Deise.Maria 04/05/2024
Referência de vida,de luta e garra!!!
Maya Angelou!!
Minha primeira obra dessa autora maravilhosa que escreve lindamente.
Em referência a um poema do poeta Paul Laurence Dunbar , Eu sei por que o passaro canta na gaiola , descreve a autobiografia de Maya Angelou ,nascida Margueritte Ann Johnson. De sua infância até seus 16 anos ,muitos momentos marcados por violência, abuso e humilhação. Mulher negra ,que viveu com sua avó, Momma em Stamps ,Arkansas, Maya pelo que posso dizer viveu uma vida de enfrentamento, onde a sociedade que passava pelas transformações da Depressão ,excluía e repudiava os negros de qualquer posição social , isso é evidenciado a longo de seu relato .
É uma leitura cheia de camadas e cenas comoventes , e que sustenta a afirmação de uma mulher que não permitiu que a sociedade " branca" ditasse os trâmites ide sua vida , não a colocasse numa gaveta,num patamar ,sua escrita revela que apesar d entender a dor do passado cantar na gaiola ,pq para ele é um lamento de dor,como descreve o poeta ,ela não se resignou a lamentar as imposições da sociedade, ela cantou seu hino de liberdade e escreveu seu próprio destino . Uma referência, de como não podemos desistir de quem somos e nos libertar das amarras do que a sociedade quer impor,marcada pelo preconceito, arrastado de anos de história em que que o mundo é divido por classes. Como diz Maya " Nos somos mais parecidos do que somos"! Mas sobrevivemos, ainda existe muita luta por trás de cada história mas como ela mesma disse :
" Se fôssemos um povo dado a revelar segredos, nós poderíamos erguer monumentos e fazer sacrifícios às memórias dos nossos poetas, mas a escravidão nos curou dessa fraqueza. Pode ser que seja suficiente, no entanto, dizer que nós sobrevivemos na proporção exata da dedicação dos nossos poetas (incluindo pregadores, músicos e cantores de blues)."
"A mulher Negra é agredida nos anos jovens por todas essas forças comuns da natureza ao mesmo tempo em que fica presa no fogo cruzado triplo do preconceito masculino, do ódio branco ilógico e da falta de poder Negro."
A consciência de Maya embora com tão pouca idade pois é claro sua percepção de exclusões começa já desde cedo ,transmite nao um apelo de revolta mas de utoestoma e superação que permeia toda a sua trajetória. Uma leitura clássica e atemporal digna de ser lida homeopatiacamente.