Junior Lima 03/12/2021
Uma Bela Porta de Entrada em um Universo Fantástico
Neste ano, quando criei o perfil bookstagram, eu quis dar mais ênfase nas literaturas nacionais, e um desses livros era O espadachim de carvão. E devo dizer que foi uma boa porta de entrada na literatura de fantasia. Uma obra cheia de ação, aventura beirando ao épico, com riquezas nos detalhes que mostra que o autor criou essa obra com maior apreço e carinho.
Kurgala é um mundo completamente diferente do nosso, com medidas de distância e tempo distinto da vida real, dando extrema riqueza para a obra. Não apenas isso, mas diversas espécies vivem nesse universo fantasioso, fazendo até a gente se perder um pouco com tanta diversidade. Mas isso mexe com nossa imaginação, esperando o próximo ser apresentado no livro.
Adapak é um daquele protagonistas cheio de camadas, pelo fato de ter vivido em um bolha, longe da civilização, que o fez enxergar o mundo diferente do que os outros enxergam, caindo diretamente na ingenuidade. Isso quer dizer que torna o personagem fraco e manipulável? As vezes sim e não. Adapak também é um excelente guerreiro, protagonizando excelentes cenas de ação e demonstrando uma bondade que se mantém escassa no mundo de Kurgala.
Uma crítica do livro que não tornou excelente para mim foi o fato do autor ser muito descritivo na construção do mundo, pausando a história em alguns momentos-chaves. Felizmente, isso foi diminuindo no decorrer da história, focando mais na história e ação.
O que eu achei bem inteligente na obra foi a maneira não-linear que o autor construiu a história. A narrativa era dividida em duas partes: O presente, com o Adapak seguindo sua jornada em Kurgala, e o passado, contando sua juventude e seu crescimento. Mas o mais curioso era que o passado também não era linear. O autor escolhia momentos da infância e juventude de Adapak para contextualizar o capítulo anterior do presente ou os momentos finais do livro.
Mesmo sendo o primeiro livro de uma, até então trilogia, o volume 1 de O Espadachim de carvão apresenta uma história coesa e fechada, não deixando pontas extremamente soltas para que se complete nos próximos livros. Mesmo assim, nos desperta curiosidade para saber a próxima aventura do Espadachim de Carvão.
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