A Estepe

A Estepe Anton Tchekhov




Resenhas - A Estepe


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paidocris 17/02/2022

uma pintura com cores de escrita
Tchekhov impressiona com seu jeito ácido de crítica,desenvolvendo a paisagem ao redor dos personagens.Uma viagem atravessando a estepe russa à charrete, desbravando a natureza junto com o humano.O fim da antiga história do protagonista,dando luz à outra.Ficamos na torcida para seu bem estar,tendo acompanhado suas enfermidades.Na boca,o querer mais da paisagem e sua beleza.Agora, só nos resta a dúvida:Quem será o próximo embarcando nessa grande estepe?
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Giovanni 15/02/2022

Segundo Figueiredo, o texto de Tchékhov é ?ao mesmo tempo, um relato de viagem, uma narrativa ficcional, um estudo de tipos característicos da região, a pintura de quadros da natureza?.

Lindo.
Uma viagem de crescimento.
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Thais 31/01/2022

Uma longa viagem pela estepe
Gostei bastante da narrativa de Tchekhov, simples e objetiva.
Dois adultos e uma criança viajam de charrete pela estepe, e assim passamos a conhecer intimamente os atributos que incorporam essa estrada, desde belas descrições da natureza e tb sobre as pessoas que passam por ela e vive pelos arredores.
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Carol 20/01/2022

Bom, esse livro é realmente um retrato de viagem e de mudança de uma vida que o personagem já conhecia para outra totalmente nova, sendo mais focado na transição e nos sentimentos.
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Joao.Gabriel 02/01/2022

Livro maravilhoso! Tchekhov consegue fazer uma narrativa maravilhosa logo na sua estréia dentro de um texto longo. As descrições que ele dá são perfeitas, beiram o fantástico! Você vai lendo, e de repente se dá conta de que o narrador só estava falando do raio ou da grama.
E o melhor: não tem descrição exagerada.

Apesar disso, não tem muito diálogo, então quem está acostumado com essa narrativa pode não gostar tanto em um primeiro momento
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arthur966 15/10/2021

aquelas pessoas, as sombras em volta da fogueira, os fardos escuros nas carroças, os relâmpagos distantes que faiscavam a cada minuto, tudo agora lhe parecia terrível e desumano. iegóruchka tinha medo e se perguntava, em desespero, como e para que ele tinha ido parar numa terra desconhecida, em companhia de pessoas tão assustadoras?
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Carol 11/10/2021

Impressões da Carol
Livro: A estepe {1888}
Autor: Anton Tchékhov {Rússia, 1860-1904}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Companhia das Letras
144p.

Não gosto de ler livros cujo protagonista seja uma criança, pois costumam descambar para a síndrome da criança gênio, insuportável. O que, felizmente, não é o caso do incrível "A estepe" e de seu protagonista Iegóruchka.

Tchékhov consegue expressar toda a ansiedade, receio e insegurança que um menino, com nove anos, afastado de sua mãe e enviado a uma viagem pela estepe russa rumo a uma cidade desconhecida para continuar seus estudos, sentiria numa situação dessas.

Iegóruchka é um personagem adorável. Na imensidão da estepe, ele se adapta e se orienta, é uma criança esperta e crível para sua idade. Por meio do seu olhar, temos um retrato dessa Rússia que vê com nostalgia um passado mitificado e vê, com desconfiança, o que virá. Nos perdemos na imensidão dessa estepe que é vivificada, é passagem, é ruptura e parte essencial do seu amadurecimento.

É Iegóruchka quem alinhava os personagens que percorrem a estepe: o afetuoso Padre Khristofor e o tio Kuzmitchóv - seus companheiros no início da jornada - o misterioso Varlámov, o apaixonado Konstantin e, finalmente, o comboio de mujiques, Pantelei, Emelian, Vássia, Dímov e Kiriukha.

?É muito difícil pensar num autor com uma escrita tão bonita, tão concisa e tão apaziguadora quanto Tchékhov. Lê-lo é ser transportado a outro tempo, é ser levado à reflexão. Como nesse trecho:

"Quando contemplamos o céu profundo por muito tempo sem desviar os olhos, não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. Começamos a nos sentir irremediavelmente sós e tudo que antes achávamos próximo e familiar se torna infinitamente distante e sem valor. As estrelas, que miram do céu há milhares de anos, o próprio céu insondável e a escuridão se mostram indiferentes à vida breve dos homens e oprimem nossa alma com seu silêncio, quando? acontece de ficarmos cara a cara com eles e tentamos alcançar seu sentido". p. 85.

Li "A estepe" para o Clube do Livro Russo e foi daquelas leituras unânimes. Indico com fervor. Deem uma chance a Tchékhov.
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Ivy 28/09/2021

A estepe é a mais complexa das personagens
As descrições são lindas, poéticas e intensas e certeiras. A estepe ganha vida, assim como os outros personagens. As mudanças do clima, da personalidade das personagens, da tensão entre as cena são tão bem descritas que nos é perfeitamente possível sentir cada transição, ouvir cada ruído, perceber apuro, ver cada clarão, cada expressão. E o leitor vai junto na viagem, nos percalços e tudo. É lindo

"[...] em meio aos chiados monótonos, perturbando o ar imóvel, irrompe cada vez mais frequente o mesmo "ah ah!" de espanto e se ouve o grito de um pássaro que não dorme ou delira... E ao olharmos para o céu verde-pálido, coalhado de estrelas, onde não há nenhuma nuvem ou mancha, entendemos por que o ar morno está imóvel, por que a natureza está totalmente desperta, mas treme se mexer: ela tem medo e pena de desperdiçar um só momento da vida."
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Carol 10/08/2021

Um livro bem tranquilo de se ler, com linguagem bem fluida. O livro conta a viagem de Iegóruchka, uma criança que sai de sua cidade para estudar em outra cidade, pois sua mãe quer uma vida melhor para ele. No trajeto, nos deparamos com outro protagonista: a estepe. Tchekhov nos leva a uma viagem pelas estepes russas.
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Gabrieli 06/08/2021

A Estepe
Nossa, que livro! Mais um que entrou para os meus favoritos desse ano! Tchékhov escreveu essa obra com apenas 28 anos, e é uma pena que ele não tenha escrito mais novelas e até romances, essa obra foi sua primeira tentativa de um texto mais longo, e deu super certo.

Lendo, temos a sensação de estarmos ouvindo uma história de um colega, que narra com tanta vivacidade que muitas vezes pensamos que estamos junto com os personagens. É impressionante os diálogos, como são inteligentes, as reflexões sobre coisas banais são feitas com tanta consciência que nos gera reflexões sobre a vida.

Como olhar a imensidão do céu, e nos lembrarmos o quanto somos pequenos, e quão velhas são as estrelas que ali estão, e tudo vira silêncio, porque não tem o que ser dito sobre isso, a vida é uma indagação que levaremos para o túmulo, a vida é o que é.

Bom, a história em si é sobre a viagem de Ivan, o padre Khristofor e o sobrinho de Ivan, um garoto de 9 anos, chamado Iegóruchka. Os três viajavam de N.. para Z, os dois primeiros queriam vender sua mercadoria, e o garoto foi mandado pela mãe para estudar na cidade. É muito interessante a descrição que o autor faz entre a perda da infância para ingressar na vida adulta de uma forma tão repentina.

Talvez, o autor tenha colocado um pouco de si nesse personagem, porque ele chegou a escrever ?Na minha infância, não houve infância?. (Pg.7)
Iegóri se sentia triste e abandonado, e é compreensível, apesar de sua mãe querer o melhor para o menino, querer que ele tivesse uma chance que talvez ela não teve, o garoto ainda era apenas uma criança.

Conforme a viagem segue, muitas coisas acontecem, mas ele precisa seguir viagem com alguns mujiques para chegar mais rápido, então entra na viagem alguns personagens que são extremamente interessante, e a forma que é descrita a vida deles, de pessoas que já foram sucedidas mas que agora estavam ali fazendo a sorte deles é tão profunda que parece que estamos em volta da fogueira com eles ouvindo suas histórias.

É um livro que nos dá muito aprendizado, principalmente sobre dar importância as coisas simples da vida, de ouvir o silencio, de ouvir a natureza, de enxergar beleza onde muitos não enxergam.

?Mas nenhum daqueles sons perturbava o silencio, nem agitava o ar parado; ao contrário, eles incitavam o silêncio?. (Pg.19)
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nay 26/06/2021

Boa viagem
A leitura da Estepe parece muito com uma carroça rústica (velha) que leva os viajantes, não é o veículo que mais parece convidativo a fazer esse passeio, nem parece que se manterá inteira até o fim, mas se você se deixar a história te leva devagar e a cada parada você se apega mais à narrativa, outros viajantes te acompanham, o cenário conta sua história, o clima natural muda tudo e, quando você menos espera, chegou ao seu destino e o final da história. Não que alguém anseie chegar ao fim, o importante é o percurso. Por isso aos que desejam ler: que façam uma boa viagem.
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Patty Lima 13/06/2021

Uma viagem emocionante
Essa foi minha primeira experiência com Tchékhov. Foi rica, envolvente e emocionou-me grandemente. A viagem de Iegóruchka não é muito longa, mas as experiências que ele tem faz-nos, enquanto leitores, perceber seu amadurecimento ao longo da jornada. As paisagens vistas, as pessoas com quem convive o transformam em outro menino quando chega ao destino final. Sabe aquelas listas de livros a serem lidos "antes de morrer"? Não estarão completas se não listarem "A estepe". Que viagem prazerosa foi essa leitura.
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Rickson.Ramos 27/03/2021

Retrato em prosa das estepes
A estepe?, novela do escritor, dramaturgo e médico Anton Tchékhov, é o retrato em prosa do ecossistema estepe, juntamente com o amadurecimento de um inocente jovem.

Iegóruchka ? enviado pela mãe para estudar em outra cidade ? tem na viagem contato com personagens únicos que tem muita voz dentro da história, representando arquétipos reais dos variados estilos de vida russos. O rapaz passa metade da viagem com seu tio comerciante e com um padre, e a outra metade com um comboio de mujiques das estepes.

Usando muitas vezes de simbolismos e analogias, o autor descreve mais do que uma simples travessia, e sim o primeiro contato com o mundo adulto, o verdadeiro mundo, narra o medo frente à imensidão do desconhecido, muitas vezes personificado na própria estepe ? esse sendo um dos principais elementos do livro: a maneira como a estepe e o clima refletem os sentimentos de Iegoruchka, suas confusões e anseios.

O autor faz um fantástico quadro das estepes russas/ucranianas, descrevendo-as sempre de forma inegavelmente poética, tornando-as quase um personagem tangível da história. É importante se atentar à diferença na maneira como Tchékhov narra as passagens pela estepe e como ele narra as pelas cidades. Essa análise contribui muito para a reflexão das últimas páginas da novela.

?Afundou-se numa prostração sobre um banco e, com lágrimas amargas, saudou a vida nova e desconhecida que agora começava para ele? E que vida seria aquela??.
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Cinara... 12/03/2021

"... não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. "

De repente me bate uma nostalgia do que não vivi, viajar por uma estepe coberta de grama sentido o cheiro do mato!
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