manu 20/01/2023
:)
Iniciei a leitura desse livro no dia 18/11/2022, era tanta a ansiedade para ler que acabei não conseguindo me concentrar nas palavras.
Porém, quando li as primeiras páginas de verdade e compreendi a importância do que estava ali na minha frente, não larguei mais.
Um defeito de cor vai muito além de um simples relato, vai além de mostrar o horror da escravidão e as marcas que são deixadas, vai além de tudo que você imagina quando está lendo ele.
Fora acontecimentos históricos que ocorreram aqui no Brasil que talvez por pura ignorância minha, eu não sabia, mas que me fizeram olhar de um jeito diferente para o Brasil de hoje.
Deixando de lado um pouco isso, sempre que leio um livro eu prezo muito também pela sensação que ele deixa enquanto acompanho a história. E esse livro foi um dos melhores nesse quesito, acompanhar as palavras de Kehinde fez com que eu sentisse todos os sentimentos possíveis.
Como se eu fosse Tico, Hilário, Jacinta, Maria Clara, João e acima de tudo, Kehinde.
Não sei explicar ao certo como as palavras desse livro me atingiram, mas a todo momento em que eu lia era como se os sentimentos de Kehinde entrassem em meu peito, como se eu me tornasse a Kehinde enquanto tinha o livro.
Acho que por isso uma certa tristeza me acompanhou nas últimas páginas, fora essa sensação estaria deixando uma personagem que acompanhei todas as suas dores e alegrias.
Apegada demais ao livros e os personagens, eu sei.
Confesso que o final dele me causou uma estranheza, a sensação de que a Kehinde queria escrever mais e por isso não se parecia com um final.
Fora isso, Um defeito de cor pode ter sido uma serendipidade na minha vida.