Thauanni 12/03/2023
Que livro precioso!!
Esse tipo de livro me faz entender por que eu amo ficção científica. É tudo maravilhoso: o universo, a escrita, os personagens, tudo.
A leitura é superfluida, prende pra caramba. Eu estava com medo da escrita, mas fui totalmente surpreendida, porque é simplesmente maravilhosa. Sério, fiz tantas marcações, é uma escrita bonita, fácil de entender e que te faz sentir inteligente. E tudo o que esse cara Asimov criou, toda a importância dele pro mundo... ele criou as caralha das leis da robótica!!!
Os personagens são muito bons. Aqui já foram extremamente bem desenvolvidos, imagine nos próximos. O protagonista é incrível, gostei demais dele. Mas o robô... me conquistou. O Daneel é um robô, ele não tenta ser sarcástico nem encantador e nem sabe como ser, mas em alguns momentos ele ERA sarcástico e encantador sem perceber; ou seja, um charme. Sim, tive um crush no robô. Acho que estou muito carente.
A investigação foi bem boa, mas não grandiosa. Sinto que nesse primeiro livro o autor quis focar mais sobre a sociedade, explicar como eles viviam, no próprio preconceito do Elijah contra os robôs, por isso a parte investigativa foi meio deixada de lado. Mas o final tem um tipo de coisa que eu amo em histórias de suspense, no estilo Sherlock Holmes: um super monólogo do investigador explicando todos os furos e mostrando todos os fatos que apontam pra tal pessoa como o assassino. Já vi gente falando que no próximo volume a parte investigativa tá melhor, então to muito animada.
Agora apreciem algumas das frases que eu mais gostei:
“ No entanto, quando eu era jovem, não conseguia acreditar que, se o conhecimento oferecesse perigo, a solução seria a ignorância. Sempre me pareceu que a solução tinha que ser a sabedoria. Não se devia deixar de olhar para o perigo; ao contrário, devia-se aprender a lidar cautelosamente com ele. ”
“ [...] Não enquanto houver coisas que a ciência não pode medir. O que é beleza, ou bondade, ou arte, ou amor, ou Deus? Estamos sempre à beira do incognoscível, sempre tentando compreender o que não conseguimos compreender. Isso nos torna homens. ”