O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Carla Verçoza 14/12/2020

Livraço!
Que leitura incrível, a inteligência do autor, sagacidade.. todos os elementos do livro são bons, história, enredo, personagens, suspense, humor, discussões teológicas e filosóficas, o desfecho. O pós-escrito também é uma aula! Obra-prima.

"A juventude já nada mais quer aprender, a ciência está em decadência, o mundo inteiro caminha de cabeça para baixo, cegos, conduzem outros cegos e os fazem precipitar-se nos abismos, os pássaros se lançam antes de alçar voo, o asno toca lira, os bois dançam, Maria já não ama a vida contemplativa e Marta já não ama a vida ativa. (...). Tudo está desviado do próprio caminho." (pág. 47)

"Pois a arquitetura é dentre todas as artes a que mais ousadamente busca reproduzir em seu ritmo a ordem do universo, que os antigos chamavam de cosmos, isto é, ornato, porquanto é como um grande animal sobre o qual refulgem a perfeição e a proporção de todos os seus membros." (pág. 59)

"– (...) Não adianta – acrescentou –, já não temos a sabedoria dos antigos, acabou-se a época dos gigantes!
– Somo anões – admitiu Guilherme –, mas anões que estão nos ombros daqueles gigantes, e em nossa pequenez conseguimos enxergar mais do que eles no horizonte." (pág. 121)

"Os livros não são feitos para acreditarmos neles, mas para serem submetidos a investigações. Diante de um livro, não devemos nos perguntar o que diz, mas o que quer dizer (...)." (pág. 353)

'Um escritor não deve oferecer interpretações de sua própria obra, caso contrário não teria escrito um romance, que é uma máquina de gerar interpretações.' (pág. .544, Pós-Escrito)

"Não há maior consolo para um autor de romances do que descobrir leituras em que ele não pensava e que os leitores lhe sugerem." (pág. 545, Pós-Escrito)

"Mas os longos trechos didáticos também tinham de ser introduzidos por outra razão. Após lerem o manuscrito, os amigos da editora sugeriram-me encurtar as primeiras cem páginas, que eles consideravam por demais árduas e cansativas. Não tive dúvidas, recusei porque – afirmava – quem quisesse entrar na abadia e lá viver sete dias tinha de aceitar o ritmo dela. Caso não conseguisse, jamais conseguiria ler o livro inteiro. Logo, era função penitencial, iniciatória, das primeiras cem páginas, e quem não gostasse, azar, ficaria nas encostas a colina." (pág. 559, Pós-Escrito)
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Jojo 28/11/2021

Leitura trabalhosa
Há uns anos atrás tentei ler O Nome da Rosa, contudo, não passei das 50 primeiras páginas. São vários fatores intimidadores: os trechos em latim, cuja tradução não está no livro e o próprio leitor deve correr atrás; os conceitos e personagens cristãos, que para mim são desconhecidos, pois não sou religiosa; e o próprio contexto histórico sobre o qual sabia muito pouco.
Este ano, no entanto, decidi que iria lê-lo por completo. Para compreender o contexto e ficar imersa na história, foi fundamental pesquisar e aprender sobre esse período histórico (ano 1327), sobre a ordem franciscana e o sobre as discussões teológicas da época. Foi uma leitura bastante trabalhosa, mas muito recompensadora. Depois das 100 primeiras páginas, percebi que estava totalmente engajada e curiosa para desvendar o mistério na abadia.
O livro intercala a investigação de assassinatos com discussões filosóficas, dois assuntos que, num primeiro momento, não pareciam estar relacionados. Apesar de pausar a investigação (que sempre me deixava mais ansiosa para saber o seu desenrolar), as discussões são muito interessantes. Dentre elas, temos a questão do riso e o qual o seu valor para o homem (Jesus nunca riu?), a questão da pobreza (Jesus vivia na pobreza e assim devem viver seus fiéis?) e a questão do conhecimento como ferramenta para o empoderamento (o saber deve ser divulgado para todos ou deve ser um segredo reservado para poucos?).
Enfim, O Nome da Rosa foi uma leitura desafiadora para mim, mas foi, com certeza, um dos melhores livros que já li.
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Felipe.Goncalves 02/11/2021

Senhor... Que leitura complexa '-'
Acabei de ler esse livro e confesso... Terei que ler de novo kkkkk'
foi a leitura mais densa e complexa que já li, foi uma das melhora experiencias que já tive com esse tipo de narrativa, com textos em latins, em outras linguas todas agregadas no decorrer da historia, é aquele tipo de livro que você vai precisar ler com muuuuita calma pra entender toda a semiotica que o autor quis trazer com essa obra.
No geral amei esse livro ??
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Mauricio109 17/05/2021

Quanto mais alta a arrogância, maior a queda.
Leitura um pouco difícil no começo, principalmente por ter trechos em latim sem nenhuma tradução, mas também pelo palavreado dessa edição (não raramente recorri a um dicionário). Talvez edições mais recentes tenham uma linguagem mais acessível.

No geral, gostei muito da obra. Me perdi em algumas partes por conta da quantidade de personagens muitas vezes não tão diferenciados, o que resultava em eu confudir um personagem com o outro.

Gostei bastante do final, apesar do gosto amargo que deixa. Toda a conclusão em relação ao mistério foi muito boa e coerente com o que o livro nos apresenta desde o início.

"O riso libera o aldeão do medo do diabo, porque na festa dos tolos também o diabo aparece pobre e tolo, portanto controlável. [...] Mas a lei é imposta pelo medo, cujo nome verdadeiro é temor a Deus".
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adjalina.menezes 30/11/2022

Uma verdadeira obra de arte
Um romance policial com todos elementos que um grande livro exige: história, cultura, filosofia, um pouco de romance, momentos cômicos, enfim vale muito a pena enfrentar esse calhamaço.
O único "ponto negativo" pode ser o uso de expressões em latim, apesar de eu ter alguma familiaridade com termos em latim isso travou a leitura porque eu ia pesquisar no google, seria bom investir numa edição que já tenha as expressões traduzidas. A minha edição infelizmente é de bolso, e no final fiquei com páginas soltas nas mãos.
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Conça 28/03/2020

Minhas impressões, opniões e sentimentos
5 estrelas!!!!!!!
Um livro profundo, polêmico, histórico e surpreendente!

Descobri o livro através de um grupo de leitura coletiva e fiquei encantada com a edição da editora Record, capa deslumbrante e o melhor de tudo, um livro completo desde nota da revisão até o pós escrito a ?O nome da Rosa?. Inclusive título que chamou bastante minha atenção.

Primeiro livro que li de Umberto Eco, que além de escritor, é também filósofo e linguista e possui diversas obras consagradas na área de semiótica, comunicação de massa e estética medieval. (Quero poder ler outras obras desse escritor extraordinário).

O livro incialmente define como um romance policial e me causou uma primeira impressão de profunda incerteza se seria da minha capacidade de conhecimento acompanhar esse leitura. Assim, resolvi ser desafiada.

O enredo de O Nome da Rosa se passa em uma época medieval, mais precisamente dentro de um monastério, que eram muitos durante este tempo e estavam espalhados por toda a Europa. O autor é bastante detalhista, e nos apresenta com detalhes a região onde está o monastério e como ele se parece.
Porém, algo de estranho está acontecendo neste lugar e abalando a calma e a tranquilidade que sempre estiveram presentes. Ainda nos primeiros momentos do livro descobrimos que uma série de crimes vem assustando quem vive por ali. Logo em seguida, sabemos também que um frade franciscano, juntamente com seu fiel discípulo, resolve investigar.

Quem vai nos conduzindo na narrativa é Adson, o fiel discípulo de Frei Guilherme. Durante toda a leitura fui sendo conduzida de forma bem aprofundada os mistérios entorno da religião e da política na disputa do poder. A religião andando em mão contrária, negava e obstruía a sociedade o direito ao conhecimento e evolução da humanidade, punindo severamente aqueles que buscavam a sua verdade até entre o bem e o mal.

Os personagens bem evoluídos e construídos vão dando a grandeza da obra de forma minuciosa, dando pistas de ensinamentos e passagens dignas de questionamentos. O que mais me impressionou foram as discussões filosóficas e o deslindar do poder da sapiência, deixando muitas vezes de lado o mistério que envolvia o romance e mais ainda quando somos surpreendidos com as revelações finais.

O resultado dessa leitura confirma minha opinião formada quanto a esses dois assuntos: religião e política, assuntos que motiva muitos embates e desordens na nossa sociedade em tempos atuais.
O maior sentimento que tenho dessa obra é de amor ao conhecimento, que eu nunca me sinta saciada de buscar cada vez mais e sempre.

Recomendo a obra para todos leitores em geral, especialmente e principalmente para pessoas com culturas religiosas que precisam sair de dentro dessa muralhas em busca de mais esclarecimento para entender e compreender fora da caixinha o que é verdade e mentira.
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Vanessa.Benko 03/03/2020

Sobre imagens e significados
Li este livro para um trabalho de faculdade e ficou difícil fazer uma resenha "resumida" dele... mas vamos lá!

Mesmo que haja pontos em comum com outros leitores, cada pessoa tem um sentimento perante a “imagem” que o livro adquiriu para si. Para mim, realmente o termo imagem é o adequado neste caso, pois pode ser definida como “uma seleção da realidade associada à uma seleção de elementos representativos e uma estruturação interna que organiza os referidos elementos. Assim, cada indivíduo cria uma estrutura da imagem de acordo com aquilo que sente, que imagina. Estas imagens também podem mudar de acordo com o tempo, com nossas reflexões, debates e até mesmo de acordo com nosso humor.
Toda leitura é suscetível de possuir as diversas imagens de acordo com as interpretações do leitor; até mesmo leituras diferentes do que o autor objetiva criar. Mas no caso desta obra, conforme nos envolvemos na leitura, nas descrições, nas curiosidades, percebemos a construção de um verdadeiro labirinto, fazendo com que o leitor prenda o máximo sua atenção nos fatos ocorridos, nos símbolos. No meio de tantas verdades a serem desvendadas, portanto, o que percebemos da imagem que o autor cria da biblioteca, descrita como o verdadeiro labirinto? Ou ainda mais, qual o significado do acesso ao acervo ser proibido? A biblioteca é descrita como um labirinto inacessível, no qual apenas o bibliotecário e seu assistente tinham acesso. Sua arquitetura dificultava a localização dos volumes, possuindo salas e estantes distribuídas aparentemente sem lógica. Era uma maneira nunca vista antes de se organizar os livros, tornando-se uma forma mais forte de proibir o acesso de outros monges. Então, além de ser proibido adentrar na biblioteca, sua organização era confusa a ponto de alguém até mesmo se perder lá dentro, caso ousasse entrar. Não era possível encontrar rapidamente algum livro que estava procurando, mesmo esta biblioteca contendo um dos maiores acervos da época.
Está presente aqui o conceito de silenciamento, como uma idéia de censura de certos sentidos. Há coisas não devem ser ditas, escritas ou lidas por determinadas pessoas. A curiosidade é tida como algo insensato e um erro, que poderia significar, após a interpretação de textos, um questionamento das doutrinas da Igreja. Na época na qual se passa a historia, havia expressa vontade da Igreja em esconder certas verdades dos ditos ‘leigos’, de forma a garantir sua superioridade e vontade. Houve a instauração da Inquisição, para punir os hereges que foram contra a Igreja, já que esta não aceitava que pessoas comuns atribuíssem significados diferentes aos seus sobre os fundamentos do catolicismo e da Bíblia. A leitura de livros tidos como ‘pagãos’ poderia disseminar idéias contrarias às pregadas pela Igreja e poderia suscitar dúvidas sobre seus meios e fins. Esta imagem da Igreja não é diretamente contestada, mas significa através de fatos; além dos livros estarem proibidos, ainda há outros fatos, como a o julgamento errôneo feito pela Inquisição.
Outro aspecto relevante sobre a produção do texto e imagem, Adso cria a narração de forma bem interativa, como se até mesmo tivesse algum relacionamento com o leitor. Expõe suas idéias, ironiza e até pressupõe o que o leitor entende dos fatos (ou pelo menos o que o leitor deveria entender), como percebemos neste trecho: “Embora o meu mestre dissesse estas coisas com tom quase distraído, o meu leitor terá compreendido como aquelas palavras perturbavam o pobre despenseiro” (ECO, pág. 220). Ou ainda, demonstra vagamente o que acontecerá nas próximas paginas, e de que forma o leitor deve “ler” os acontecimentos e expressões: “Quem ele foi e o que fazia, meu bom leitor, poderás talvez deduzi-lo melhor das ações que operou nos dias que passamos na abadia. Não te prometi um desenho completo, mas sim um elenco de fatos (isso sim admiráveis e terríveis)” (ECO, pág. 12).
Para mim particularmente, a melhor descrição de Guilherme encontra-se nesta passagem, logo no começo do livro: “Assim era o meu mestre. Não só sabia ler no grande livro da natureza, mas também do modo como os monges liam os livros da Escritura e pensavam através deles” (ECO, pág. 16). Acredito que podemos acrescentar muito ao nosso conhecimento próprio se conseguirmos ler da forma que outros lêem. Podemos pensar da seguinte forma: quando estamos angustiados com algo, certamente é um alivio quando alguém conversa conosco e entende perfeitamente a forma como nos sentimos a até dizem as exatas palavras que queremos ouvir. Mas será que pensamos no quão maravilhoso pode ser quando nos colocamos no lugar da pessoa que ‘decifra’ e entende outrem? Ou pensamos no quanto nosso conhecimento cresce a medida que aprendemos com as imagens de outros? Signos, sinais... imagens. Como disse Guilherme: “Nunca duvidei da verdade dos signos, Adso, são a única coisa de que o homem dispõe para se orientar no mundo” (ECO, pág. 400).
leticiaagostinho 04/03/2020minha estante
Esse livro foi indicação de faculdade mas não senti vontade de ler até ver sua resenha!


Vanessa.Benko 04/03/2020minha estante
Fico extremamente contente que te motivei! Depois que você ler, te mostro meu artigo inteiro sobre ele!




Eliza.Beth 13/04/2024

Não na agitação, o Senhor não está na agitação.
Apesar de não ter uma religião, histórias que envolvem o místico, a Bíblia e seus personagens, Deus e suas regras, normalmente são histórias que chamam muito a minha atenção.
Com esse livro não foi diferente. Fui fisgada no prólogo: ?No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio em Deus, e o dever do monge fiel seria repetir a cada dia com salmodiante humildade o único evento imodificável cuja incontrovertível verdade pode ser asseverada. [?] precisamos soletrar seus símbolos verazes, mesmo quando nos parecem obscuros e como que entremeados por uma vontade totalmente voltada para o mal.?

Não tinha como né, amigos?

Gostei do ritmo da história, meio policial, religiosa, política. Adorei a forma como o livro é dividido em 7 dias, e os dias divididos em horários. Amei Guilherme e Adso, os dois monges que estamos mais próximos ao longo do livro. Eles são bem construídos, engraçados e imperfeitos. Meu tipo de personagem preferido.

Gostei muito de uma frase do livro na qual vejo uma espécie de resumo da obra e também um alerta sobre acontecimentos passados e que o mundo parece ainda não ter aprendido: ?O anticristo pode nascer da própria piedade, do excessivo amor a Deus ou à verdade, assim como o herege nasce do santo, e o endemoninhado, do vidente. Teme os profetas e os que estão dispostos a morrer pela verdade, pois costumam levar consigo à morte muitíssima gente, frequentemente antes deles mesmos e as vezes em seu lugar.? (531-532)


Por fim, ?É difícil aceitar a ideia de que não pode haver ordem no universo? a liberdade de Deus é nossa condenação.?

De fazer você bater a cabeça na parede várias vezes e questionar o mundo. Amei muito.
Alan kleber 15/04/2024minha estante
Muito bom.
Fiquei curioso.


Eliza.Beth 17/04/2024minha estante
Alan, recomendo muito a leitura. É um livro sensacional.




nath191 25/03/2021

O poder das palavras
A leitura é beeeem complicada, claro, mas faz parte da incrível construção do contexto histórico da obra. A história é muito envolvente, as discussões muito interessantes.
Todo o enredo se dá entorno de uma discussão acerca do acesso a uma das maiores bibliotecas da cristandade. Todo frade católico poderia ter acesso aos livros? Se sim, quais livros poderia ser estudados?
Aristoteles, pelo visto nunca deveria ser lido kkjkkk
Enfim, muito bom, demorei 2 meses pra ler mas valeu cada dia.
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Gabriella.Pereira1995 02/03/2022

Pouco acessível ao público geral
Não estava aguentando mais esse livro. Demorei muito para terminar a leitura e foi muito denso e arrastado. Entre os diálogos e filosofias desgastantes e o latim, consegui tirar algum proveito da história.

Tentei começar a leitura de mente aberta mesmo não gostando da premissa do livro e da ambientação da história (não entendo e não me identifico com o catolicismo). Mas não posso negar que tiveram muitas coisas que gostei e aprendi muito sobre esse período histórico tentando entender a narrativa do autor. Sobre o autor, a propósito, fiquei com muita raiva. Ele tem muitos devaneios e suas escolhas (como o próprio uso do latim) tornaram o livro uma obra pouco acessível para o público geral.

Ao menos que você busque um livro para te ajudar a dormir ou goste muito de filosofia e desse período histórico, o filme vale mais a pena do a leitura (apesar de as coisas serem um pouco diferentes).
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@medusarm 03/11/2020

Essencial esta leitura!
"Somente nós, monges daquela época, conhecemos a verdade. Só que, ao dizê-la, somos às vezes levados à fogueira."

Uma trama que te leva a pensar sobre o modo de vida da época, as descobertas, a ciência, a importância do acesso ao conhecimento, seu método restrito - e o seu veneno, pela ganância. Também nos faz questionar sobre as barbáries ocorridas durante estes 7 dias. Todos deveriam ler!
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Ana 03/01/2022

Os sete dias mais longos da minha vida
Toda a história do livro se passa num intervalo de sete dias, que foram os mais longos da minha vida.
O livro não é um suspense e sim uma verborragia sobre filosofia e política religiosa dos tempos medievais com um suspense como pano de fundo. Sim, você lerá muito mais (MAS MUITO MAIS MESMO) sobre questões filosóficas e disputas entre o Papa e o imperador do que sobre os assassinatos que acontecem.
Foi difícil, foi dolorido, foi quase insuportável, mas consegui terminar esse livro para poder dizer que odiei com todas as minhas forças. Simplesmente odeio autores que gostam de esfregar todo o seu conhecimento na cara dos leitores de forma a tornar a leitura o menos acessível possível. São autores como Umberto Eco que contribuem para a literatura ser tão pouco popular e para milhares acharem que é costume somente de intelectuais (sério, qual o propósito de escrever intermináveis trechos em latim sem tradução?). São pouquíssimas as pessoas capazes de entender toda a intrincada questão política com que o autor faz questão de preencher intermináveis páginas (provavelmente só os que, como ele, são estudiosos da época).
É um livro que não deveria ser comercializado como ficção. Achei muito lamentável a execução, porque o plot é até interessante. Mas não vale a pena ler o livro para isso, veja o filme e se poupe de ler o quanto o Umberto Eco se acha o máximo.
Ana 05/02/2022minha estante
To tentando!! Leio e leio e não saio dos 15%... hahahaha




Marcos5813 11/12/2020

O pecado das virtudes
"O Nome da Rosa" é um compêndio da sabedoria dos povos e dos doutos de seu tempo, a Idade Média. Obra literária magnífica com diálogos dos mais nobres da ficção literária e uma retrato vivo da Era Medieval. O título é bem sugestivo, como a primeira e ultima vez à proferir e perguntar seu nome sem o saber. Dos acasos e infortúnios de uma vida de passagem, e como fim, a confissão. O pecado das virtudes ainda é mais tenebroso, a imagem fiel do Anticristo, simulacro da verdade. Imperdível leitura.
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Andreia 02/10/2020

Num mosteiro italiano um frei franciscano inglês e seu discípulo investigam mortes misteriosas. Os crimes estão interligados por um segredo que gira em torno da grande biblioteca do mosteiro, cujo acesso é proibido à maioria dos monges.
Como pano de fundo existe a disputa de poder entre a igreja e o império na Idade Média, que está representada no encontro que será mediado no mosteiro entre representantes do Papa e os freis franciscanos e pelo tribunal inquisitorial que se instalou devido aos acontecimentos heréticos que sucederam no mosteiro.
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@Estantedelivrosdamylla 03/08/2020

Um livro desafiador
Uma experiência diferente de muitas. Este livro, assim como diz título da minha resenha, foi um tanto desafiador. Muito além de um romance investigativo, traz uma carga gigantesca de conhecimento histórico, filosofia, e línguas. É incrível todo o estudo que Umberto eco fez para alcançar tão sublime conhecimento acerca da idade média, da inquisição, das brigas por poder, das ordens religiosas, enfim, tudo que ele trouxe no livro.

Durante a leitura vivi vários momentos, entre eles os de tédio, excitação, curiosidade, além daqueles que me fizeram pesquisar algumas palavras no dicionário. Enfim, não foi uma leitura 100% instigante, nem por outro lado chata, foi desafiadora. Realmente é um livro que a gente colhe muito no ato da leitura, e com certeza me fez mais conhecedora de alguns pontos abordados.
A relação entre o personagem narrador e seu mestre é muito bem abordada, além da genialidade deste último que tantas vezes me surpreendeu.

Gostei muito, apesar da edição, tendo em vista que: a edição não ter notas de rodapé e eu ter que ir ao índice no final do volume para procurar as palavras em latim, o que fez eu quebrar a leitura inúmeras vezes; além de ser vazio de informações extras por parte do tradutor. E por fim, por ser uma edição de luxo e não ter nem uma fita para marcar a página.

É isso, super recomendo todos a encararem uma obra tão bem feita e rica.
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