Realidades adaptadas

Realidades adaptadas Philip K. Dick




Resenhas - Realidades Adaptadas


132 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Regis 25/04/2023

Contos inventivos e inspirações para grandes sucessos
Esse foi meu primeiro contato com a obra escrita de Philip K. Dick e uma ótima forma de conhecer parte do universo do autor. Já havia acompanhado as adaptações para o cinema, gostado muito de algumas e achado outras bem curiosas.
Todos os contos desse livro foram escritos na década de 50, acho que essa foi uma década muito criativa para K. Dick e deu origem a vários contos que seriam adaptados com sucesso para o cinema.

O livro foi prazeroso de ler, tirando alguns problemas de machismo e misoginia perceptíveis (o que é comumente encontrado em vários livros de ficção científica), as histórias são muito imersivas, com mundos bem descritos e personagens que adorei acompanhar.
No decorrer das histórias percebe-se um questionamento recorrente sobre: Quem realmente é humano? O que caracteriza um ser humano? Dúvida essa que o próprio autor reforça em suas notas no final do livro, mostrando insegurança até quanto a sua própria humanidade.
Philip K. Dick é criativo inteligente e muito perspicaz ao escrever e suas histórias são recheadas de elementos que poderiam dar origem a séries com conteúdos abundantes.
Pretendo ler seus romances e mergulhar um pouco mais em suas ideias para formular uma opinião mais abrangente sobre seus livros mas os contos foram um ótimo aperitivo para essa fã de ficção científica. Recomendo o livro para quem quer começar a ler o autor.
CPF1964 25/04/2023minha estante
Mais uma resenha impecável, Regis. Infelizmente não curto este tipo de livro.


CPF1964 25/04/2023minha estante
?????


CPF1964 25/04/2023minha estante
Não sou bom em escrever... Prefiro números...???


Regis 25/04/2023minha estante
Obrigada, Cassius! ?
Eu adoro ficção científica.


CPF1964 25/04/2023minha estante
Preciso ser mais eclético... Não leio Ficção Científica e nem Fantasia....


Léo 25/04/2023minha estante
Ótima resenha, Régis. ?
Acho que você vai gostar de Blade Runner. Rsrs


Léo 25/04/2023minha estante
Tenta ler algum dia algum conto do Asimov, Cassius. Recomendo A última pergunta. ??


CPF1964 25/04/2023minha estante
Eu conheço mas ainda não li. Muito obrigado pela dica. Eu assisti as 2 versões de Blade Runner no cinema.


CPF1964 25/04/2023minha estante
Obrigado, Léo.


HenryClerval 25/04/2023minha estante
Sua resenha está maravilhosa e os comentários sobre os contos foram ótimos, Régis. ?


Regis 25/04/2023minha estante
Eu gosto de todos os gêneros, Cassius. Eu realmente adoro ler qualquer tipo de livro.
Acho que isso ajuda muito a não ter ressaca literária. Sempre posso mudar de gêneros quando um está cansando.


Regis 25/04/2023minha estante
Obrigada, Léo. ?
Também acho.


Regis 25/04/2023minha estante
Valeu, Leandro! ???


CPF1964 25/04/2023minha estante
Você está correta, Régis. Também já fui assim. Atualmente com 58 anos alguns tipos de leitura já não fazem tão sentido como no passado. Um processo seletivo talvez. Eu admiro bastante suas leituras e opiniões.


Regis 25/04/2023minha estante
Te entendo, Cassius. Tenho alguns amigos que dizem que com o tempo deixamos de ler de tudo e filtramos mais.
E obrigada por sempre dizer coisas tão legais. ?




David 24/05/2020

Todos os contos presentes aqui foram adaptados para o cinema, mas sempre de maneira a atender ao apelo hollywoodiano, não aprofundando tanto nas sutilezas propostas pelo PKD. Às vezes os filmes são tão diferentes que causa estranheza comparar com os contos, mas é muito interessante fazer esse divertido exercício de ler e assistir ou assistir e ler.
comentários(0)comente



Antonio Luiz 19/09/2012

O escritor de ficção científica mais amado por Hollywood
Philip K. Dick ou PKD, como abreviam seus admiradores é, de longe, o autor de ficção científica mais adaptado para a tela. São, até agora, 14 produções baseadas em 11 obras (incluindo uma refilmagem, uma versão para tevê e uma sequência) e cinco projetos em andamento. Mas por que razão, exatamente? Embora muitos críticos e colegas o considerem um dos melhores, é muito menos popular entre os fãs do gênero que o Aldous Huxley de Admirável Mundo Novo, ao George Orwell de 1984, ao Frank Herbert de Duna, ao Isaac Asimov de Eu, Robô ou mesmo ao Douglas Adams de O Mochileiro das Galáxias.

Em 13 de setembro, a lista das 100 obras de ficção científica e fantasia mais vendidas da Amazon só continha uma de PKD: o conto Total Recall. Mesmo com a segunda superprodução nele inspirado em cartaz e custando apenas US$ 1,88 em e-book, estava em 81º lugar. Quando PKD é lembrado em alguma enquete ou lista amadora de melhores obras, é quase certo que o seja por um filme derivado de seu trabalho e não pelo próprio texto.

Para o leitor médio de ficção científica, é um autor difícil, por misturar realidades alteradas e engenhocas para mimetizar pessoas e impressões sensoriais com tramas complexas, de temas múltiplos e pouco óbvios e um estilo elíptico e de deliberada ambiguidade, num gênero que mais frequentemente peca por redundância e por excessos de explicação e doutrinação. Escreveu um leitor num fórum de internet: Os Três Estigmas de Palmer Eldrich me deixou com aquela sensação típica de estou boiando no meio do Pacífico e não sei para que lado fica a costa mais próxima (...)suspeito que, às vezes, o PKD dava uma de roteirista maldito de Lost e criava desfechava mistérios apenas pelo prazer de confundir os leitores.

Mas se tivesse sido essa a característica que seduziu Hollywood, é curiosa a frequência com que suas tramas foram simplificadas e diluídas em esquemas mais tradicionais de histórias de ação e amor. A antologia "Realidades Adaptadas" ao reunir sete dos contos de PKD que inspiraram o cinema, permite entrever o verdadeiro espírito da obra do escritor em suas fases iniciais e menos herméticas e entender por que o cinema a julga tão atraente, mesmo que retenha pouco ou nada de suas reais intenções. É uma leitura interessante tanto para o apreciador de ficção científica quanto para o cinéfilo.

O primeiro conto é Lembramos para você a preço de atacado, base dos dois filmes "Total Recall" ("O Vingador do Futuro", nas versões brasileiras). No conto de 1966, o protagonista, cuja vida é rotineira e sem emoções, tenta comprar a lembrança de ter viajado a Marte como agente secreto, mas com isso desperta outras lembranças, verdadeiras. Sem sair da Terra, luta com a empresa e o governo por sua verdadeira história e identidade. Ao fim se rende, tenta resolver o problema implantando outro pacote de lembranças e tem outra surpresa.

No filme de 1990, dirigido por Paul Verhoeven, a semelhança com o conto se esgota nos primeiros minutos e em seguida o herói vai fisicamente a Marte e se envolve numa aventura com mutantes, tecnologia alienígena, terraformação instantânea e um caso de amor, sem qualquer relação com a trama original. Já o filme de 2012, dirigido por Len Wiseman, nada mais tem a ver com Marte. Em vez disso, ao tentar comprar uma memória supostamente falsa, o protagonista se envolve no confronto político entre as duas potências que restaram numa Terra devastada e mais uma vez, numa história de amor.

O conto original nada tinha de romântico. O protagonista é casado, mas a relação com a esposa antipática e reclamona e que ao que tudo indica, na verdade é uma agente do governo designada para vigiá-lo é difícil, ela se recusa a apoiá-lo e o abandona no meio da história. A única outra mulher, recepcionista da empresa que vende sonhos, não tem nenhum envolvimento com o herói apesar de andar nua da cintura para cima e com seios pintados, segundo a moda nesse futuro imaginado por PKD.

Aliás, é uma constante: em algum momento de cada um dos sete contos desta antologia, a principal personagem feminina de alguma maneira trai a confiança do protagonista masculino ou não é o que ele pensava que era. Talvez isso reflita as dificuldades pessoais do autor com as mulheres (casou-se cinco vezes), mas nos textos aparece como um elemento de um tema mais amplo: a ambiguidade tanto realidade objetiva quanto da condição humana subjetiva e a insegurança dos protagonistas a seu respeito. É uma fascinante exploração literária, que varia de divertida à comovente, das próprias dúvidas de PKD, que foi diagnosticado como esquizofrênico na adolescência (embora outros especialistas o tenham considerado são, mais tarde), usava drogas e tinha estranhas visões e fantasias. Outra constante é que, em todos os casos, o papel da mulher foi drasticamente modificado nas versões cinematográficas.

O segundo conto, Segunda variedade, de 1953, deu origem ao filme "Screamers Assassinos Cibernéticos", dirigido por Christian Duguay e lançado em 1995. Em ambos os casos, trata-se de robôs assassinos que se disfarçam como humanos e confundem os protagonistas. Uma das diferenças entre o conto e o filme que mais saltam à vista é o cenário uma guerra total entre EUA e URSS no primeiro, uma guerra entre mineiros e seus empregadores numa colônia em outro planeta no segundo. Outra, mais uma vez, é o tema romântico, inexistente no primeiro.
Impostor, de 1953, inspirou o filme do mesmo nome, de 2002, dirigido por Gary Fleder. Em ambos os casos, o protagonista é um homem que enfrenta a suspeita de não ser ele mesmo e sim um robô criado por alienígenas para destruir um centro de pesquisa terrestre como homem-bomba. O filme é mais rico de personagens e peripécias que o conto curto que o inspirou, mas a história seria fundamentalmente a mesma, não fosse o fato de que no conto o personagem principal está sozinho em sua tentativa de provar que é humano, enquanto no filme tem o apoio de sua mulher e de um refugiado de um bombardeio alienígena (inexistente na trama original). Vale notar que o tema do protagonista em dúvida sobre ser ou não um robô reaparece na versão do diretor de Blade Runner (lançada em 1992, com ligeiras modificações no filme de 1982), apesar de estar ausente do romance de PKD que o inspirou, Andróides Sonham Com Carneiros Elétricos?, de 1968.

O relatório minoritário, de 1956, foi obviamente a inspiração para o filme "Minority Report A Nova Lei, de 2002", dirigido por Steven Spielberg. No conto e no filme, mutantes prescientes, usados para prever e impedir crimes graves e deter seus autores potenciais, apontam o chefe da polícia e protagonista como futuro assassino, criando problemas legais, políticos e lógicos, pois se alguém conhece o próprio futuro é levado a transformá-lo. Desta vez, o filme não só acrescenta personagens e incidentes, como vira de ponta-cabeça a trama política e o ponto de vista moral da história original. No conto, o homem a ser assassinado é uma importante figura política e militar que luta pelo poder, no filme é um pobre coitado. No conto, o antagonista quer desacreditar o sistema preventivo e o herói luta para preservá-lo, enquanto no filme acontece exatamente o contrário.

Vem em seguida O pagamento, de 1953, fundamento do filme homônimo de 2003 (em inglês, "Paycheck"), dirigido por John Woo. O conto e o filme têm o mesmo tema: depois de trabalhar por anos para uma empresa misteriosa, um engenheiro tem sua memória apagada e é informado de que abrira mão do pagamento em dinheiro em troca de um envelope com um punhado de objetos sem valor. Embora concebida décadas antes de existirem videogames, a trama lembra curiosamente certos jogos em que o herói tem que descobrir qual a utilidade dos objetos que encontra pelo caminho. O tema central não é, porém, uma caça ao tesouro e sim o esforço do protagonista para descobrir quem ele foi, o que fez e por que diabos pediu para si mesmo esse estranho pagamento. Secundariamente, há uma trama política que opõe a empresa e seus segredos a um governo autoritário. No filme, o número de objetos passa de sete para 20 e outra vez a trama política é invertida e o herói troca de lado. Em vez de uma empresa libertária que conspira contra um governo opressivo, é uma empresa subversiva e perigosa cujas ações podem levar a uma guerra mundial contra um governo simpático.

O homem dourado, de 1954, sugeriu o filme "O Vidente" ("Next"), dirigido por Lee Tamahori e lançado em 2007. Dos contos desta coletânea, este foi o mais descaracterizado pelas telas. No texto de PKD, o personagem do título é uma besta loura inspirada de forma um tanto satírica na Genealogia da Moral de Friedrich Nietzsche. Trata-se de um mutante com a aparência de um homem-leão dourado que não tem inteligência consciente, mas sim um físico formidavelmente ágil e atraente às mulheres e um instinto fabuloso, que lhe permite prever e driblar qualquer ataque tentado contra ele, sendo por isso caçado por agentes que temem que ele se reproduza e leve a espécie humana à extinção com sua aptidão superior para a sobrevivência. No filme, a criatura sobre-humana converte-se num mágico de palco e jogador profissional, humano, demasiado humano, exceto pela capacidade de premonição, pela qual o FBI quer capturá-lo e usar sua habilidade no combate a um plano terrorista.

O último conto, Equipe de Ajuste, de 1954, serviu de matéria-prima a "Os Agentes do Destino" ("The Adjustment Bureau"), filme de 2011 dirigido por George Nolfi. Ao contrário dos demais desta coletânea, afasta-se da ficção científica e tem o caráter de fantasia teológico-religiosa. Por distração dos agentes divinos encarregados de fazê-lo chegar ao trabalho na hora certa para ser incluído em um ajuste planejado dos rumos da história, o protagonista, que tem um casamento e um emprego rotineiros, se atrasa e vê seu escritório e seus colegas de trabalho se desfazerem no nada para que a realidade fosse ajustada. No filme, o ajuste perde o caráter mágico e divino para se tornar interferência de uma organização misteriosa nos rumos da história e o protagonista, um político solteiro, se apaixona por uma jovem a caminho do novo emprego e a proibição pelos agentes de procurar a moça se torna o motor da trama.

Depois de se ler os sete contos e compará-los com os oito filmes que inspiraram, vê-se como foi escassa a fidelidade à obra do escritor. Muitas vezes, pouco das principais intenções do autor absolutamente nada, no caso de O Vidente foram preservadas na adaptação, na maioria dos casos as tramas foram banalizadas, personagens falhos e fracos transformados em heróis de ação e romance e em alguns casos, os pontos de vista políticos e éticos do autor foram invertidos sem a menor cerimônia. Por que, então, o usaram? A resposta, provavelmente, é que os e se... de PKD, as fantásticas hipóteses filosóficas (disfarçadas de científicas ou religiosas) com as quais cria um ponto de divergência da realidade quotidiana e a abre à especulação, são suficientemente instigantes em si mesmas para sustentar um filme, mesmo que roteirista e diretor tenham ideias completamente diferentes de como explorá-las.

Ao ler os contos originais, o leitor frequentemente se diverte com o contraste entre a originalidade e arrojo de algumas das fantasias futuristas e detalhes obviamente datados dos anos 1950 e 1960 cartões perfurados e casamentos à moda antiga, por exemplo ou convenções visivelmente antiquadas sobre o futuro, como o uso de foguetes em viagens intermunicipais. Mas como as hipóteses filosóficas centrais das histórias de PKD quase sempre se referem à natureza da realidade e da condição humana, o resto sempre pode ser atualizado sem muito esforço de imaginação. Ao contrário de outros autores de ficção científica, cujas obras, fundadas na especulação sobre o progresso tecnológico e preocupações sociais e políticas típicas de suas épocas, se tornaram datadas em suas preocupações mais essenciais mesmo quando foram mais arrojadas e prescientes em outros aspectos.
Karol Vale 13/07/2015minha estante
Resenha excelente! Acabei de ler o livro e achei a análise muitíssimo apropriada, tanto do livro quanto dos filmes.




Thiago Araujo 17/12/2021

PKD rápido e em estado puro
Conhecer as obras que inspiraram grandes filmes e obras audiovisuais é muito interessante e olha que eu nem sabia disso? rsrsrs

Cada conto de PKD abre mil possibilidades e inspira outras pessoas a saírem do óbvio e transformar realidades.

Não me canso de falar que K Dick é genial e Realidades Adaptadas te da a oportunidade de conhecer de forma rápida o autor em estado puro.

Cada final um choque, cada personagem uma surpresa. Por favor, não se cansem de K Dick, leiam e publiquem cada vez mais!
comentários(0)comente



Bruno 19/12/2023

Contos criativos, mas...
Nas Notas do Autor, ao final do livro, Philip K. Dick fala sobre sua reflexão sobre o que é humano e questiona sua própria humanidade. Esse vai ser o tema de muitos contos do livro. 

Philip K. Dick tem uma imaginação muito boa para criar histórias que nos prendem. Os contos são muito criativos e a escrita é fluída fazendo a gente acabar o conto sem nem reparar as páginas virando.

O ponto negativo fica por conta do machismo escancarado em quase todas as histórias. Personagens femininas só estão nos contos em posições de subalternas e, muitas vezes, servindo só para mostrar defeitos humanos.

Outra coisa que não me agradou muito foi o desenvolvimento dos personagens, com exceção do primeiro conto, Lembramos para você a preço de atacado. Em um dos contos, o personagem se mostra um tanto paranoico, inclusive com sua esposa, sem que fossemos apresentados a qualquer motivo do personagem agir de tal modo. Por que ele desconfiava da esposa? Por que parecia odiá-la? Isso faz com quem a gente se prenda mais a história, sem se importar muito com os protagonistas.

Foi meu primeiro contato com as obras de Philip K. Dick, irei ler outras obras, fora os contos, para poder falar melhor sobre o autor e toda sua inventividade e a questão com o machismo, se for o caso.
Henrique Sanches 19/12/2023minha estante
Belíssima resenha, Bruno... parabéns


Bruno 19/12/2023minha estante
Obrigado, Henrique!




Well 21/07/2023

O mestre, estar sempre surpreendendo!
Surpreendentemente a coletânea começa com uma frase impactante. Dando o tom que em que nada é o que aparenta ser.
Phil Dick, sempre consegue impactar o leitor no começo de suas obras. Fazendo seus leitores questionarem os limites entre realidade e ficção.
Os contos, são bastante acessíveis e podem ser compreendidos com facilidade, até por quem não é familiarizado com a ficção científica. As histórias presentes no livro são inventivas e irônicas. Já algumas são cheias de ação. Gosto da maneira que o autor deixa sua imaginação correr livre, com elementos inusitados e quase infantis. Nos contos encontramos cachorros falantes, mutantes dourados e alienígenas que parecem camundongos. Colocado dessa forma, pode parecer que se trata de um livro bobo, mas, nesse caso, só parece, pois todos os assuntos são retratados de forma adulta e séria.
A cada conto nos sentimos totalmente inseridos em universos paralelos e nos deparamos com personagens complexos, questionadores, interessantes e cativantes.
Realidades Adaptadas reúne sete contos, que apesar de independentes, possuem alguns pontos em comum: todos eles foram adaptados para o cinema e todos brincam com a sua noção de realidade e de humanidade.
Ao longo de cada história é possível refletir sobre a humanidade, a importância das máquinas e da tecnologia, a realidade e a existência de algo desconhecido.
Nesse livro é possível conhecer mundos repletos de tecnologia e de opressão.
Em geral, conheceremos um homem que sempre sonhou conhecer Marte, teremos traição e espionagem.
E também a um conto que conta a história de um soldado, que luta dia e noite num mundo pós-guerra, no qual máquinas com inteligência artificial auxiliaram os Estados Unidos a derrotar a União Soviética.
Também tem conto, que fazer o leitor refletir do que é real e o que não é. Onde o personagem não sabe se ele é ele mesmo, ou se foi substituído por um ser.
E claro, tem o meu conto preferido que é. O Relatório Minoritário. Que conta uma realidade onde a polícia tem um local em que obriga três seres, com a capacidade de prever o futuro, para reduzir a criminalidade e evitar que crimes sejam praticados. O sistema, que funcionava muito bem, começou a ser questionado quando um homem foi acusado de ter a intenção de matar outra pessoa, mas resolveu lutar para comprovar que jamais mataria ninguém e que sequer conhecia a possível vítima.
Não posso deixar de mencionar o conto em que nos mostra que certas bugigangas que jogamos no lixo, talvez elas podem ajudar a salvar vida.
Um em uma realidade onde os humanos convive com mutantes, e que um homem dourado tem o dom de prever o futuro.
E o último que em um dia comum o personagem se depara com um prédio desintegrando e que ele aparentemente é o único ser humano notar a estranheza.
Mesmo sendo apenas contos, conseguem transmitir, angústias e inseguranças de cada um deles.
Prepare-se para buscar muitas respostas e encontrar apenas novas perguntas.
Indico a todos os que queiram ter um gostinho do que é o estilo paranoico e surpreendente de Phil Dick.
comentários(0)comente



Jóice 21/04/2022

PKD é incrível! Todos os contos são de explodir a cabeça, alguns fica aquela sensação do que aconteceu Depois, outros ficamos com a paranóia dos personagens. Cada conto melhor que o outro.
comentários(0)comente



Gustavo | @guh_santtoos 27/05/2021

Superestimado!
Realidades Adaptadas conta com 7 contos do Philip K. Dick! Pra quem não sabe, Philip K. Dick ou PKD é um dos maiores nomes da literatura, com uma forte influência na Ficção Científica, tendo a maioria dos seus livros já adaptados para o cinema. E nesse livro a editora Aleph reuniu 7 contos que já ganharam adaptações... Sendo os mais famosos: Minority Report, O Vingador do Futuro e Screamers.

Como não achei nenhum livro mais interessante que esse do autor, então decidi começar por ele. Mas não foi lá essa grande coisa não. A maioria dos contos são legais, com idéias boas, mas não são memoráveis, pelo menos pra mim não foram.

Acabei gostando apenas de três contos, então vamos a eles;


« Segunda Variedade »

Esse inspirou o filme ?Screamers - Assassinos Cibernéticos? sim, chegou com esse título aqui no Brasil (?)

Uma tecnologia de destruição é desenvolvida como arma de guerra, mas os seus projetistas esquecem que, em algum momento, máquinas inteligentes podem se virar contra seus criadores. Hendricks, um major americano, é enviado para uma base inimiga para responder à proposta trazida por um mensageiro. No caminho encontra Daniel, um garotinho de aproximadamente 10 anos de idade, mas ao longo do caminho Hendricks descobre que Daniel não é o que aparenta ser.

O autor discute muito sobre os avanços tecnológicos e a substituição do humano pelo maquinário no conto. Apesar de ter um desfecho meio previsível, eu gostei de como a estória chegou nesse desfecho.


« O Relatório Minoritário »

Esse conto inspirou o filme ?Minority Report - A Nova Lei? estrelado por Tom Cruise (Missão: Impossível, Top Gun) e dirigido por ninguém menos que Steven Spielberg (Jurassic Park, Indiana Jones) e que acabou arrecando mais de 350 milhões de dólares nas bilheterias. Está disponível na Netflix para quem quiser assistir.

Você já imaginou um futuro em que as pessoas são detidas antes mesmo de cometerem algum crime? Essa é a idéia central do conto, e isso gera um monte de dilemas morais. As pessoas presas nunca cometeram crime algum e, teoricamente, não poderiam estar sob cárcere apenas baseado em uma visão do futuro que pode não se concretizar. E assim o novo protagonista corre contra o tempo para tentar provar sua inocência.

Com toda certeza esse é o melhor conto do livro, com reviravoltas mirabolantes e confusas, PKD consegue finalizar o conto de uma forma bem satisfatória.


« O Homem Dourado »

Esse ganhou uma adaptação, chamado: O Vidente. E quem está por trás do projeto é o ator Nicolas Cage (A Outra Face e Kick Ass) e está disponível no Prime Vídeo.

Na história um agente do governo tem a missão de rastrear mutantes e esterilizá-los ou até mesmo matá-los, pois teoricamente eles são uma ameaça aos humanos. E Cris é o tal Homem Dourado, que consegue não apenas ver o futuro mas também seduzir mulheres com seu aspecto dourado.

Alguns leitores de quadrinhos dos X-Men vão encontrar alguns singularidades aqui. Novamente o conto lida sobre a evolução humana, que acaba sendo mal incompreendida pela humanidade. Por que o homem tem uma resistência tão grande em aceitar uma nova espécie? PDK deixa o leitor com essa pergunta na cabeça, para que nós refletimos a respeito.

Enfim, essas foram as notas para os contos:

Lembramos para você a Preço de Atacado: 3,5?

Segunda Variedade: 4?

Impostor: 4?

O Relatório Minoritário: 4,5?

O Pagamento: 3,5?

O Homem Dourado: 4,5?

Equipe de Ajuste: 3,5?
Wagner Fernandes 27/05/2021minha estante
Philip K. Dick tinha ótimas ideias, mas sua narrativa é entediante. O homem do Castelo alto, Androides sonham com ovelhas elétricas?, O labirinto da morte... Chatos! Chatos! Decepcionantes. Maçantes.
Já as adaptações são excelentes. Blade Runner que o diga.


Gustavo | @guh_santtoos 27/05/2021minha estante
Tenho muita curiosidade em ler O Homem do Castelo alto... Mas agora vou abaixar minhas expectativas.


Wagner Fernandes 27/05/2021minha estante
Estou vendo a série. Mil vezes melhor que o livro.
O livro é curtinho, mas sofri pra terminar.




Joao 26/03/2022

Esse foi o primeiro livro que li do Philip K. Dick (tem outros na minha lista ainda) e fui feliz na minha escolha. Os contos são curtos e de leitura fluída, além de abordar temas diversos com um viés crítico interesse.

Assisti duas adaptações para o cinema (o vingador do futuro e Minority report) o que me fez perceber melhor a dimensão inovadora do autor no mundo da ficção científica.

Tem contos que merecem cinco estrelas e outros que nem tanto, mas no geral é uma obra muito boa e merece ser lida!
comentários(0)comente



@pedro.h1709 14/08/2022

Realidades Adaptadas
Após ter lido "Androides sonham com ovelhas elétricas?" de Philip K. Dick alguns anos atrás, uma obra carregada de reflexões e com um drama um tanto lento, chegou a hora de me aventurar em "Realidades Adaptadas"; um clássico explorado por diversas vezes nas telas dos cinemas.

Depois de ter lido o primeiro conto, pensei que o segundo seguiria a mesma ideia e acreditei ter imaginado toda a conclusão previamente, mas fui surpreendido com grande novidade apesar das tensões superficialmente similares do segundo conto. A partir do terceiro conto, cada texto elaborou questionamentos bastante distintos e cheio de inovações, com uma narrativa bastante dinâmica e fluida. A obra de Philip K. Dick realmente nos faz repensar o que é ser humano.

Junto do título "Eu, robô" de Isac Asimov, muito
estimado por mim, agora, "realidades adaptadas" de Philip K. Dick é meu mais recente livro de contos favoritos. Excelente leitura para os entusiastas e amantes de ficção científica, muitíssimo recomendado.
comentários(0)comente



Leonel 16/11/2020

Realidades adaptadas
Meu primeiro contato com drogas, digo, Philip K. Dick. Aqui temos um amontoado de contos do autor que foram adaptados para o cinema e deram origem a grandes sucessos como Minority Report e o Vingador do Futuro (dica: não é o do robô). Deixando Black Mirror no chinelo e com finais imprevisíveis, todos os contos são de explodir a cabeça. Para ter a experiência completa, recomendo comprar dois exemplares: uma para ler e outro para fumar. Recomendadíssimo para todos aqueles que querem saber se estiveram em Marte.
comentários(0)comente



Disotelo 14/11/2021

PK Dick, o Profeta
Parte 1: Sobre o Autor
Difícil pensar em P.K.Dick sem pensar em Nietzsche, os dois morreram antes do sucesso, se viam quase como profetas, perderam a linha no fim da carreira, tinham insights brilhantes mas não conseguiram alcançar todo o potencial desses insights em uma obra consistente e influenciaram a posteridade.
Nietzsche precedeu a posmodernidade, que talvez esteja, agora, alcançando o seu ápice, PK Dick precedeu uma tendência que pode ainda não ter sido nomeada, por hora, eu chamaria de pós-gnose, como se em PK Dick a gnose dos esotéricos se encontrasse com a sensação de suspeita e absurdo de alguns escritores como Kafka e Camus, em PK Dick o absurdo transcende o mundo concreto para se encontrar com a metafísica.
Talvez eu esteja falando bobagem, acho que é possível uma outra abordagem, partindo de um pressuposto da história da religião, toda mudança tecnológica oferece uma possibilidade de mudança religiosa, exemplo, a difusão da metalurgia trouxe consigo o conceito de pureza, que passou a ser muito importante na cultura judaico-cristã, talvez a percepção desse conceito já existisse no subconsciente de muitas pessoas, mas só com a metalurgia surge um modelo concreto, no qual essa percepção pode se escorar para ser devidamente racionalizada e comunicada.
Conceitos como inteligência artificial, robótica e realidade virtual estão, aos poucos, transformando a nossa percepção coletiva, a princípio esses conceitos circulavam no nicho da ficção-científica, mas desde Matrix esses conceitos estão invadindo a cultura popular, essa tendência tende a prosseguir em frente, as religiões populares precisarão se adaptar a elas.
Se olhamos, por exemplo, para os jovens militantes políticos veremos uma série de militantes da nova direita que usam o termo "red pill", pra definir pessoas que seriam realmente capazes de se desvencilhar da ilusão do sistema, a mesma tendência gnóstica pode ser percebida em movimentos marxistas, não é coincidência que um dos canais de maior sucesso nesse segmento seja nomeado como "Saindo do Matrix".
Quanto mais as pessoas aprendem a lidar com sistemas virtuais, mais elas desconfiam de um possível sistema a reger o mundo, as instituições oficiais, as referências culturais, a elite política, os bilionários, a mídia, todos estão sendo alvejados pela desconfiança dos internautas...
É claro que essa tendência não é totalmente nova, vemos fortes vestígios dela nas ideias de ilusão da tradição védica, no mito da caverna de Platão e na lenda do sábio chinês que sonhou que era uma borboleta ... Mas é, possivelmente, em PK Dick que a sensação de virtualidade do mundo explode como uma desconfiança irrestrita e sincera, dissociada das estruturas de poder religiosa ou política, é nele que essa desconfiança passa a usar, como metáfora, as novas possibilidade tecnológicas vislumbradas após a explosão científica do século XIX.


Parte 2: Realidades Adaptadas
Aqui temos sete contos que deram origem a filmes, todos são bons, todos geram questionamentos em relação a identidade, memória, realidade, tempo... Um problema é que PK Dick foi escritor de revistas baratas, chamadas de Pulp, por muito tempo, fiquei com a impressão de que ele traz alguns vícios destas revistas, como péssimas personagens femininas e um lugar comum do prisioneiro que foge das autoridades para provar a sua inocência, que se repete em metade destas histórias, mesmo assim, valem a pena.
Lembramos Para Você a Preço de Atacado: Esse conto inspirou o filme Vingador do Futuro, o tema são os implantes de memória, pena que o final dele seja um pouco abrupto.
Segunda Variedade: Aqui PK Dick entra no tema dos robôs e identidade, esse conto foi adaptado como um filme malsucedido chamado Screamers, mas podemos pensar que esse conto precedeu também a franquia Exterminador do Futuro, por causa da questão da rebelião das máquinas. Esse conto é a melhor coisa que eu li do PK Dick, não pq parta de uma boa premissa, mas pq, além disso e diferentemente de muitos outros escritos do autor, a premissa foi muito bem executada, o autor acertou na mão, o enredo é muito assertivo e envolvente e o final foi bastante sagaz. Torço por uma nova adaptação que seja digna desse conto.
Impostor: Conto adaptado com o mesmo título, a premissa é a mesma de Eu Robô do Asimov só que com uma dose maior de pessimismo.
O Relatório Minoritário: esse inspirou o famoso filme protagonizado pelo Tom Cruise, com o mesmo título, o enredo não funciona tão bem até certo ponto, mas o final é brilhante, com uma conclusão impecável sobre a falibilidade da precognição.
O Pagamento: Adaptado com o mesmo título. O interessante deste conto é como o presente pode ser violentamente ressignifcado quando se conhece o futuro.
O Homem Dourado, adaptado como O Vidente: O pior conto do livro, é um pouco misógino, um pouco cafona, o poder do personagem não fica muito claro, mas o conto se salva pela ótima premissa, a premissa central que move o universo mutante da Marvel já estava toda aqui.
Equipe de Ajuste, adaptado como Agentes do Destino: A premissa aqui é que o destino precisa ser ajustado por uma inteligência alheia a ele, para que a vida humana não mergulhe no caos, nesse caso eu prefiro o filme, nele a ideia é muito mais bem desenvolvida, o conto é mais curto, não vai tão longe.



site: https://www.facebook.com/diego.sotelo.982
Cleane 15/11/2021minha estante
Me convenceu.. vai ser minha FC de 2022.


Disotelo 16/11/2021minha estante
Não é todo dia que eu faço uma resenha tão elogiosa, heuheu.




Renner 17/08/2022

Um universo de questões existenciais
PKD nunca decepciona. Com sua sede e curiosidade por questões existenciais e de cunho sociólogico, imerso num universo a mercê da guerra fria, traz experiências em seus contos que são no mínimo, perturbadoras (de uma forma boa). Esta coletanea de contos ( que reune aqueles que foram adaptados para o audivisual) é excelente, mas acaba vendendo bem pelos motivos errados ( ou talvez pelos contos). Muita gente chega ate aqui por minority report e vingador do futuro, adaptações mais conhecidas e aclamadas. Mas é nos outros contos que reisde a melhor das experiências: segunda variedade, o pagamento, o homem dourado e impostor são contos de excelência, por toda a construção e pelos seus temas centrais. Por fim, o livro encerra com breves notas do autor, muito valiosas para compelementar o entendimento desta edição maravilhosa
Isis243 17/08/2022minha estante
Obrigada ? acabei de saber que eram contos. E que estão numa coletânea realmente inspiradora. Você me deixou curiosa !




João 31/01/2022

Contos incríveis
Phillip K. Dick explora os limites da imaginação com histórias que, apesar de malucas, trazem reflexões extremente atuais.
A leitura é fluída, a linguagem é simples e todos os contos carregam consigo uma crítica social e pensamento reflexivo que devem ser levados em conta.
Recomendo demais!
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 31/08/2021

Desconfie e questione, sempre!
Livro lido com o @grupodeleituraentrenos

Philip K. Dick foi um prolífico escritor de ficção científica nascido em 1928, na cidade de Chicago, Illinois. Em sua vasta obra é comum nos depararmos com temas como realidades alternativas, futuros distópicos, experiências transcendentais, filosofia, política e teologia. Em vida, o autor infelizmente não conseguiu colher os frutos de seu trabalho. A maior parte de sua carreira se resumiu a publicações de baixo custo em pequenas editoras, as dificuldades financeiras e os problemas pessoais o perseguiram até seus últimos dias. Vítima de um AVC, PKD veio a falecer em 1982, às vésperas da estreia de "Blade Runner" nos cinemas, aclamada adaptação de seu romance "Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?", com a qual o próprio autor esteve envolvido. O filme não apenas se tornou um clássico como inaugurou uma série de adaptações "dickianas" que surgiriam nos próximos anos e que fariam de PKD um um dos autores mais adaptados e, consequentemente, populares do gênero.

"Realidades Adaptadas", como o próprio título sugere, explora esse lado "televisivo" do autor e reúne sete contos que foram adaptados para as telonas. Aqui nós vamos conhecer obras que estão por trás de alguns sucessos de bilheteria como "O Vingador do Futuro" (1990), "Minority Report" (2002) e "O Pagamento" (2003). A maioria dos contos foi escrita e publicada pela primeira vez em revistas de ficção científica no início dos anos 50 e reflete bem o sentimento da época, quando a humanidade ainda tentava lidar com os horrores deixados na esteira da Segunda Guerra Mundial ao mesmo tempo em que via se acentuar as tensões da Guerra Fria. Isso fica bem nítido no conto "Segunda Variedade", meu favorito, no qual a Terra foi devastada por uma guerra nuclear e a humanidade quase se extinguiu, sendo substituída por uma tecnologia fora de controle.

O autor constantemente coloca pessoas comuns em situações inusitadas, por exemplo, um homem que vendeu dois anos de sua vida em troca de um saco de bugigangas e teve a memória apagada ("O Pagamento") ou um funcionário que um dia chega atrasado no escritório e descobre que todo o prédio e seus colegas de trabalho viraram estátuas de pó (Equipe de Ajuste). Premissas absurdas que deixam o leitor perplexo e o levam, de uma forma divertida, a refletir sobre assuntos importantes. O tempo, a realidade, o livre-arbítrio e a relação entre o homem e a máquina, esses são apenas alguns dos temas pelos quais PKD passeia ao longo dessa coletânea. Mas talvez o mais pertinente deles seja a busca pela resposta à questão: "o que nos torna humanos?" Aliás, não só aqui mas também em seus romances, parece que essa era uma questão para a qual PKD estava sempre buscando uma resposta.

PKD nunca decepciona e mais uma vez fui arrebatado! Com uma escrita concisa, seus contos são certeiros e impactantes, o que faz de "Realidades Adaptadas" uma ótima porta de entrada para quem busca dar os primeiros passos na ficção científica ou no universo "dickiano". Desconfie e questione, sempre! "Realidade é aquilo que, quando se deixa de acreditar em sua existência, não desaparece".

site: https://discolivro.blogspot.com/
kaloskagathos 05/09/2021minha estante
Todos fomos arrebatados!!!! Valeu pela leitura, sócio. ?


Diego Rodrigues 05/09/2021minha estante
Ótima LC! Todo mundo saiu desconfiando da própria sombra




132 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR