Nós matamos o cão-tinhoso

Nós matamos o cão-tinhoso Luís Bernardo Honwana
Luís Bernardo Honwana
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Resenhas - Nós matamos o cão-tinhoso


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Isabel583 03/04/2024

Nós matamos o cão tinhoso
"O luar inundava a minha cama de amarelo e era agradável sentir a pele a arrepiar-se com a sua carícia fria. Incompreensivelmente veio-me aos sentidos a sensação morna do corpo de Sartina. Por momentos consegui reter a sua presença quase física, e desejei adormecer com ela para não sonhar com cobras e cães" achei tão poético o conto acabar assim.
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Laura 31/03/2024

11° de 2024 - Nós matamos o cão tinhoso!
Me surpreendi muito com essa obra, não imaginei que fosse gostar tanto de um livro que é leitura obrigatória nos vestibulares, mas a visão que esse livro me fez ter sobre Moçambique e outros países menos populares foi imensa.
Confesso que tive que ler interpretações de intelectuais para entender um pouco mais sobre o que a obra queria denunciar e as metáforas usadas para explanar a guerra em Moçambique.
São contos muito fáceis de ler (óbvio que tem um vocabulário com palavras que não conhecia, mas era uma questão de palavras, sabe? A frase é perfeitamente simples de ler), me encantei com o conto principal, do cão tinhoso e com o da cobra, esse livro nos ensina muitas lições e nos faz refletir sobre a falta de importância que damos a culturas que não são nossas, chega até ser xenofóbico essa falta de reconhecimento que algumas obras têm.
O autor também tem uma história de vida surpreendente, sendo preso após a publicação do livro, e se tornando atualmente um homem com cargo importante (ministro cultural acho).
Enfim, reforçando o que foi dito, é muito melhor ler tendo como base algum resumo de algum professor explicando o contexto que estava Moçambique em 1964, para assim entender a época em que o livro foi escrito e o contexto em que Luis Bernardo escreveu.
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Euuu 29/03/2024

Bom
Eu gostei dos contos e como a crítica em cada um deles foi trabalhada.
Apesar de ser uma linguagem bem antiga deu para entender e o fato de ter o significado das palavras ajuda bastante.
Recomendo muito, é rápido e gostoso de ler.
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ray :) 19/03/2024

Pesado
é uma obra diferente e realmente muito marcante. tem uma personalidade bem forte e é inconfundível.

o livro, de 1964, retrata, por meio de contos, a realidade de moçambique nessa época colonialista.

crianças, vários idiomas, adultos pobres, manchambas, exploração laboral, abandono familiar, porte de armas, abuso sexual... todos esses temas são abordados na obra. é para refletir e chorar também

gostei!
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Geek 12/03/2024

Vocabulário "forte"
Além da narrativa ser bem conduzida, o livro traz críticas pertinentes sobre o sacrifício de cães, a precariedade do sistema educacional, e por meio das crianças, faz uma crítica direta à ditadura de Moçambique. O personagem principal não ter nome mostra essa falta de identidade do povo, que é forçado por aqueles ao seu redor a portar uma arma e executar tarefas de fúria.

O cão tinhoso é assim como o personagem principal, a representação da população calejada, que fede, passa fome, e é retirada de estabelecimentos por sua condição precária, que só existe por causa do governo deteriorado do país. Mas no fim, ninguém procura ajuda, ninguem resolve a situação de fato. O cão sempre deve ser abatido, não importa o quão "tinhoso" ele já esteja.
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Sosso 09/03/2024

Nós matamos o cão tinhoso
Lendo para literatura,,difícil a leitura mas vale a pena, é extraordinário agonizante ler a cena de matar o cão, fiquei incomodada pois acabo associando a imagem de um cão de verdade
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Déb 09/03/2024

Um livro cheio de significado.
Em "Nós matamos o cão tinhoso", vemos o uso da personificação. O cachorro como uma figura excluída socialmente, assim como a garota Isaura. Além da discriminação racial evidente no texto.
De acordo com outras interpretações, o Cão-Tinhoso representa o sistema colonial decadente, em via de ser destruído, e o prelúdio de uma nova sociedade purificada, sem discriminação de qualquer tipo.
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literatilover 04/03/2024

"mesmo o mais pobre tem de ter qualquer coisa... mesmo que seja só uma esperança!... mesmo que ela seja falsa!"
Um livro carregado de analogias para representar a estrutura neocolonial, em uma edição que não falha em prestigiar a obra merecedora de tantos prêmios.

Dentre todos os contos, aqueles narrados pela perspectiva das crianças são os mais destacados pra mim, por mostrarem as consequências de uma exposição severa a extrema violência: (uma delas sendo) a perda da sensibilidade. Não necessariamente a perda, mas como esse sentimento fica encoberto debaixo de várias camadas de trauma e compreensões distorcidas das relações interpessoais.

Dina foi um dos contos que mais me tocou, tanto pela minha vulnerabilidade pessoal por idosos na ficção, quanto pelo tema abordado de trabalho sexual forçado gerado pela desigualdade social. A forma que o conto aborda várias problemáticas diferentes em uma só situação, não deixando de ser claro na mensagem e com uma liricidade linda é a sua ressalva.

"O Cão Tinhoso tinha uns olhos azuis que não tinham brilho nenhum mas eram enormes e estavam sempre cheios de lágrimas, que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim tão grandes, a olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer."
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Catharine.Nabuco 03/03/2024

Bem, é um livro quem aborda como as pessoas eram oprimidas no período colonial. O domínio da classe branca sobre os negros. É revoltante como os contos você acaba sentindo como é ficar sem saída e pior, ver crianças tentando entender o que está acontecendo e simplesmente se chocando um poço sem fundo.

A obra é bem escrita e consegue passar essa ideia perfeitamente apesar de eu não estar acostumada.

Fuvest que me aguarde??
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grazyy 02/03/2024

Forte e necessita de calma para absorver...
Mais uma das minhas leituras obrigatórias para a FUVEST 2025. E consegui enxergar muita riqueza nas analogias! Principalmente em Nós matamos o cão tinhoso, Diná e As Mãos dos Pretos. Confesso que as outras histórias não consegui entender muito bem e não me prenderam para continuar a leitura (mas nada que uma análise mais aprofundada não resolva). Os dialetos específicos usados as vezes me deixavam confusa. Além disso, é fascinante o modo que retrata o colonialismo sofrido.
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Mari 28/02/2024

Nós matamos o cão tinhoso
Aí como odeio livro de vestibular, me tira toda a minha vontade de ler. Como eu falhei muito em terminar de ler esse a tempo pra prova, resolvi terminar agora por puro peso na consciência e lógico que por abordar temas importantes e complexos a leitura fica um pouco pesada.
Mas dina e as mãos dos pretos são caso a parte, eles são fáceis de entender e te proporcionar um belo chute no estômago ?
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booksdalaus 28/02/2024

Nós matamos o Cão Tinhoso!
O livro de contos Nós matamos o Cão Tinhoso!, de Luís Bernardo Honwana, é um marco da literatura africana. Obra polêmica, publicada em Moçambique em 1964, foi criticada por aqueles que defendiam o colonialismo português, e aclamada pelos que defendiam a liberdade e a autonomia do país.

O volume é composto por sete contos que expressam de forma emocionante a realidade sufocante dos trabalhadores moçambicanos durante a colonização portuguesa. O leitor vai conhecer contos sublimes que dão destaque às experiências dos oprimidos como as crianças e os trabalhadores negros na era colonial.

Nós matamos o Cão Tinhoso! foi publicado em alemão, espanhol, francês, inglês e sueco, além das várias edições em Português em Moçambique e Portugal. No Brasil, teve uma única edição em 1980. A obra recebeu prêmios em Moçambique e na África do Sul, e foi classificada entre os ?100 melhores livros africanos do século XX?, pela ASC Library, da Universiteit Leiden, na Holanda.
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jao 27/02/2024

Por mais que apenas alguns contos realmente me interessaram, é um livro com ótimas metáforas, além de ser um prato cheio de repertório pra redação
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Rafaela1996 26/02/2024

Se todos os da lista de leitura da Fuvest forem bons assim..
Eu amei esse livro. Todos os contos tinham alguma coisa tocante, que me fez refletir. Ainda mais sabendo o contexto em que o livro foi escrito. Era um conto mais profundo que o outro e, mesmo com a dificuldade da barreira linguística, a leitura conseguiu ser muito fluida e interessante. Claro, tive meus favoritos. Inclusive, meu ranking dos contos ficou assim:
1° Dina
2° Nós matamos o Cão Tinhoso
3° As mãos dos pretos
4° A velhota
5° Rosita, até morrer
6° Papá, cobra e eu
7° Inventário de imóveis e jacentes
8° Nhinguitimo
Se eu reler algum dia, o ranking provavelmente vai mudar, já que gostei de todas as histórias.
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