Resenhas - A Estepe

Rabbitt 21/01/2023

Esse livro foi maçante, eu poderia ter dado zero estrelas ou uma, mas a escrita do Tchekhov é muito leve e tem um parágrafo muito lindo nesse livro que fez com que eu gostasse do livro.

"Quando contemplamos o céu profundo por muito tempo sem desviar os olhos, não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solicitação.[...]"

Jão 09/01/2023

Primeira leitura concluída do ano ??
Leitura rápida e fluída, escrita excelente. Desenrolar de uma simples viagem, mas que te transporta imediatamente para todo o cenário.

Gabriel.Bavaresco 20/12/2022

Good feelings.
O sentimento que tive quando acabei foi um misto de "poxa, mas já?" e "Perfeitamente encerrado". A proposta é essa, uma jornada curta, com propósito, muita profundidade na narracão e, embora de forma reduzida, no detalhamento dos personagens. Achei encantador, é lindo, com certeza uma leitura confortável e que conduz de forma muito imersiva o leitor adentro da melancólica e rígida estepe russa.

"E ao olharmos para o céu verde-pálido, coalhado de estrelas, onde não há nenhuma nuvem ou mancha, entendemos por que o ar morno está imóvel, por que a natureza está totalmente desperta, mas teme a se mexer: ela tem medo e pena de desperdiçar um só momento de vida."

Alisson 19/12/2022

A Beleza naquilo que é trivial
É um conto, ou quase isso, mas que poderia muito bem ser descrito como a história de uma vida.

Parafraseando São Josemaria Escrivá:

"Quem pensa que o amor acaba quando começam as penas e os contratempos que a vida traz sempre consigo. É então que o amor se fortalece."

IzaF. 30/11/2022

que lindo.
essa obra é apenas uma história, mas contada por esse autor se torna uma grande história. que conto lindo.

Ramon Diego 18/11/2022

Para quem gosta de road movie e/ou histórias que se desenvolvem em trânsito constante, eis um exemplo de um enredo maravilhoso, do grande mestre do conto russo, em que acompanhamos a viagem de um jovem aluno, pelas estepes e paisagens russas do século XIX, em busca de expressão. Livraço! Me impressionei ainda mais com uma poética da solidão, empreendida pelo Anton Tchékhov nesse livro!

Milena.Berbel 23/10/2022

Me senti totalmente embalada pela história dessa viagem feita por Iegóruchka, testemunhando os tantos detalhes observados atentamente por ele ao longo dessa aparentemente interminável jornada, bem como as reflexões, sensações e reações geradas por tudo aquilo que se apresentava a ele. Tão jovem e tão sensível ao mundo ao seu redor.

E após concluída a leitura, senti que o longo trajeto pela estepe que o jovem percorre, de carroça, pela primeira vez longe da segurança do seu lar e de sua mãe para poder estudar em uma cidade maior, se assemelha ao caminho que trilhamos ao longo da nossa vida, sem saber o que ou quem encontraremos no percurso, e como iremos lidar com o desconhecido. Afinal, chegamos e partimos desse mundo sozinhos, e há experiências ao longo da vida que inevitavelmente teremos que enfrentar sozinhos, por nós mesmos. Quer nos sintamos prontos ou não, a vida nos leva e ainda que o desconhecido às vezes nos assuste, quase sempre será ele que nos fará crescer, amadurecer.

Por fim, com a última frase dessa história, "E que vida seria aquela?", a tal vida nova e desconhecida que agora começava pra Iegóruchka, penso que Tchékhov questionava: entre tantos tipos que cruzaram o caminho desse garoto, que destino caberia a ele? Ou ainda, que destino seria possível a ele?

Sasa 16/09/2022

Ouvi comentários de que é uma história monótona e enfadonha porque não possui um enredo elaborado nem muita ação, mas a escrita de Tchekhov transformou algo simples numa história leve, fluída, com riqueza de detalhes que nos transporta para cada situação; as suas descrições da natureza e das percepções dos personagens são poéticas e minuciosas proporcionando muitas reflexões e contemplação. Foi uma leitura muito agradável e inspiradora.


"já quase morto, já perdido, mas de modo lastimoso e sincero, o capim tentava com aquela canção sem palavras convencer alguém de que não tinha culpa de nada, de que o sol o havia queimado sem nenhum motivo; o capim afirmava que tinha uma fervorosa vontade de viver, que ainda era jovem e que seria bonito, se não fosse o calor brutal e a seca; o capim não tinha culpa e, no entanto, pedia perdão a alguém e jurava que sofria de maneira insuportável, entristecido e com pena de si mesmo?"

Gabriel 19/08/2022

O Jovem Tchékhov já demonstrava talento com apenas vinte oito anos! Uma novela contemplativa, tanto da natureza quanto da gente humilde. Um menino que passa por uma jornada antes de iniciar seus estudos. Jornada sem grandes reviravoltas, mas que o faz vivenciar o que há de mais autêntico em seu universo: tem a oportunidade de conhecer a Rússia profunda, longe dos grandes centros; o povo simples que batalha e sustenta esse mundo; exercício de alteridade in loco. Não sabe o que esperar do futuro e o que virá. É normal sentir medo do desconhecido. Mas quem sabe o desconhecido não seja a real essência para se trilhar um caminho? Assim como acontece em uma viagem não planejada.

Camila | @abismos.literarios 13/07/2022

(Resenha publicada no IG: @abismos.literarios)

Aqui acompanharemos a história do pequeno Iegóruchka, de 9 anos, em sua jornada pela espete; viagem essa que irá levá-lo para outra cidade para que seja possível estudar, algo que sua mãe preza muito. Seu pai morreu há pouco tempo, e é seu tio Ivan Ivánitch que ajuda no que pode.

Além dele e seu tio, o padre Khristofor também os acompanha nessa jornada; ambos estão na estrada para tentar vender a lã que possuem e conseguir algum dinheiro. A viagem é difícil para o pequeno Iegóruchka, que não entende muito bem por que ele precisa ir para longe de sua mãe, em que terá que lidar com muitos desafios no caminho e muitas descobertas.

O autor nos proporciona uma bela descrição acerca da estepe, tanto a respeito da paisagem, dos animais e do tempo, das dificuldades e das surpresas que surgem; aos olhos de uma criança, isso pode ser belo e aterrorizante ao mesmo tempo, já que os sentimentos do nosso jovem protagonista estão a flor da pele, ele está confuso, assustado, solitário e melancólico. Para adultos, assim como para ele, essa jornada pode não ser fácil.

A estepe é um livro curtinho, sem grandes reviravoltas na história, mas mesmo num desenrolar pacato, nos permite certas reflexões. É uma ótima opção para adentrar na literatura russa, com exceção da confusão com os nomes (heheh), é de uma fluidez impressionante e nos apresenta uma escrita leve e gostosa.


site: https://www.instagram.com/p/Cf9EsQwLaot/

Rebeca 15/06/2022

Uma viagem pela Estepe Russa
A primeira vez que li esse livro foi em 2016, novamente reli esse ano pela n-ésima vez, pois já não sei mais quantas vezes o reli, e toda fez que finalizo as releituras desse livro, a minha impressão é a mesma: de profunda contemplação e admiração dessa obra tão simples que possui o enredo tão bem executado, com detalhes ricos do bioma chamado Estepe, narrada pela impecável escrita de Tchekov. A narrativa tem como protagonistas não apenas o menino Iegórutchka mas também a Estepe que abriga mujiques, bandoleiros, comerciantes, apaixonados, nobres, entre outras personagens que possuem caráter russo. Essa obra é um primor! Tornou-se uma das minhas leituras favoritas.

Filipe 25/05/2022

A objetividade de Tchekhóv ao narrar uma jornada, ao mesmo tempo em que dá os detalhes necessários, é louvável.

Ao contrário do que a descrição do livro pode levar a imaginar, a narrativa não é totalmente focada no garoto. Em diversos trechos, há enfoque nos personagens da trama e muitas vezes se esquece da viagem ou do garoto. Essa técnica é fundamental para o bom desenvolvimento de todos os envolvidos na jornada.

Como sempre, a edição, que faz parte da coleção Clássicos da Peguin, é bela e muito bem diagramada.

LairJr 27/03/2022

Uma história rápida e bem prazerosa de se ler. Um relato de viagem, mas nem de longe enfadonho. Em muitas cenas nos transportamos facilmente para as situações descritas.

paidocris 17/02/2022

uma pintura com cores de escrita
Tchekhov impressiona com seu jeito ácido de crítica,desenvolvendo a paisagem ao redor dos personagens.Uma viagem atravessando a estepe russa à charrete, desbravando a natureza junto com o humano.O fim da antiga história do protagonista,dando luz à outra.Ficamos na torcida para seu bem estar,tendo acompanhado suas enfermidades.Na boca,o querer mais da paisagem e sua beleza.Agora, só nos resta a dúvida:Quem será o próximo embarcando nessa grande estepe?

Giovanni 15/02/2022

Segundo Figueiredo, o texto de Tchékhov é ?ao mesmo tempo, um relato de viagem, uma narrativa ficcional, um estudo de tipos característicos da região, a pintura de quadros da natureza?.

Lindo.
Uma viagem de crescimento.