Leonardo 13/08/2012
Noites Brancas é a história de um homem, que eu normalmente apelidaria de esquisito, mas vou referir como socialmente inadaptado, pois a verdade é que não tem amigos, não tem conhecidos, nada.
A sua vida é casa - trabalho - casa, com os ocasionais passeios noturnos pela cidade de São Petersburgo. E no período de tempo retratado nesta história (não mais do que 3 ou 4 dias, ou melhor, noites), se dão as chamadas noites brancas, quando o Sol não se põe na totalidade, mesmo de noite, fenômeno característico do Norte da Europa.
O protagonista, quando passeia, durante uma dessas noites brancas, encontra com Nástienhka, jovem angustiada, que espera pelo homem por quem está apaixonada. O amor de Nástienhka e do seu amante tem uma longa história por trás, que ela conta ao protagonista. Este, por sua vez, promete ajudá-la e, no processo, apaixona-se por ela, mas o destino tinha outros planos...
Mais uma vez, só posso ficar encantado com os autores russos, especialmente Dostoievski. Eu nem sei bem explicar o que é, mas todo o ambiente é diferente, a sensação que é transmitida é diferente da de autores americanos, ingleses, brasileiros, franceses, alemães, etc.
Destaque para a escrita, que é muito boa, mesmo dotada de toda a formalidade tão típica da literatura daquela época, e com as personagens dotadas da ainda mais típica ingenuidade, da mais pura.
Noites Brancas é mais uma obra prima de Dostoievski, leia, não há arrependimentos.