Adamastor Portucaldo 17/09/2023
Caibalion
O Caibalion é uma obra famosa, fantástica, exotérica, cheia de esoterismos, coisas de alquimistas... quem não quer saber os segredos do vizinho, do W. Buffet, quanto mais do universo? Ela é fascinante ao enunciar princípios que parecem ter todo o sentido!
Daí vem no final do volume uma outra produção do W. W. Atkinson (As Sete Leis Cósmicas) uns 25 anos mais velha, mais madura ou talvez quem sabe, apenas mais cansada ou mais ou menos isso.
Então eu reli e fico pensando no velho Sócrates e talvez naquela velha Lei (Tudo que eu sei é que nada sei).
Daí eu percebo a baita ginástica do autor para enquadrar os universos dentro de Leis supremas, cansando de citar Helena Blavatsky, mas também outros com muito menos ibope. Ok, uma hora são princípios, na outra são Leis! Mas pisa na bola N vezes ao falar de elétrons, por exemplo (se tem um erro, tem mais erros certamente, mas será que estou eu deduzindo alguma outra Lei?) - espera-se acurácia e assertividade, não primarismos, mesmo num tema cavernoso. E não dá um pitaco sequer na teoria quântica!
No entanto, também é bem sabido que se você encontrar só um contra exemplo, um furinho qualquer, numa teoria maravilhosa, ainda que existam milhares de provas - somente um black swan - então já elvis!
Na Lei do Ritmo (tudo se move em ciclos rítmicos), além da insistência no uso de palavras como regular, sempre, sem exceção, homogêneo etc., afirmações como 'tudo segue um curso circular' - pergunto qual é a periodicidade do causo que conhecido personagem das redes socis explora muito, aquele do fulano que sai pra comprar cigarro ?, nem sequer fuma, e não volta nunca mais? Cadê o ritmo? Hein? Pergunta chulé e chula, mas não é tudo circular - tem coisas elípticas, brownianas etc também! Com o Eclesiastes berrando o contrário?
Tem um princípio que, pra mim, vale o livro: o da correspondência (o que é em cima, é embaixo e vv). Já desviei de muita coisa só por causa dele. Será que não serve pra explicar as mazelas de certas sociedades?