Thai 27/01/2015
Já ficou com o choro preso por tanto tempo que chegou uma hora em que você não aguentou mais segurar? Pois então, chega a ser difícil falar desse livro.
Valerie e seu namorado Nick tinham algo em comum: uma lista. Mas não era uma simples lista, pois ali continha o nome de todas as pessoas que, de alguma forma, fizeram mal a eles. Até que um dia, cansado das gozações, Nick entra no colégio armado e atira contra os alunos na cantina.
"Meu Deus", pensei. "A Lista. Ele está pegando as pessoas que estavam na Lista Negra." Comecei a andar de novo, só que, daquela vez, era como se estivesse correndo na areia. Meus pés pareciam pesados e cansados; era como se alguém tivesse amarrado algo ao redor do meu peito que me impedia de respirar e, ao mesmo tempo, me puxava para trás.
Baleada acidentalmente por Nick enquanto tentava proteger sua inimiga, Valerie acorda no hospital já recebendo a notícia de que seu namorado tinha se matado durante o atentado. Ela sabe que dali em diante estará sozinha, pois todos a julgam culpada por ter contribuído com a Lista, até mesmo seus pais.
"– Algum dia você virá me perdoar? – disparei de volta, olhando-o diretamente nos olhos. – Não – Respondeu sem me olhar. – Talvez isso faça de mim um mau pai, mas não sei se consigo."
Meses depois do ocorrido, e ainda se recuperando, Valerie é obrigada encorajada pela sua mãe a voltar para a escola e daí em diante ela precisará ser muito forte para aguentar os olhares, comentários e acusações de todos a sua volta.
– Um é meu número favorito – sorriu Bea. – Em inglês, a palavra "um" tem o mesmo som do passado de "vencer" e podemos todos dizer que no final do dia vencemos de novo, não podemos? Em alguns dias, chegar ao fim do dia é uma grande vitória.
A partir daí a gente acompanha toda a pressão sobre a Valerie. Como ela lida com as acusações, afastamento de seus amigos e principalmente a falta de Nick, seu maior companheiro.
É lindo e emocionante, sem ser forçado. A autora consegue fazer você se sentir a própria Valerie, e sentir na pele toda a injustiça de ser acusada de algo que não fez.
site: curaleitura.blogspot.com