liaramoss 08/09/2022
é bom, mas é só isso
Literatura Moçambicana, se passa durante a guerra civil, mas na verdade não narra sobre a guerra. História sobre Tuahir e Muidinga seguindo uma estrada que não vai a lugar algum, até encontrarem inúmeros corpos mortos pela guerra e uma mala cheia de cadernos (diarios) de Kindzu. Aí começa a narração de duas histórias paralelas.
Com os 11 cadernos de Kindzu, lidos por Muidinga, descobrimos toda sua história. Começando com os conflitos familiares e desaparecimentos misteriosos, as alucinações (ou previsões?) de seu pai, a viagem de Kindzu para outra Vila até adormecer e parar numa canoa onde um anão cai em seu colo lhe mostrando o caminho para um navio (começando mostrar a ficção fantasiosa dessa história). Lá ele encontra Farida, que está em busca de seu filho, Gaspar, e conta que ela tem uma irmã gêmea que também está desaparecida. Kindzu se propõe a encontrar esse filho e então temos uma história mais interessante daí pra frente.
Depois disso tem desdobramentos bem legais e plots bem maneiros, mas, embora sejam apenas 200 páginas, tem momentos que são desnecessários. A escrita também não me agradou muito, mas eu só li pelo vestibular, não posso reclamar muito. Achei a junção de ficção com realidade bem boa, principalmente no final. Mas é apenas mais um clássico, que com certeza revolucionou a literatura, mas lendo agora não é tão emocionante. Vale a pena pelos plots.