O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Kamyla.Maciel 29/10/2023

Esse livro é um daqueles de apertar o coração, de doer com o sofrimento dos personagens. Ele é impactante, tal qual a fome nele descrita. Rachel de Queiroz descreveu perfeitamente bem o sertão nordestino da grande seca, a paisagem já é por si só suficiente para nos levar à escassez da vida daquelas pessoas. Ela não nos prepara para as cenas fortes, arrisco a dizer que aquela famosa passagem da 'morta da baleia' pareceu simples diante das dificuldades encontradas por essas personagens. A seca trouxe a questão: ficar e morrer de fome ou ir em busca de algo e, talvez, também morrer de fome? Até onde o ser humano pode chegar para manter-se vivo?
Não gosto quando o Nordeste é resumido a seca, mas, por outro lado, essa história é a história da resistência de muitos, de como a personalidade forte e resistente foi se forjando na aridez da seca. De como a fé é e foi fundamental para um povo que se vê diante da ausência do básico da vida, a água.
Enfim, recomendo muito! É impossível passar por esse livro sem questionar a humanidade, o limite da dor do ser humano, a miséria (que sabemos não ser apenas no livro).
É um livro impactante e me impressiona ela ter escrito com menos de 20 anos...
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emclara 29/10/2023

"Quem comeu a carne tem de roer os ossos..."
?? //

Como Rachel de Queiroz, com seus 19 anos, conseguiu escrever uma história tão seca? Digo isso não pelo livro se tratar da devastadora seca de 1915, mas por equilibrar o sensível com o direto, emocionando sem exagerar.

"O Quinze" é, indubitavelmente, tocante. A autora sabia o que estava fazendo quando abordou o mais íntimo dos personagens em situações de extrema vulnerabilidade. Contudo, como foi dito, sua escrita para mim era muito seca e por isso não consegui mergulhar no sentimentalismo de determinados momentos. Talvez por uma falta de conexão com os temas tratados? É, talvez. Entretanto, isso não me fez desgostar da obra, ao contrário, deu-me a ideia de algo mais realista e não ficcional, dando uma maior seriedade.

Agora, o final. Sabe quando você dá seu próximo passo achando que logo a frente tem um degrau, mas não tem? Pois bem, foi assim que me senti ao tropeçar na última página com o questionamento "Ué, acabou?". Não gostei muito do final, acredito que podia ter sido mais desenvolvido e ter mostrado o fim da família de Chico Bento. Enfim, independente de tudo, recomendo.
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anabiamdg 28/10/2023

Incrível
Ler rachel de queiroz foi uma das experiências mais emocionantes que já tive em relação a leitura e escrita. os personagens, os cenários, a seca sendo a grande vilã dessa história e a principal influência do enredo, deixa cada momento da história sendo um impacto emocionante
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Aline 27/10/2023

Uma história seca
O livro não me empolgou muito pois a história é muito triste... É sobre e seca de 1915... Sobre a vida e a morte... A parte das crianças me deu nó na garganta
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Lavs.vargues 27/10/2023

O quinze
Achei o livro maravilhoso, desde o começo eu quis dar uma chance, já que não sou uma pessoa que lê clássicos da literatura como este. Acho que apenas aqueles que não sentem o preconceito contra livros do tipo, podem opinar sobre ele! Essa obra mostra muito da realidade brasileira que a maioria tenta ignorar ou esconder, deveria entrar no top livros que todo brasileiro precisa ler, sim!
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gduda 26/10/2023

É inovador e revolucionário? SIM!
Nem sei como começar a escrever isso mas acredito que devo começar enaltecendo a grandiosidade de Rachel de Queiroz ao escrever esta obra incrível com apenas 19 anos. "O quinze" possui uma riqueza narrativa, histórica e discursiva que é linda de se ver. A combinação entre estas três esferas, junto à questão da seca já abordada por outros autores mas, aqui, de uma forma nova, são o que agregam esta originalidade. Há seca no romance, retratada de tal maneira que desperta sentimentos variados no leitor, mas há também a questão do papel feminino na época e um fator não idealizativo (nem sei se essa palavra existe) nas situações e nos personagens. É com certeza um livro que merece ser lido e compartilhado!
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Marquinhos28 25/10/2023

Um Retrato Cru e Visceral da Seca
Um retrato cru e visceral da Seca e do modo como ela influência e define os destinos
de quem passa pelo seu caminho. Afinal como uma força da natureza, a Seca não cruza
nossos caminhos, nós que cruzamos o dela.

Um romance de linguagem inteligível, cercado da mais pura dor e melancolia quando seguimos a estrada com Chico Bento e sua família e de esperança, amor platônico e um pé no movimento feminista enquanto seguimos a história de Conceição, sua avó e de Vicente seu primo.

Que grandíssimo livro de estreia, da autora Rachel de Queiroz. Aos 19 anos ela consegue por em texto todo o sofrimento que o povo nordestino carrega em seu íntimo, e que mesmo nos dias atuais, parece tão inerente a nós.

Aqui nós temos a Seca como co-protagonista da história, não apenas um pano de fundo, mas um elemento crucial, a quem devemos medo e respeito, afinal ela, a Seca, é o nosso juiz, júri e executor.



"Lá se tinha ficado o [ ], na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai.
Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida,
para cair depois no mesmo buraco, à sombra da mesma cruz"
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Luana Karla Nogueira 23/10/2023

Ai que encantador! As falas, a construção do cenário, os jeitos e trejeitos faz um retrato tão fiel.
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Tati.Lima 21/10/2023

Esse livro é  muito intenso e forte...Com certeza, já li muitos livros falando sobre o sofrimento e dor do povo nordestino durante os períodos de seca, mas nenhum deles, mostrou de forma nua e crua, e ao mesmo tempo com tamanha poesia. É uma narrativa, sobre a Seca de 1915, considerada uma das mais terríveis já acontecidas. São histórias fortes , intensas e sofridas. Confesso q a parte mais chocante, foi a q falou sobre os currais do governo, espécies de campos de concentração onde pessoas morriam. Sim, eu nunca soube sobre isso, e fiquei absolutamente em choque. Entrei em uma gigantesca ressaca literária, diante de tamanha crueldade e angústia. A gente parece q sente muito de perto o sofrimento e a dor desse povo tão sofrido, mas sofrido mesmo. E a Rachel de Queiroz narra com absurda mestria a vida acontecendo sob a vigília constante de soldados. E esfrega na nossa cara, a verdadeira face dos políticos, q já eram corruptos naquela época,  e q viviam às custas da Indústria da Seca, desviando dinheiro destinado às vítimas da seca. Essa parte então parece q daqui a 100 anos  continuará acontecendo bem diante de nossos olhos da mesmíssima forma, já q a Seca continuará e os políticos corruptos tb...Enfim, leiam, leiam e leiam esse livro
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trizisreading 19/10/2023

Seca no Nordeste de 1915
No romance "O Quinze", Rachel de Queiroz conta a história de personagens que vivem no sertão do Ceará, no ano de 1915, onde ocorreu uma seca que trouxe aos habitantes do nordeste brasileiro desespero, fome e morte.

No decorrer da história conhecemos diversos personagens, moradores do sertão cearense que, devido a uma seca que durou um ano, precisam abandonar suas moradas e partir para o desconhecido em busca de melhores condições de vida. Ainda assim, passam por uma grande provação e, muitas vezes, acabam em uma situação pior ainda.

Em muitas partes me senti angustiada, queria que o jogo virasse e aquelas pessoas finalmente encontrassem paz na vida, mas Rachel não busca escrever um conto de fadas, e fiel à situação dos mais pobres à situações de vulnerabilidade, muitas vezes, senti que só acontecia desgraça.

Esse é um livro extremamente rico em cultura, traz diversos aspectos da vida no sertão, principalmente em sua escrita, que usa o dialeto sertanejo nordestino.
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Adrielle Macena 18/10/2023

À medida em que lia O Quinze, ia recordando a impressionante informação de que ele foi escrito por uma pessoa de 19 anos de idade.
Sobre o enredo, é interessante perceber como a seca atinge cruelmente a vida dos 3 personagens principais, mas de forma mais densa a de Chico Bento e sua famíliia. São cenas extremamente tristes.
Preciso pontuar que fiquei chocada e enojada especificamente com uma fala racista de Conceição, mas que deve representar bem o pensamento de uma moça letrada nos idos de 1915.
É um livro de leitura fluida, apesar de ser um clássico publicado em 1930. Gostei muito e recomendo.
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Maria7823 15/10/2023

A veracidade contida sobre a seca
Não fujo da tentação em escrever sobre esse livro, aos 19 anos Rachel de Queiroz nos enlaça em sua perspectiva crua e viva, tão pungente quanto o sol quente e rubro, escorrendo e ressecando tudo que se sobrepõe a ele, a intensidade da escrita é de opinião comum a todos da fortuna crítica que compõe essa edição, Rachel descortinar com uma realidade tão crua e latente daqueles que só dominam tal ato ao se depararem com tamanha realidade, coisa que a autora conhece, uma vez que nasceu no Nordeste, os personagens são reais, as discrepâncias entre suas perspectivas e crendices também, são todos dotados se significados simplórios e bem construídos, essa simplicidade obviamente decorrente de uma realidade brutal, tudo resseca diante desse cenário, tudo arde, tudo é real.
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Alisson 10/10/2023

É um livro interessante de ler por todo o seu simbolismo regional, especialmente pela autora ser uma jovem do sertão nos anos 20.
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Thauã 10/10/2023

O Quinze/ Rachel de Queiroz
"Talvez fosse até para a felicidade do menino. Onde poderia estar em maior desgraça do que ficando com o pai?"

"- Ora o amor!...Essa história de amor, absoluto e incoerente, é muito difícil de achar...eu,pelo menos nunca o vi...O que vejo, por aí, é um instinto de aproximação muito obscuro e tímido, a que a gente obedece conforme as conveniência...Aliás, não falo por mim...que eu, nem esse instinto...Tenho a certeza de que nasci para viver só."

"E num foguinho de garrachos, arranjado por Cordulina com um dos últimos fósforos que trazia no cós da saia, assaram e comeram as tripas, insossas, sujas, apenas escorrida nas mãos."

"E antes de se erguer, chupou os dedos sujos de sangue, que lhe deixaram na boca um gosto amargo de vida."

"Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra da mesma cruz."

"Então ser superior é renunciar ao seu feitio e à sua vontade, e, recortando todo o excesso de personalidade, amoldar-se à forma comum dos outros?"

"E do projeto ambicioso só lhe ficou, triste e aguda, a melancolia do desterro próximo."
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escritora.A.Santos 08/10/2023

O tipo de livro que você não quer que acabe!
De leitura fluída e passagens emocionantes, 'O Quinze' conseguiu me emocionar e fazer refletir sobre temas muito reais, mas que não conseguimos abranger as diversas faces.
Pelo tema, me recordou 'Vidas Secas' de Graciliano Ramos (que também é um livro incrível).
Queiroz trouxe o tema 'mulher x maternidade', nesse livro que foi publicado em 1930.
Recomendo muito a leitura e fico orgulhosa de encontrar livros nacionais tão bem escritos.
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