O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Tatiane 10/12/2021

Nossa! Uma trama instigante de investigação de crimes na qual o detetive é um frade franciscano, ex-inquisidor, e seu aprendiz, Adso, quase o Watson do Sherlock Holmes.

Para quem julga romance policial gênero inferior, ler "O nome da rosa" vai mudar a visão.

"Meu romance tinha outro título quando estava sendo elaborado, que era "A abadia do crime". Deixei-o de lado pelo fato de que fixava a atenção do leitor apenas na trama policial e podia induzir ilicitamente compradores azarados à cata de histórias de ação a se atirarem sobre um livro que os decepcionaria." (Umberto Eco, p. 545)

Obra para os fortes!

A leitura é deliciosa, mas exige perseverança visto que as reflexões filosóficas são cheias de silogismos e alusões a obras antigas e repertório cristão. Mas vale investir na leitura!

Esta edição de luxo traz, ao final, tradução de boa parte das citações em latim. Vale a pena!
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Haryadne.Moreto 29/02/2020

Bom mas cansativo
Sabe aquele livro que todos falam muito bem e você acabe lendo? Pois é, foi assim que peguei esse livro para ler. Ele é muito cansativo em muitos momentos, principalmente no começo, depois melhora. O livro trata sobre alguns crimes que começam a acontecer em uma abadia, com as investigações acontecem os relatos sobre as ordens eclesiásticas, o poder da igreja, da monarquia, o que deixa o livro cansativo, mas ao mesmo tempo bom.
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Jim do Pango 26/12/2011

Sete dias na abadia
Quando alguém se determina a ler O Nome da Rosa também está decidindo adentrar na santíssima abadia que o bom Adso considerou piedoso não revelar o nome.

Todavia, apenas é dado sair desse imponente reduto beneditino, encravado nas montanhas da região setentrional da Itália, àquele que ali permanece por sete dias, orientado pelas horas canônicas, o “divinum officium” fixadas na regra pelo próprio santo fundador da Ordem.

É bom que se diga que a expressão “viver sete dias na abadia” é utilizada pelo próprio autor no complemento indispensável “Pós-Escrito a O Nome da Rosa”, obra em que Umberto Eco sustenta que a premissa inafastável para se chegar ao sétimo dia é aceitar o ritmo da abadia.

Segundo ele, as cem primeiras páginas do livro revelam tal e tão didático tom que foram mantidas, ignorando sugestão em contrário do primeiro editor, para testar e penitenciar o incauto leitor. Penitenziagite! Sim é preciso pagar tal tributo para ultrapassar a estrada sinuosa e escarpada que leva à abadia. Do contrário, permanece-se abandonado nas encostas, do lado de fora das muralhas e ignorante acerca de uma obra sem paralelos.

Mas o que Umberto Eco trata por penitência é, em verdade, um prêmio saboroso para um diletante da história como eu, para quem essa introdução minuciosa e esclarecedora acerca eventos então correntes na Europa por volta do ano do Senhor de 1327 soam como música. Ali o narrador Adso de Melk dá conta das atribulações da cristandade, das disputas políticas e religiosas entre os Estados e a Igreja, dos intensos debates travados por franciscanos e beneditinos acerca da pobreza de Cristo e das consequências que poderiam advir da prevalência da tese destes ou daqueles. E se essa penitência, conforme dito, é o próprio prêmio, nada se pode dizer do que se encontra adiante, nas demais 460 páginas, senão que elas se revelam a melhor e mais profícua das recompensas. Um raro deleite, naturalmente.

O livro, entretanto, é quase hermético. Suas alusões a textos muito antigos, as citações ocultas de obras medievais – que o autor explica existirem no aludido Pós-Escrito – e os longos trechos em latim desacompanhados de tradução o tornam praticamente indecifrável. Talvez, um livro assim fosse apetecer somente o publico especializado e devidamente versado nos alfarrábios da tradição, mas nem o seu elevado grau de erudição o impediu de se tornar um fenômeno literário mundial. O Nome da Rosa atingiu o grande público em diversos países o que fez surgir teses acerca dessa surpreendente aceitação.

Imagino o livro – e certamente não fui o primeiro - como uma cebola em que cada incursão é possível retirar uma camada.

A primeira dessas camadas é a mais evidente e diz respeito aos terríveis crimes que presenciamos no interior daqueles muros ancestrais: monges caem como moscas, a trama policial em si é riquíssima e sempre surpreende; o criminoso, um assassino em série que parece brincar com as previsões do Apocalipse; e os crimes brutais se relacionam a um certo livro misterioso.

O detetive, Frei Guilherme de Baskerville, um homem a frente de seu tempo, amigo de Guilherme de Ockham, discípulo de Roger Bacon, franciscano que deixou as fileiras da Inquisição. O irmão Guilherme, a quem rapidamente nos afeiçoamos, é um doutíssimo frade minorita, um homem da ciência, amante dos livros e dono de um orgulho intelectual que chega as raias do pecado.

Guilherme é um autêntico herói e se hoje felizmente podemos travar conhecimento com esse grande sujeito é graças a certa antipatia que o Ockham histórico, não o filósofo, desperta no autor, conforme ele mesmo registrou ao comentar que a princípio havia decidido que o próprio doutor invencível Willian of Ockham seria o tutor de Adso.

O centro da vida na abadia é a grande biblioteca: a maior da cristandade. Famosa em todos os cantos do mundo conhecido; um baluarte do conhecimento, onde a sabedoria é sabiamente preservada e estrategicamente mantida fora do alcance dos comuns (nada é mais melancólico do que livros que não podem ser lidos); protegida por um cão feroz, um venerável ancião que, malgrado cego, enxerga longe e não ri, porquanto, segundo acredita, Cristo jamais riu em toda a sua vida na terra.

Percebo que é tempo de encerrar, por certo que há muito incorri no pecado da prolixidade e, então, noto que há muitos pontos relevantes da obra que mereceriam cada uma a sua própria resenha, uma vez que no bojo desse épico há encontramos profundas questões acerca da história, da religião, da filosofia, da lógica, da história da religião, da história da ciência, da literatura e da política medieval.

Note-se, ainda, que até agora não havia me referido à palavra “nominalismo” cuja decifração plena certamente se encontra em uma camada que o meu parco entendimento ainda não me permitiu alcançar. Quem sabe quando voltar à abadia para viver outros sete dias. Certamente voltarei.

Ainda bem que ainda existem homens como Umberto Eco capazes de pensar em outros como Guilherme de Braskerville. Esse mesmo Guilherme que, em uma das muitas lições que ministra ao jovem Adso, registra que os homens da antiguidade clássica (Grécia e Roma) era gigantes, já os do medievo não passavam de anões, mas anões que graças a lugares como aquela santíssima abadia onde o conhecimento era preservado, compilado, traduzido e estudado, podiam ver o mundo posicionados em cima dos ombros daqueles gigantes. Os anões de hoje apenas rastejam, mas não Umberto Eco.

Umberto Eco é um raro gigante entre anões. E um gigante que, com olhos de pássaro, vê o mundo do ombro dos mesmos gigantes que o seu Guilherme um dia viu.
Alexandre 14/12/2013minha estante
Excelente resenha, meu caro Marengo-Carteaux.




Emilia @biblioteca_decitacoes 07/07/2020

O Nome da Rosa, Umberto Eco
Esse foi o livro que eu escolhi para 7ª categoria do desafio livrada de 2020 (Um livro que você sempre teve medo de ler). Isso porque alguns anos atrás tentei lê-lo, mas fui espantada pelos diversos trechos em latim sem tradução que estão espalhados pelo livro. No entanto, achei que poderia utilizar esse desafio para tomar coragem para enfrentá-lo novamente hahaha.

A história pode ser considerada como um romance policial, ambientada em um mosteiro franciscano na Itália, no ano de 1327, portanto já no final da idade média. Narrada em primeira pessoa por Adso, um noviço que está acompanhando o frei Guilherme de Baskerville a uma visita ao mosteiro para desvendar uma série de assassinatos que estão ocorrendo no local. Guilherme é um tipo de Sherlock Holmes medieval, e seu ajudante Adso lembra também o Watson, companheiro do famoso detetive inglês.

Além das mortes misteriosas, durante a visita de Guilherme o mosteiro também vai sediar uma reunião entre personalidades importantes da Igreja Católica da época, que pretendem discutir algumas questões teológicas com muita importância política para Igreja. Esse concílio representará muito da rivalidade entre as diferentes vertentes da Igreja e das interpretações do evangelho, que são usadas como motivos para disputas de poder dentro da instituição. Essa rivalidade dentre da Igreja foi uma das questões mais interessantes do livro, para mim. Religiosos usavam interpretações diferentes das escrituras para apontar o outro como herege, o que levava muita gente à fogueira.

Outro tema abordado no livro é o papel da mulher na sociedade medieval. A Igreja Católica era a instituição mais poderosa e importante da época, e era composta somente por homens. A mulher era vista como tentação do demônio e uma porta para o pecado. As mulheres eram portanto instrumentos do pecado, acusadas de trazerem até os homens para puros para o lado do mal. Não era a toa que muitas eram vistas como bruxas, e morriam na fogueira.

Além disso, os livros e a questão do acesso ao conhecimento têm papéis fundamentais na narrativa. O mosteiro em questão possui uma biblioteca imensa e muito importante para a Igreja, que no entanto, tinha acesso extremamente restrito e somente o bibliotecário conhecia todos os volumes disponíveis e era ele quem decidia quem poderia ler o que.

O livro é rico em diversas discussões de cunho puramente teológico que muitas vezes se prolongam por diversas páginas, e que não me despertaram muito meu interesse. Além disso, é necessário parar diversas vezes para traduzir os trechos em latim, o que tornou a leitura um pouco cansativa em alguns momentos.

Umberto Eco foi um teórico que tinha como objetos de estudos diversas áreas das Humanidades, como filosofia, teologia, semiótica, história medieval, entre outros. Esses conhecimentos são todos refletidos nesse livro, que apesar de usar uma narrativa de investigação para contar a história, abrange diversas questões da vida humana em sociedade. A experiência que o leitor terá ao ler esse livro depende muito de quão profunda será feita a leitura. É uma narrativa que possui diversas camadas, portanto o leitor pode escolher o quanto era irá se aprofundar nos assuntos propostos pela história.

Por fim, é um livro que irá depender de uma maior dedicação por parte do leitor, porém todo esse trabalho será recompensado. Acho que é o romance mais bem trabalhado que já li, por envolver tanto conhecimento de fundo, sem que nada ficasse forçado. Todo o sucesso do livro é merecido.

Instagram literário: @biblioteca_decitacoes
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Mary 23/09/2023

Fora da zona de conforto
Esse livro retrata a história de frei Guilherme e seu discípulo Adso, que são incubidos de investigar uma série de mortes em uma Abadia.
Nessa Abadia existe uma biblioteca proibida, o conhecimento na Abadia é restrito.
O livro tem uma linguagem complexa e alguns trechos bem confusos, também possui alguns trechos preconceituosos. Porém é uma trama interessante que fugiu completamente a minha zona de conforto. Admirei o posicionamento de frei Guilherme que me pareceu bastante mente aberta apesar de sua época.
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Tiago.Carneiro 01/04/2020

É um bom livro, mas ...
Talvez eu não tenha sensibilidade necessária para apreciar os longos diálogos entre os monges sobre os mais diversos assuntos teológicos, dentre outras coisas, pois achei que o livro se arrastou demais, as coisas demoram muito para acontecer.

No mais, é um livro coerente com sua proposta, e honesto, visto que não tira soluções mágicas da cartola para trapacear o leitor. Recomendaria sim, para leitores pacientes.
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Suphie 28/11/2021

?O bem de um livro está em ser lido.?
Leitura bem trabalhosa, cansativa mas que recompensa muitíssimo. Esse foi um clássico que custei a ler, geralmente devoro os clássicos. Inicialmente porque essa edição que eu li trás vários trechos em Latin, trechos grandes, que não tinha tradução, consequentemente eu ia atrás das traduções? também pelo fato de que o conteúdo histórico religioso é massivo nesse livro, a história que envolve toda a abadia e a biblioteca viram apenas coadjuvantes quase. Eu me apeguei a Adso e Guilherme, fiquei com raiva do Abade e nem suspeitei de certo outro personagem. Adorei o livro! Quando eu era criança o primeiro livro que li na vida foi o título ?Atras da Porta? da autora Ruth Rocha, e ele conta uma aventura ambientada numa grande casa com uma baita biblioteca, eu me senti muito feliz lendo O Nome da Rosa que se ambienta numa grande abadia e tem uma baita biblioteca kkkk

?Em suma, cada livro pra ele era como um animal fabuloso que encontrasse numa terra estranha.? Adso sobre Guilherme.
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Andreas Chamorro 04/03/2020

Não tenho muito o que acrescentar a um livro já tão aclamado
Sendo breve e kafkiano, destaco aqui que o fim deste livro me tomou de uma maneira que não imaginava. Nada com o thriller, mas sim a discussão sobre a filosofia e a religiosidade me conquistou demais. Sem palavras. Umberto fez um Eco em minha cabeça com toda a certeza.
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Celso 30/07/2013

Livro bom porém muito prolixo
O livro é bom, tem um suspense interessante mesmo para quem já viu o filme.

O lado bom é o suspense e conhecer as facções religiosas minoriárias dentro da Igreja medieval.

O lado ruim são as inúmeras citações em Latim sem a devida tradução, o que faz perder bastante o climax da história além do excesso de comentários filosóficos que não terminam nunca.

Tem capítulos que poderiam ser suprimidos sem prejuízo nenhum para a história.

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bianca 02/03/2021

É um livro realmente incrível e muito instigante, com muitas discussões interessantes ao longo da história que vale a pena refletir sobre. Confesso que no inicio eu amava os debates sobre fé, igreja, ciência e até mesmo o riso, achei tudo muito interessante nesse cenário, mas depois fui ficando sem paciência pois a historia não ia para frente e não revelava nada sobre os acontecimentos realmente importantes, parece que as mortes na abadia ficaram em segundo plano o livro todo. Talvez tenha sido erro meu ter digerido tudo muito rápido, se tivesse lido com mais calma talvez teria gostado mais das discussões.
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@otiobacca 31/05/2022

Em O Nome da Rosa, Eco nos leva a um romance policial excitante, uma aventura intelectual brilhante, com uma acurácia fina quanto à idade média.

Embarcamos com Adso e Guilherme na abadia que contém a maior biblioteca da cristandade, enquanto "o mundo cai" como resultado das inúmeras transformações e batalhas da igreja católica naquele período. Mortes estranhas vêm ocorrendo na abadia e todas as motivações apontam para a biblioteca, proibída aos monges e aos nossos investigadores.

Eco desenvolve com maestria a trama que se desenrola em muitas possibilidades e em muitos fios. As passagens em latim geram bastante estranhesa, mas temos uma base liguística que nos oferece uma compreensão em muitas ocasiões.

Até onde a sabedoria nos ilumina ou até onde nos cega?
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Rafael.Montoito 18/05/2020

Uma obra-prima
Já faz algum tempinho que acabei de ler "O Nome da Rosa", mas ainda não tinha conseguido parar para escrever sobre este livro, tal qual ele merece. E nem sei se agora o consigo, pois à obra de Eco faltam adjetivos que descrevam sua qualidade narrativa, inventiva, histórica e linguística. Contudo, deixo aqui um pequeno registro, sublinhado pela opinião de achar que este é daqueles raros livros que todo mundo teria que ler antes de morrer, uma obra-prima em todos os aspectos imagináveis.
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A história se passa num convento do Norte da Itália, onde mortes misteriosas têm acontecido frequentemente. Lá chega, então, o frei Guilherme de Baskerville, cuja mente lógica e perspicaz se põe no intento de desvendar o mistério; em sua companhia, está o jovem Adso de Melk (que é o narrador da história, já em idade avançada).
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As pistas para desvendar o intrigante caso parecem estar relacionadas à majestosa biblioteca, na qual monges copistas são responsáveis por reproduzir as obras mais relevantes do conhecimento humano. A biblioteca, por si só, é um labirinto estranho, cujas salas se intercomunicam de uma maneira que só o bibliotecário conhece (o labirinto, e até mesmo a biblioteca, são uma forte referência ao escritor argentino Borges), mas a mente de Guilherme é perspicaz demais para ser enganada por algo que o homem projetou.
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Envolto em questões religiosas, disputas de poderes entre ordens distintas da Igreja, questões da inquisição e da ciência, Guilherme e Adso (que conhece o amor carnal de uma maneira um tanto inesperada e trágica), estreitam laços intelectuais e fraternais enquanto juntam as pistas: cada monge tem um papel central na história e a descrição de suas personalidades, feita por Eco, é magistral.
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Ao final, o leitor fica estupefato com o modo como o autor junta as peças espalhadas pelo romance e apresenta a revelação do segredo; o clímax, então, é de deixar qualquer amante dos livros e das bibliotecas pasmo, perturbado com a ideia de que aquilo pudesse acontecer.
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Não negarei que um ou dois capítulos me pareceram bastante tediosos, mas são também eles mostra da erudição de Eco que, em seu primeiro romance, fez uma obra que gravou seu nome na história. O filme só é bom para quem nunca leu o livro; perto das páginas de Eco, ele desaparece como poeira ao vento.
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Thaís 19/03/2021

O nome da rosa
"Do único amor terreno de minha vida não sabia, e nunca soube, o nome."

A história possuiu muitos diálogos extensos que não pertencem ao enredo principal, fato que me trouxe muito incômodo.
Talvez não tenha lido no momento certo, então com certeza farei uma releitura.
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Ri :) 28/04/2021

Uma leitura incômoda sobre as relações primárias entre igreja e sociedade. O limite da censura do conhecimento, regra do por um nicho minúsculo de pessoas que detém o poder.
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