Felipe.Augusto 05/12/2023
Como Conhecer Alguém de Verdade?
Empatia, expectativa e falsas impressões. Essas são as palavras que pra mim melhor descrevem "Cidades de Papel". John Green levou muito a sério a expressão "Ver como o outro se sente".
Vou começar falando do final. Esse é o segundo livro que eu leio do Green, e vejo muitas semelhanças, mas uma grande diferença. Em "Quem É Você Alaska" (Priemiro livro que eu li do Green), o final é bem direto com a mensagem, mas deixa a margem para certas interpretações, e eu vejo aquele como um final bem "aberto", mas agora em "Cidades de Papel", sinto que toda a mensagem "subliminar" por trás da história foi simplesmente jogada na cara do leitor. Honestamente eu não curti muito, mas não desmoraliza a trama.
Quando um grupo de amigos se propõe a busca por uma amiga desaparecida é quando diversas realidades são colodidas. Pontos de vistas são levantados sobre Margo, onde cada um tem uma opinião divergente sobre o significado de cada pista deixada pela garota. A forma como cada um pensa que conheçe a garota é, talvez, a mensagem moral do filme. Quando Quentin se coloca, de uma forma muito literal, no lugar da garota, é quando ele verdadeiramente sente conhece-la. A empatia na sua maneira literal.
Além da trama principal, o cerne de aprender como o outro age independentemente dos seus pensamento é visto em muitos outros momentos, principalmente no trio Ben, Quentin e Radio. Cada um tem a sua visão de como deve agir e como pensar com toda essa situação. Diversos momentos esses pensamentos entram em conflito (principalmente Quentin e Ben). O "aprender a lidar com o outro" é a chave desse livro e dessa história.
Um livro gostoso de ler, com dialogos verdadeiramente engraçados e uma quimica muito boa entre os personagens. A trama pode parecer um pouco enrolada, mas o charme dessa história está na relação dos personagens.