Bonequinha de luxo

Bonequinha de luxo Truman Capote




Resenhas - Bonequinha de Luxo


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Julia 18/01/2015

"I'm crossing you in style some day"
Quem procura o livro pelo filme, se estiver de coração aberto e disposto a dispensar comparações encontrará uma outra Holly, um outro Fred, a mesma Lula Mae e tantos outros personagens. Acredito até que mesmo de coração fechado seria impossível ficar indiferente aos cenários que se repetem, aos cenários inéditos e aos que divergem. Nem o filme, nem o livro falham ao mostrar as possibilidades e deleites de se sonhar acordado e Audrey Hepburn conseguiu só com o olhar transpassar todos os sonhos de Holly Golightly e de Lula Mae.
Os personagens dessa narrativa de Capote são líricos, cínicos, excêntricos, porém reais, parece que a qualquer instante seria possível topar com um deles na esquina. A verdade de Holly que vai de sonhos inocentes a planos frios e materialistas entre uma ida ao banheiro e um afago no gato é de um realismo e honestidade apaixonantes. O filme romantizou os planos, as relações, Holly e Paul/Fred e os desfechos, mas nem por isso deixa de ter o seu valor diante do livro, pois o fato é que a senhorita Holly Golightly era uma romântica por natureza, que não conseguia deixar o passado pra trás, nem negas as raízes de sua doçura e certa inocência, assim como divaga com seu violão tocando suas "canções andarilhas, duras e sentimentais", que têm, provavelmente, um gosto de infância que só os românticos de verdade podem degustar e amargar.
Seu romantismo não atrapalha sua praticidade, porém, pois apesar da pouca idade a menina sabe que ao longo de seu percurso em busca de (o que é mesmo que ela busca?) terá que aturar alguns ratos e a antipatia de certas vizinhas, mas nem por isso ela se satisfaz com poucas gorjetas ou aceita menos que muito.
A menina que liberta em um abandono o seu gato, pois ele não lhe pertencia, e que aparenta não amar quem não é da família, na verdade parece que só queria mesmo pertencer a alguém, a algo, a algum lugar. Entre drinques, comentários ácidos, festas e relações supérfluas, ficou a sensação de que a história de Holly é um pouco a história de cada um.
Quem nunca se perdeu de si e alimentou sonhos e devaneios vãos transformados em máscaras para um mundo incapaz de assimilá-los, compreendê-los ou simplesmente aceitá-los?
Na fuga de sua própria origem e buscando sei lá o que Holly é essa eterna procura de cada um por si onde o lugar pode ser qualquer um Nova York, uma cabana na África, não importa. "Because no matter where you run, you just end up running into yourself."
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Ju Uezu 27/11/2014

Não posso deixar de dar minha resenha pra este livro encantador. Comecei no sentido inverso do qual estou acostumada.. primeiro vi o filme, que me encantou de tal forma, a ponto de no dia seguinte estar em uma livraria procurando o livro. É completamente impossivel não se apaixonar pela Holly, ainda mais quando não conseguimos desassociar a imagem dela, da belíssima Audrey Hepburn - por sinal, muitos aplausos pois não consigo imaginar alguém melhor que ela para este papel. (Marilyn você é 10, but..)

O livro gira em torno da Holly Golighty, uma garota de programa de luxo, que quer se casar com um homem rico. Antes de ver o filme, me pareceu que seria apenas mais uma histórinha clichê de uma mocinha fútil. Que engano o meu! A história em si é sim bem clichê, mas é impossível não terminar com gostinho de quero mais, querendo saber o que teria acontecido com a Holly.. Repito, é impossível não se encantar com o jeitinho tagarela, inocente, sonhador, e diria até meio inconsequente dela. É impossível não torcer para que encontre um lugar onde se sinta tão bem quanto na Tiffanys, para que enfim dê um nome ao gato, para que reveja seu irmão Fred.. e para que não precise jogar algo fora para perceber o que de fato pertence a ela!

O filme foi razoavelmente fiel ao livro, embora ambos sejam diferentes e igualmente encantadores!
Se você viu o filme, recomendo muitissimo que leia o livro. Se você apenas leu o livro, veja o filme... se você não fez nenhum dos dois: faça!

Palmas para Capote!
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Clóvis Marcelo 13/09/2014

ENREDO

Bonequinha de Luxo narra a vida de Holly Golightly sob o ponto de vista de um escritor que conviveu com ela durante parte de sua estada em Nova York. O personagem, não revela seu nome, apenas cita que foi apelidado de "Fred" por lembrar o irmão de Holly Golightly.

Holly Golightly é uma jovem que não encontra seu lugar no mundo, está sempre transitando em busca de boas companhias e grandes festas. A personagem é apresentada com uma personalidade frágil e confusa que busca nada mais além de sua própria felicidade, que segundo ela é um estado de satisfação semelhante a sensação encontrada ao observar as vitrines da Tiffany & Co. pela manhã.

"Eu não quero ter nada até saber que encontrei um lugar onde eu e as coisas nos completamos. Ainda não sei muito bem quando é que isso será. Mas sei como vai ser. - Sorriu, e deixou o gato ir para o chão. - Como o Tiffany's."

COMENTÁRIOS

Embora o livro tenha sido publicado em 1958, os acontecimentos narrados datam o ano de 1943. A história começa do futuro e regride até se passar o que aconteceu quando Holly Golightly entrou em sua vida. O passado, então, vira o presente da narrativa e segue desse modo até o final.

Holly não parece gostar de Paul, o menospreza, para ser mais específico. Este, por sua vez, é um narrador apático que mais faz destacar aquilo que observa junto com seu amor platônico por Holly do que sua própria personalidade.

A verdadeira Holly não nos faria lembrar a doce Audrey Hepburn, sendo mais cruel e inescrupulosa. Livre de pudores, deixa claro sua abertura ao sexo e tendência bissexual. Pela composição da história e escrita de Capote, além da fluidez do texto, a novela me marcou com 4 estrelas, sendo muito boa.

OS CONTOS

Contos maravilhosos. Primeiramente li a novela Bonequinha de Luxo para, posteriormente, ler os contos em sequência. Cada uma dessas três histórias me trouxeram emoções diferentes, e ao final as escolhas que compuseram o livro não poderiam ter sido melhor.

Uma casa de flores (©1950)

Fala sobre uma garota que abandonara a casa para viver num prostíbulo. Lá, sendo a mais nova de todas, é muito requisitada pelos homens, mas percebe que nunca se apaixonara por ninguém. Quando uma abelha lhe diz que esse momento chegou se muda para a casa de um homem do campo, lugar muito diferente do que imaginava, que pode ser encantador por fora, mas guarda muitas estranhezas por dentro, inclusivo aquele que seria o seu amor.

Um violão de diamantes (©1951)

Passado numa prisão, narra a vida de um senhor em especial que muda de comportamento depois da passagem de uma amizade em sua vida. O garoto recém-chegado, que alegrava a todos com o som de seu violão, se revela o mais inteligente e ardiloso dos homens daquele lugar.

Memória de Natal (©1956)

Último e mais triste de todos os contos, Memória de Natal nos envolve num sentimento de nostalgia indescritível, aquele tipo de tristeza que não é um drama depressivo. É narrado por uma criança que vive com uma prima de 60 anos, que para ele é descrita como sua amiga. Em sua visão inocente temos a sensação de que a idosa tem uma alma infantil. Passa-se em novembro ao lado de todos os preparativos para o natal. O final e a passagem de tempo que acontece são de fazer chorar.

*Para continuar lendo sobre o Filme, clique no link da descrição*

site: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2014/09/bonequinha-de-luxo-livro-filme-e-outros-contos.html
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Má Contato 23/08/2014

Resenha do blog www.minhaalmapedelivros.blogspot.com
O livro narra a história de Holly, uma prostituta de luxo. Por mais que no livro, em nenhum momento, fale que ela é uma prostituta, podemos perceber através de algumas cenas onde ela fala que recebeu dinheiro de seus acompanhantes e muitas vezes foge dos senhores (digo senhores pela idade, sim!) com quem costuma sair. O livro é narrado por "Fred" (que é o nome do irmão da Holly e, por este homem ser parecido com ele, ela decide que o chamará de Fred), um jovem que se muda para o apartamento no andar superior ao dela e, como ela é muito desligada e sempre esquece as chaves de casa, vive interfonando para que Fred abra a porta. E é nesse meio em que Fred se apaixona pela garota.
A personagem é muito complexa, porém, na narrativa simples de Capote, não conseguimos captar toda a sua complexidade. O livro é tão simples e fácil de ser lido que não conseguimos perceber todos os dramas e tragédias existentes na história. Chega um momento em que pensamos estar se tratando de uma comédia romântica, mas o livro é bem mais que isso.
Holly fugiu de casa aos 14 anos, juntamente com seu irmão que, no momento em que o livro é narrado, se encontra no exército. Holly, hoje, tem 19 anos e é livre, leve e solta. Gosta de viver sozinha, tomar conta de si mesma e não se apegar com ninguém. E ela também tem um gato (
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Denilton.Ramires 09/03/2014

Capote impressiona na franqueza ao expressar as nuanças da vaidade humana, sejam elas amorosas ou materiais. Uma prosa que arrebata na sinceridade, transpondo uma linha tênue entre realidade e ficção.

site: http://instagram.com/p/lJN_PBv8Lr/
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Ariane 27/12/2013

Bonequinha
Holly Golightly é uma jovem do interior, linda, e com a ambição de encontrar um grande amor com bastante grana. A personagem é maravilhosa, é descrita e apresentada muito bem, tanto no livro como no filme. Ambas as apresentações, mostram a inocência e a sabedoria de uma garota que já viveu muita coisa pela pouca idade que tem.

Truman Capote escreveu uma história leve, contando a vida de Holly que se muda para Nova York tentando a sorte em plena Segunda Guerra Mundial, após tentar o estrelado em Hollywood. A moça ganha a vida como um prostituta de luxo, algo que não é comentado explicitamente no livro.

A narrativa é feita em primeira pessoa, quem escreve é um escritor vizinho de Holly, que tornara um grande amigo e companheiro, e como todos os outros homens, se apaixonou pela enigmática moça.

Caso me perguntarem se gostei mais do livro ou do filme, ficarei muito em dúvida. Os dois são uma delícia. O livro, é claro, vem cheios de detalhes incríveis, porém o filme tem como seu maior brilho uma das personalidades a qual admiro muito, Audrey.

site: http://ideiafrouxa.wordpress.com/2013/12/16/resenha-bonequinha-de-luxo/
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Suelen 19/11/2013

Até gosto de filmes, mas sempre me interessei muito mais nos livros. Por isso, quando descubro que algum filme "clássico" foi feito baseado em livro, logo já quero muito lê-lo. Esse foi o meu caso com "Bonequinha de Luxo". Assim, confesso que nunca vi o filme, a não ser cenas esporádicas. Então, se você procura alguma comparação entre ambos, esqueça, esse não é o lugar certo.
Pelo que ouvi falar sobre a escrita de Capote, posso dizer que me surpreendi. Achei que ela fosse bem pior, confusa e massante, mas estava enganada. Pelo menos neste livro a leitura segue leve. Gostei do texto, da escrita, do enredo e, até mesmo, criei um carinho pela Holly e sua vida "fora dos padrões" - nos mais variados sentidos.
A única surpresa desagradável, foi descobrir que a história acaba no primeiro capítulo do livro; os outros três são dedicados a outros contos. Isso fez perder um pouco o brilho do livro, já que poderia ser abordado mais sobre a história da Holly e menos os contos. Ou melhor, deixar os contos para um outro livro, porque eles não são ruins, pelo contrário, apenas acho que estão no lugar errado. Durante a leitura até achei que talvez essas fossem algumas das histórias escritas por Paul. Fiquei aguardando o momento do livro onde aquelas histórias iriam se cruzar e me decepcionei quando percebi que elas não se cruzariam. Uma pena, isso faria o livro ser perfeito.
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RôPeyres 28/09/2013

Livro + Filme
Imagine a seguinte situação: o interfone do seu prédio toca durante a madrugada. Quem é? A sua vizinha que esqueceu a chave pedindo para abrir o portão da entrada. Desagradável? Imagine que esta cena se repita constantemente. Pior ainda? Mas é assim que se inicia uma amizade entre o narrador de Bonequinha de Luxo e Holly, a personagem título.

Além de ser um clássico da literatura escrito por Truman Capote, é um clássico do cinema, estrelado pela Audrey Hepburn. Como nunca havia assistido, decidi começar pela obra que originou o filme e me surpreendi.

O narrador, cujo nome não sabemos, após alguns anos sem saber do paradeiro da sua antiga vizinha Holly Golightly, ouve falar sobre ela e resolve escrever sobre essa pessoa intrigante que conheceu.

Como não sabia muito bem qual era a trama central, me espantei ao descobrir que a Holly é uma prostituta de luxo – o que é tratado de uma forma muito sutil, inclusive no filme, além de não ser o tema central. Todo o enredo desta novela é sobre esta mulher complexa que Holly é, além da superfície por meio das impressões do narrador, um aspirante a escritor, durante o breve período em que conviveram.

Uma narrativa muito ágil, que prende completamente a atenção. A partir do momento em que se conhecem, Holly Golightly já encanta o narrador. Dona de uma personalidade singular, misturando um refinamento, necessário à sua profissão de acompanhante de grandes empresários, ao jeito de menina do interior que saiu de casa aos 14 anos. Além de muito bonita e encantadora, é dissimulada, sabendo exatamente o que pode revelar e evitando o que quer manter privado. São poucos os momentos em que ela se abre para o narrador, com quem cria uma amizade. Porém, o tempo todo o chama de Fred, nome do irmão dela que está na guerra, devido a alguma semelhança entre os dois.

Já a adaptação cinematográfica, muito bem feita, é uma versão romanceada do livro. As alterações foram pertinentes para facilitar o enredo, melhorando a compreensão. E também para criar um romance hollywoodiano digno de um blockbuster. E talvez a concretização de algo que era esperado ao longo do livro – sendo que alguns diálogos são exatamente iguais aos do original.

Inclusive uma das cenas mais engraçadas é uma na qual a Holly está aprendendo a falar português, no período em que teve um “amante” brasileiro, um diplomata nada caliente. Enquanto ouve uma fita com alguém falando com sotaque de Portugal, ela repete algumas palavras, formando frase estranhas. Na minha visão, Audrey captou a essência da Holly na forma como a interpretou.

Realmente me encantei pela narrativa de Capote. A edição que comprei da Cia das Letras, lançada em 2005, além da história Bonequinha de Luxo, contém mais três contos, completamente distintos entre si, mas que valem muito a pena ler. Uma escrita fluída e sensível – possivelmente resultado da sua experiência como jornalista – aguçou minha vontade de conhecer outras obras dele.

Mais do que recomendada está Bonequinha de Luxo, uma das minhas melhores leituras deste ano. Depois me contem a opinião de vocês sobre o livro e o filme! Até breve :)

Beijos!

site: www.mudandodeassunto.com
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Karol Rodrigues 25/09/2013

Esperava mais
Ouvi falar a primeira vez em Truman Capote na faculdade quando paguei jornalismo literário. Por falta de conhecimento ou desinteresse mesmo, demorei para descobrir que ele era o escritor responsável por inspirar o filme Bonequinha de Luxo. A primeira obra que li do autor foi um livro reportagem chamado A Sangue Frio, uma história real em forma de romance que, às vezes, até soava com ares de ficção.

Fiquei viciada no autor e foi aí que descobri novas obras de Truman. Fui com muita sede ao pote pensando que iria encontrar uma obra extensa, densa e um livro de, no mínimo, 300 páginas. Infelizmente, ou não, me deparei com um pequeno livro da Cia das Letras com mais de 100 páginas que se dividia em quatro contos. A primeira edição do pequeno conto consta de 1958.

A obra, que de tão fantástica virou filme, fez outro sucesso duplicado. Na pele de Holly Golightly, a atriz Audrey Hepburn ficou conhecida mundialmente por viver a vida de luxo de uma moça de hábitos e horários nada ortodoxos. Holly é uma personagem excêntrica, que correu de um casamento nada planejado no meio da roça para viver o mais perto possível da joalheria Tiffany’s.

Apesar de leve e sutil, a escrita de Truman se desenrola devagar e até certo ponto cansativa. Há poucas pausas no conto, que não tem parágrafos curtos e nem ao menos capítulos. Notei esses pontos também em sua primeira obra e me incomodei um pouco com a diagramação da Cia das Letras: letras pequenas e um certo defeito na divisão das páginas que deixava o livro meio "torto" ao decorrer da leitura.

Ainda não consegui conferir a adaptação cinematográfica de Bonequinha de Luxo, mas acredito que eles tenham acrescentado muita coisa no roteiro. Nas páginas, ficou com gostinho de quero mais e o cinema acabou dando um empurrãozinho e ajudando a deixar a história mais redonda, penso eu. O sucesso ficou por conta da interpretação de Audrey, que vergonhosamente eu ainda não tive a honra de conferir.

No final das contas, Bonequinha de Luxo não atingiu minhas expectativas (depositei fé demais) e acabei ficando com aquela velha pergunta "Sim, mas o que aconteceu com ela?" e de tão acostumada com livros grossos e cheios de detalhes, acabei condenando meu querido Truman e o xingando por ter escrito tão pouco. Vamos ver se assistindo ao filme eu mudo de opinião.


site: http://www.assinadokaka.com/2013/08/bonequinha-de-luxo-truman-capote.html
saralima 06/12/2013minha estante
Concordo com cada palavra sua!
Meu primeiro contato com Capote foi a sua biografia e fiquei muito cusiosa para ler A Sangue Frio, livro que recomendo a todos e considero a sua melhor obra. Eu acho Bonequinha de Luxo sem sal e o filme também não me entusiasma nem um pouco.....


Karol Rodrigues 25/08/2014minha estante
Pois é, Sara! Eu esperava coisa melhor do livro (e do filme também). Acredito que o sucesso dos dois tenha se dado pela direção e pela atuação de Audrey. É um filme história, que remete a uma época de luxo e, consequentemente, há uma apelação para a endeuzar a obra. A Sangue Frio com certeza é a melhor obra dele.


Andressa 13/06/2017minha estante
Acabei de terminar de ler e fiquei com a mesma impressão. Não entendi aqueles contos no fim do livro. O autor corta a história de Holly e foge para outras bem diferentes.
Achei um livro vago. Quando comecei a ler, estava com as expectativas tão altas, mas me decepcionei.




Mariana 30/08/2013

Bonequinha de Luxo de Truman Capote
Há séculos, eu consegui pegar o final do filme passando no Telecine Cult e gostei bastante. Eu gostei, principalmente, das atitudes da Holly. Ela é autêntica, moderna para a época, não se apaixona, leva a vida do jeito que quer, é despreocupada e no fim de tudo, ainda sobra espaço para ela ser humana e palpável. Eu não tinha entendido exatamente sobre o que era o filme, mas tinha criado as minhas teorias (que a Holly era uma prostituta, que o cara tinha sido cliente dela e se apaixonado, enfim...) e foi legal levar um tapa na cara do livro, afinal de contas, a história não é assim tão simples. Ela envolve muito mais do que apenas um homem apaixonado por uma prostituta.

O livro de Capote segue um escritor que se muda para o mesmo prédio onde mora Holly, uma mocinha com menos de vinte anos e um leque imenso de amizades masculinas. Ela é barulhenta, tem horários nada cristãos, e isso incomoda esse escritor. Ele, então, resolve conversar com ela e eis que dessa conversa, nasce uma amizade. Ele participa das festas que ela dá, ele fica sabendo parte da vida dela e ele acaba se apaixonando por ela. Holly é uma menina que quer aventuras, por isso, ela não se importa com o fato de ter virado uma criminosa, de ter se interessado pelo noivo da "amiga" ou de fugir para um país desconhecido levando apenas uma lista dos homens mais ricos de lá.

Eu adorei o modo como a história caminhou. O escritor (que, se tem um nome, eu não consigo me lembrar de jeito nenhum) é apenas um espectador nessa história toda. Não existem conflitos ou fatos mais importantes do que Holly na vida dele e acho que é isso que dá um maior caráter de conto para a história. Ele é como um narrador sem passado, sem interesses e sem família, porque, na narrativa dele, apenas o que salta é Holly. Ela se torna uma espécie de obsessão durante essa narrativa, porque a falta de passado dela é o que faz o escrito ir atrás, tentar descobrir o que teria acontecido com ela para que se tornasse uma menina tão jovem sustentada por diversos amigos.

Eu diria que Holly vivia no limite de tudo. Ela foi presa, ela fugiu do país, ela vivia em relações com pessoas que ela não gostava num primeiro momento... Eu gostei disso porque trás uma imagem diferente para a mulher, uma imagem que nunca se espera. Holly não é casta, não é caseira e, certamente, não espera que alguém lhe diga o que e como fazer. A vida dela começou bastante cedo, também, com um casamento aos quatorze anos com um homem muito mais velho, uma fuga para a cidade depois disso (não sem que ela inclusive tentasse o cinema). Eu gostei porque é diferente de todas as história escritas nos anos cinquenta.
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Caroline Gurgel 09/07/2013

Irretocável...
Ninguém pode ser tão desatento que jamais tenha ouvido falar de Bonequinha de Luxo. Se não da novela do célebre Capote, ao menos da sua adaptação para a 7ª arte. Eu era uma das que conhecia Holly Golightly pela eterna e inigualável Audrey Hepburn, quando resolvi, finalmente, ler esta novela. E não demorou muito para que eu pensasse “por que não li isso antes?”.

A escrita do Truman Capote é deleitável. Tem um quê de lirismo e erudição, ao passo que é de uma simplicidade encantadora, que não deve haver quem não se lamente pela pouca quantidade de páginas.

Paul ‘Fred’ é o narrador dessa estória que nos conta um pouco da vida um tanto excêntrica de Holly, uma bonequinha, leia-se prostituta, de luxo. Ele é um escritor que acaba de se mudar para um novo apartamento em Nova Iorque e passa a ser vizinho de Holly, e, como todos, se encanta por ela. Holly é uma personagem fascinante, única, exótica e complexa. Tem um ar de ingenuidade misturado a vontade de ser livre, de não pertencer a ninguém ou a algum lugar. Fala desenfreadamente, sem pensar. Fala o que quer. Faz o que quer.

Há algumas diferenças entre o filme e o livro, cada um com seu charme. A Holly de Audrey é menos camponesa e mais glamorosa que a Holly do Capote. Não que a Holly das páginas não tenha glamour, tem de sobra. O Paul de George Peppard é tão apaixonado quando o de Capote, mas enquanto um tem o romance mais platônico o outro o desenvolve mais abertamente.

Não li muitos clássicos americanos, mas esse, seguramente, é meu favorito. Leiam e, certamente, apreciarão a escrita precisa e irretocável desse afamado escritor.
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Flavinha 12/06/2013

Breakfast at Tiffany's
Da série "livros que inspiraram filmes que eu adoro": Morri de amores qdo ganhei este de presente do pessoal do trabalho, no meu aniversário. Mas devo dizer que a leitura não foi tão apaixonante quanto eu esperava, apesar de conseguir visualizar bem nas páginas do livro a personagem imortalizada por Audrey Hepburn; Mas tenho a impressão que foi bem isso que faltou ao livro: a vida e a vivacidade de Holly, tão bem marcadas no filme.
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Daniel 11/06/2013

Tão diferente e tão bom quanto o filme
É impossível desassociar Holly Golightly de Audrey Hepburn. E embora livro e filme sejam tão diferentes, são ambos altamente recomendados.

A principal diferença entre livro e filme é que no livro não existe um romance entre o escritor, que é o narrador da história, e a protagonista. Eles se conhecem porque moram no mesmo prédio em Nova York, nos anos pós guerra. O narrador/escritor vai de certa forma se apaixonando pela garota, pelo seu estilo, pelo seu comportamento avançado para a época, pela sua ambição em "ficar rica" e ter um lugar para chamar de seu. Da sua aparente futilidade, ele vai descobrindo uma garota romântica e ainda apegada a laços familiares e do passado.

Há personagens que existem no livro e não existem no filme, e vice versa. No livro não existe, por exemplo, a amante do escritor que o sustentava; no filme não existe Joe Bell, o barman com cara de poucos amigos que trabalhava onde o escritor e Holly iam beber e telefonar.

Livro e filme tem qualidades distintas: o filme é romântico, leve, engraçado; o livro é mais realista, meio amargo e até triste. O que ambos tem em comum: como é bom ler o livro e ver o filme, não importa quantas vezes você já tenha feito isso!

É incrível como a escrita de Truman Capote parece leve e despretensiosa, mas seus biógrafos afirmam que isso era resultado um trabalho arduamente burilado.

Ainda fazem parte da edição três contos. O último conto do livro, "Recordação de Natal" (também semi autobiográfico), é uma das coisas mais emocionantes que já li.

Numa opinião muito pessoal, acho que este livro é a obra prima de Truman Capote, mesmo que todo mundo ache que seja "A Sangue Frio".

Se não me engano foi Norman Mailler quem disse que "não há uma palavra errada sequer em Breakfast at Tiffany's". Eu concordo com ele.
Paulo 28/05/2021minha estante
oi Daniel, adorei seus comentários. Eu assisti o filme há alguns anos mas vez ou outra eu me pagava pensando nele. Depois que li sua resenha fiquei animado pra ler o livro e hoje comecei a leitura!!! afff a Holly Golightly é tão icônica!


Daniel 18/01/2022minha estante
Oi Paulo! li seu comentário só hoje. Eu acho realmente incrível como o livro e o filme possam ser tão diferentes e, ainda assim, ambos tão bons. A Holly da Audrey é pura perfeição.




Rodrigowess 28/05/2013

Muito bom
O livro expõe bem mais a vida de Holly do que o filme, fico dividido em decidir o que prefiro, pois ver Holly é muito bom, mas saber profundamente o que a faz seguir em frente com suas pretensões.
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Lara Castro 27/02/2013

Bonequinha de Luxo - Truman Capote
"É preciso ser sensível para gostar dela, é preciso ter um quê de poeta."
Lula Mae abandonando e esquecendo sua infância de miséria para se transformar em Holly Golightly. Vivendo em Nova York, tudo o que tem em sua geladeira é champagne e ricota. A garota desinibida e encantadora que não se prende a ninguém, é livre e independente, seja lá o que ela faça de sua vida.

Que delícia seria observar as vitrines da Tiffany em sua companhia.

Audrey Hepburn estupenda na versão cinematográfica, apesar de ser uma personagem um tanto diferente da do livro. Em pensar que Capote queria Marilyn Monroe para encarnar Holly.
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