Victoria Regina 24/04/2014
A história é contada pela visão das mulheres que faziam parte da vida do lendário Rei Arthur. Em seu primeiro volume, vemos a história da mãe de Arthur, Igraine, assim como o surgimento de uma personagem muito importante a Morgana Le Fray, esta é quem narra a história em certas partes do livro. No início vemos os feitos de Viviane, a Senhora do Lago, irmã mais velha de Igraine e tia de Morgana, que começam a parecer neste volume. Ao longo dos livros nos deparamos com Morgause, irmã mais nova de Viviane e Igraine, e que adquire cada vez mais espaço na história. E Gwenhwyfar, que tem sua importância ampliada ao longo da história. Porém não é só a lenda do Rei Arthur que é contada, como também, o expansionismo do Cristianismo e seu conflito com os cultos pagãos, em uma Bretanha cheia de intrigas.
Não tenho palavras para dizer como esse livro mudou meu modo de ver as coisas. A Marion Zimmer conseguiu transmitir a história de um modo, que muitas vezes dava para se sentir dentro da própria Camelot de Arthur, vivendo entre todos aqueles personagens, e sentindo todos aqueles sentimentos tão conturbados. Vemos a Bretanha, e os conflitos com os Saxões que fazem com que os homens partam para a guerra e com isso tornando as mulheres responsáveis pela casa e pelos filhos. O conflito entre o paganismo e o cristianismo vai crescendo, e cada vez mais somos questionados sobre as ações dos personagens e sua "ideologia". Os próprios personagens questionam suas atitudes em certa parte da série, e começam a se perguntar se realmente valeu a pena todo o esforço que fizeram. Eu nunca fiquei tão irritada como uma personagem como fiquei com a Gwenhwyfar, tinha horas que dava vontade de sacudir aquela menina e mostrar para ela o quão tola era. Mais faria o mesmo com a Morgana, uma vez que esta muitas vezes se comportava do mesmo modo...
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