O Inverno das Fadas

O Inverno das Fadas Carolina Munhóz




Resenhas - O Inverno das Fadas


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Izandra 31/07/2013

Personagens que não convencem
É muito difícil, para mim, escrever essa review. Tentarei deixar claro quais pontos eu menos gostei no livro, e quais chamaram minha atenção.

Pois bem. Primeiro, registro minha surpresa com o teor do livro; jamais imaginei que ele seria do estilo "hot" e, apesar de não ser tão declaradamente como muitos à venda atualmente, ainda assim, não é um livro "inocente", por assim dizer. Posso afirmar que não esperava isso dele (nem pela capa, nem pelo título e, muito menos, pela sinopse que li).

Eu, francamente, não gostava muito de fadas, e esse livro não me fez gostar mais. A autora procurou descrever o mundo delas, mas em algumas partes a descrição se tornava maçante – talvez por ela ter acumulado muita coisa para explicar, ao invés de contar ao longo do livro.

Outra coisa que causa estranheza são os rituais das fadas, muito próximos aos realizados pelas Wiccas (religião pagã da atualidade). Infelizmente, vivemos em uma sociedade preconceituosa (e hipócrita), que se espanta com descrições sobre o que os Wiccanos fazem; e, justamente por já terem um desgosto enrustido à respeito, muitas pessoas podem se assustar com a descrição da magia das fadas. Apesar de eu evitar preconceitos (e já ter flertado com essa religião), achei que alguns rituais foram detalhados em demasia, aumentando as cenas maçantes já causadas por explicações que nos situam no mundo das fadas.

A autora descreve bem o "mundo humano", e possivelmente deve ter visitado pessoalmente a pequena cidade na Inglaterra onde se passa o livro (se é que ela existe – não tive tempo de procurar no Google, mas imagino que, sim, exista, ou algo bem próximo a ela). Também demonstra um "conhecimento pop", dada as referências que o livro faz à músicas e artistas (Amy Whinehouse e Michael Jackson são facilmente reconhecidos).

No entanto, os personagens não convencem. Ela procura descrever bem a Sophia e toda sua leva de "caças" (amantes), no intuito de a conhecermos melhor e entendermos seus sentimentos, mas não funciona. A Sophia não convence; os sentimentos dela por William não parecem reais, fortes o suficiente para a premissa da história.
O William também está na mesma situação; tenta-se, no início, mostrá-lo como um amante diferente dos outros conquistados por Sophia, mas acaba ficando confuso; ele não é nem um "resistente" ao poder dela, e nem um apaixonado.
E depois, do nada, é declarado que estão apaixonados (a cena em que a Sophia se dá conta disso é a pior para mim – sem emoção nenhuma).

Sei que para cada leitor é diferente, mas pra mim, o principal em um livro são os personagens. A história pode ser o maior clichê existente, mas se os personagens são bem desenvolvidos e cativantes, o livro se torna bom (talvez não excelente, mas pelo menos bom). Como a Sophia e o William não me cativaram... Acabo por não gostar do livro.
Além desse motivo, há a própria escrita e desenvolvimento da história; cenas sem graça ou que poderiam ter sido melhor descritas, e diálogos meio imaturos, não condizente com o resto da escrita.

Combinando todos esses fatores, se tornou um livro de 2,5 estrelas para mim.
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Magnus Martinss 03/09/2013

O que vale é a imaginação
Se há algo que não posso negar, é que a Carolina foi bem criativa no mundo paralelo de Sophia, mesmo o entrelaçando com o mundo da Wicca.
Mas ainda sim, faltou um desenvolvimento legal na história, pois ela circula apenas num fato: Que a fada seduz e mata. E ao longo de todo o livro ela reforça essa ideia insistentemente, como se o leitor já não soubesse disso desde o começo. A repetição incessante disso torna o livro chato.
Pelo menos no finalzinho dá uma melhorada quando coisas novas acontecem :3

Espero que os próximos livros dela sejam mais desenvolvidos...
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Tati oliveira 24/09/2012


O universo é cheio de mistérios, um deles é o mundo das fadas. Existem diversos tipos delas, até mesmo fadas amantes, as Leanan Sidhes. Essas são o que pode os chamar de musas, capazes de inspirar os mais diversos artistas. 

Ao mesmo tempo que recebe um surto de inspiração, o ser escolhido se apaixona pela fada, passando a fornecer energia para sua musa. A fama e o sucesso logo chegam, mas também a paixão desenfreada, e loucura seguida de morte. 

Essa é a sina de uma Leanan Sidhe, inspirar, conseguir energia, e causar a morte. Essa é a sina de Sophia Coldhard.

Sophia esta acostumada com seu fardo, ela não tem escolha, precisa sobreviver, e para isso precisa matar, é inevitável. Mas, em um determinado dia, ela conhece sua nova presa, William, um jovem escritor com um futuro promissor. 

Tudo sobre o rapaz é diferente, ele não se deixa seduzir tão facilmente e, logo, a fada passa a sentir algo diferente por ele. Mas isso não pode ser amor, ela não se apaixona, os outros é que se apaixonam por ela. Se o contrario fosse possível, os dois teriam que morrer.

Nesse mais novo livro de Caroline Munhoz, temos a história de uma fada diferente, uma fada que poderia ser considerada má. Podemos ver as diversas faces de Sophia, e nos apaixonarmos pelo lindo do Will..

Nesse livro é visível a evolução da escritora, soube tratar de diversos assuntos importantes, e até polêmicos, como o uso de drogas e suicídios, de uma maneira delicada, nos fazendo refletir. Aborda um lado diferente das fadas, o lado sensual, ela consegue trabalhar todo esse lado de Sophia, tornando mais sedutora e real para nós, leitores.


http://frasesrabiscadas.blogspot.com.br/2012/09/o-inverno-das-fadas.html
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Cristiano 03/09/2016

Triste por não ter gostado, apesar das expectativas favoráveis...
Gostei de premissa, gostei de algumas sacadas da história e referências à cultura pop, e por isso fiz questão de ler a té o fim. Mas infelizmente achei muitos problemas no livro, especialmente alguns detalhes que não me convenceram e também erros de escrita. Queria muito ter gostado.
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Manu/kiwi 16/05/2021

Perfeito:")
"Uma musa manipuladora, sugadora de energias e usurpadora de almas..."

O livro tem um desenvolvimento incrível, com os personagens e seus sentimentos bem explicados e desenvolvidos ao ponto de nos fazer sentir como eles se sentem.
Recomendo essa obra com todas as minhas forças.
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Lise 07/12/2012

Torre de Babel
Eu fiquei louca pelo livro quando ele saiu, e depois de alguns comentários, li com mais cautela.
Realmente Carolina tem criatividade e acredito no seu futuro, não acredito nesse livro.
Para mim a única coisa que salvou foi a escolha do tema: as fadas e a mitologia por trás desse tipo tão especial.

Os demais personagens não foram bem explorados (e alguns eram tão interessantes), as informações surgiam numa emenda sem fim do que parecia uma ideia nova no decorrer da escrita, faltou um pouco de amadurecimento para trabalhar as influências de outras obras no seu estilo. Ficou demais uma miscelânea de referências a outros livros e filmes.
As cenas finais mesmo para mim foram muito ruins, eu tinha vontade de voar na leitura porque estava sem paciência com as referências a 'A origem' (não simplesmente pela referência mas como todo o enredo do capítulo pareceu não ter relação com o resto da história'.

Fiquei bem triste, não gostei do fim (mas isso cbe ao autor, é claro e eu respeito), não gostei do encaminhar do texto. Mas acho que ainda há muito futuro para Carolina Munhóz, principalmente por todo o empenho que ela está pondo na sua carreira.

Fiquei bem afim de ler sua primeria obra.
Marina 21/06/2013minha estante
também não gostei das referencias ao filme A origem, o capitulo todo foi baseado nele. Parece até que ela ficou sem ideias e resolveu inventar qualquer coisa só para terminar o livro. também não gostei do fim




Soraya Felix 17/06/2014

Grande Criatividade
Sempre que escrevo sobre literatura brasileira atual eu me surpreendo. Os quase desconhecidos autores são um prenúncio de uma literatura borbulhante, de uma trajetória em construção, de criatividade em ebulição como Wandria Coelho (Ritual do Espírito Maligno), Mari Scotti (Hibrida) e Petê Rissatti (Réquiem: Sonhos Proibidos). Tem os que já conseguem um lugar na mídia como Talita Rebouças (Fala Sério), André Vianco (A Noite Maldita, dentre outros), Leticia Wierzchowski (Sal, A Casa das Sete Mulheres), Eduardo Spohr (Apocalipse) dentre outros autores.
Todas as vezes que me deparo com um livro como O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz, eu me questiono o porquê desses autores serem tão geniais e ao mesmo tempo “desprezados” pelo leitor e pela crítica no Brasil. É uma questão quase sem resposta.
Carolina Munhoz me surpreendeu, principalmente depois que soube que havia uma crítica muito negativa a respeito da autora. Posso dizer que não concordo e acrescento que a autora é um talento em construção que em breve será descoberto pelos agentes literários internacionais (Se isso já não aconteceu e não estou sabendo no momento em que escrevo este post).
O Inverno das Fadas é um livro repleto de magia, fruto de um trabalho de pesquisa apurado sobre as lendas da região da Cumbria, na Grã Bretanha, e sobre o povo Sídhes e sua ligação com os humanos. A trajetória da Leanan Sídhe Sophia, uma fada amante, que inspira artistas enquanto suga suas energias e acaba levando-os a loucura a morte é instigante, emocionante e cheia de surpresas.
No entanto, não podemos esperar que Sophia fosse uma Leanan Sídhe normal. Ela transgride a ordem de tudo. Suas diferenças começam com seu nascimento. Ela é fruto da desobediência da mãe uma Leanan Sidhe que se apaixonou por um Elfo. E, como a mãe, Sophia conhece o jovem e talentoso escritor William e acaba se apaixonando por ele. Ambos, a partir de então, passam a lutar contra suas naturezas, contra a morte Banshee e contra o que chamamos de destino.
A trama é criativa, diferente. Carolina consegue transformar a fórmula de casais impossíveis em algo delicioso de se ler, inusitado. Sophia é a anti-heroina. Uma mulher que traz em seu passado a morte de muitos artistas que a assombram em sua consciência, ao mesmo tempo em que ela é a amante que começa a descobrir o verdadeiro prazer de ser amada. O desenvolvimento de O Inverno das Fadas é surpreendente e o desfecho primoroso.
Carolina Munhóz cita algumas figuras conhecidas da mídia, nenhuma delas explicitamente. Seus nomes foram trocados, mas para quem ama ler e adora música, conseguirá identificá-los.
No entanto a autora ainda é uma escritora em inicio de carreira, seu texto ainda precisa da maturidade que só os anos de vida e de trabalho árduo conseguirão dar. Se você acompanha as biografias de autores verá que mesmo Carlos Ruiz Zafón, um gênio, só conseguiu escrever e lançar sua obra prima aos 37 anos (A Sombra do Vento), depois do amadurecimento pessoal e profissional e Carolina tinha apenas 24 anos quando lançou este livro. Veja bem, não estou dizendo que ambos são iguais, por que não são. Apenas comparo o que é inevitável no processo de amadurecimento da escrita:
- Tempo de trabalho, vivencia e amadurecimento pessoal que só virão com os anos de vida.
Existem erros como citar uma preferência por bolo de fubá em plena Cumbria, mas é algo muito pequeno se comparado com o todo da obra.
Outro ponto a ser ressaltado, e neste tópico ela se iguala em competência a J.K.Rowling, Eduardo Sphor e chega a lembrar R.R. Towlkien na capacidade de criar e descrever outros mundos, lugares que não existem a não ser em nossas imaginações. O binômio Reino das Fadas versus Reino dos Humanos é tão bem delineado que você que você fica com a sensação de estar vendo um filme.
Eu recomendo a leitura, principalmente aos leitores que amam fantasia. A trama é envolvente e a partir do sexto capítulo é impossível parar de ler. Carolina é tão boa quanto os autores internacionais neste gênero literário e isso eu não posso negar.
E, compreendo agora por que o autor Paulo Coelho citou a autora como um dos motivos de sua desistência de participar da Feira de Frankfurt, e polêmicas a parte sobre o “mago”, seu reconhecimento internacional e inegável e ser citado por ele é um privilégio que pode alavancar a carreira.

resenha publicada originalmente no Prosa Mágica.


site: http://prosamagica.blogspot.com.br/2014/06/o-inverno-das-fadas.html
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Kate 20/11/2012

Um dos melhores livros que eu já li! Ele nada mais é do que uma viciante história de amor proibido entre uma fada que mais parece um vampiro que suga a energia e não o sangue das pessoas e um jovem escritor nerd de uma cidade pacata, onde há rumores sobre alguns habitantes que supostamente tiveram contato com seres maravilhsos como elfos e fadas. Esse livro foge um pouco do padrão "estipulado" pelos adultos sobre o que crianças de 10, 11, 12 ,13 ,14 anos deviam ler, mas aos nossos olhos, não é nada demais, principalmente para aquelas que tem o hábito de ler Imagines & Fanfics, sou uma viciada e posso dizer que a semelhança é muito grande. Se não sabe do que estou falando leia aLguns e você entenderá.
Parece meloso e no ínicio é meio complicado de entender, mas que livro não é assim? Conheço várias pessoas que abandonaram o livro por não ter "saco" para ler histórias melosas, mas eu garanto que não irá se arrepender se se esfoçar um pouco para ler o livro até o final, pois irá perceber o porquê de tanto melodramatismo,e irá ficar assim como eu, de certo modo hipinotizada e super-hiper-mega-uber-master anciosa para que essa história tenha continuação!
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Fernanda Rebelato 01/05/2015

Inverno das fadas
“A magia ocorre ao longo das estações. As piores no inverno...” Essa é a Frase que Carolina Munhóz, escritora brasileira, usa para definir ‘O inverno das Fadas’ que me conquistou logo pela capa.

site: http://www.armazemideias.com.br/2015/05/resenha-o-inverno-das-fadas.html
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Débora 29/10/2012

Escolhas são dificeis !
O livro conta a história de um casal apaixonado que atravessa as barreiras dos conflitos comuns. Os personagens são reais; têm dúvidas, segredos, receios, desejos sexuais, carência… e a leitura é tão gostosa, que você se perde no tempo. Mergulhei de cabeça na história da primeira até a última página.
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Amanda Taísa 17/09/2012

O Inverno das Fadas
Minha resenha vai ser rápida e simples.
Eu estava em uma fase onde não tinha ideia do que queria ler, nada parecia ser bom, mais daí do nada eu coloquei meus olhos nesse livro e fiquei interessada.

A história em si me deixou muito curiosa não sabia bem o que esperar, mais conforme eu ia lendo percebi que o livro era pura emoção, o foco da história são os sentimentos (muitas vezes coflituosos) dos personagens.
Sinceramente eu não me cativei pelos personagens senti falta de situações mais dinâmicas e teve um ou dois momentos que tive que voltar a leitura para entender o que se passava.

O ponto alto do livro (na minha opinião) é a escrita, a autora tem o "dom", a narrativa é poética e as palavras são carregadas de emoção, pode-se dizer que a escrita dela me seduziu, a ponto de ter terminado o livro em apenas um dia, acontecimento extremamente raro para mim e é muito mais impressionante levando em consideração o fato de que eu não estava apaixonada pela história nem pelos personagens, foi simplesmente a escrita da autora me cativou tão intensamente que me fazia parar tudo o que eu fazia só para dar continuidade a leitura daquelas palavras tão intensas que por um instante pareciam até que tinham poder.
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Jairo 29/04/2013

Carolina Munhóz e suas fadas
O inverno das fadas narra a história de Sophia Coldheart, um tipo diferente de fada. Sophia é uma Leanan Sidhe, uma espécie de fada amante, que inspira suas vítimas a escrever canções, livros ou até a pintar, ou seja, ela estimula o talento de uma pessoa. Mas tem um revés, isso leva a energia vital da pessoa, levando-a à loucura e até à morte. O livro relata o romance de Sophia e William Bass, um escritor que vive em uma cidadezinha da Inglaterra no condado da Cúmbria; Keswick. Ele fora escolhido para representar sua cidade em um concurso da escritora Bellatrix Potter, então agora era a vez de Sophia inspirar o rapaz. Mas acontece que a magia da fada não tem o efeito desejado no rapaz, ela está apaixonada! Como seria possível? Uma leanan sídhe nunca se apaixona verdadeiramente, seus amores são falsos e são apenas em prol de sua sobrevivência como fada. Sua natureza a impele a isso. Bem... Por algum motivo a fada que não podia se apaixonar encontra-se apaixonada.
O conflito do livro é dado em relação ao enfraquecimento de William, já que quanto mais tempo a fada passa com ele mais energia ele perde. Além da interferência da nossa vilã, invejosa, Banshee. Uma das minhas vilãs preferidas. Bem, paro por aqui para não contar o fim da história. Mas poxa... É Carolina Munhóz, mesmo sabendo o final a história continuaria ótima!
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Marina 25/06/2013

Tudo que é bom dura pouco...
stava achando O inverno das fadas muito bom. A leitura não é complicada demais nem simples demais. Conhecer o universo das Leanas Sídhes foi muito interessante, não conhecia essa lenda e achei tudo muito legal, até chegar a metade do livro. Ou melhor, quando a história começa a se desenrolar, o livro fico chato e cheio de contradições. Alguns personagens se perdem no meio da história, o livro se foca em William e Sophia, deixando os outros de lado. Personagens como o padre, os pais e os amigos de William, o avô de Sophia, os elfos e os amigos da fada poderiam ter deixado a história mais profunda e mais interessante, mas não tiveram tanto destaque quanto mereciam. Faltou a autora trabalhar mais os personagens na história. Alguns deles serviram apenas como "degraus" para ajudar os protagonistas a conseguirem o que queriam.

O inverno das fadas tem um monte de referências a celebridades pop. Isso chega a ser irritante, não entendi porque a autora quis usar a morte de artistas reais como se eles tivessem sido envolvidos por Sophia. Não entendi se foi uma homenagem ou uma tentativa de deixar na mente do leitor uma dúvida sobre a existência das fadas. Um artista com quem Sophia envolveu se chama Mickey, considerado "rei", começou a carreira quando criança, era muito simpático, dançava muito bem e sua música conquistou o mundo, fez um monte de cirurgias plásticas, as pessoas tinham dúvidas sobre a sexualidade dele, sua morte fez com que ele ficasse ainda mais famoso, Sophia o matou, mas a culpa caiu sobre o médico que cuidava dele... Tudo isso (e mais um pouco) estava no livro, se referindo a uma pessoa. Não precisa nem de detalhes, pelo nome já dá pra saber quem é esse rei. Outra vítima de Sophia foi um ator que cometeu suicido depois de ficar sem inspiração para um personagem sombrio que ele estava interpretando, "o sorriso macabro do personagem estava marcado no braço da garota". Palavras do próprio livro... Sorriso macabro, personagem sombrio... "Why so serious?" As referências a artistas são muitas, reconheci poucas pessoas, mas pelas características dava para saber que elas realmente existiram. O livro também tem referências a outros livros, como Crepúsculo ou Harry Potter, e no finalzinho, de brinde, uma pequena "homenagem" ao universo dos sonhos presentes A origem.

A história é cheia de falhas. Algumas coisas não são explicadas com clareza. O final é decepcionante. O título dos capítulos são letras de músicas (americanas) e praticamente contam o que vai acontecer naquele capítulo. Senti que a autora estava escrevendo, ficou mais de um ano sem escrever e retornou a história, sem ideia do rumo que ela iria tomar. Como se tivesse mesmo esquecido o que fazer. Uma vilã aparece do nada, com objetivos completamente sem sentido. A terra das fadas, que poderia ser explorada ao máximo, foi esquecida. Mas a autora fez questão de levar o leitor ao mundo dos sonhos, e o acontecimento que leva a isso é tão forçado que a impressão de que o livro foi escrito aos pedaços só aumenta. As marcas que Sophia tem no corpo não são muito bem explicadas, pode ter sido falta de compreensão minha, mas não fica claro se todas as Leanans Sídhes tem essas marcas ou se é apenas Sophia. As falhas são tantas que fazer uma lista demoraria dias.

A história parece original a princípio, mas é um pouco clichê. Um amor proibido, criatura sobrenatural amando um humano, humano arriscando a vida por causa da criatura, entre outras coisas. William é o rapaz "perfeito", inteligente, forte, bronzeado, gentil, bonito, entre outras mil qualidades. Sophia é a mulher bonita, mas que não tem nada de especial além disso. O tempo todo a autora repete que ela é sexy e bonita, de uma forma bastante generalizada (loira, olhos azuis, etc.), mas fora isso Sophia não tem nada de interessante. Fiquei pensando o livro todo se William não estava gostando dela apenas pelo encantamento, segundo o livro, ninguém poderia resistir ao encantamento da fada. Encantamento ou não, os protagonistas não me cativaram, o casal é muito vazio.
Apesar dos personagens terem um lado que parece legal, são extremamente irritantes e egoístas em determinados pontos. William esquece da família e dos amigos por causa de Sophia. Não se importa em morrer por causa dela, mesmo sabendo que sua mãe e seu pai sofreriam com isso. Se tranca no quarto por meses com uma fada invisível, se isolando completamente (ninguém liga para esse fato também). Chega a ser aceitável a fada aceitar a morte do namorado numa boa, deixar seus amigos se sacrificarem por ela e tudo mais, porque ela é descrita como uma pessoa de "coração de gelo". Porém, ela vai mudando aos poucos, mas não consegui torcer por ela, nem acreditei que ela se sacrificaria pelo namorado.

Apesar de tudo, não consegui largar O inverno das fadas com facilidade, mesmo ficando com raiva da história a cada página virada. A escrita da autora contribuiu para isso. Não posso dizer que me envolvi com o livro, porque no exato momento em que eu fechava a página eu esquecia do que tinha acabado de ler. Cheguei até mesmo a esquecer o nome dos personagens, o que estava acontecendo e que eu estava lendo um livro! Talvez seja por isso que alguns pontos não ficaram muito claros para mim, como o final. Li o livro rapidamente, mas não me envolvi com ele. O tempo que gastei durante a leitura valeu a pena, serviu para me distrair e eu até chegue a gostar da história, por isso não posso dizer que o livro foi uma completa decepção. Também não tive que me esforçar para chegar no fim, se a história tivesse sido mais elaborada, e o final bem trabalhado, teria gostado bastante dele. Mas não foi isso que aconteceu. O inverno das fadas tinha tudo para se tornar um livro excelente, mas perdeu o foco no final.

site: https://marina-menezes.blogspot.com/
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