Bonequinha de luxo

Bonequinha de luxo Truman Capote




Resenhas - Bonequinha de Luxo


185 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 12 | 13


Caiubi 16/11/2012

Truman Capote - Bonequinha de Luxo
Truman Capote possui uma escrita tão leve que transforma tudo que acontece com nossa personagem Holly em algo comum e natural. Comparando ao filme, é óbvio as tantas diferenças entre o livro e o roteiro, até porque o filme foi fruto do que a indústria cinematográfica pedia em sua época. Acho muito prudente um novo filme, mais fiel ao livro, mais dramático e menos mar de rosas.
O aspecto mais importante que vejo o livro passar é a maneira como nossos atos estão separados da nossa personalidade e carácter... é a velha história de que não se pode julgar as pessoas sem realmente conhecê-las. Holly é apenas uma jovem, sonhadora, que passa por um estilo de vida e problemas que jamais se encaixariam no que ela é. Ela apenas vive, como a vida a está propondo a viver.
No mesmo livro, ainda existem outras três pequenas histórias de Truman Capote, que não perdem em nenhum momento características de narrativa leve, cativante, que nos faz apaixonar pelos personagens com todas suas peculiaridades.
comentários(0)comente



Taaahhh 19/10/2012

Adorei o livro e super recomendo! Já era apaixonada pela historia retratada em filme, e diferente do que sempre acontece após a leitura não me decepcionei com nenhum dos dois! No filme os diálogos foram bem fiéis e apesar do desfecho ser diferente do livro, encarei a diferença como uma possibilidade de encararmos o final que acharmos melhor!
comentários(0)comente



Luciana Couto 06/04/2012

A bonequinha em frente à Tiffany’s
Escrever sobre uma prostituta é um caminho fácil ao estereótipo. Por vezes exageradas pelos autores ou discriminadas pelo público, essas personagens quase sempre estão em meio a uma trama baseada no submundo da nossa sociedade. E como encontrar beleza em uma profissão tão estigmatizada? Como fazer o público (leitor) se apaixonar por uma personagem tão “suja”?

A tarefa nada fácil foi realizada por ninguém menos que Truman Capote – apontados por muitos como pai do Jornalismo Literário pelo seu célebre livro A sangue frio – que soube mostrar o lado doce e ingênuo de uma acompanhante de luxo de Nova York.

Eternizada por Audrey Hepburn no cinema, Holly Golightly – que não tinha nada de Magdalena Arrependida – era uma moça do interior que sonhava em fazer carreira no cinema e se casar com um homem rico. A sua simplicidade contagia seu vizinho escritor que, por ser homossexual (suposição), não a olha com o mesmo desejo dos outros homens e sente por ela um carinho especial. É ele quem narra as estrórias de Holly a partir dos descobrimentos que vai fazendo sobre ela.

Para mim, a genialidade de Capote está na simplicidade do texto, que conta a estória da menina de interior com grandes sonhos de forma muito leve. Em nenhum momento do livro, fica claro a profissão da protagonista (nem a homossexualidade do narrador), pois o autor deixa as suposições a cargo – e deleite – de nós leitores. É como observar tudo de uma janela indiscreta e fazer suposições e julgamentos sobre a pobre e doce Holly.

Mais no Dropz.com.br
comentários(0)comente



Canafístula 30/12/2011

Bonequinha de Luxo, de Truman Capote
Esse livro é um livro com vários contos do escritor Truman Capote, dentre eles, o famoso e aclamado Bonequinha de Luxo, um dos clássicos do cinema estrelado pela diva Audrey Hepburn. Eu confesso que só li Bonequinha de Luxo – não tive muito interesse pelos outros contos – e não me decepcionei.
O conto do livro é muito diferente do filme. Nem preciso dizer que é mil vezes melhor, né? O filme só é salvo, em minha opinião, pela atuação da Audrey, porque Hollywood estragou toda a história doce e fina do livro só para adaptar um final feliz e bonitinho, típico da indústria cinematográfica. Você consegue se identificar muito mais com a Holly do livro do que com a Holly do filme – apesar de ser interpretada pela Audrey, que é minha atriz favorita. Fica a dica de leitura que além de leve, é muito agradável.

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
comentários(0)comente



Kamila 26/12/2011

Livro que deu origem ao filme dirigido por Blake Edwards, “Bonequinha de Luxo”, como idealizado por Truman Capote, é uma obra muito diferente do material adaptado por George Axelrod. O livro enfoca muito mais a figura de Holly, seu caráter alienado e suas idiossincrasias do que o relacionamento que se desenvolve entre Holly e o narrador. O que interessa a Truman Capote é o retrato de um estilo de vida elegante e fútil que tanto o fascinava – e que foi fruto da observação atenta de Capote junto às suas amigas da alta-sociedade nova-iorquina.
comentários(0)comente



Aline T.K.M. | @aline_tkm 13/12/2011

Holly = Audrey Hepburn, sempre!
Bonequinha de Luxo garante uma leitura muito prazerosa e fluida. É o tipo de livro que mantém o leitor envolvido por horas a fio. Uma pitada de humor, outra de sarcasmo, e mesmo uma pincelada de drama não óbvio, são ingredientes que se mesclam e tornam o livro mesmo especial aos olhos de quem o lê.

Holly é uma personagem única (e indissociável de Audrey Hepburn – quem viu o filme não dará outra cara a Holly que não seja a de Audrey) e naturalmente hilária em seus modos.
Entre as cenas do filme que encontrei descritas no livro, destaco a parte em que Holly e Paul (ou Fred, como preferirem!) roubam máscaras de uma loja. Porém, adianto que o livro não é idêntico ao filme...


LEIA O REVIEW COMPLETO EM:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/10/bonequinha-de-luxo-truman-capote.html
comentários(0)comente



Natty Ambrósio 12/12/2011

O Sex and The City dos anos 1950
O cenário

Holly Golightly foi eternizada em 1961 por Audrey Hepburn, no filme Bonequinha de Luxo baseado na novela, de mesmo nome, escrita por Truman Capote. O livro foi publicado originalmente em 1958. Brackfast at Tiffany´s (título original) tem a Nova York dos anos 50´como cenário. A personagem principal é tão encantadora que é difícil lembrar que sua história se passa no período entre guerras.


O passado

Stra. Hollyday Golightly nem sempre teve este nome. Antes de ser a sofisticada e moderna garota que “nunca tirava os óculos escuros, estava sempre arrumada, havia um bom gosto coerente na simplicidade das roupas, nos azuis e cinzas e na falta de brilhos, que faziam que ela mesma resplandecesse”, Holly já foi Lulamae; uma menina órfã que só tinha ao irmão, Fred, no mundo. Casou-se aos 14 anos com Doc Golightly, o homem que além de um sobrenome, lhe deu amor e todo o conforto que se podia ter morando na roça. Infelizmente pra Doc, isso não foi o suficiente para mantê-la ao seu lado. Foi então que Lulamae fugiu de casa e trocou de nome, de cidade e de vida.


O olhar

A história de Holly depois que chega a Nova York é narrada por um jovem escritor fracassado, George Peppard e visivelmente apaixonado por Holly. Apaixonado por sua beleza, espontaneidade e seu jeito sonhador. Talvez tenha sido assim, através de um narrador masculino, que Capote tenha chegado à perfeição de descrever uma mulher aos olhos de um homem conseguindo escapar dos clichês e mesmo se tratando de uma prostituta de luxo, não se referir a ela com vulgaridade.


A cidade

Chegando a Nova York de bolsos vazios, mas de coração aberto, Holly tem um relacionamento mais intenso com a cidade do que com as personagens que nela moram. O seu mais intenso e sonhador relacionamento é com a joalheria Tiffany´s, e é essa relação que dá à obra o título original (Breackfast at Tiffany´s).
“Mas descobri que o melhor para mim é pegar um táxi e ir até a Tiffany´s. Eu me acalmo na hora com aquele silêncio e aquele orgulho no ar; nada de muito ruim poderia acontecer ali, não com tantos homens gentis de terno elegante e aquele cheiro de prata e carteira de crocodilo.” E assim Holly descreve sua verdadeira paixão. Mesmo com as idas e vindas de homens poderosos na sua vida, chego à conclusão de que a única paixão que Holly teve, foi mesmo a Tiffany´s.
“Eu amo Nova York, mesmo que não seja minha como alguma outra coisa ainda há de ser, uma árvore, uma rua, uma casa, alguma coisa, seja o que for, mas que seja minha porque sou dela.” E assim Holly declara seu amor por Nova York.


O apartamento

Holly era uma mulher independente e desapegada das pessoas e das coisas. Prova do seu desapego era seu apartamento desprovido de móveis, onde se encontrava umas malas por ali, outra pilha de coisas aqui, alguns caixotes pelo chão que hora serviam de banco, ora de criado mudo. Como se estivesse sempre pronta para em 5min juntar todos os seus pertences e cair no mundo. Dessa forma seu apartamento conseguia refletir suas reais ambições.


A Holly

Mas seu desapego com as coisas não chegavam a deixar Holly se descomprometer com a aparência. Sempre de óculos escuros, pérolas no pescoço e vestidos de cortes simples e sofisticados, Holly ostentava o luxo e a luxuria dignos de uma verdadeira bonequinha (playdoll) de luxo, na cidade de Nova York.
Como pessoa boêmia e mundana que era, Holly nunca deixou de ter seus vícios e mesmo tida como devassa pela sociedade, sempre expressava seus valores morais, e o principal deles era a sua fidelidade às poucas amizades que tinha. Mas Holly sabia que sua jornada pelo mundo era solitária, e por isso não permitia nem que as pessoas tidas por ela como amigos chegassem muito perto de sua privacidade; talvez por que soubesse que um dia teria que abandonar essas pessoas, e não quisesse fazê-las sofrer.
É impressionante a maneira como todas as personagens giram em torno de Holly, que consegue ser ingênua e calculista ao mesmo tempo, e nos faz questionar por que aquelas pessoas são aficionadas por ela, mas isso por apenas alguns segundos, e logo também ficamos apaixonados novamente pela esperteza de Holly e o jeito fascinantemente “nobre” com que ela leva a vida, pois até para uma prostituta é preciso ter nobreza no coração. “você não pode transar com o sujeito e passar a mão na grana e nem tentar acreditar que o ama”.
Holly tem várias qualidades que deveriam fazer com que não gostássemos dela, mas a boneca sabe nos cativar em pequenas passagens do livro como esta: “É paçante, mas a verdade é que as coisas boas só acontecem se a gente for uma boa pessoa. Boa, não, honesta é melhor. Não honesta no que diz respeito à lei, mas honesta consigo mesma.”


Mulher Moderna

Holly é o retrato da mulher moderna, já na década de 1950. Sua independência te deu o direito de sair para conquistar o mundo, explorar sua beleza e charme e também fazer uma graninha rápida com elas; e fazer tudo isso, sem perder a pose. Afinal, Holly é uma personagem eternizada e musa inspiradora de várias mulheres por gerações, isso, sendo uma prostituta.


Truman Capote

Pode ser muita ignorância minha, mas antes de comprar o livro, jamais imaginei que Bonequinha de Luxo tivesse sido escrito por Truman Capote. Conhecia Capote por outros trabalhos. “A Sangue Frio” talvez sua principal obra pro mundo e pra mim. Afinal, o livro que também foi transformado em filme é um clássico para jornalistas. Tento NADA haver com Bonequinha de Luxo, A Sangue Frio é um livro reportagem, que rapidamente falando capote começa a escrever sobre um assassinato de uma família em uma cidadezinha e essa reportagem passa a ser o prórpio livro. No filme, truman se envolve tanto com o assassino e com a história que isso passar a fazer parte de um drama na sua vida, e talvez ele influencie para dar um fim “precipitado” na história para tirar esse drama da sua vida. Capote também é famoso por seus contos, que entre uma e outra exceção são igualmente bem narrados e envolventes como Bonequinha de luxo.

Por: Natália Ambrósio
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



cristianepf 12/10/2011

Sou provavelmente a última a saber que meu filme preferido foi baseado em um livro. Mas tudo bem, correndo atrás do prejuízo, acho que não perdi muita coisa. Embora a história seja maravilhosa, com personagens peculiares (sendo a melhor delas, Holly, é claro) acho que essa é uma daquelas exceções em que o filme é melhor que o livro.

Ao ler essa história breve de 150 páginas, temos a impressão engraçada de que o livro veio depois do filme e não o contrário, principalmente porque Holly parece ter sido inspirada em Audrey Hepburn. Mesmo com algumas falas e cenas idênticas, quando as diferenças surgem, acabo sempre preferindo o filme. Não tenho certeza se quem ler o livro consegue captar aquela essência maravilhosa da história, isso é bem melhor retratado no filme.
ijhghjknk 18/06/2013minha estante
tsc tsc




Kris 28/05/2011

Contradizendo todas as minhas expectativas, esta obra mostrou-se um verdadeiro cássico. Uma obra prima de Capote, atingindo com realeza seu objetivo de formular uma personagem complexa e densa. Contrariando o título e até mesmo o filme baseado nesse livro, este apresenta um conteúdo pesado e quase dramático, refletindo a intensa confusão entre contrários presente numa alma conturbada e quase doentia. A visão através dos olhos do personagem que narra torna tudo mais leve e ligeiramente mais cego, mas ao analisar-se 'imparcialmente' os fatos relatados, percebe-se o sutil absurdo das ações de nossa imortal Holly. Triste, confuso e cheio de entrelinhas, é um livro para quem gosta de verdadeiras histórias de vida.
comentários(0)comente



Bibs | @queriaestarlendo 01/04/2011

Breakfast at Tiffany's - O filme
Como amante de cinema tenho orgulho em dizer que o filme é explendido e que eu não pensaria em uma atriz melhor para interpretar a intriganate Holly; porém, como amente de livros me sinto triste em dizer que o filme, nesta ocasião, superou o livro. Depois de ler "A snague frio" achei que Capote jamais me decepcionaria, mas ele conseguiu. "Bonequinha de luxo" tem uma história interessante e tragicomica, mas a escrita do autor best-seller deixa a desejar nesse pequeno livro.
Toda a facilidade que tive em me colocar nas locações e visualiar persoanagens se deve ao fato de ter assistido primeiro ao filme, pois Capote peca nos detalhes e descrições.
No final das contas é um livro bom com um enredo interessante, mas que não parece ter vindo de Capote.
Recomendo o filme de Blake Edwards com Audrey Hepburn como Holly Golightly e George Peppard como nosso escritor, chamado por Holly de Fred.
comentários(0)comente



Anica 11/12/2010

Bonequinha de Luxo (Truman Capote)
Sei que devemos muito à Audrey Hepburn por imortalizar a imagem de Holly Golightly em frente à joalheria Tiffany’s no filme Bonequinha de Luxo (1961). Mas é só depois de terminar a novela escrita por Truman Capote que você se dá conta que a personagem era na realidade um presente para a atriz, porque ela já vem pronta: arrebatadora, cativante. Página após página o narrador, visivelmente apaixonado pela moça, a apresenta para o leitor de modo que é impossível terminar a história não amando Holly Golightly.

São pequenas manias (como coçar o nariz quando sua privacidade é invadida), o jeito tagarela, inocente e ao mesmo tempo esperto, sonhador e calculista. Não dá para explicar. É uma combinação de elementos que prendem ao leitor da novela porque ele quer mais Holly, saber mais dela. Dia desses ao falar de Amuleto (http://meiapalavra.mtv.uol.com.br/2010/11/21/amuleto-roberto-bolano/) comentei sobre a dificuldade de um homem escrever uma personagem feminina e de como eram raros os que conseguiam fazer isso sem cair em clichês. Pois bem, coloquem Capote na lista. Holly é a personagem feminina mais encantadora da qual tenho lembrança.E pela delicadeza da narrativa, você mal percebe o tempo passar enquanto lê. Se tiver tempo, é bem provável que acabe lendo em um dia só. Porque não é só Holly que encanta, mas o modo como as personagens giram ao redor dela, como a cadeia de acontecimentos leva ao desfecho lindo no qual a garota diz: “Estou com muito medo, rapaz. Isso mesmo, finalmente. porque isso poderia continuar para sempre. Não saber o que é seu até a hora que você joga fora.” A história toda é simples e leve, tal como sua protagonista.

A edição da Companhia das Letras conta ainda com mais três contos de Truman Capote: Uma casa de flores, Um violão de diamante e Memória de Natal. São todos trabalhos excelentes (talvez O violão de diamante seja o mais fraco entre os três), mas a sensação que dá ao ler é a mesma de conhecer a cidade dos seus sonhos e depois visitar outro lugar: nunca será tão bom quanto foi o primeiro local. As personagens cativam, mas são um fiapo perto de Holly. As histórias são bonitas, mas não tanto quanto Bonequinha de Luxo. Eu aconselho uma pausa entre a novela e os contos, justamente para não cair nessas comparações.

Porque especialmente Memória de Natal merece atenção. É um conto lindo, como todos aqueles que sabem evocar a pureza da nostalgia de momentos felizes. Além disso, Capote é muito bom em criar imagens (as pipas voando no céu, ou mesmo a casa de Royal no primeiro conto), são daquelas que continuam na memória mesmo depois de fechar o livro.

Valeu cada minuto da leitura, e recomendo até para aqueles que já viram o filme. Leiam, porque o texto Bonequinha de Luxo é algo completamente diferente, mesmo que a adaptação seja até razoavelmente fiel. E não esqueçam da pausa antes de começar a ler os contos, porque eles merecem um pouco da atenção que Holly Golightly provavelmente terá roubado de você.
comentários(0)comente



Pri 04/11/2010

Capote e a bonequinha
Esse livro possui três contos além de Bonequinha de Luxo: Uma casa de flores, Um violão de diamante e Memória de Natal.

Aqui um trecho de Bonequinha de Luxo:

"A garota ainda tinha um gato e tocava violão. Quando o sol estava muito forte, lavava os cabelos e, na companhia do gato, um bichano ruivo e rajado, sentava-se na escada de incêndio, dedilhando o violão enquanto o cabelo secava. Sempre que ouvia a música, eu ia em silêncio até a janela. Ela tocava muito bem, e às vezes cantava. Cantava no tom rouco e quebrado de um rapaz. Conhecia todos os sucessos musicais, Cole Porter e Kurt Weill; gostava especialmente das canções de 'Oklahoma!', que, por serem a novidade daquele verão, eram ouvidas em toda parte. Mas certas canções me intrigavam - onde ela as havia aprendido? de onde essa moça vinha? Canções andarilhas, duras e sentimentais, com letras que cheiravam a pinheiro ou a pradaria. Uma delas dizia: 'Não quero dormir, não quero morrer, só quero andar pelos pastos do céu'; e era dessa que ela parecia gostar mais, pois muitas vezes continuava a cantá-la mesmo quando o cabelo já estava seco, com o sol posto e as janelas luzindo no crepúsculo." (página 20)

E outro de Memória de Natal:

"Dos ingredientes para o bolo de frutas, o uísque é o mais caro e também o mais difícil de conseguir: as leis estaduais proíbem a sua venda. Mas todo mundo sabe que se pode comprar uma garrafa do sr. Haha Jones. E, no dia seguinte, tenho concluído as nossas compras mais prosaicas, seguimos para o endereçõ comercial do sr. Haha, um café 'pecaminoso' (para citar a opinião pública), onde se dança e se come peixe frito, perto do rio. Já estivemos lá, e na mesma missão; mas, nos anos anteriores, fizemos negócio com a mulher de Haha, uma índia de pele escura feito iodo, cabelos descaradamente oxigenados e aparência exaustada. Na verdade, jamais vimos o marido, mas ouvimos dizer que é índio também. Um gigante com cicatrizes de navalha no rosto. É chamado de Haha por ser um homem soturno, que nunca ri. À medida que nos aproximamos do café (uma grande cabana de troncos, enfeitada por dentro e por fora com grinaldas feitas de lâmpadas berrantes, junto à margem enlameada do rio, à sombra de árvores carregadas de um musgo que toma conta dos galhos como uma neblina escura), os nossos passos se tornam mais lentos. Até mesmo Queenie pára de saracotear e segue ao nosso lado."

Um livro muito bom. Linguagem acessível e fluida. Contos envolventes. Recomendo.
comentários(0)comente



Anna 12/07/2010

Achei o conto "Bonequinha de Luxo" bem interessante, que mostra uma Holly Golightly bem diferente daqueles que vemos no filme, interpretada pela linda Audrey Hepburn, mas que, ao menos pra mim, soa bem mais real, palpável. A adaptação para o cinema é bem diferente do conto, e talvez goste mais dela por ser mais doce, mas devo concordar que o conto é mais possível, mais coerente e toda essa coisa.
Dos outros contos, o que mais gostei foi "Uma Recordação de Natal" que é uma linda história de amizade entre um garoto e uma velhinha, que faziam bolos de frutas para todos que conheciam no Natal.
comentários(0)comente



Jessifane 05/04/2010

Sensacional.
Holly é uma personagem inesquecível. Bom mesmo.
comentários(0)comente



185 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 12 | 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR