gou_roddy 21/03/2024
Duna é tudo, e além de tudo, é mais.
De primeira vista, é difícil imaginar alguém que comece a leitura de Duna de Frank Herbert sem ter ouvido falar de sua magnitude anteriormente, seja pela popularidade da obra no meio da leitura, ou pela adaptação ao cinema feita pelo cineasta Denis Villeneuve. Quem já leu, fala muito bem. Pontua como um clássico da ficção-científica, e instiga a curiosidade de quem nunca leu.
Quando folheia as primeiras páginas, surge o ar de curiosidade. Será que é tudo isso mesmo? Toda a aclamação é justificável? Só lendo para saber, mas posso dizer que, na minha experiência, Duna é tudo e um pouco mais do que parece.
Adotando uma linguagem peculiar, rica em detalhes e em sensações, Frank Herbert guia o leitor pela jornada de Paul Atreides nas dunas douradas de Arrakis, um planeta marcado por sua natureza desértica e seu curioso povo nativo. Todos os personagens que cruzam a caminho do jovem Paul, esbanjam vida e características próprias, marcando as páginas com uma presença que o leitor dificilmente irá esquecer.
A ambientação distópica, muito bem construída por Herbert em Arrakis, serve simultaneamente como plano de fundo e como personagem viva na história. Não se engane: Arrakis, ou Duna, é o personagem central da história tanto quanto Paul Atreides.
Duna é uma leitura que pode ser descrita ao mesmo tempo como complicada e prazerosa. Aos que querem se aventurar por esse universo, que inspirou muitos outros que surgiram posteriormente, estarão mergulhando em páginas que contém religião, política, ecologia, amor, ódio e humanidade.