Flah 28/11/2012Predestinados - Josephine AngeliniEu ouvi falar incrivelmente bem desse livro. Além de ter um assunto bem interessante, o que, ao ler o resumo me trouxe uma impressão bem a la Percy Jackson, ainda ouvi muitas criticas positivas sobre ele. Fiquei bem animada quando foi anunciado que ele sairia no Brasil, já que estou com algumas dificuldades em comprar livros americanos, e acabei comprando-o assim que sobrou dinheiro.
Helen é uma garota diferente. Desde pequena ela sabe que existe algo de muito estranho com relação a ela, mas sempre tentou se encaixar. No entanto, com sua beleza invejada por tantas meninas e as coisas estranhas que, sem querer e sem explicação, muitas vezes fazia, ela nunca conseguiu realmente se sentir parte de sua cidade. Parecia sempre estar deslocada.
Entretanto, ultimamente tem sido realmente difícil para ela esconder esse fato. Desde quando uma família se mudou para a cidade e se tornou “a notícia” local, as coisas na vida de Helen ficaram ainda mais doidas. Principalmente quando encontra Lucas Delos e descobre que há algo de muito incomum nessa relação.
O livro começou levemente agradável. Porém, conforme fui avançando na leitura, senti um pensamento tomando conta de mim: “Eu já vi isso em algum lugar”. E já tinha visto mesmo. Depois de algum tempo de leitura, percebi de onde vinha aquela sensação doida de Deja Vú.
Crepúsculo. Isso mesmo. O livro é inteiramente permeado de passagens existentes na saga dos vampirinhos. Há aquele ambiente familiar no qual os membros guardam um segredo, são bem próximos e moram em uma mansão enorme. Há também aquela hostilidade que toma conta dos dois protagonistas logo nas primeiras páginas e algumas cenas também, como aquela do carro em que o Edward salva a Bella de um atropelamento.
Quando terminei de ler, achando que eu estava sendo um pouco implicante com a história, resolvi até mesmo ver algumas resenhas. Descobri, então, que não sou a única a achar essa semelhança no livro, aliás, mais pessoas do que eu esperava o acharam parecido demais com Crepúsculo.
A protagonista também não é uma flor. Ela é bem sem graça e não consegue conquistar o leitor. Eu passei mais tempo com raiva dela do que desejando que as coisas, de fato, dessem certo. Aliás, uma das coisas que eu mais odiei nesse livro foi o fato de como absolutamente todos os personagens são lindos, lindos de morrer. Há aquela aura de perfeição em torno deles, como se eles fossem lindos, legais e fantásticos demais para que as coisas dessem errado.
A narrativa também não conquista. Eu achei que ela foi parada e nada fluida. Houve partes que eu tive vontade de desistir do livro e não ler até o final. Não sei se é falta de tolerância de minha parte com livros do gênero, mas eu simplesmente estou doida com essa receita de bolo que os livros sobrenaturais acabaram por tomar emprestado do famoso Crepúsculo. É uma repetição cansativa e desnecessária. Existem muitos livros do mesmo gênero que são parecidos, mas que conquistam pela narrativa e pela história tão bem bolada como, por exemplo, A Academia de Vampiros, da Richelle Mead.
Portanto, eu acredito que o livro trouxe muitos detalhes e semelhanças desnecessárias que tornaram a leitura bem chata. Não gostei dos personagens, da história e muito menos do desfecho meio aéreo. Aliás, nem mesmo a mitologia é muito bem explorada. A autora focou demasiadamente em uma parte da história e esqueceu-se de que a mitologia não é apenas aquilo e que aquele era apenas um ponto de vista. Por causa disso, muitas explicações acabaram por se tornar forçadas e convenientes demais para o desenrolar da história.
Em suma, os três pontos chaves que sustentam uma boa leitura; a história, a narrativa e os personagens; foram pobres e fracos demais. Nenhum deles foi bom o suficiente pra sustentar o livro e torna-lo ao menos minimamente merecedor de ser lido. Não o aconselho para ninguém e, muito provavelmente, não lerei o próximo livro da série.