A auto-estrada

A auto-estrada Stephen King...




Resenhas - A Auto-Estrada


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Fernanda631 18/11/2022

A Auto-Estrada
A Auto-Estrada foi publicado em março de 1981, e é um dos romances que Stephen King escreveu sob o pseudônimo de Richard Bachman. Ele usou esse pseudônimo por uma década até que um deslize da editora revelou a identidade do autor. King afirma que criou essa faceta para experimentar coisas novas e diferentes. Mas, mais do que isso: Bachman é como se fosse um lado obscuro da alma do autor.
Esses romances possuem uma vida própria e não se inserem nos esquemas e padrões do autor. Por isso, não é incomum um leitor estranhar bastante quando se depara com os famosos Livros de Bachman. São alguns dos livros mais pesados dele: Fúria, A Auto-Estrada, O Concorrente, A Maldição do Cigano, Os Justiceiros, Desespero entre mais alguns outros. Stephen King criou Richard Bachman e para ele Bachman tinha toda uma vida imaginada por King, ele tinha uma profissão, esposa, costumes e gostos singulares. Para King, o Bachman era "uma criação ficcional que se tornou mais real a cada livro publicado com seu nome."
Posso dizer com segurança que essa é uma escrita bastante raivosa do King. A temática, a ambientação, o próprio protagonista. Existem até críticas políticas e sociais inseridas no meio da narrativa que, para quem conhece o autor, também não são comuns. A narrativa é em terceira pessoa, mas bem próxima de Bart, o personagem principal. O esquema de desenvolvimento é diferente do padrão do autor, com três atos criados
A Autoestrada é um livro insano em que acompanhamos detalhadamente o processo doentio que transforma o protagonista Bart Dawes de uma pessoa comum a um louco sem limites. Antes disso, porém, vale lembrar que a obra se passa num Estados Unidos da Guerra do Vietnã e do governo de Richard Nixon, ou seja, um período de grandes tensões sociais e políticas. O processo pelo qual Bart Dawes passa deve ser encarado não só pelo lado humano com todas as características do personagem, mas também pela perspectiva de uma sociedade inquieta com os rumos de seu país.
O livro está dividido em três partes e subdividido em datas. O romance é contado de forma linear, de forma que o leitor vai se familiarizando cada vez mais com o personagem principal, um homem chamado Bart Dawes, casado com Mary. Ele tem uma vida bem comum até que tem a notícia sobre a construção de uma nova autoestrada na cidade.
A história se passa entre o fim de 1973 e início de 1974, em uma época de turbulência política e social nos Estados Unidos. Nixon era o presidente na época, e uma das formas que ele e seus governantes encontraram para distrair a população das atribulações do momento, principalmente aquelas causadas pela Guerra do Vietnã, foi fazer mudanças desnecessárias na infraestrutura de algumas cidades.
Ao ler A Autoestrada, coloque-se no lugar de seu protagonista e imagine que de um dia para o outro decidam construir uma rodovia que passa exatamente no lugar onde se encontra a sua casa. Isso mesmo! Aquela casa que você adquiriu com o suor do seu trabalho e na qual viveu inesquecíveis dias de sua vida. Junte a isso o fato de que seu filho pequeno faleceu a pouco tempo e a casa guarda lembranças que trazem dor, mas também representam suas mais fortes ligações com o garoto. Para completar, seu casamento não vai nada bem e a separação parece inevitável. Pronto! Temos o diagnóstico exato do processo que vai corroer a mente de Bart Dawes e que Stephen King vai nos mostrar de forma meticulosa, em detalhes viscerais e minuciosos.
Bart Dawes é construído com calma e os leitores são levados a acompanhar todo o processo de insanidade que vai se desenrolar. O protagonista está passando pelas cinco fases do luto: negação, raiva, negociação/barganha, depressão e aceitação. Dá para ver claramente essas fases se alternando na história. O detalhamento da obra é fundamental para entendermos e, até certo ponto, concordarmos com as atitudes extremas do personagem. A marcha que se coloca em curso no livro é a de um homem no último grau de equilíbrio emocional possível contra o “progresso”, personificado na figura da rodovia.
Mergulhar nessa obra é ir fundo nos meandros da mente humana. Até que ponto uma pessoa é capaz de ir quando tudo que ela tem de referências na vida pode ruir ou ser tomado? Richard Bachman responde a essa pergunta de forma doentia, e nos conduz para um final inevitável, óbvio, mas mesmo assim chocante. Para Bart, tudo é questão de princípios, ele não consegue aceitar sua situação e vai lutar com todas as armas possíveis por justiça.
A Autoestrada segue o estilo Bachman de escrita, esse alter ego sem piedade que mostra o lado mais cruel do mestre do horror. Mesmo com a presença dos pesadelos, alucinações e demais sensações que provocam o terror, o livro desperta reflexões sobre o adoecimento da mente humana, quando as coisas fogem ao nosso controle. Da calmaria para a loucura, King nos leva numa jornada de autodestruição e miséria, com uma pitada de crítica ao desenvolvimento urbano que não leva em conta as consequências para seus cidadãos e à falta de resiliência diante do trauma.
Durante a leitura, é mostrado o quanto a casa e até o seu local de trabalho significa para ele. É o símbolo que mantém vivas as lembranças de sua família, o ser um bom marido, o ser um bom pai, também significa ter que lembrar de toda a luta para cuidar da esposa e do filho, bem como, dos momentos tensos que antecederam a perda sofrida por Barton. E saber que tudo aquilo pelo qual ele lutou, que durou longos meses e até anos, podem virar um amontado de entulhos em poucos minutos, o deixa fora de si.
O Stephen King passa muito bem ao leitor, através de sua ótima escrita, aquele sentimento de tensão, até raiva e ódio que o Barton sente. Não só pelo governo, mas pela situação em si, pela providência em si. É de fato um livro com uma carga tensa enorme, no entanto, o livro acaba por te puxar mais ainda para o texto, pois desperta a sua curiosidade para saber o que acontecerá no fim.
A Autoestrada tem conexão com o livro Desespero, o conto A Máquina de Passar Roupa, da antologia Sombras da Noite, e com o conto Verão da Corrupção – Aluno Inteligente, da antologia Quatro Estações.
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brayanlukas 26/11/2022

"Meu bem, tá horrível isso. Horrível, horrível, horrível...."
Faltando só mais um livro pra terminar todos "escritos por Bachman", essa foi a experiência que me fez entender que eu realmente não gosto dele, salvo O Concorrente. É aquela história do amo o criador, mas não a criatura.
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Marcelo 13/12/2022

Um bom livro do jovem Stephen King
A Autoestrada é um romance de Stephen King, sob o pseudônimo de Richard Bachman. Aliás, seria mais correto dizer persona. A maior diferença aqui é o fato de que estas histórias lançadas anonimamente pelo mestre do terror, foram escritas no começo de sua carreira.
A trama, em si, não é complexa. Um homem é sua esposa moram em um imóvel que será desapropriado para a construção de uma estrada. O que prende, e muito, a atenção é a construção dos personagens e seus perfis psicológicos bem definidos. Esta obra mostra que tais características já estavam presentes em sua escrita desde cedo.
Não é um livro indispensável, mas é diversão garantida.
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Ana Mc Bairros 25/01/2023

Apego, lembranças e uma revolta incontrolável
Bart Dawes perdeu o único filho para um tumor inoperável, seu coração ainda estava em pedaços e nem bem conseguiu viver o luto quando a prefeitura de sua cidade resolveu construir uma autoestrada que passará justamente em cima de sua casa e de seu local de trabalho, destruindo todas as memórias e lembranças de um tempo bom.
Desse modo, Bart enlouquece e passa a fazer as coisas mais inapropriadas e extremas para boicotar a construção da rodovia, nem que perca os amigos, o casamento e até mesmo o juízo.
A escrita do King como sempre está maravilhosa, mas deu a impressão que faltou algo a mais, como se o alter ego Richard Bachman não conseguisse nos transmitir alguma afeição ao protagonista como deveria (talvez fosse essa a intenção). Infelizmente não me prendeu tanto assim, as motivações do Bart não me convenceram.
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Taka 11/02/2023

Bom
Foi uma leitura rápida e boa, não chegou a ser ótima, mas deu pra passar um bom tempo surtando com o protagonista kkkk
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Georgianny.Nogueir 09/03/2023

Eh um bom livro
Meio arrastado mas interessante ainda assim
Eh um mergulho na auto sabotagem causada por uma depressão não tratada.
Eh difícil ter empatia por Bart vendo ele cometer erro atrás de erro sem que possa realmente explicar o motivo que o levou a isso a não ser que vc já tenha se encontrado em situação semelhante (não num grau tão alto, mas semelhante mesmo assim) de auto destruição.
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Lorena.Arantes 09/04/2023

Desamparo
É sobre esse sentimento, desamparo pela perda do filho, da casa, do emprego, e da sua vida antiga. Ele culpa a Auto estrada por tudo, mas ninguém tem culpa. Ele precisa direcioná-la. E é o que faz.
É perceptível desde a primeira página o decaimento do personagem. Seus pensamentos aleatórios e confusos. Suas ações autodestrutivas. Desde o começo ele sabia o que ia fazer e fez. É triste.
Esse é o livro mais "esquisito" do escritor, acho que é proposital....
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Valentin 25/04/2023

Primeiro do Bachman
Conhecendo um pouco essa outra faceta do King, comecei o livro já aplaudindo de pé após ter lido a sinopse. Achei extremamente original e fiquei muito interessado em saber o desfecho.

King consegue deixar diversas pontas ?soltas?, porém que se encaixam perfeitamente na história e que nem sempre precisam de alguma explicação. Nesse romance, não tem nenhum traço de terror, mas sim suspense e ação.

Estou fazendo uma leitura sequencial na bibliografia do King, e essa foi uma surpresa agradável entre os terrorzões do autor.
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Gabriela.Mascouto 01/05/2023

Só há uma coisa que me incomoda e é a impressão que me ocorre às vezes de que sou um personagem no livro de algum mau escritor e que ele já resolveu como as coisas vão acabar e por quê. E mais fácil ver as coisas assim dessa maneira do que botar a culpa em Deus? o que foi que Ele jamais fez
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Beatriz 12/05/2023

A que ponto chega a loucura humana? O que um homem que já perdeu o que tinha de mais importante e está a ponto de perder a própria casa pode fazer para impedir isso? Sempre me surpreendo com a imaginação do King?
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Amanda.Braun 22/05/2023

Meu primeiro contato com King!
Li há cerca de 12 anos atrás. Lembro que me prendeu e que gostei bastaaaante na época, mas tá merecendo uma releitura pra ver se tenho novas considerações :)
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Roberto.Vasconcelos 06/06/2023

Não é o que vc espera...
Me surpreendeu completamente!
Quando você vê este livro imagina que vai ser um verdadeiro pandemônio no maior estilo Rambo, mas fica longe disso.

O livro é sobre um homem que está cada vez mais perturbado e vai se isolando cada vez mais.
Ele afasta tudo e todos e a cada página percebemos ele afundando cada vez mais nos seus problemas psicológicos.

É uma história assustadora mas não pelas razões que imaginei no início, e sim por acompanhar alguém neste estado e vendo que a qualquer momento ele vai surtar e ninguém parece estar disposto a fazer nada por ele.

Uma coisa em comum nos livros do senhor bachman são os protagonistas que vão ficando cada vez mais ferrados a medida que a história avança e sempre caminha para algo desesperador.

Achei a história bastante interessante e mesmo não sendo o bom tiro , porrada e bomba que esperava , consegui gostar e sentir a agonia de ver uma pessoa tão depressiva quanto o "Bart dawes" se destruir por nada.
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