Holocausto brasileiro

Holocausto brasileiro Daniela Arbex




Resenhas - Holocausto Brasileiro


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Julia 11/12/2023

Um livro triste, com histórias tristes do nosso Brasil que muita gente desconhece. Deveria ser uma leitura obrigatória para os brasileiros conhecerem mais da nossa história.
De leitura fácil e atrativa, não dá vontade de parar de ler esse livro.
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Alice 10/12/2023

Impactante
O livro 'Holocausto Brasileiro' de Daniela Arbex expõe de maneira impactante e dolorosa os horrores ocorridos no Hospital Colônia de Barbacena, Minas Gerais, durante décadas. A obra denuncia violações dos direitos humanos e negligência no tratamento psiquiátrico, lançando luz sobre uma tragédia muitas vezes esquecida da história brasileira.
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Lia 10/12/2023

Um retrata doloroso da nossa história
Livro necessário para todos que querem conhecer a história da saúde mental no Brasil.
Fotos que chocam, depoimentos que ferem a alma, encontros que acabam em lágrimas.

Essa história brutal aconteceu aqui, bem perto da gente e não faz muito tempo.
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Ivinha 09/12/2023

Chocante
Eu já conhecia a história do holocausto brasileiro no Centro Hospitalar de Barbacena, mas nunca tinha lido o livro da Daniela Arbex.
Cada palavra lida, cada página virada, ficamos ainda mais chocados com os abusos físicos e mentais, o abandono e as mortes de mais de 60mil pessoas.
Um livro que já é um clássico contemporâneo e que precisa ser lido por todos os brasileiros.

Minha única ressalva em não ter dado 5?? é o fato de alguns capítulos (1 para ser mais específica) que relata assuntos desinteressantes, como a vida e história do fotógrafo das fotos colocadas no livro e de alguns políticos da época. Óbvio que eles tinham que ser mencionados? mas não havia necessidade de um capítulo inteiro. Por esse motivo, a leitura ficou maçante em alguns momentos. Mas o livro é maravilhoso!
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joyce 08/12/2023

Palavras sofrem banalização, holocausto é uma palavra assim
E pessoalmente, a definição de holocausto e barbárie pra mim devem iniciar no primeiro minúsculo sinal de desumanização. é de se desmoronar e de sentir a pior das impotências entrar em contato com cada palavra e imagem registrada nesse livro, e no entanto, incômodos necessários, obrigatórios. mas mais ainda, uma necessidade que não deve se encerrar ou emudecer como tentaram e infelizmente conseguiram e ainda conseguem, pois tantos ainda desconhecem essa história real de horror brasileira. não à toa, a luta antimanicomial continua.
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Thalini.Vieira 08/12/2023

A barbárie assistida e documentada.
Este livro deveria ser incluído nos currículos escolares.

Muitas vezes me pego pensando sobre tantos episódios horríveis que a humanidade já passou, em como as pessoas permitiam tanta barbárie, lendo este livro fica mais compreensível entender. Poder é poder, o que aconteceu em Barbacena teve o aval do governo, nunca foi sobre tratar doentes mentais, e sim, privar as pessoas de liberdade e puni-las.
O que mais me choca é saber que aquele lugar de tortura ficou funcionando por décadas, as denúncias na época eram inúteis, foi preciso fazer muito barulho para que alguma coisa pudesse ser feita. Não consigo descrever as atrocidades narradas no livro, é muito triste desumano. A reforma psiquiátrica é muito recente no nosso país, e a maioria das pessoas banalizam o sofrimento mental, é absurdo viver em um país que nega e desconhece a própria história.
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_zxkaella 08/12/2023

Um livro que ao meu ver, todo brasileiro deveria ler. Um assunto que deveria ter muito visibilidade mas não tem.
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Laila Laudina 07/12/2023

ResenhasLabirinto
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De todas as formas que eu imaginei essa leitura ela me surpreendeu mais.
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Não cabe a nós leitores ler uma obra sobre histórias reais e decidir se ela é boa ou ruim, afinal estamos tratando de vidas, pessoas que sofreram por toda sua existência e não tiveram nem o privilégio de um fim digno.
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O livro é de uma importância ensurdecedora para sociedade e principalmente sociedade brasileira, já que quando pesquisamos sobre holocausto vem apenas imagens e textos relacionados a segunda guerra sendo que aqui do nosso lado morreram 60 mil pessoas em um ambiente que era para cuidar delas. E o caso foi silenciado!
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A obra é maravilhosa em toda sua composição desde os relatos dolorosos de se ler até as imagens que causam dores inimagináveis a quem as vê.
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Um livro que nós trás tanta tristeza e um sentimentos de impotência. Como pessoas olhavam pra tamanho sofrimento e conseguiam por a cabeça no travesseiro a noite e dormir tranquilamente.
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Obrigada a autora por nós trazer com tanta riqueza um crime humanitário tão grave e não deixar ele morrer no esquecimento.
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Laiana Silveira 28/11/2023

Que história absurda, em pensar que aconteceu a tão pouco tempo atrás, e tão perto! Inacreditável, lamentável, desumano!
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Canoff 26/11/2023

Não se trata unicamente de um livro que aborda a realidade do Hospital Colônia de Barbacena, mas também da influência de Franco Basaglia e da criação da Lei 180/1978, que extinguiu todos os manicômios do Brasil e humanizou o tratamento de doenças mentais
Daniela Arbex, após dar à luz seu filho, depara-se com uma oportunidade única: relatar jornalisticamente a rotina do Hospital Colônia de Barbacena (MG), uma instituição que, até então, parecia comum, mas que se revela como um "campo de concentração" brasileiro assim que Arbex chega ao local. A forma como o livro foi organizado evidencia a sensibilidade e o profissionalismo da autora. Arbex poderia ter escrito uma reportagem abordando os problemas encontrados no Colônia (como era popularmente conhecido pela população mineira), mas optou por realizar um trabalho mais abrangente, investigando testemunhas, documentos, casos desconhecidos e, o ponto mais forte deste livro, apresentando o contexto das vítimas, familiares, autoridades e outros aspectos que tornaram a obra incrivelmente completa e cativante.

O Colônia foi construído com a finalidade de tratar deficientes mentais e outros casos problemáticos pelo Brasil. No entanto, o que deveria ser um local de recomeço acabou tornando-se um "depósito de pessoas indesejadas", onde várias eram internadas sem sequer ter um quadro clínico comprovado. Pessoas vulneráveis, gays, negros, deficientes, prostitutas, aqueles que se rebelaram contra o sistema e mendigos eram destinados ao Colônia para serem excluídos do ciclo social. Havia casos de pessoas internadas por estarem com "tristeza" e meninas que eram admitidas por terem perdido a virgindade antes do casamento. Bastava que alguém denunciasse ao Estado para que essas pessoas fossem recolhidas e enviadas ao hospital por meio dos "Trens de Doidos", abarrotados de doentes e pessoas vulneráveis.

A rotina dos internados baseava-se em tortura, condições sub-humanas, comida estragada, jornadas exaustivas de trabalho, estupros, abortos e humilhações. Todos estavam submetidos ao Estado e não tinham direitos humanos garantidos. Arbex reuniu dezenas de sobreviventes, obtendo fotos do interior do hospital, relatos emocionantes e cruéis do que as pessoas passaram nas mãos dos guardas e enfermeiros do Colônia. Os rebeldes recebiam doses indiscriminadas de medicamentos para ficarem sedados e não apresentarem resistência aos métodos de tortura utilizados pelos residentes. No inverno, eram submetidos ao frio extremo, muitos ficavam nus a madrugada toda, tomavam banhos gelados com máquinas de pressão (ducha escocesa) e muitos amanheciam mortos devido à hipotermia. Há vários outros relatos impactantes por parte dos sobreviventes que, se mencionados em uma resenha, poderiam prejudicar a experiência de leitura de muitas pessoas, pois acredito que livros como este devem ser explorados de maneira minuciosa e ponderada.

Felizmente, em meio a tanta tortura e crueldade infligida a pessoas que sequer podiam se defender, alguns funcionários se recusaram a seguir os métodos de tortura e começaram a ajudar clandestinamente os pacientes internados por pura perseguição. Pessoas enviavam cartas para parentes na esperança de serem resgatadas, alimentos eram trazidos pelos funcionários, e a realidade do Hospital Colônia de Barbacena começou a ser revelada ao país por meio de denúncias. A relevância de Franco Basaglia, psiquiatra italiano e precursor de uma reforma destinada aos métodos de tratamento de doenças mentais na Itália, abalou o cenário político devido às negligências cometidas nos hospitais psiquiátricos do Brasil. Ao conhecer o Colônia, Basaglia afirmou: "Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia como esta".

Após várias denúncias e pessoas dispostas a enfrentar a covardia perpetrada pelas autoridades políticas e gestoras responsáveis pelo Colônia, as pessoas foram sendo resgatadas e ressocializadas por freiras, famílias que decidiram adotar parte das crianças internadas injustamente e por órgãos criados devido a essa alta demanda de pacientes doentes. Há registros de pessoas que cresceram confinadas dentro do Hospital de Barbacena e não desenvolveram hábitos humanos de higiene pessoal e sociabilidade. Arbex obteve o relato de uma mulher que adotou três meninos criados juntos e desenvolveram laços irremediáveis. Segundo ela, educá-los foi um trabalho árduo, já que tiveram que começar do zero. Não sabiam usar roupas, não usavam as mãos para comer, não sabiam sentar, não tomavam banho, defecavam no chão, atiravam fezes uns nos outros como forma de distração e também não falavam.

Depois de várias movimentações sociais pelo Brasil, a classe política passou a atender ao apelo da população e das famílias das vítimas. Pessoas foram transferidas para centros de reabilitação, algumas receberam tratamento de acordo com seus problemas, e outras foram liberadas por não apresentarem nenhuma anormalidade. No entanto, nem tudo estava resolvido, pois o Colônia permaneceu em funcionamento até a década de 1990, e ainda havia pessoas sob os cuidados dos funcionários. O fechamento ocorreu de forma gradual. Conforme os pacientes iam saindo, setores foram sendo desativados e o Colônia foi sendo fechado paulatinamente. Com essa vitória, a reforma idealizada por Basaglia foi adotada no Brasil, levando ao fechamento de manicômios e à aceitação das práticas de tratamento pelos Direitos Humanos. Em 13 de maio de 1978, o presidente Geisel sancionou a Lei 180/1978, extinguindo todos os manicômios em solo nacional. Atualmente, o Hospital Colônia de Barbacena (MG) transformou-se no "Museu da Loucura" e recebe visitantes todos os anos. Lá, é possível encontrar fotos, vídeos, peças de roupas, instrumentos de tortura e outros artefatos que compõem um dos maiores extermínios ocorridos no Brasil. Entre 1903 e 1990, mais de 60 mil pessoas morreram, e mais de mil corpos foram vendidos clandestinamente às universidades de farmácia e medicina de todo o Brasil.
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Bruno.Carlos 26/11/2023

Quem são os Loucos?
O Colônia foi um crime, marginalizado e ocultado do restante da história do nosso país, mas nunca foi possível retirar os traumas da memória de cada paciente seu; de cada filho que não teve respostas da mãe durante toda sua vida, e das mães que não puderam ser mães de seus filhos.
O que define um ser humano? A capacidade de raciocinar e assim se distinguir do restante dos animais. Mas o que define realmente um ser humano, é a sua crueldade. É agir e destruir tudo ao seu redor, tendo consciência disto.
Política, autoritarismo, descaso, ódio, machismo e uma cultura enraizada na barbárie, fizeram esse episódio ser possível. 60 mil pessoas do país inteiro, foram vítimas não só de quem gerenciava e acobertava o crime, mas também de quem se omitiu perante o mesmo.
Perdemos a essência do que é ser humano, nos escondemos atrás de religiões e leis, tudo para amenizar e frustradamente tentar esconder o que no fundo sabemos que somos: O câncer desse mundo.
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Luiza 24/11/2023

Livro maravilhoso! A história do Hospital Colônia e de seus pacientes é contada com responsabilidade, mas também com muita sensibilidade. Foi muito importante ler as graves denúncias e duras descrições das condições precárias, torturas físicas e psicológicas, privação de comida e trabalho forçado aos quais eram submetidos os pacientes. Mas também foi emocionante e satisfatório saber mais sobre as histórias alegres de alguns sobreviventes, que conseguiram reencontrar um filho perdido, se casar de véu e grinalda e ter uma festa de aniversário com a presença de toda a vizinhança.

Foi muito correto o destaque para a cruel sanha superavitária dos administradores do Hospital e dos governantes políticos da época, que, para receberem mais repasses financeiros federais, superlotaram o lugar. Chegaram a autorizar a retirada das camas dos pavilhões e colocar os pacientes para dormir sobre montes de capim, tudo para caber mais gente. Exploraram também o trabalho escravo dos prisioneiros, que eram colocados para trabalhar em construções na cidade, plantações de alimentos que eram vendidos para fora, dentre outros trabalhos. E nem mesmo após a morte os prisioneiros eram poupados, já que o Hospital ainda lucrou muito com a venda de centenas de seus cadáveres para faculdades de medicina de todo o país.

O livro também aborda as retaliações sofridas por quem tentava expor os crimes humanitários do Colônia, como os psiquiatras Antônio Soares Simone e Francisco Paes Barreto, que responderam processos do CRM e dos hospitais psiquiátricos por denunciarem.

A reflexão final é certeira quando aponta que os terrores do Colônia continuam existindo até hoje, com a nossa anuência e omissão, ao normalizarmos a marginalização de todos que são "diferentes". Definitivamente é um livro que acho importante ser lido pelos brasileiros e que traz uma boa base histórica para estudos sobre a luta antimanicomial e sobre as comunidades terapêuticas de instituições religiosas, que vêm sendo denunciadas nos últimos anos.

Adiei a leitura por muito tempo com receio do forte conteúdo e imagens, mas agora só me arrependo de não ter lido antes.
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I7bela 21/11/2023

Quando jogamos as palavras “holocausto” no google as primeiras imagens que temos remetem as da Segunda Guerra Mundial e parecem fazer parte de um passado distante e nunca nosso. Nunca aqui. No entanto, ao folhear o livro “Holocausto Brasileiro” da jornalista Daniela Arbex, conheci um passado nem tão distante assim e nem em outro continente, mas aqui neste Brasil. Um passado que dizimou 60 mil vidas, a perda de humanidade de milhares de famílias e encarceramento em massa.

No “Colônia” hospital psiquiátrico de Barbacena em Minas Gerais centenas de pessoas viviam em condições sub-humanas e até mesmo em suas mortes geravam lucro ao Estado, tendo seus corpos vendidos para hospitais de medicina. Essas pessoas tinham nomes, sobrenomes, famílias, por vezes endereço fixo, mas eram somente números para a politica hegemonista que vive neste país até os dias de hoje. Foi uma das leituras mais duras que fiz, pois são histórias reais de mulheres abusadas por seus patrões, tendo filhos separados, nomes e sobrenomes apagados, homens de cabeça raspada, uniforme azul e nenhum tratamento para SERES HUMANOS, pessoas largadas à própria sorte, doentes deixados para morrer, era a morte a céu aberto, financiada e executada. Ratos, pombos, urubus, urina, fezes, camas de palha eram a realidade de centenas de pessoas que adentraram ao Colônia e nunca mais saíram.

Eram internados pessoas sem diagnóstico de “loucura”, sendo eles: homossexuais, prostitutas, mendigos, melancólicos, pessoas tímidas, esquizofrênicos, mães solteiras e etc. Eram os “incômodos” sociais que eram submetidos, muitas vezes, a lobotomia, eletrochoques, jatos de água gelada, cama de palha, ração de comida e condições desumanas de higiene pessoal. Um retrato do Brasil que conhecemos tão pouco, mas que é tão vergonhoso; vítimas morreram dentro dos muros do hospital Colônia e amontoados seus corpos serviram de lucro. É inacreditável que algo tão chocante aconteceu, realmente aconteceu aos olhos do Estado, da opinião pública e nada ou quase nada foi realmente feito. Diversas denúncias de jornalistas acompanham a história do Colônia, mas pouco foi feito. (...)
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Elaine 19/11/2023

Que livro necessário para humanidade! Triste realidade de muitas pessoas que morreram durante esse tempo surreal, apesar de ser presente nos tempos atuais. Muita crueldade mas que com a sensibilidade de algumas pessoas essa colônia teve mudanças positivas.
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