Jubiabá

Jubiabá Jorge Amado




Resenhas - Jubiabá


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Perla.Campos 16/11/2023

Neste livro Jorge Amado consegue demonstrar como o homem pode ser dono do seu destino. Exemplo disso é Antônio Balduino, que viveu a vida que tinha para viver como bem quis, e em parte feliz.
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Caio 20/10/2020

Grande clássico! Salve Jorge Amado, um humilde escritor.
CONTÉM ALGUNS SPOILERS DA OBRA ABAIXO:
Jorge Amado é reconhecido pela sua simplicidade, sinceridade nas suas obras. Aqui, no terceiro livro que conheço dele, não foi diferente. É uma obra importantíssima, revolucionária, única. Por quê? Jorge sempre deu voz ao povo simples, humilde, marginalizado, ao povo negro (denunciou o racismo), retratou as classes populares como ninguém. Deve ter outros escritores que também retrataram o povo e até melhor que Jorge, mas imagino que são poucos. Enquanto a maioria dos escritores brasileiros retratam a vida da burguesia geralmente no romance, Jorge consegue trazer o diferencial nos motivos citado antes: Classe popular é o protagonista da obra, é o tema principal do começo ao fim. Pouquissimos escritores retratam o povo como ele realmente é, o povo simples. Aqui no livro, o autor conta a história do Antônio Baduíno: um homem que vive no Morro do Capa Negro onde tem uma comunidade de pessoas simples, que estão em volta de inúmeras histórias do povo nordestino, das suas tradições, lendas de grandes figuras que ficaram marcadas na história, no imaginário daquele povo. É nesse ambiente que o Baldo viveu desde da infância como um garoto bringuento, sujo, fazendo malandragens na rua com outros muleques da mesma idade. Eu adorei quando retratou a lenda fantástica do povo que é a fígura assustadora do Lobisomem. As suas histórias, lendas são fantásticas. Vemos também como a figura do Jubiabá é importante em manter viva a memória da história do seu povo, principalmente na época da escravidão, dos seus ancestrais e da história sofrida de muitas pessoas que marcaram as gerações seguintes. Aqui mostra como Jubiabá é uma presença constante na vida do Baldo em diversos sentidos, como o Jubiabá é uma referencia direta para Baldo para que este possa ir recorrer a ele em casos de necessidade. Mas penso que o título do livro preenche bem a sua proposta, pois, mesmo psicologicamente, mentalmente, fisicamente o Jubiabá sempre é lembrado, referenciado pelo protagonista em diversos estágios da sua vida, da sua aventura e descoberta pessoal ao longo da sua trajetória. Aqui o livro retrata inteligentemente também como a mulher era tratada nessa época. Tanto a mulher passando pelo protagonista, como em outros personagens. Ouvi gente e li já algumas pessoas dizendo que o Jorge foi misógino com as mulheres na sua obra. Onde já se viu um negócio desse? Sempre o Jorge usou as suas obras como uma denúncia a essas barbaridades, e também mostra a realidade como ela é. Se existe o machismo, tem-se que mostrar como ele funciona, ele age na sociedade. Se ninguém retrata sobre o assunto não só nos livros, mas nas grandes mídias de comunicação em massa, como faríamos para conscientizar e resolver o assunto? Tem que falar do assunto e ponto final. Aqui não motiva a nada, sim só retrata a atitude, os pensamentos de pessoas ignorantes e machistas. Vamos ser sincero: Anos 30 era uma época muito mais dificil para as mulheres viverem, o sofrimento era maior, que em muitos lugares isso acontece até hj em dia mas a diferença que hj temos mais conscientização, temos mais formas de liberdade de expressão para pressionar por respostas e punições. Enfim, a obra do Jorge penso dessa maneira: retrato fiel da classe popular e sua composição. Outros pontos que falei que é o mais interessante da obra é como falei: retratar, construir e desenvolver a personalidade de Baduíno, retratar muito bem a sua trajetória até ele virar um líder grevista conhecido pela sua luta social. Como citei antes em outros posts, a parte do circo foi minha favorita: o autor mergulhou nessa grande parte do universo do circo com inúmeras camadas, personagens, dramas.Algumas ou maioria hj pode soar clichê, prevísivel mas imagine essa história sendo lançada em 1934? Outros tempos totalmente diferentes e reações do público totalmente diferente não acha? Enfim pela época principalmente foi um grande sucesso, essa obra foi responsável para alavancar a carreira de Jorge como escritor e muitos estrangeiros inclusive após lerem o livro, se sentiram atraídos para conhecer Salvador.
Além do mundo do protagonista, gostei também dos outros personagens que circulam no seu universo intimamente: Além de Jubiabá, o pai de santo, temos a Lindinalva que é retratada naqueles moldes tradicionais de romance de folhetim: A moça sonhadora, ingênua, que deseja casar com um príncipe encantado e viver feliz para sempre. Gostei do Gordo (amigo de Baldo), Joaquim, Zé Camarão, Mestre Manuel, além daqueles que tem uma participação menor mas que tem importancia na narrativa: Severino, Rosenda Rosedá, Luigi, Gustavo Barreira, Gustavinho, Amélia, Comendador Pereira etc. Todos pouco ou muito contribuem para narrativa linear do Baldo. Sua vida em vários estágios que além do circo, ele adolescente como morador de rua, no Comendador etc. Cada uma com suas características únicas. Uma mais direta, ou detalhista que a outra que se conectam muito bem e com aprofundamento, desenvolvimento interessante, além do desenvolvimento psicológico do personagem. Outro ponto importante da obra é que foi retratada a cultura, a tradição da religião africana Candomblé. Isso é extremamente importante, pois se torna necessário dá voz a cultura africana, a representatividade é necessária. O retrato das rezas, da reunião, rituais da religião ancestral foi genial. É o primeiro livro nacional onde vejo que um escritor retrata de forma respeitosa, fidedigna sobre o Candomblé, sua tradição, seus componentes e seu funcionamento. Não sei se todos sabem, J.Amado sempre lutou para que as religiões africanas tenham seu espaço com dignidade no Brasil, que as pessoas possam frequentar, praticar a sua fé com respeito, reconhecimento na sociedade. Além de ele ser candomblecista e conhecer profundamente a raiz da religião. Enfim o livro no final é fantástico, abre-se uma nova descoberta e novo horizonte. Outro ponto que queria citar para finalizar que além da escrita fluída, em grande parte profunda e algumas simples em contar as suas histórias, tem pessoas que dizem que a maioria das suas obras são propaganda comunista. Sim em certo ponto está certo pois aqui fala na teoria do etapismo por exemplo, e além do J.Amado ser um dos maiores intelectuais comunistas da sua época. Mas isso não tira a credibilidade do escritor, era sua ideologia política por um bom tempo até 1995. Para mim a 'panfletagem' ficou em segundo ou terceiro plano, o foco é retratar o povo. Como o mundo e muitas pessoas sempre demonizaram o comunismo, também tiram mérito do escritor, e o desrespeito é latente por ele ser comunista. É complicado. Mas a obra de Jorge resiste e esse livro é um dos meus favoritos da literatura brasileira sem dúvidas. Logo lerei o restante da sua obra pois ainda sou iniciante no seu trabalho. Vale muito a pena ver essa obra. Ganhou até adaptação para o cinema e para história em quadrinhos.
Nota: 5/5.
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Jackson.Wallece 15/07/2022

Leitura diferente
Jubiabá é um estilo de leitura diferente ao qual estou habituado, mas comecei sua leitura tendo isto em mente. No começo fiquei fascinado com os personagens, o contexto, a forma como Jorge Amado descreve tudo, parecia que íamos sabendo coisas de cada personagem como se estivéssemos "fofocando" sobre alguma situação de sua vida. Dava pra sentir como se você estivesse realmente inserido no ambiente, saber como era o dia a dia e as questões daquela época.

Em alguns pontos a história ficou arrastada para mim e quase abandonei a leitura, mas do meio pro fim ficou boa. Gostei da parte do circo, da volta dele à Bahia e da última parte. Ficava me perguntando qual era o objetivo de Baldo, sua motivação era ser livre, e ao longo da história aconteceram diversas coisas que serviram para ele entender a sua liberdade de outra forma.

Algumas passagens me fizeram refletir bastante sobre o contexto em que nascemos, como aprendemos as coisas, liberdade, destino, uma luta com significado, piedade, amor... Entre outras coisas.

Apesar de ter sido uma leitura dificil para mim, considero que foi boa.
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duda 06/09/2022

Jorge Amado, o escritor dos oprimidos
que livro. me faltam palavras pra descrever o tamanho do peso que as páginas dessa obra carregam. racismo, pobreza, marginalização, preconceito, prostituição, resistência, tudo é abordado de maneira tão dura e realista em "Jubiabá" que o coração emociona do início ao fim. Antônio Balduíno é um reflexo de luta, humildade e consciência. Jorge Amado denuncia em 306 páginas os reflexos da sociedade capitalista escravocrata da epoca da colonização. Esse livro deveria ser lido por todos os brasileiros. Viva Jorge Amado e a literatura brasileira!
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MarcosQz 13/09/2022

Acabei lendo mais por ser uma história de Jorge Amado, as artes são lindas, é uma HQ de encher os olhos de tão linda e rica nos detalhes, mas é uma adaptação rápida, apressada do livro. Mas como apaixonado que sou pelo Jorginho, gostei dessa adaptação.
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Lucas Fagundes 26/09/2022

#4
E eu decidi, um por um, ler os mais de 35 livros de Jorge Amado, meu baiano e autor preferido, em ordem de publicação. Muitos deles foram e serão lidos pela primeira vez; outros, como esse, serão relidos.

Suor, publicado em 1935, é o quarto livro de Jorge e possui uma crítica social muito um tema muito parecido com seu antecessor, Suor, e com alguns de seus sucessores, como Capitães da Areia.

O cenário principal desse livro permanece sendo Salvador, mas Antônio Balduíno, nosso protagonista, rodará pelo sul da Bahia e pelo recôncavo durante a sua jornada de formação. Jornada essa, inclusive, que guarda semelhanças importantes com a chamada jornada do herói (ou monomito), presente em histórias da mitologia e, também, em vários best sellers, como Percy Jackson, Harry Potter ou O Senhor dos Anéis.

Nesse romance de formação, Balduíno parte de um status quo cotidiano que beira a invisibilidade, se não a for: órfão, preto, pobre e periférico, ele precisa provar que é gente. O nosso herói começa como moleque de rua, abandonado e furtando para sobreviver, vai tentar a vida na região cacaueira de Ilhéus (que já estava em declínio - pode se ler sobre na resenha que fiz de Cacau), foge, entra pro circo, vira boxeador e, por fim, se torna líder grevista.

E é exatamente nessa greve que vamos ter as partes 7-12 do nosso monomito baiano. A greve começa pelos trabalhadores de bondes, que pedem aumento de salário e redução da carga horária abusiva de trabalho. E, daí, vai se estender para os telefonistas, trabalhadores da empresa de energia elétrica, estivadores, jornalistas e padeiros. É greve geral na primeira capital do Brasil. Assim, o livro vai trazer as articulações dos grevistas com os empregadores, de uma forma muito detalhada.

Haverá operários que querem furar a greve por medo de retaliações, empregadores que prometem demissões em massa se os operários não voltarem a seus postos, empresas que cedem um pouco e aceitam apenas parcialmente a demanda dos operários. E é no reforço da articulação grevista, na lembrança da sua importância, no chamado para continuação da greve que está o nosso líder Balduíno.

Assim, apesar de Suor também abordar sobre o movimento grevista, seus detalhes, intrigas, conceituação e importância vão ser muito mais abordados em Jubiabá.
"Ele julgara que a luta (...) era ser malandro, viver livre, não ter emprego. A luta não é essa.
(...) a luta verdadeira era a greve, era a revolta dos que estavam escravos. (...) Agora o negro Antônio Balduino sabe. É por isso que vai tão sorridente, porque na greve recuperou a sua gargalhada de animal livre."
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dualda 28/04/2022

Surpresas
A leitura de Jubiabá foi uma grande surpresa, tanto é que senti a necessidade de escrever uma resenha, algo que quase nunca faço. A escrita de Jorge Amado é cativante e o autor sabe quando aprofundar mais determinada parte da história e quando deixa-la descontraída, mesmo esse sendo um dos seus primeiros trabalhos. É uma obra bastante revolucionária para a época, mas sinto que ainda carrega vários estereótipos sobre homens negros e, principalmente, sobre as mulheres negras ? ainda me pergunto se isso é algo proposital, porém não foi algo que ficou claro para mim, posso estar enganada. Quando se tem noção sobre isso, é um tanto desconfortável a leitura em vários momentos e é preciso fazer um grande esforço para se considerar o contexto da época. Acho que seja um ponto muito interessante para abrir uma discussão, mas não pretendo me alongar. Ia dar 3 estrelas só para o livro, mas acrescentei meia por causa do final que foi do meu agrado. Apesar disso, foi um ótimo primeiro contato com Jorge Amado.
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tinhooo 25/01/2022

eu já sentia que ia gostar muito desse livro, e realmente gostei. tem de tudo um pouco e eu adoro isso. entretanto, preciso dizer que queria mais sobre jubiabá... óbvio que a história de antônio balduíno é sensacional, porém queria um pouco mais sobre o pai jubiabá. mas tirando isso, o livro é perfeito. me lembrou o porquê de jorge amado ser um dos meus escritores favoritos
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Rodrigo 09/12/2020

Perfeição!
Uma das melhores adaptações de livro para história em quadrinhos que li.
Perfeição demais!
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Rodrigo 08/12/2020

Luta
Impressionante a história de António Balduíno, negro de Salvador, que lutou muito para encontrar seu lugar no mundo. De malandro a lutador de boxe. De trabalhador de circo a estivador. Um homem de luta!
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João 25/12/2018

Todo negro valente quando morre vira estrela no céu. Hoje, Antônio Balduíno brilha no firmamento. Negros como Zumbi dos Palmares e Antônio Balduíno não deixam vazar o olho da piedade.E quando lutam, lutam por liberdade.Não se resignam com a escravidão. E para fugir a ela, até no precípico estão dispostos a se jogar, ou nas águas profundas do mar se afogar.

Jubiabá, que dá nome ao romance de Jorge Amado, é pai-de-santo na Bahia. Velho e sábio, o negro Jubiabá reside no Morro do Capa-Negro. Jubiabá é protetor de Antônio Balduíno, que desde menino aprendera a arte da valentia e da malandragem no Morro do Capa-Negro.

O romance Jubiabá é a história de Antônio Balduíno, mas também é a história de tantos outros negros, descendentes de escravos, que nasceram livres, mas continuam reféns da pobreza e da injustiça social.

Balduíno fora menino órfão, poeta engajado, capoeirista valente, mendigo malandro, lutador de boxe, artista circense apaixonado, estivador subjugado e grevista militante. Todas essas facetas revelam um homem que, ainda que inconscientemente, perseguiu do início ao fim o caminho da liberdade. Bem vistas as coisas, todo os vícios e as virtudes do protagonista (a malandragem; a valentia) são expressões da arte de viver e, sobretudo, da arte de sobreviver no meio social pós-escravocrata, ainda fortemente caracterizado pela desigualdade social e pelo racismo.

O romance conta a vida no Morro do Capa-Negro, onde Jubiabá é feiticeiro nos terreiros do candomblé, onde socorre os doentes, os desgraçados e os amores acabados.

No Capa-Negro, Balduíno surge menino, já órfão, criado pela tia Luísa. Líder das quadrilhas de meninos do Morro do Capa-Negro, mostra-se valente e também consciente de sua condição social desde a infância. Morta a tia Luísa, Balduíno se vê só no mundo. Dali assume as rédeas de sua vida, sobrevivendo a partir da malandragem e da valentia, únicas qualidades que aprendera no Morro. Viveu da mendigagem, das lutas de boxe, das letras de samba, da arte circense, do trabalho nas lavouras de fumo e nas docas dos portos, e dos prazeres extraídos de suas letras de samba e dos amores fáceis pelas mulatas da Bahia. Terminou sua jornada a participar do movimento paredista dos operários bahianos, lutando contra a exploração desumana do proletariado pelos donos do capital.


Não raro, a obra de Jorge Amado gera repulsa em parte dos leitores, que denunciam um apego exagerado aos estereótipos na formação das personagens, além de um apelo desmedido à imagem da mulher como objeto sexual. De fato, isso tudo está presente na obra de Amado. Mas não há motivo para indignação em relação à obra pela obra. É que não se trata de um parecer ou de um ensaio escrito pelo autor a respeito de como as coisas devem ocupar o seu lugar na vida. Trata-se de um retrato fiel da sociedade bahiana de ontem e, quiça, de hoje ainda. É arte literária e nada mais. A realidade, isto sim, certa ou errada deve estar sujeita à desconstrução crítica, mas não a arte de retratar.

De mais a mais, a obra vem carregada de uma necessária crítica social, o que torna Jorge Amado um escritor poeticamente engajado.

Jubiabá é um romance de leitura ágil e descontraída, A narratva foi construída com linguagem simples e provinciana. Na edição de 1982 da editora Record, as páginas do livro estão bem acompanhadas com ilustrações de Carybé;


Boas leituras!
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Ana Paula 18/02/2023

Vontade de tomar uma cachaça na lanterna dos afogados ouvindo um samba.
?
Jorge Amado é meu ídolo. Quero ler tudo que esse cara escreveu.
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MarcosQz 10/07/2023

Jubiabá é o quarto livro de Jorge Amado e o mais complexo até aqui, talvez por se tratar de um romance proletário.
Jubiabá não é uma história tranquila. Jorge Amado consegue entregar um panorama da época em que se passa a narrativa, uma realidade da classe social mais baixa da Bahia. A história de Antônio Balduino é contada desde sua infância até se tornar um homem adulto que briga e luta pelo povo trabalhador.

Mostra a história de um povo pobre, que sangrava e bebia junto, que brigavam e dançavam juntos. A vida de Balduino entre a vida de tantos outros, pois fazem parte da vida de Balduino de forma direta ou indireta, é o que precisa se contado. A violência, os abusos, a pobreza, o ódio, o rancor. Mas é também a história do samba, da cachaça, da alegria, uma história de lembranças, de memórias do passado. É a história do povo livre da escravidão, mas ainda escravizados. É uma história de amor. De descobertas.

Jubiabá é uma história viva. O realismo de Jorge Amado é palpável, Jubiabá encanta com inúmeros personagens possivelmente reais nas histórias do povo da Bahia. Personagens que nos encantam, que alegram, personagens que são brutos. É uma complexidade de narrativas que Jorge entrega com maestria, pois cada personagem é de uma complexidade única, apesar da simplicidade da vida.
Jubiabá, o dono do título do livro, é um velho negro,pai de santo sábio, que todos ouvem, amam ou temem, que seria como um Deus para Jubiabá, um guia, que sempre aparece quando é requisitado, Jubiabá é o mestre que está na construção de quem é Antônio Balduino.

Balduíno tem opiniões próprias e bem fortes. Gosta de uma cachaça e mulher na mesma medida, gosta de festa, não liga para dinheiro. Faz seus sambas, sonha em coisas simples, mas alguns sonhos são mais altos, tudo parece simples para Balduíno. "Ele gosta é de rir, de tocar violão, de as histórias bonitas do Gordo, as histórias heróicas de Zé Camarão."
A história de Antônio Balduino é uma história de lembranças, de descobertas, de renascimentos, de aprendizado.

O capítulo Sentinela, é um capítulo tão bem construído, tão bem narrado que os sentimentos e sensações vão de um ponto a outro em segundos, um misto de dó, de raiva, de repugnância, até mesmo de graça.

Jubiabá é uma grande obra, para alguém que o escreveu tão jovem ainda, Jorge Amado soube entregar uma história poderosa, mostrando o poder do povo baiano, sua força e sua fé.
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Elis 19/04/2010

Baldo nos mostra através de sua vida como é nascer na pobreza, as dificuldades, o que o desviou de ser outra pessoa. Mas também nos deixa ver o que é a liberdade e a felicidade no seu próprio conceito, já que ele foi moleque de rua, boxeador, trabalhou em plantação de fumo, em circo e outros mais.
Ele soube nos encantar e nos fez pensar sobre seus atos e pensamentos, com isso notamos o quão parecidos somos em materia de ser humano, afinal todos temos dúvidas, ciumes, momentos de coragem e medo.Me diverti com suas manobras de coragem e com seu modo homem-moleque.

Essa é a segunda obra que leio do autor e só me encanto cada vez mais. A maneira de relatar e escrever suas histórias me deixa maravilhada. Gostei de ver o Guma relatado na história ( Guma é personagem de Mar Morto), me deu saudade do livro, do mar e inclusive da história de Iemanjá.

Meus Parabéns mais uma vez ao autor!

Recomendo.....Nota 10!!!!

Beijokas Elis!!!!
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