A Estepe

A Estepe Anton Tchekhov




Resenhas - A Estepe


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Rosa â¡ 17/01/2021

A Estepe
Quero escrever algo que os encoraje a ler esse livro, pois ele é muito especial.
Talvez eu gostasse que o livro tivesse uma continuação, pois eu só queria ler mais dessa história, mas é só a historia de uma viagem e viagens acabam.

Essa viagem de Iegóruchka, um menino, para sua nova vida, nos trás muitos sentimentos, e é gostoso de ler e passar por esses sentimentos, é gostoso o modo como tudo é escrito e te faz saber de todos os detalhes, como se estivesse vivendo todos os momentos.
Não vou contar nada da história, pois ela é tão curta e simples, que não quero revelar nenhum detalhe do que vocês mesmos terão o prazer de passar. Só leiam e vivam os mesmos momentos agradáveis que eu vivi com a estepe e o menino Iegóruchka.
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Phelip 20/12/2020

Russos sendo russos
A geração do Dostoiévski dispensa apresentações, a história é baseada num protagonista criança que a despeito de ser narrada em terceira pessoa consegue exprimir os desafios da vida de um garoto que está longe de casa.
No meio das esperanças de sua família que o envia para estudar longe de casa o garoto encontra-se sem poder de decidir, é levado pelo caminho da estepe e conhece diversos tipos que de tão bem caracterizados parecem personagens reais. A história parece uma autobiografia pela verosimilhança de todos os personagens. A descrição dos ambientes e da paisagem não se resume a descrição pela descrição, mas cria o contexto para os sentimentos e para abordagem psicológica (antes mesmo da criação da psicologia).

Como sempre genial
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Andre.28 19/12/2020

Sentimentos que passeiam pela estepe russa
Resenha completa no blog e uma versão no perfil literário no instagram. [Links abaixo]

Blog: osmoseliteraria.blogspot.com/2020/12/sentimentos-que-passeiam-pela-estepe.html?m=1

Instagram: instagram.com/p/CI-4JTpjodg/?igshid=skc2ogci0qs9
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@fernandajfguimaraes 30/11/2020

Eu amei e sem dúvida é um livro feito para reler. Um enredo tranquilo, perfeito para tempos de Pandemia.
Ah, e prepara o lenço, porque o final é emocionante. Chorei muito.
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Lucas Furlan | @valeugutenberg 23/06/2020

Uma pequena obra-prima
A trama de A estepe, se é que se pode chamar assim, é muito simples: o comerciante Kuzmitchóv e o padre Khristofor viajam numa charrete velha pela estepe russa para vender lã. Com eles, estão o cocheiro Deniska e o sobrinho de Kuzmitchóv, Iegóruchka. Ele é um garoto de nove anos que está sendo levado, contra a sua vontade, para estudar em outra cidade. Com essa história mínima, Anton Tchékhov produziu uma obra muito bonita e delicada.

Como o tradutor Rubens Figueiredo explica na introdução, a intenção do escritor russo, em sua primeira narrativa mais longa, era justamente criar ?uma narrativa sem enredo, sem heróis?. Ainda segundo Figueiredo, o texto de Tchékhov é ?ao mesmo tempo, um relato de viagem, uma narrativa ficcional, um estudo de tipos característicos da região, a pintura de quadros da natureza?.

Tchékhov era um grande observador e suas descrições são o destaque de A estepe. Cada personagem que cruza o caminho dos viajantes tem uma identidade própria, sejam eles mujiques (os camponeses russos) ou nobres. A estrada e a natureza são tratadas como se fossem personagens, e muitas vezes são descritas com características humanas:

?O aspecto rasgado e esfarrapado da nuvem lhe dava uma feição de bêbada e de baderneira.?

O livro é narrado em terceira pessoa, mas acompanhamos principalmente o ponto de vista de Iegóruchka. Ele passa por maus bocados durante a viagem e geralmente é tratado como se não fosse apenas uma criança ? em dado momento, ele é obrigado a seguir viagem com pessoas que ele não conhece. Tchékhov consegue transmitir para o leitor o medo, a raiva e a insegurança do garoto, mas sem apelar para o melodrama.

Iegóruchka sabe que sua vida vai mudar para sempre e, por isso, o tom geral de A estepe é melancólico:

?O russo ama recordar, mas não ama viver; Iegóruchka ainda não sabia disso e, antes de toda a papa ser devorada, ele já estava profundamente convencido de que, em redor da panela, estavam pessoas ultrajadas e maltratadas pelo destino.?

Tchekhóv reserva momentos de tensão para o final do livro, e o desfecho é agridoce. Nós nos identificamos e nos solidarizamos com a jornada de Iegóruchka, que acaba ganhando contornos simbólicos. Como ele, todos nós estamos viajando pela nossa própria estepe, sem saber o que o fim do caminho nos reserva.
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Marcos.Santos 26/03/2020

Um livro, curto, lindo. Chorei ao final dessa grande viagem, que curta, carrega toda a simbologia de uma cultura rica e incrível que é a cultura russa. As alusões feitas a igreja ortodoxa da época são meus primeiros encontros com esta religião!!! Ao todo um livro sensacional que vale a sua leitura!!!
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Julia 10/02/2020

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"Enquanto comiam, todos conversavam. Daquela conversa, Iegóruchka entendeu que seus novos conhecidos, apesar das diferenças de idade e personalidade, tinham uma coisa em comum que os tornava parecidos: todos tinham um passado maravilhoso e um presente ruim; sobre o passado, todos, sem exceção, falavam com entusiasmo; já, sobre o presente, se exprimiam quase com desprezo. O russo ama recordar, mas não ama viver; Iegóruchka ainda não sabia disso e, antes de toda a papa ser devorada, ele já estava profundamente convencido de que, em redor da panela, estavam pessoas ultrajadas e maltratadas pelo destino." (p. 83)

Livro curto e simples, trata-se de um relato de uma viagem, como o subtítulo já anuncia. A narrativa se compõe da descrição de paisagens e personagens presentes no percurso, criando um retrato interessante da estepe, sem ser monótono. A leitura é envolvente, daquelas que te prende até o fim do livro. Muito bom!
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Bruna 13/09/2019

Vamos viajar?
Um conto de leitura ágil e simples, não tendo encontrado palavras 'rebuscadas', seja pela tradução do russo ao português ou pela data da publicação. E, também , não tive nenhuma dificuldade em embarcar junto com os personagens, pelas paisagens exuberantes da estepe russa daquela época (e, acredito que ainda seja assim).
Recomendo como uma leitura sem grandes pretensões, mas com boas surpresas uma página ou outra...e com um final de apertar o coração, mas que invariavelmente, um ou outro já passaram em suas vidas.
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Edméia 12/09/2019

Uma história humana, poética e comovente !!!
* Resenha do livro : A Estepe.
Subtítulo : História de uma viagem.
Autor : Anton Tchékhov.
Tradução : Rubens Figueiredo.
Editora : Companhia das Letras .

Anton Tchékhov conta a história de Legóruchka , um menino de 09 anos de idade que vai estudar em outra cidade a pedido de sua mãe , Olga Ivánovna , ao seu irmão , Ivan Ivánitch ou Kuzmitchóv , como também é chamado !
Kuzmitchóv e o padre Khristofor vão negociar umas vendas de lã e quem os levará será Deniska , o cocheiro.
Eles passam por várias aldeias e Legóruchka ouve muitas histórias dos carroceiros !!!
Os tipos da região são bem descritos por Anton Tchékhov e a descrição que ele faz do entardecer , do anoitecer e do amanhecer da estepe me emociona , é poética !!! Colocarei aqui algumas das anotações que eu fiz desta leitura , alguns trechos que eu destaquei :

"Quando contemplamos o céu profundo por muito temposem desviar os olhos, não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. Começamos a nos sentir irremediavelmente sós e tudo que antes achávamos próximo e familiar se torna infinitamente distante e sem valor. As estrelas, que miram do céu há milhares de anos, o próprio céu insondável e a escuridão se mostram indiferentes à vida breve dos homens e oprimem nossa alma com seu silêncio, quando acontece de ficarmos cara a cara com eles e tentamos alcançar seu sentido; então, nos vem ao pensamento a solidão que aguarda cada um de nós na sepultura e a essência da vida parece misteriosa, assustadora ... "
(Capítulo VI; página 03 - leitura feita no aplicativo Kobo , leitor de e-books da Livraria Cultura ! ).

* * *

- Eu ainda não sou tão tolo a ponto de me comparar a Varlámov - respondeu Solomon, olhando com ironia para seus interlocutores. - Embora Varlámov seja russo, no espírito, é um judeu desprezível; passou a vida inteira no meio do dinheiro e do lucro, enquanto eu queimei meu dinheiro no fogo da estufa. Não preciso de dinheiro nem de terra nem de ovelhas, não preciso que tenham medo de mim nem que tirem o chapéu quando passo. Portanto sou mais inteligente que seu Varlámov e mais parecido com um homem ! (Capítulo III – página 31 ).

* * *
- Estudar ? Arrá ... Que a Rainha do Céu o ajude. Pois é. Uma inteligência é bom, duas é ainda melhor. Para algumas pessoas, Deus dá uma inteligência; para outros, dá duas; e ainda tem gente com três ... Com três, sim senhor ... Uma inteligência é aquela que a mãe dá à luz , a outra vem do estudo , a terceira vem da vida boa. Então, meu rapaz, é bom quando alguém tem três inteligências. Não só para viver, mas até para morrer é mais fácil. Morrer, sim ... E todos vamos morrer, não tenha dúvida.
(Capítulo IV - página 22 ).

* * *
" Mal o sol vai embora , a neblina envolve a terra e a tristeza do dia é esquecida, tudo é perdoado e a estepe suspira de leve, com seu peito largo. "
(Capítulo IV - página 06 )
* * *

Fazia décadas que eu não lia um livro com tanto prazer e em apenas dois dias !!! Fiquei contente !!! (É verdade que se trata de um livro com apenas 144 páginas ! Mas, eu me vi envolvida pela história e isso me alegrou muito !!! ).
O escritor usa de muitos adjetivos e dá vida, cor, sabor , formas para uma região aparentemente sem vida, sem graça , nada atraente e isso me encantou !!!
Também apreciei muitos os tipos que ele cita , os carroceiros e aqui vai uma observação do personagem protagonista , do Legóruchka :

"Enquanto comiam, todos conversavam. Daquela conversa, Legóruchka entendeu que seus novos conhecidos, apesar das diferenças de idade e personalidade, tinham uma coisa em comum que os tornava parecidos : todos tinham um passado maravilhoso e um presente ruim; sobre o passado , todos, sem exceção, falavam com entusiasmo; já, sobre o presente, se exprimiam quase com desprezo. O russo ama recordar, mas não ama viver; Legóruchka ainda não sabia disso e, antes de toda a papa ser devorada, ele já estava profundamente conhecido de que, em redor da panela, estavam pessoas ultrajadas e maltratadas pelo destino. "
(Capítulo V - página 26 ).

* * *
Uma observação : li este e-book através do aplicativo Kobo no meu notebook e no meu tablet ! O Kobo é um aplicativo de leitor de livros eletrônicos da Livraria Saraiva e este e-book eu o adquiri nesta referida livraria ! O Kobo divide o livro em capítulos e menciona o total de página de cada capítulo ! Cada e-reader (leitor de livro digital ) traz uma configuração específica ! Normal. Já me habituei com eles : Lev , Kobo e Kindle ! (Prefiro o Lev ! Mas, os preços dos livros eletrônicos da Livraria Amazon são realmente os melhores !!! ).
Pessoal de 0 a 5 , dou a nota 5 para este e-book !!! *Ameiiiiiii !!! Recomendo, claro.
*Ah, considerei Legóruchka um menino corajoso , uma pessoa muito boa !!!

*Guaratinguetá, 12 de Setembro de 2019.







site: www.mesadeestudo.blogspot.com
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Henrique 30/01/2019

Como descrever a intensa e barroca paisagem russa, relatando os tipos humanos e condensar a existência total de uma nação? Livros como A Estepe ressoam a catástrofe, o dramático e a comédia em um mesmo campo narrativo, convivendo imprevisivelmente na monótona paisagem desenhada.

É a narrativa de quem parte e, provavelmente, não vai mais voltar. Quem parte para mudar de vida e tentar conviver melhor com seus demônios. E essa é a narrativa do abandono, de deixar as coisas para trás antevendo a nostalgia da perda.

As coisas que foram perdidas ficaram para trás, às vezes pode-se vê-las, mas quase sempre ficam no fechado campo do indeterminado. Não há um clímax ou uma culminação, mas perdas e ganhos, quase nunca na mesma proporção.

Estar perdido é a condição irrevogável de habitar este mundo.
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Israel145 26/01/2019

A ESTEPE é uma novela que foge um pouco da produção conhecida de Tchékhov: seus contos que na maioria são curtos. Apesar da estranheza inicial que possa causar para os conhecedores dos contos do autor, essa novela nem por isso se torna menos impactante dentro do universo conhecido da sua obra que em geral mostram aquela crueza extraída dos abismos da alma humana.
Nas descrições das paisagens, Tchékhov pinta um cenário de vastidão e imensidão do território russo ao descrever um comboio que se desloca pela estepe sempre grandiosa e ampla, onde o personagem principal, o garoto Iégoruchka é levado pelo seu tio para estudar numa cidade muito distante do seu lar.
Esse cenário é muito bem explorado haja vista que a pequenez do garoto contrasta com a vastidão da estepe. O cenário triste e desolado por onde o comboio se arrasta transmite aquela melancolia intrínseca à maioria contos de Tchékhov, moldando assim um cenário que explora um lado perverso da natureza por onde o homem se aventura na sua luta pela vida.
O garoto Iégoruchka se mete em adversidades à medida que interage com a estepe, seja na penúria da viagem, no tédio causado pela imensidão dos lugares, seja com o contato com os mujiques do comboio ou quando este se vê à mercê de forças que fogem do seu controle, como por exemplo, a mudança forçada de sua residência ou a tempestade que surge opressora e desaba sobre o comboio transformando aquela paisagem num pesadelo real.
O sufocamento que o autor passa quando expõe a situação do garoto nos faz refletir quanto somos pequenos diante das forças da natureza e de forças que fogem do nosso controle, expondo uma faceta de desesperança associada à condição dos personagens da novela.
No geral, é um livro um pouco mais denso que as demais obras do autor (que por si só já são densas) e que vem carregado de uma melancolia assustadora. Leitura excelente para os fãs de literatura russa.
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Pedro Igor 11/09/2018

A obra é a forma que o autor explica como o nosso cérebro usa os sonhos para atribuir o Tempo ao Espaço
A estepe, obra icônica de Tchekhov, é um enorme espaço que encerram todas as pessoas e seu tempo: pessoas humildes, pessoas perseguidas que são seres finitos, seu vórtice, como as folhas em suas paisagens.

Heróis-símbolos, o comerciante, o sacerdote, o mujique e, claro, a criança (que é a "semente" para um futuro melhor), todos seguindo as rotas especificadas através da paisagem estrita, em uma sucessão de imagens e situações, realizando o que é exigido por dever e status social.

Corajoso e covarde, Inteligente e tolo, nobres e plebeus, bom e mau, sonho e viver o cancelamento, e a cada passo entre os talos um lembrete: "memento mori"! (lembre-se de que você é mortal). O cemitério da aldeia seguinte, uma sepultura na rua ... e a posterior estepe.

Certamente meu primeiro contato com a obra literária de Tchekhov não será a última.
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Maitê 25/08/2018

Impossível não gostar da leitura, me lembrou muito do conto "A Nevasca" de Tolstoi, que é pura perfeição. Talvez teria gostado mais desse livro se não tivesse lido Tolstoi tão recentemente. Mas isso não tira os méritos de Tchékhov. Sua narrativa simples e poética é uma delicia de ler.
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Julio.Argibay 02/02/2018

Os russos
Segundo livro que leio de Anton Tchekhov. O primeiro foi: As três irmãs. Foi bonzinho, mas este eh bem melhor. Eh uma jornada pela estepe russa, tendo como personagem principal uma criança numa jornada rumo a uma nova vida e ao desconhecido. Aos 28 anos Tchekhov se junta aos grandes escritores russos.
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