Mayombe

Mayombe Pepetela




Resenhas - Mayombe


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Wenn - Ddlynghtshd 13/09/2017

Eu, o narrador, sou Dark
No meio do mayombe, em mata fechada, numa base de revolucionários, encontramos os heróis dessa história. Cada um com seu nomr de guerra, dado por sua propria história de vida ou por alguma habilidade.

Acompanhamos a vida revolucionária no mayombe. As estratégias de ataque, de defesa, e de guerra. Mas também, e que é a parte mais importante, o questionamento de moralidades, de politica, de sistemas economicos, e de liberdade.

Os guerrilheiros com suas brigas internas por tribalismo, mas a união de um propósito. É extremamente humano.

Nos animamos junto com as vitórias, passamos apertos com as dificuldades, nos indgnamos com o descaso e com a má gestão de superiores, aprendemos com as lições de vida de camaradas, veteranos ou miúdos.

Nos apegamos de tal maneira com os personagens que quando eles pouco aparecem ou quando os perdemos, sentimos a falta dele.

Torcemos para que a luta deles tenha enfim sucesso. Para que a vida no mayombe melhore. Pra que a guerra tenha fim e que não volte a acontecer.

Por ser uma guerra idealista, como o próprio narrador principal Sem Medo nos conta, é uma guerra desumana. Lutam contra um ideal, porém matam-se pessoas, que outrora poderiam se juntar as suas causas.

Há momentos que a filosofia ou pensamentos (ou ate mesmo ideologias) de Sem Medo cansa. Se repetem ou se explicam demais. Ler a mesma história de vida duas vezes é um pouco maçante, apesar de ser incrível.

Mas tudo é compensado com a ação. E talvez tenha sido essa mesmo a intenção. Como no próprio livro se repete varias vezes: A teoria só pode ser justificada e apoiada quando vista na prática.
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Viick 18/10/2017

Mediano e interessante
O livro não é bom. Essa é a minha impressão final.
A leitura é envolvente, o momento histórico que ele aborda é um dos mais ricos da humanidade, as questões abordadas são algumas das mais importantes e complexas que já existiram.
Mas o livro não é bom, a abordagem sobre tribalismo é rasa e só poderia mesmo vir de um branco, as discussões sobre o marxismo não parecem ter verossimilhança, os diálogos são forçados, os personagens tem pouca complexidade em sua construção - em alguns momentos eu me empolguei achando que ia melhorar.
Dito isso, odiei, 5 estrelas. Recomendo a leitura.
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André 01/02/2018

8º Livro, Fuvest 2017
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Silvia.Leticia 06/04/2018

Intenso, incrível
Que livro incrível!! Os narradores vão se alternando no decorrer da narrativa e assim conseguimos perceber que os guerreiros são apenas humanos, com suas fraquezas e grandezas.

O Comandante Sem Medo é o intelectual, o que possui diversos pensamentos que nos fazem refletir sobre a nossa vida, mesmo que suas reflexões tenham sido feitas em um período conturbado de guerra.

Que livro sensacional! Tenho me surpreendido cada vez mais com a literatura africana. Recomendo mil vezes!
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Vicente Moragas 25/05/2018

Os caminhos da independência.
As guerrilhas que culminaram na independência da República da Angola sao refratadas em Mayombe ao mostrar apenas uma base de guerrilha. Quando o livro começa o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) já tinha certo avanço, e a história conta uma fatia do processo revolucionário.
Por ter sido escrito por um ex-guerrilheiro que participou da revolta, os anseios, os medos, as conquistas, as alegrias, as paixões, e as táticas de guerra são descritas com vigor e mostram a realidade das diferentes bases que lutaram pela libertação ao exemplificar a base de Mayombe.
Aliás, Mayombe é maior, é vivo, é personagem, em seu dinamismo de floresta fornece subsídios e dificuldades ao movimento, assim como acolhe as etapas da libertação do povo angolano. Mayombe serve mais do que base, é alimento, é esconderijo e labirinto, e só pode ser realmente desvendado por quem é cria da casa.
O tribalismo angolano originário das diversas etnias e línguas que compuseram a nação, se faz presente no livro como um obstáculo já ultrapassado por muitos em relação a um inimigo maior, os portugueses, vulgarmente chamados por tugas. E mostra como o processo de criar uma Angola única encontra entraves até hoje.
Destaque ao português angolano. Tão próprio, tão livre do português de Portugal e do Brasil. Tão vivo e charmoso. A língua acaba por virar, pra nós lusófonos, uma lição da riqueza do idioma que praticamos.
Um livro pra se ampliar o conhecimento do mundo e de si. Uma obra-prima.
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Phelipe Guilherme Maciel 05/06/2018

Este livro conta a história de Ogum. O Prometeu Africano. Será?
"O Mayombe começa com um comunicado de guerra. Eu escrevi o comunicado e...o comunicado pareceu-me muito frio, coisa para jornalista, e eu continuei o comunicado de guerra para mim, assim nasceu o livro." - Pepetela.

Mayombe é o primeiro romance de Pepetela, nome de guerra de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos. Pepetela foi guerrilheiro do MPLA (Movimento Pela Libertação de Angola). É curioso o fato deste livro se chamar MAYOMBE.... Poderia ter um nome muito mais revolucionário, idealista, que traduzisse o esforço de guerra, a bravura dos guerrilheiros, ou o mote da revolução. Porque este livro se chama Mayombe, e não: Morte aos Tugas!?
Acredito que o principal motivo seja que a Mayombe, a grande floresta onde boa parte da trama acontece, é o personagem principal do livro, e a força de onde tudo nasce. E também é importante citar que este é um livro sobre guerrilha que não fala de guerrilha.

Neste livro veremos principalmente a relação dos personagens com a floresta e seus dilemas pessoais, tribais, e a luta dos intelectuais para se encaixar aos ideais revolucionários comunistas. Ações de guerra são raras, Os portugueses e angolanos se enfrentam em duas batalhas durante todo o livro, e os Angolanos fazem algumas poucas ações de guerrilha para desmoralizar o inimigo em outros episódios. Eles estão muito mais em guerra com seus interiores do que com o inimigo.

O foco desse livro é desnudar os personagens. E o mais cômico é que os personagens são desnudados até a alma, e não sabemos o nome real da maioria deles. Todos são apresentados com seus nomes de guerra. Sem Medo, Muatiânvua, Comissário, Das Operações, Teoria, etc. Raros são os personagens que saem do nome de guerrilha e sabemos seus nomes reais. Mas através de um narrador onisciente e de pontos de vista em Primeira pessoa onde o escritor dá voz aos principais personagens, saberemos o mais profundo da alma de cada um deles. Por isso acredito que a guerra pela libertação de Angola contra Portugal é apenas um cenário, e como disse o próprio Pepetela, o livro surgiu de uma obrigação sua de passar um telegrama de guerra. É apenas o rastilho de pólvora que deu origem a tudo. Pepetela atuou na guerra como Comissário, era um dos Intelectuais.

É maravilhosa a consciência política do autor, escancarada nos debates políticos protagonizados principalmente entre Sem Medo, o líder do grupo guerrilheiro e O Comissário de Guerra, que é o intelectual responsável pela educação política do grupo. Outros grandes embates de opiniões são protagonizadas com personagens secundários da mesma forma.
No decorrer das páginas 110 a 155, percebemos claramente que o autor não estava afogado na cartilha Marxista e conseguiu desenhar muito bem o destino fatídico de todo movimento popular que chega ao poder, e as demagogias e paradoxos no discurso mobilizador.
O livro passa a ideia clara de que o MPLA considerava que o MOVIMENTO suplantaria a CRISE TRIBAL complexa de Angola, que já estava desenhada na época da luta armada contra Portugal e que culminaria na sangrenta Guerra Civil Angolana, logo após sua independência.
Os vários pontos de vista dos guerrilheiros que já citei aqui que desnudam suas almas, também esclarecem que a questão tribal não poderia ser resolvida apenas com discursos sobre União Nacional.
O maior inimigo do povo angolano, portanto, não eram os Tugas, mas sim, o próprio povo, fragilizado por séculos de colonização e catequização depreciativa de sua própria história. Eram vítimas e algozes ao mesmo tempo.
Um ponto marcante a se observar é a deposição de André do posto de Líder geral da região, após a descoberta de seus crimes de desvio de verbas, e sexo com mulheres casadas. Em seus pensamentos, ele confidencia ao leitor que basta fazer uma autocrítica, e tudo se resolveria. Não iriam puni-lo como ele deveria ser punido. Além da firme convicção de seu próprio poder, ao ridicularizar o líder comunista Lênin, ele ridicularizava o próprio MPLA.
Esse flagrante caso de corrupção antes mesmo de o movimento se instalar no poder evidencia que o escritor, Pepetela, já percebia desde cedo que o movimento estava fadado ao fracasso de tentar levar a cabo um projeto utópico. Inclusive, já integrante do governo angolano pós Guerra Civil, Pepetela escreveu outros livros que criticam a fome de poder dos novos comandantes da nação, além de fazer uma autocritica a si próprio e aos intelectuais do povo. Pepetela também acaba por se afastar do poder e se dedicar somente a escrita e a profissão de Professor.
Mayombe é o grande personagem principal pois todos se utilizam dela para tudo. Ela é a maior aliada dos guerrilheiros, mas somente após eles próprios aprenderem a tê-la como aliada. Ela, que fornece abrigo e alimentação, também os maltratava e machucava quando estes eram estranhos. Eles a tratam como divindade: O Deus Mayombe. O Deus das matas para os Iorubás (Nigerianos) é Oxóssi. Para os guerrilheiros Angolanos, era Mayombe.
O narrador nos informa que contará a história de Ogum, outro Deus Iorubá, que é o Deus da Guerra, como se esse fosse o Prometeu Africano. Ogum é claramente sintetizado em Sem Medo, o grande guerrilheiro, mas cabe aqui lembrar que Ogum é um Deus Iorubá, ou seja, Nigeriano. Ogum é Ioruba e foi para o Brasil na rota dos escravos, em Angola não é conhecido. Isso é apenas um modo do escritor criar um legado cultural para a África.

Uma divagação afro-religiosa:
Questiono no título dessa resenha se Ogum seria realmente o prometeu Africano... Talvez não. Ogum pode ser Sem Medo. Mas o Prometeu Africano ao meu ver seria Exu. Este é o Orixá perfeito para desobedecer as ordens de outros deuses, seja em proveito próprio ou proveito da humanidade.
Mayombe seria Oxóssi. Sem Medo seria Ogum. Exu seria o Prometeu Africano.

Mayombe é um livro que deve ser lido. É a primeira obra angolana que dessacraliza os heróis. É também um livro contra o dogmatismo político. 9/10 estrelas.

"Angolano segue em frente o teu caminho é só um...
Se você é branco isto não interessa ninguém...
Se você é mulato isto não interessa a ninguém...
Se você é negro isto não interessa ninguém...
Mas o que interessa é a tua vontade de fazer Angola melhor...
Uma Angola verdadeiramente livre e democrática".
(Teta Lando - Musico Popular Angolano)
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Biblioteca Álvaro Guerra 29/06/2018

Os bravos guerrilheiros confrontam-se não somente com as tropas portuguesas, mas também com as diferenças culturais e sociais que buscam superar em direção a uma Angola unificada e livre.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580446876
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Rita 02/05/2019

Esperava mais...
A narrativa é fria e os personagens não demonstram a emoção de estarem vivendo a revolução - emoção não no sentido bélico, mas na esperança de gerar um país melhor. Faltou dar voz às personagens femininas. É possível aprender alguma coisa de teoria política nos diálogos, mas sem nenhum aprofundamento.
Alguns trechos:
"Há dez anos que combate o inimigo. Tem pouca formação política? Certamente. Mas a culpa não é dele. Quem a tem? Ele vê os exemplos que vêm de cima. A culpa também não é tua. (...) Não podes fazer mais do que fazes para convencer o Ingratidão que o povo de Cabinda é como o do resto de Angola. Ingratidão também não pode ser convencido só por palavras. Só a prática o levará a essa constatação." (p. 61-2)
"(...) Quem não quer estudar é um burro, e por isso, o Comissário tem razão. Queres continuar a ser um tapado, enganado por todos... As pessoas devem estudar, pois é a única maneira de poderem pensar sobre tudo com a sua cabeça e não com a cabeça dos outros. O homem tem de saber muito, sempre mais e mais, para poder conquistar a sua liberdade, para saber julgar. Se não percebes as palavras que eu pronuncio, como podes saber se estou a falar bem ou não? Terás de perguntar a outro. Dependes sempre de outro, não és livre. Por isso toda a gente deve estudar, o objetivo principal duma verdadeira Revolução é fazer toda a gente estudar. Mas aqui o camarada Mundo Novo é um ingénuo, pois que acredita que há quem estuda só para o bem do povo. É essa cegueira, esse idealismo, que faz cometer os maiores erros. Nada é desinteressado." (p. 75)
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Vi 02/12/2016

Mayombe
Um dos melhores livros que já li. Chorei muito além dos sustos, risadas e revoltas. Um livro ótimo e de leitura rápida para quem gosta de ler, pois você literalmente se envolve e desenvolve uma relação única e íntima com cada personagem
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Alaska 12/11/2016

Mayombe não é apenas um livro, mas uma obra de arte !
sse livro é muito espetacular , é literalmente uma obra de arte ! A obra abre uma janela em relação a visão que temos e o que realmente aconteceu durante o período de guerra da independência de Angola. Durante o período do desenvolvimento da escrita do livro, Pepetela está em guerra como guerrilheiro do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), e é nítido no decorrer da leitura de que o autor não diz a respeito da guerra em si, mas enfatiza o viver de cada personagem na guerra, destacando os medos, angústias, sonhos, de cada uma, além de relacionar períodos do passado de grande impacto na vida dos guerrilheiros e refletindo no presente momento de guerrilha. O que torna esta obra literária extremamente interessante, é o fato do narrador se passar por quase todas as personagens, mostrando em cada uma delas o caráter humano se manifestando de diversas formas, fazendo o leitor ter uma visão diferente do que realmente é lutar em uma guerra. De narrativa muitas vezes arrastada, Pepetela introduz uma interpretação complexa, porém completa de muitas personagens, denominando-as até mesmo não por seus nomes, mas por codinomes ? como querendo caracterizar cada uma pelo que realmente é em seu ?nome?-, por isso, quase todas as personagens não são denominadas por seus verdadeiros nomes. No livro, o autor expõe atos de conflitos internos entre o grupo de guerrilheiros (tribalismo), mas todos com um único objetivo, libertação de seu país. Apresenta também o racismo, em que a personagem Teoria dentro do movimento sofre por ser mestiço. A obra traz também com as personagens Ondina e Leli em questão o papel da liberdade feminina, em que reforça o papel das mulheres em seus direitos, ou seja, quebrando o machismo contra as mulheres.
Em relação a narrativa, pode-se dizer que a escrita é um tanto densa, trazendo assim um glossário nas últimas páginas do livro para facilitar no entendimento de algumas palavras, além de expressões de origem angolana utilizadas muito pelas personagens. É interessante ressaltar o porquê do título Mayombe, já que trata de uma história que se passa em um período de guerra, porém é definido pelo autor como uma obra de gênero romântico, o fato é que todo o contexto está ligado ao sentimento de viver esse período, em que o cenário onde se passa os maiores, fortes e mais dramáticos episódios é dentro da floresta Mayombe, pois a mesma abraça os guerrilheiros, servindo de refúgio, esconderijo, escudo e também campo de guerra, em que as personagens não só lutam contra a colonização portuguesa mas também contra o seus próprios conceitos auto aceitação em relação a certas atitudes, sentimentos e nacionalidade. Assim como Pepetela disse em uma entrevista: ?Os grandes heróis desta guerra são seres humanos, são heróis, mas também são frágeis?.
Mayombe é um livro muito rico culturalmente, além de trazer uma visão social abrangente, e principalmente o fato de mexer com o intelecto dos leitores ao interpretar os sentimentos e angústias humanas de forma tão sábia. Mais que um livro .. uma obra de arte !
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Rafael Iglesias 04/06/2016

Em busca da terra do talvez
O Mayombe é uma grande floresta tropical com grande concentração de montanhas que localizada em Cabinda, em Angola, mas também abrange o Congo e o Gabão. É esse local o cenário principal que dá nome a um dos livros de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, o Pepetela.

Vencedor do Prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa, o escritor retrata no livro especialmente os problemas internos do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual ele próprio participou, e que é o grupo que conduziu a revolução pela independência do país e o governa desde então.

"O Mayombe tinha aceitado os golpes dos machados, que nele abriram uma clareira. Clareira invisível do alto, dos aviões que esquadrinhavam a mata, tentando localizar nela a presença dos guerrilheiros. As casas tinham sido levantadas nessa clareira e as árvores, alegremente, formaram uma abóbada de ramos e folhas para as encobrir. Os paus serviram para as paredes. O capim do teto foi transportado de longe, de perto do [rio] Lombe. Um montículo foi lateralmente escavado e tornou-se forno para o pão. Os paus mortos das paredes criaram raízes e agarraram-se à terra e as cabanas e tornaram-se fortalezas. E os homens, vestidos de verde, tornaram-se verdes como as folhas e castanhos como os troncos colossais."

Continue lendo: https://reticenciajornalistica.wordpress.com/2016/06/04/a-terra-do-talvez/

site: https://reticenciajornalistica.wordpress.com/2016/06/04/a-terra-do-talvez/
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Nat 29/05/2016

Mayombe não é meu estilo de livro e talvez eu nem tivesse dado chance para ele se não fosse por querer conhecer um pouco mais os escritores africanos.
Como o Pepetela foi guerrilheiro, imaginei que esse seria um livro político, que contasse a história da libertação de Angola de Portugal, mas não foi isso.
O livro fala sim da MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) mas esse é só um pano de fundo, e não foi muito trabalhado. A história principal é são as tribos e as diferenças entre elas, preconceitos e discriminação, bem como relações humanas, como namoro e sexo.
Em primeiro lugar, o que é Mayombe? É uma floresta, uma região montanhosa, onde eles se escondem. Eles quem? o grupo de guerrilheiros que acompanhamos durante o livro. Quando uma pessoa nova entra no grupo, ganha um apelido, que vira seu novo nome, ex: Teoria, Sem Medo, Milagre. Então, não sabemos os nomes reais dos personagens.
Temos também muitos diálogos tentando explicar o socialismo, o facismo, enfim, as ideologias deles, mesmo muitos sendo de tribos diferentes e acabarem ali por se juntar num lugar comum.
O personagem principal é o Sem Medo, gostei muito dele, é o que mais fala (e pratica) o socialismo. E o final dele no livro é tocante!
Tem também poucas mulheres, mas dentre elas tem a Ondina: ela é bem forte e decidida, e tem todo um episódio que acontece por causa dela.
Outra característica é que o narrador muda. Vários personagens se colocam como narrador, se revezam nesse papel, o que dá uma visão mais ampla da história. Mas é preciso prestar atenção para não se perder com isso!
Acredito que Pepetela usa esse recurso para expressar mesmo o socialismo que o Sem Medo prega durante o livro, então muitos se revezam narrando!
O livro é bom, mas senti dificuldade para engrenar na narrativa. Por isso, pretendo dar uma nova ao autor.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Desirre2 20/01/2019

Podemos ler esse livro inteirinho ao som de Run Boy Run, do Woodkid. Combina muito.
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ROBERTA 05/03/2019

Arrastado
O livro, de modo geral, é arrastado, ou seja, a leitura não flui naturalmente. Tive que me obrigar a continuar... Somente no último quarto das páginas é que a leitura fica mais interessante. Claro que há que se ponderar toda a diferença cultural e vocabular entre Brasil e Angola, bem como é necessário enfatizar a importância político-histórica dessa obra.
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Colégio Evolução 22/07/2017

A Guerra de Independência de Angola também conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional foi um conflito armado entre as forças independentistas de Angola e as Forças Armadas de Portugal, que até dominavam a colônia angolana.
Pepetela, que foi militant na guerra, publicou vários romances durante o período de luta, destes romances Mayombe é o mais conhecido. O romance retrata a vida guerrilheira do autor nos anos 70, e explora os pensamentos e as dúvidas dos personagens, além de ilustrar as ações dos guerrilheiros.
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