Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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MoisAs32 31/01/2024

DON'T TOUCH, IS ART
IM PE CÁ VEL
Só um BR pra escrever e descrever situações tão únicas e regionais. O regionalismo aqui é bem explorado pelo autor no seu personagem de uma forma linda e sensível
Aliás, Brokeback Mountain copia, mas não faz igual, tá?
Pedro murangu 31/01/2024minha estante
Que bom que vice gostou, eu estava querendo ler esse ???




lolo ð¦ 31/01/2024

Sou suspeita a avaliar pq eu amo muito literatura nacional.
A história do livro é emocionante e me prendeu bastante. Um clássico incrível da literatura brasileira, recomendo muito!!
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Vanessa.Lago 26/01/2024

Muito bom
Desconfiei de uma coisa e acertei :)
Não deixa de ser uma história triste. Apesar de ser inventada, retrata um dos muitos Brasis que existem dentro do nosso Brasil. É lindo, mas é triste
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Carla.Maciel 20/01/2024

Diadorim era minha neblina
O livro é um romance lindo, a linguagem do texto é difícil no começo, e as descrições do sertão pedem uma busca na internet para uma completa compreensão, mas todos os personagens são cativantes (queria um sertão verso, ou seja que os outros livros do Guimarães Rosa falassem desses mesmos personagens, principalmente de Diadorim entender o porquê do segredo) um dos melhores romances que já li.
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Guilherme2280 18/01/2024

Catártica
Meditei formas de descrever um pouco daquilo que eu senti durante a leitura e ao término dessa obra, mas é impossível. Essa é uma daquelas que te marca para todo sempre. Estive dias obcecado com tudo a respeito dela. Acordava e dormia com o anseio por me embeber em suas veredas para voltar a provar um pouco das sensações únicas que só ela te proporciona. Nunca chorei tanto com o final de uma obra. Ela conversa com o íntimo de cada ser humano, de formas diferentes. Através dela reafirmo o que Tolstói versa sobre o poder que uma obra de arte tem de contagiar seu contemplador com o estado de alma do artista, e acrescento que aqui isso ocorre no plural, "com os os estados de alma". A um monumento artístico como Grande Sertão, não cabem singularidades. Guimarães Rosa reitera, mediante ela, que na literatura, bem como nas artes, os seus significados e significâncias navegam para além do que fora proposto. Por isso, finalizo com a seguinte passagem de Riobaldo, o narrador-personagem, e faço um convite para que leiam e, com isso, ainda mais significados se sucedam.

"Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi." ROSA, G. p. 512.
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Thimsilva 18/01/2024

A antítese do herói
?Digo! o real não está na saída nem na chegada! ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.?

Iniciado com um travessão, Grande Sertão: Veredas é um diálogo unilateral onde acompanhamos entre devaneios e reflexões os acontecimentos da vida do jagunço Riobaldo, contados por ele mesmo a um interlocutor que não chega a se materializar além dos vocativos utilizados nesta fala.

Não é uma leitura fácil. Não a toa empaquei nesse livro ano passado e tive que reiniciá-lo. O início é um pouco enrolado, enquanto nos acostumamos com uma escrita regional ?oralizada? e um ritmo de leitura que remete ao discurso falado? mas a medida que vamos adentrando no Grande Sertão que é essa densa história, entramos em contato com os conflitos internos, a busca da identidade e de sentido, um amor improvável e totalmente dissociado do status quo? tudo isso faz de Riobaldo uma antítese ao herói épico/clássico.

A verdade é que pra mim ainda é impossível resumir a profundidade dessa experiência. Vou pensar nesse livro por muito tempo e ainda assim jamais esgotarei toda sua riqueza.
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Virgilio_Luna 15/01/2024

Veredas do Grande Sertão
?O grande-Sertão é a forte arma. Deus é um gatilho??
(Riobaldo à página 247 de Grande Sertão: Veredas).

Quando se escreve sobre um livro reconhecido e aclamado, arrisca-se a originalidade das ideias advindas da leitura. Poderia comentar sobre temas do destino, do demoníaco, do amor e do épico em Grande Sertão: Veredas. Isso implicaria, em meu caso, comentar sobre aspectos que pouco entendo e sobre os quais nada ou muitíssimo pouco estudei. Conforme meu intento, que é o de convidar o leitor a uma leitura ou releitura, prefiro abdicar dessas empreitadas.

Quero falar sobre coisas pessoalíssimas pertencentes à minha leitura, limitada e delimitada, desse romance que, por beirar o universal, atinge as particularidades de cada um. Redigir esse texto é expor minha pessoalidade de leitura, isto é, o livro que criei a partir do que li.

Para mim, Grande Sertão: Veredas é um monumento à ambiguidade diante de um mundo que valoriza cada vez mais a distinção evidente entre o verdadeiro e o falso, o real e o abstrato, o claro e o escuro, o bom e o mau e, sobretudo, entre deus e o diabo. É uma leitura catalisadora de perguntas, pois a narrativa de Riobaldo é tanto limitada por sua perspectiva quanto por seu desconhecimento das causas que o levaram a tomar determinadas escolhas. Para citá-lo, ?mente pouco quem a verdade toda diz? (p. 263) ? essa é uma das passagens do grande diálogo entre o jagunço-narrador e o doutor-interlocutor na qual Riobaldo denota sua dificuldade em constituir fatos.

Mas a ambiguidade de Grande Sertão vai a níveis mais profundos da narrativa, porque alcança perguntas sem resposta, como os Koan budista, concernentes à metafísica. ?Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre ? o senhor solte em minha frente uma ideia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos amém? (p. 18), diz Riobaldo, demonstrando ser uma personagem de personalidade reflexiva e que se atenta e sensibiliza diante dos grandes mistérios da vida.

Aquele mais pertinente à obra é: o Demo existe? Sendo essa pergunta a formuladora de toda a narrativa a ser contada, encontrando-se desde as primeiras à derradeira página da obra. Em outros termos, pode-se pergunta: o Destino existe? O que implica configurar um espaço para a vida e para a liberdade humana. Para Riobaldo, ao longo da obra, a metáfora privilegiada para se falar de gente e sina é fluvial ? a vida própria é um rio turvo, os destinos recruzados são travessias por rios, de uma banda a outra, passando pela ?terceira margem? e a busca de Riobaldo, perto do final da obra, é pelo rio Urucuia, de onde ele beberia fresca água.

Isso responde à pergunta anteriormente colocada? Sim e não ? o Diabo existe e não existe, o Destino existe e não existe, nós estamos mergulhados em nosso próprio rio, no qual a correnteza do Destino é mais forte que qualquer ação humana, ou nós atravessamos o Rio em uma bamba canoa, agindo conforme a coragem. Mesmo que, ao fim, aquilo existente nessas imagens seja o mero homem humano, esse é sobretudo travessia e, portanto, não sendo coisa findada e acabada, podendo mudar, variar entre Deus e o Diabo, entre o bem e o mal, entre o céu e o inferno. Por isso, não figura para mim, na leitura de Grande Sertão: Veredas, a pequenez humana diante do destino.

Isso é resultado de traços próprios de personalidade. Sou uma pessoa que acredita que o ser humano pode agir conforme sua vontade, mas só se o quiser. Daí, vejo nas ambiguidades de Riobaldo as minhas próprias ? e percebo como dividir as coisas em duas bandas e reduzir o todo à parte é um erro crasso. É como cortar uma laranja em duas bandas, chupar a doce, cuspir a azeda, e dizer que a fruta era de todo doce ou azeda. Aliás, meu estranhamento com Riobaldo ao final da obra foi incômodo, pois aquela personagem já não refletia valores por mim elegidos como bons ou maus. É Riobaldo de Deus ou do Diabo? É Riobaldo um pactário? ? É e não é, quer dizer, ele é dele mesmo.

Disso tudo, me vem uma última reflexão. A necessidade premente de se acabar com a guerra. Falo do genocídio na Palestina feito pelas mãos do Estado de Israel armadas com as máquinas-de-chacina dos Estados Unidos da América. Para mim, se aquele povo é o povo de Deus, e aquele reino que eles estão construindo é o Reino de Deus, então Deus e o Diabo são a mesma coisa. Esse é um dos perigos de querermos distinguir tanto o Bom do Mau e nos colocarmos em um grupo ou noutro ? é esse tipo de coisa que separa os seres humanos entre si e de si mesmos.

Você é de Deus ou do Diabo?

Tenho descoberto que somos todos uma travessia.
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Yara_ 14/01/2024

"Viver é muito perigoso"
Eu não cheguei a chorar, mas meu coração ficou tão apertadinho no final e subiu um nó na minha garganta... Foi uma leitura desafiadora, mas incrível, uma travessia incrível
Sinto que esse livro vai ficar comigo por muito tempo e com toda certeza irei querer reler em outros momentos. E sim, viver é muito perigoso, sentir é muito perigoso, mas também é uma experiência transformadora.
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eschablau 12/01/2024

"Grande Serão: Veredas" é um livro narrado em primeira pessoa em que nas primeiras 120 páginas há um grande embaraço narrativo do personagem Riobaldo, ele fica contando mil histórias ao mesmo tempo que já imprime suas opiniões, fala sobre o diabo, o sertão e de certa forma antecede toda a história que seguirá no livro. Esse momento é o meu preferido, porque Guimarães Rosa cativa o leitor de uma forma impressionante se utilizando de uma linguagem nada convencional e de imagens muito fortes, metafísicas e bonitas. A partir dessa "introdução", Riobaldo vai nos contando de forma um pouco mais linear a história do livro e seu amor latente por Diadorim - o Reinaldo, suas dúvidas em relação a jagunçagem, as brigas que ele participa, sua relação com o diabo, as disputas de território e ao mesmo tempo faz uma descrição maravilhosa sobre o Sertão - que é maior do que o mundo.
Esse livro, pra mim, só tem um problema: depois que eu li nunca mais gostei tanto de qualquer outro livro! É muito bonito. E acredito que ele aparece nas nossas vidas no momento certo para ler e que se não for o momento certo você estranhamente não consegue adentrar o Sertão.
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Bruna.Schmidt 11/01/2024

Narrativa densa e complexa, explorando a psique humana por meio da história de Riobaldo, um jagunço que reflete sobre suas experiências, dilemas morais e conflitos existenciais. A linguagem genial de Rosa repleta de neologismos e regionalismos, desafia o leitor, criando uma atmosfera única. A trama intricada e a profunda reflexão sobre identidade, poder e dualidade tornam este livro uma leitura fascinante e desafiadora.
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allenylson.ferreir 05/01/2024

Viver é muito perigoso
Confesso que foi difícil engatar, mas isso logo se resolve e algumas páginas depois fiquei envolvido com a história de riobaldo e suas aventuras como jagunço no sertão e chefe de bando; o seu sentimento confuso em relação a diadorim; a questão do pacto fáustico, etc etc.
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Leticia2185 31/12/2023

Grande Sertão: Veredas
Última leitura de 2023 concluída com chave de ouro. Grande Sertão é um livro que a tempos eu desejava ler, no começo confesso que achei bem difícil, demora um pouco para você se adaptar ao ritmo do livro, mas depois a leitura se torna muito interessante e prazerosa. Falar que o livro é uma obra prima é chover no molhado, de fato ele é. Um livro sensível, que trás muitas reflexões sobre a vida, sobre o amor e sobre religiosidade. O ponto alto do livro com certeza é a relação entre Riobaldo e Diadorim, ainda após a leitura ficam muitas questões rodeando minha mente sobre eles.
Um livro que é tudo que deve ser: desafiador e revolucionário.
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Lívia 30/12/2023

Grande sertão: veredas.
Fora do comum. Eu poderia dizer muitas coisas sobre esse livro, mas nada faria jus à grandiosidade da obra. Não digo apenas em relação aos fatos narrados por Riobaldo, mas principalmente na forma como o autor constrói a narrativa, na forma como ele estrutura cada personagem e em sua genialidade para conduzir os acontecimentos. Riobaldo, ex jagunço, narra sua história, não de forma cronológica, mas de acordo com a memória e importância dos fatos. É incrível. E justamente quando finalizei a leitura, fechei o livro com uma sensação de: uau, o que foi isso? Claro que, ao longo de toda a leitura, esse sentimento me fez companhia... Mas as últimas páginas foram simplesmente devastadoras.
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