Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Ruan Ricardo Bernardo Teodoro 10/02/2023

Os contos desse livro são enigmáticos, especulativos e surpreendentes. Borges conta histórias inteligentes e que atiçam a imaginação, haha, eu mesmo fiquei perdido muitas vezes na Biblioteca infinita de Babel e nas dezenas de volumes da enciclopédia de Uqbar.
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Felipe Berlofa 09/02/2023

Uma viagem deslumbrantes pelos labirintos de Borges!
"Sentiu que, se ele, então, tivesse podido escolher ou sonhar sua morte, esta seria a morte que teria escolhido ou sonhado"
Nota: 4,5/5

Minha primeira experiência de leitura de Ficções é equivalente a um grande passeio em um labirinto. Borges pega em nossas mãos e nos conduz a contos que, a priori, parecem querer dizer uma coisa, quando na verdade, o que está por trás é tão revelador quanto!

A obra que aclamou o autor argentino ao redor do mundo é composta por dois livros de contos: "o jardim das veredas que se bifurcam" e "artifícios", ambos escritos na década de 1940. E o que mais impressiona é a maneira como todos os 16 contos presentes na obra se conectam. Essa conexão pode ser singela como uma única palavra presente em todos os contos, como pode ser presente em metalinguagens muito bem criadas para entendermos o que seus contos querem nos dizer. E se eu pudesse definir palavras-chave para definir a obra, elas seriam: assombroso, espelho e labirinto. De certa forma, todas essas palavras e seus significantes estão presentes na obra como um todo.

Assim, Borges é um mestre em criar histórias curtas e incisivas. Basta pouco para deixar nós leitores instigados e presos a suas histórias. E dentro desta perspetiva, Borges nos leva através de seu mundo, criando escritores, filósofos, livros, autores, labirintos, jardins e até universos inteiros para trazer temas como filosofia, misticismo, eternidade, tempo e até ingenuidade de seus leitores.

Seu universo particular não é uma leitura fácil. Em vários dos contos tive que ler com mais atenção, captar mais detalhes. Mas todo a paciência é recompensada com contos fantásticos, que valem a pena! Meu destaque vai para os contos "O Sul" (simplesmente se tornou meu conto favorito em relação a sua perfeição narrativa!); "Ruínas Circulares", "O milagre secreto" e "O jardim das veredas que se bifurcam". Mas facilmente todos os seus contos se destacam positivamente.

Ler Ficções é entrar em um quebra-cabeça, em uma jornada por um labirinto, em um confronto com nosso próprio duplo. Mas que ao se entregarmos as suas histórias, saímos recompensados com contos incríveis que dificilmente sairão tão cedo da mente de quem os lê.
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Paulo 21/01/2023

Borges desenvolveu a mitologia do mundo em um labirinto próprio, no qual ele terminou por se perder e se encontrar como artista.
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Marcus 19/01/2023

Labirintos, espelhos e ilusões
Queria escrever algo sobre esse livro desde que o terminei mas não sabia bem como por se tratar de um livro de contos, então não há uma única história pra falar sobre, mas um amontoado de narrativas curtas que formam essa coletânea chamada Ficções.

Ainda assim ? seja no meu conto favorito, "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius", sobre uma planeta que não existe criado por uma organização ficcional de um país possivelmente inventado, mas não tanto; ou em "O jardim das veredas que se bifurcam", que se disfarça num enredo policial mas envolve linhas do tempo paralelas ou o infinito; ou até em "Funes, o memorioso", que o autor descreve como só uma metáfora para a insônia ?, em qualquer uma dessas histórias há algo compartilhado que parece um enigma mas não é, porque Borges não escreve procurando resposta; todos eles são contos que se desenrolam e se revelam reflexos de um espelho refletido em outro, um labirinto que se bifurca no meio de mais um, as ilusões se misturando com a realidade por trás e, entre essa confusão do que é sonho e do que é sonhado, em que tudo parece eterno em si, todos parecem abraçar a realidade e seu absurdo. No final de cada conto, parece que a graça está na sensação de não saber mesmo de nada.
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Felip_ 17/01/2023

Radicalmente universal
Esse livro mudou a minha vida e o modo de pensar a literatura. Com grande conversa com tudo que veio antes, Borges nos apresenta essa coleção de contos como imbricações de outras ficções, uma ficção em aberto, em debate, como se realmente existisse. Borges se apresenta de forma universal, conversando com o mundo inteiro, mostrando que não há grandes mudanças fundamentais entre os povos quando se fala de imaginário. Radicalmente universal, mesmo sendo latino americano, a gente tão fadado ao regionalismo.
Os contos que mais me chamaram a atenção são os que tem formato de ensaio ou até mesmo de um artigo de coisas inexistentes, de livros que não existem, de autores inventados, realmente fantástico esse livro. Tudo, nem sei dizer qual é o meu favorito apenas dizer que eu adorei, LEIAM.
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Alan Furiati 15/01/2023

Borges perdido no labirinto de sua erudição, de um labirinto feito de solidão, conceitos, livros e ideias. Seus personagens se perdem também nesse labirinto, mas cada um tem seu próprio labirinto.
Dividido em duas parte, mas como em um espelho adulterado as duas partes se refletem, mas não perfeitamente.
A primeira mais complexa, Borges usa mais de simbologias e fala sobre o ciclo da existência.A segunda parte Borges busca falar sobre o burlesco da rotina do homem, da magia em seu dia a dia, do homem que anda carregando nas costas todo o seu passado.

El presente era casi intolerable de tan rico y tan nítido.
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Grasi 13/01/2023

Ah, Borges!
Contos magníficos, muitas frases marcadas neste livro.
Borges relata diversas histórias e algumas com plot twists impressionantes.
Amei, favoritado com certeza
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Lukas 10/01/2023

Ótimos Contos
É um livro de contos muito bem escrito. Eu gostei do tom de mistério que os primeiros carregaram, não vou negar que alguns dos contos não foram tão bons quanto os primeiros. Porém num geral a obra tem uma qualidade muito boa, até pela criatividade de alguns, que tem temas que eu pessoalmente única havia imaginado, como o que fala de Dom Quixote.
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Re Vitorino 30/12/2022

Um deleite
Ainda que curto, é um livro de longa leitura pois a cada conto é necessário contemplar o teto, digerir os detalhes e repetir o quanto Borges e genial. As histórias se amarram em si mesmas e algumas são tão bem construídas e imersivas que mais de uma vez quase abri o Google para obter alguma informação completar sobre uma cidade ou um povo mencionado de forma tão despretensiosa e crível que me fazia esquecer que lia "ficções".
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Eduardo Mendes 30/12/2022

Borges é mestre em criar histórias curtas
Para o centésimo texto da minha jornada literária escolhi o livro que mais me marcou neste último ano, Ficções do escritor argentino Jorge Luis Borges. E pra justificar a escolha, preciso citar minha relação com alguns dos autores lidos até aqui; Gabriel García Márquez, Dostoievski e Kafka foram meus preferidos.

Existe uma lenda que García Márquez ficou estupefato ao ler “A Metamorfose” de Kafka e comentou: “Então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?”. Minha sensação ao ler Ficções foi mais ou menos a mesma. Borges leva seus contos por caminhos inimagináveis, manipula a realidade, desafia o leitor com uma escrita difícil, irônica e labiríntica.

Borges é mestre em criar histórias curtas, ele não precisa de muito pra instigar o leitor. Seus contos parecem quebra-cabeças, com metáforas, duplicidades, e temas complexos como metafísica, filosofia, misticismo, a eternidade, o tempo. Ele cita escritores e filósofos, inventa autores e livros nunca escritos e cria um universo “borgiano” extremamente particular. Não é uma leitura fácil, precisei reler alguns contos para melhor compreensão, mas o esforço certamente vale a pena.

Meus contos favoritos foram: “Funes o Memorioso”, um personagem com uma memória praticamente infinita. Funes não esquece nada do que lê, nada do que ouve, nada do que vê, e isso lhe é um tormento sem fim. Em “As ruínas circulares” encontramos um personagem que decidiu sonhar um homem perfeito em todos os aspectos e depois trazê-lo ao mundo real. Doidera total.

“A Biblioteca de Babel” é outro conto extraordinário e repleto de metáforas em que o universo é equiparado a uma biblioteca. Os habitantes dessa biblioteca procuram, durante suas vidas, um significado para a existência da biblioteca, da ordem e do conteúdo dos livros. Angustiados por um ambiente injustificado, misterioso e confuso, o narrador afirma que alguns se suicidaram por não conseguirem encontrar significado nos livros da biblioteca.

Indico também os contos “Pierre Menart, autor do Quixote”, “O jardim das veredas que se bifurcam” e “Tema do traidor e do herói”. Fantástico!


site: https://jornadaliteraria.com.br/ficcoes/
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Cesar Garcia 29/12/2022

Magnífico
Os contos de Borges são magníficos. Exploram diversos temas, às vezes muito reais, outras vezes fantásticos, mas sempre com mistério e cheios de significados.
Uma escrita primorosa de um livro inesquecível desse grande autor.
Impecável.
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Laisinhaa_aa 24/12/2022

Ficções é bastante interessante. Um livro consideravelmente pequeno, composto por contos que te submergem na história, e apesar de a maioria ter cerca de 5 páginas, te leva á uma leitura complexa, marcada por reflexões e releituras constantes. Muito interessante a visão que Borges tem de que tudo no mundo é construído e cíclico.
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Max 13/11/2022

Uma luta!
Livro é momento. Essa máxima foi minha relação com esse livro. Não houve sintonia. Tinha acabado de ler "Antes do baile verde" da Lygia Fagundes Telles e impactado pela leitura do ótimo "Manual da faxineira" da Lucia Berlin, todos livros de contos, o Ficções me pareceu um livro datado, de outro tempo, há contos incríveis como "O milagre secreto", mas não foi suficiente prá me conquistar. Borges, juro, ainda vou te dar outra chance, por hora, usando do seu linguajar, estou atrabiliário, iracundo por ti...
Débora 13/11/2022minha estante
????...sério que essas palavras foram usadas por ele? Tive que recorrer ao dicionário...?


Max 13/11/2022minha estante
Débora, ele não chegou ao ponto de usá-las, mas foi quase! ?


Débora 13/11/2022minha estante
?????




Sr.Caiodonorte 12/11/2022

Memento, solum memento
As exíguas linhas a seguir possuem por objeto o conto "Funes, o memorioso".

O que poderíamos dizer sobre Funes?
Um rapaz pacato numa triste faina?
Um sujeito repleto de passado, que por isso perde o presente?
Sim, isto poderia ser dito a seu respeito; ele um Uruguaio comum que por uma desventura se descobre possuidor de um tipo de super-memória em suas palavras, "infalível", era capaz de lembrar de tudo, exatamente tudo, da hora exata até das folhas de uma árvore; poderíamos até dizer que é algo sumamente bom, será?
Imaginem, sermos capazes de declamar de cor todos os belos poemas que já lemos, todos os grandiloquentes textos que já nos aventuramos, oh como seria belo!
Mas Funes é só memória pura, irrefletida, isto não é conhecimento nem erudição é pura e simplesmente catalogação. "Tinha aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, contudo, que não fosse muito capaz de pensar".
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