não consegui absorver completamente a densidade desta obra. Porém reconheço sua grandiosidade e seu posto de grande clássico brasileiro.
Os momentos que mais me tocaram foram realmente os questionamentos de Riobaldo sobre seus sentimentos por Diadorim, as cenas em que ele se descobre apaixonado mas ao mesmo tempo sem saber se é correto esse sentimento ou não é de uma delicadeza extrema.
Por fim, o plot final é sensacional, realmente uma obra a frente do seu tempo.
Dhewyd 15/12/2022minha estante
Esse foi um dos melhores livros nacionais que li! Primeiramente não estava conseguindo entender a linguagem usada, mas depois que comecei a ler em voz alta, fazendo as devidas pausas, conseguir compreender o jaguncês empregado por Guimarães Rosa... Livro sensacional!


Thauany 15/12/2022minha estante
Eu me senti meio burra lendo?, tinham me dado a dica de ler em voz alta mas como eu sempre leio no metrô fica difícil kkkkk mas valeu a experiência




Ana 08/12/2022

"Vau do mundo é a coragem."
João Guimarães Rosa foi um escritor, diplomata e médico Brasileiro. É respeitado como o escritor de maior notoriedade junto com Machado de Assis e também é visto como um dos maiores autores do século XX. Nasceu em MG em 1908 e faleceu em 1967 no RJ.
Sua obra prima, Grande Sertão: Veredas é considerada uma das maiores obras de literatura mundial. É um romance experimental modernista publicado originalmente em 1956.
Aqui temos um narrador- personagem já ancião que conta suas aventuras e vivências pelo Sertão de MG, Bahia e Goiás. Ele foi um jagunço na época do cangaço. A narrativa é um turbilhão de regionalismos, arcaísmos, neologismos e mistura de palavras. Também não é linear até quase metade da obra, pois como temos um narrador, o Riobaldo contando seus causos, pensamentos, dúvidas, de forma aparentemente aleatória, portanto fica muito difícil entender de primeira o que está acontecendo e o que ele quis dizer. Essa sensação de confusão vai melhorando com o passar das páginas.
É um livro inesgotável, que permite muitas interpretações e cheio de elementos que proporcionam diferentes reflexões. Estima-se que existam por volta de 1.500 trabalhos abordando aspectos desse livro.
Percebe-se, entre muitas outras, 3 linhas de abordagem da narrativa:
A linguagem como construção e interpretação de mundo, O sertão como alegoria da vida e Diadorim e o pacto faústico como impossibilidade de compreensão de questões existenciais.
A primeira característica que fica visível para o leitor é a forma que o autor utiliza a linguagem. É um jeito muito peculiar de se expressar. Riobaldo é um sertanejo e foi um jagunço, portanto, fala por meio de gírias, palavras e expressões específicas do Sertão Brasileiro. Isso perdura por todo o livro, que é um relato dessa personagem. É quase como se ele estivesse por meio das palavras tentando expurgar sua consciência e seu coração. Como uma longa sessão de terapia.
A segunda característica é a repetição da frase: "Viver é perigoso." Nas suas andanças pelo Sertão Riobaldo sente medo, dúvidas, angústias, reflete sobre o mundo e si mesmo. Viver é perigoso porque a vida exige da gente coragem para fazer escolhas e responsabilidade para arcar com as consequências dos nossos atos. "Vau do mundo é a coragem."
Agora chegamos ao Diadorim, personagem que parece funcionar como um guia para Riobaldo, alguém que o auxilia a fazer as travessias. Do medo à coragem, do conhecido ao desconhecido, do certo ao incerto, do definido ao indefinido. A relação entre os dois é muito interessante. "Diadorim é minha neblina."
O pacto faústico é outro elemento muito importante. Riobaldo quer ser, quer tomar coragem e se apropriar de sua existência, para isso faz um pacto com o Diabo, que ele chama de muitos nomes, entre eles demo, que é um anagrama de medo, mas não espere algo como Fausto do Marlowe, ou do Goethe. Aqui o Diabo é mais sutil, mais discreto, mais tímido. Fato é que ele faz esse pacto e logo depois começa a agir com ousadia, iniciativa e acaba se tornando o líder dos jagunços. Mas percebe que suas dúvidas e incompreensões ainda perduram e que sempre existirão porque a existência é um rio caudaloso que está sempre em movimento e que existem questões sem respostas e essa é a graça de viver. "O mais importante e bonito, do mundo, é isto: Que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando." Livro espetacular e inesgotável.
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Gabriel.Chiquito 05/12/2022

"Viver é muito perigoso"
Que livro incrível. A história tem um ritmo próprio para acontecer, ora rápida e turbulenta, ora calma e pacífica. Sendo intercalada pelas reflexões do Riobaldo e as descrições líricas do sertão, acaba tendo uma leitura muito poética, além de ter um final muito impactante. Só não dei as 5 estrelas porque tem uma linguagem bem difícil, sem capítulos ou divisões, o que eu demorar muuuuito pra terminar, mas é bem fácil driblar isso lendo um pouco por vez e intercalando com outros livros.
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Malu 23/11/2022

Travessia
Grande Sertão: Veredas é uma obra com inúmeras camadas de complexidade, e que arrisco dizer que nunca se esgotará. A linguagem é magnífica, capaz de nos transportar imediatamente ao sertão. Os neologismos de Guimarães Rosa enriquecem demais a leitura e têm o poder de tornar o simples muito complexo, nesse eterno paradoxo que é a obra. As descrições do ambiente são um ode à natureza.

Riobaldo tornou-se um dos meus personagens favoritos dentre todas as obras de arte com as quais tive contato. Um jagunço muito humano, extremamente gentil, dotado de um tato impressionante quanto à natureza... cheio de ódio, mas cheio de amor também. Valente, mas extremamente medroso. Riobaldo é a contradição em pessoa, motivo pelo qual não poderia ser um personagem mais perfeito para traduzir a essência do ser humano.

Da mesma forma, Riobaldo é cheio das mais diversas dúvidas, dúvidas essas que nascem conosco quando viemos ao mundo e que são posteriormente abauladas pela dura realidade do cotidiano, que atropela as chances que temos de deixar correr o pensamento. GSV me lembrou de me permitir filosofar. As discussões acerca da existência de Deus e do Diabo e as sucessivas mudanças de opinião quanto ao assunto, também são um meio para trazer Riobaldo para a realidade.

O amor entre Riobaldo e Diadorim é lindo, doído, intenso. As passagens em que Riobaldo fala de Diadorim são das coisas mais lindas que já li. As discussões que o desenrolar dessa história traz são um grande presente, principalmente considerando a época em que o livro foi publicado. São discussões que transpassam as décadas e que contribuem para imortalizar a obra.

Grande Sertão: Veredas mexeu comigo. Ao fechar o livro, sinto que me despedi de um amigo querido, uma pessoa que, como qualquer um de nós, possui seus defeitos e qualidades, glórias e mazelas.

Tenho certeza de que um dia reencontrarei Riobaldo e Diadorim em uma releitura, assim como estou certa de que eu não serei a mesma mulher e nem o livro será o mesmo livro quando isso acontecer. “O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.”
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