Dôra, Doralina

Dôra, Doralina Rachel de Queiroz




Resenhas - Dôra, Doralina


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Yuririn 02/06/2022

foi meu primeiro livro da Raquel de Queiroz, e amei. A narrativa é bem envolvente e real. Parece que a Dôra chamou vc pra conversar e vai contar a história dela. A condução dos acontecimentos é muito bem feita e embora tenham coisas que podem ser consideradas problemáticas (como ciúme excessivo), ainda assim, no contexto, acho q elas deixaram a narrativa mais real e aprofundada. Acredito que todos os personagens são bem desenvolvidos, algumas cenas podiam ter mais prosseguimento, porém a coesão, condução e arremate da história compensam isso. A trama é bem cativante e gera empatia pela protagonista, gostei bastante de ter lido.
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alice 22/05/2022

Dor se gasta.
Quando abri esse livro e chorei com suas primeiras páginas, tive a certeza de que se tornaria um favorito da vida. Dôra me marcou com sua frase: "Doer dói sempre. Só não dói depois de morto, porque a vida toda é um doer."

Dôra, Doralina é um romance de formação, nele acompanhamos a infância amargurada na fazenda Soledade e a vida adulta de Maria das Dores que viúva decide se aventurar na cidade grande, deixando para trás Senhora (sua mãe) mas carregando todas as mágoas cultivadas ali.

Nessa nova liberdade Dôra conhece um grupo de teatro e acaba fazendo parte da companhia de seu Brandini que cuida da menina como se fosse uma filha, ela pega gosto pelo palco e é lindo acompanhar essa evolução de menina para mulher. Seu Brandini foi um dos meus personagens favoritos, o velho caloteiro é de uma bondade enorme.

É durante uma temporada do teatro que Dôra conhece o Comandante e aí a mulher se transforma em menina de novo e sente pela primeira vez uma paixão verdadeira, quase obsessiva. Dôra passa a viver por esse homem e compara ele a um Deus, tamanha sua devoção pelo Comandante. Essa parte do Comandante foi a que menos gostei, ele é violento, ciumento e Dôra que era tão dona de si acaba se transformando em uma submissa.

O final fez a frase lá do início ganhar um significado ainda maior, terminei com o coração doendo. Às vezes não tem como fugir do nosso destino e na ânsia de ser diferente podemos nos tornar no final aquilo que tanto julgamos e odiamos.

A escrita da Rachel é riquíssima, a sensação era de estar tomando um cafezinho enquanto Dôra relembrava seus anos vividos, em nenhum momento a história se torna enfadonha ou chata, ela mantém o interesse do leitor do início ao fim com sua história delicada, real e tocante.
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DieineSoares 03/04/2022

Meu segundo livro lido da autora e, confesso, cada vez mais apaixonada por Raquel de Queiroz, pois ela é de uma sutileza e de uma sensibilidade impressionante, e isso se traduz na sua escrita.
Não foi uma leitura rápida mas, com certeza, foi muito apreciada.
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Brina 21/03/2022

Uma romance de formação que nos conta de todas as perdas e conquistas de Maria das Dores. A independência da mulher com todas as críticas da sociedade principalmente da família. Uma leitura fácil e com muita intensidade. Recomendo
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Vicioouss 11/03/2022

Incrível, Rachel é sensibilidade, é força... O final é arrebatador, chorei. Sou apaixonada pela escrita de Rachel de Queiroz.
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Rasana 04/02/2022

Coralina minha flor...
O livro é de uma simplicidade, de um leveza ao contar os fatos... E ao mesmo tempo uma história tão forte, tão cheia de sutilezas e de aspectos reais.. amei e recomendo.
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Ãlisson 24/01/2022

"Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer".
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Dôra, Doralina é a protagonista dessa obra fascinante. Em mais um romance Rachel de Queiroz presenteia o leitor com uma personagem feminina extremamente verdadeira. Aqui acompanhamos a história de uma menina até a vida adulta. Dôra nasceu no interior do Ceará em condições privilegiadas, numa fazenda cheia de criados e farturas. Órfã de pai desde cedo, foi criada pela mãe, uma viúva amargurada que administrava a fazenda da família à mãos de ferro. Com uma relação pouco amigável com a mãe, rodeada de escândalos, Doralina decide se aventurar na cidade grande. A partir de então, podemos acompanhar a emancipação e as descobertas de uma mulher que decide viver sua vida fora dos padrões dos quais foi criada.
A presença de uma linguagem regionalista, o contraste entre o sertão e a cidade grande e as constantes transformações da protagonista, são pontos fortes da narrativa. Um romance que flui com naturalidade e nos conquista.

Encantador e prazeroso.

Dôra, Doralina (1975)
Rachel de Queiroz
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Ladyce 08/01/2022

Ao terminar Dôra, Doralina, de Rachel de Queiroz, eu me pergunto o motivo dela não ser mencionada entre os grandes da literatura brasileira, no mesmo altar de Machado, Graciliano e Guimarães Rosa, Clarice. Dela li três livros: O Quinze, Memorial de Maria Moura e agora, este, publicado em 1975. Rachel de Queiroz não deixa a desejar quando comparada com os grandes nomes da nossa literatura. E não listá-la entre os maiores é injustiça e um desserviço à tão maltratada cultura brasileira.

Dôra, Doralina conta mais do que a história de vida de Maria das Dores, mulher herdeira de uma fazenda no interior do Ceará, completamente dominada pela mãe, a quem chamava Senhora e que depois de viúva, foge deste lugar, encontra abrigo emocional como membro de um grupo de teatro mambembe, com eles viaja ao Rio de Janeiro, no período da ditadura Vargas e da Segunda Guerra Mundial.

Na capital do país amasia-se com um comandante que conheceu na viagem pelo Rio São Francisco a caminho do sul. Com ele, perdidamente apaixonada, vive em altos e baixos, tensa com gênio violento do companheiro e por seus ciúmes. Eventualmente se vê envolvida, a contragosto, na contravenção. Mas o flerte com a vida de segredos e transgressões não lhe era desconhecido, já deixara os rincões cearenses com tralha semelhante.

Narrativa rica em assuntos controversos, que cobre com vocabulário exemplar e de fácil compreensão, relata não só a descoberta do amor para Dôra, como também, por causa de suas limitadas experiências fora do local onde nasceu, seu próprio acordar para o mundo e para si mesma. E conselhos não lhe servem para nada, como diz: “Gente nova não adivinha nem quer adivinhar certas coisas; e mesmo quando tem um aviso, dez avisos, não acredita.”

Central na trama estão as relações familiares, e a ausência delas; amizades e a complexidade das emoções humanas. Há traição, abuso, arrogância, ciúmes pontuados esparsamente por lealdade e honestidade. É uma obra de realismo físico e emocional, refinada pela palavra certa, ritmo preciso e relato direto, sem bordados.

Recomendo a leitura. A obra de Rachel de Queiroz, a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de letras, deve fazer parte da lista de leitura de qualquer brasileiro curioso sobre a rica herança literária do país. Nota 10.
Maria Faria 09/01/2022minha estante
Rachel é maravilhosa, mas percebo seu apagamento. Acredito que são dois os motivos: o primeiro, por ela ser mulher. O segundo por ter apoiado a tomada do poder na ditadura de 1964. Por mais que ela tenha explicado posteriormente que desembarcou da ideia após perceber que havia se tornado uma ditadura, esse tema é sempre usado para colocá-la no esquecimento.


Ladyce 09/01/2022minha estante
Só a obra deveria importar. Pertenço a um grupo de cinema de um centro cultural judaico, aberto a todosm eu por exemplo, não sou judia. Lá acabamos de conversar sobre a obra Melancolia em comparação com o filme Não olhe para cima. Tudo normal, Contei a uma amiga isso, e ela me disse que não veria um filme do Lars von Trier porque ele fez comentários anti-semíticos. Lá no Midrash, ninguém, absolutamente ninguém falou sobre isso, foi a obra que foi comparada. Não é justo que a opinião de alguém apague para sempre o trabalho do criador. É o mesmo que dizer não posso apreciar uma obra de Picasso, porque ele era chauvinista. Não faz sentido. Cada um vive o seu tempo, como o percebe. Rachel de Queiroz também foi membro no início da carreira do Partido Comunista, que sempre apoia ditaduras. Nunca foi punida por isso, mesmo tendo saído do partido. Enfim, perdemos nós.


Maria Faria 09/01/2022minha estante
Concordo totalmente, Ladyce! E acrescento que percebo certas hipocrisias na sociedade em decidir qual erro do passado é tolerado ou não. Acredito que não existem pessoas perfeitas e que cancelar o autor por suas escolhas, perdemos nós. Na sociedade superficial que vivemos, observe que o apagamento também é seletivo e hipócrita.


Ladyce 09/01/2022minha estante
É isso. Obrigada pelos comentários.


Ladyce 09/01/2022minha estante
Agora vou procurar "os podres" de alguns outros autores que deram sumiço... vou ver o que acho. Beijinhos.


Maria Fernanda 21/07/2022minha estante
Talvez essa falta de menção se deva ao regionalismo, porque eu sou paraibana e aprendi sobre Rachel de Queiroz na escola junto de todos esses outros autores que você citou. Tenho irmãs mais novas e sempre vejo seus professores de português e de literatura passando trabalhos sobre ela, além de ser conteúdo de prova. Pra gente daqui, Rachel sempre é colocada entre os grandes.


Erick233 20/10/2023minha estante
Amo as obras de Rachel de Queiróz. Considero "O Quinze", o melhor dentre eles. Mas, do ponto de vista técnico, Machado de Assis ainda é insuperável. Depois dele, colocaria José de Alencar, e depois, Lima Barreto e Aluísio Azevedo, que na minha opinião, estes últimos, são dificeis classificar qual são melhores. Não é por serem homens, mas pela qualidade da escrita e a inteligencia da trama, que me parecem muito acima da média nacional.




Gabriel Brandenburg 17/12/2021

Dôra
Esses é um daqueles livros que nos deixa sem palavras quando termina de ler.
Queria ser amigo de Dôra, conversar ela.
Tenho certeza que vou pensar bastante nela.
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Rolinzinha 26/11/2021

É um texto bom demais!
Gente, não vou falar da trama. Vou apenas ressaltar a delícia que é ler Rachel de Queiroz. A escrita reproduz o sotaque e o léxico maravilhoso do Brasil em cada uma de suas regiões. É muito boa a literatura produzida pelo autor brasileiro? num tempo de tanta coisa publicada pós-tradução e com sotaque derivado do estrangeirismo, nada como esse livro pra estimular a fome de ler.
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Mr. Jonas 04/11/2021

Dôra, Doralina
Dôra, Doralina narra a história de Maria das Dores, viúva recente de um casamento de conveniência, que sai da sombra da mãe e de uma vida de submissão para viver em Fortaleza. Na capital do Ceará, Dôra torna-se atriz e passa a viajar pelo Brasil como integrante da trupe de uma Cia de teatro mambembe. Em determinada viagem conhece o Comandante, homem que desperta seu amor mais profundo e com quem se muda para Rio de Janeiro, abandonando o teatro. Após sua experiência com o amor que poucos têm coragem de viver, Dôra retorna para sua cidade natal, fechando o ciclo de vivências que a transformaram em outra mulher.
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Camila.Ramos 07/09/2021

Eu comecei a chorar na primeira página deste livro. Tem algo da minha alma nessa história ... me vi, me emocionei e amei. Perfeito! Um dos meus favoritos da vida
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AriAri0 13/08/2021

Dôra, Doralina!
Maria das Dores!
A protegida da Nossa Senhora das Dores... Dominada por Senhora...
Moça e Mulher, Nordestina e Ressentida...

O que sua vida bem representa é dor!
Daquela forma que traz inquietação, lembranças, maus sentimentos...

É uma grande história!
Tô bem arriada de ter me aventurado por essas páginas
Axé!
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Maria 15/07/2021

Inteiramente envolvente
Dora leva o leitor a reflexões profundas sem deixar o romance de lado, um livro para entender relações patriarcais ou melhor de mãe e filha, assim como o brasil rural e seu contraste com a cidade, a liberdade da mulher levando-nos do palco á uma paixão pelo comandante e por fim a volta as suas raízes e o cuidado com a terra aonde deu seus primeiros passos. Dora é uma bela personagem.
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